UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - DCET INTRODUÇÃO AO CÁLCULO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR I FUNÇÕES COMPOSTA E INJETORA 1. Considere a função em R definida por f (x) = x3 − 3x2 + 2x − 1. Qual é a lei que define f ( x1 )? f (−x)? f (x − 1)? 2. Dadas as funções reais definidas por f (x) = 3x + 2 e g(x) = 2x + a, determine o valor de a de modo que se tenha f ◦ g = g ◦ f . 3. Julgue os itens abaixo: (a) A figura abaixo é gráfico de uma função definida para y = f(x). (b) Se f (x) = x2 − 2x + 1, então f (a − 1) = f (−a + 1). (c) Se A = {1, 2, 3} e B = {1, 4, 7}, pode-se afirmar que o número de funções de A para B é igual a 3. (d) A representação gráfica de f: R → R definida por f (x) = |x − 1| − (x − 1) é o gráfico abaixo. 1 (e) Para todo x > 0 temos que, se f (x) = x1 , então f (x) < 1. (f) Se f é uma função definida para todo inteiro tal que f (0) = 1, f (n + 1) = f (n) + 3, então f (300) = 901. 4. Sejam f e g funções de R em R, definidas por f (x) = 2x + k e g(x) = −x + t. Sabendo que f (f (x)) = 4x − 3 e f(g(x)) = g(f(x)) determine: (a) os valores de k e t; (b) os números reais x, tais que f (x) g(x) ≤ 0. 5. Dada a função f: A → B (a) Prove que se tem f (X − Y ) ⊃ (f (X) − f (Y )), ∀X, Y subconjuntos de A e B. (b) Mostre que se f é injetiva tem-se f (X − Y ) = f (X) − f (Y ), ∀X, Y subconjuntos de A. (c) Mostre que se f é injetiva tem-se f (X ∩ Y ) = f (X) ∩ f (Y ), ∀X, Y subconjuntos de A e B. RESPOSTAS 1. (a) f ( x1 ) = 1 x3 − 3 x2 + 2 x −1= 1−3x+2x2 −x3 . x3 (b) f (−x) = −x3 − 3x2 − 2x − 1. (c) f (x − 1) = x3 − 6x2 + 11x − 7. 2. a = 1. Conclusão: A composição de funções NÃO É NECESSARIAMENTE comutativa, ou seja, NÃO É SEMPRE VERDADE que f ◦ g = g ◦ f . 3. (a) Falso. y = f (x) define uma relação que não é função pois o elemento 0 está relacionado com dois elementos distintos.Ver gráfico. (b) Verdadeiro. Observe que f (x) = x2 − 2x + 1 = (x − 1)2 , ou seja, f é uma função par. 2 (c) Falso. O número de funções que podem ser definidas de A para B é 9. (d) Verdadeiro. Observe que f (x) = (e) Falso. Observe que 0 < x < 1 ⇔ 1 x 8 < 0; se x > 1 : −2x + 2; se x ≤ 1 > 1. (f) Verdadeiro. Observe que f (n) = 3n + 1. 4. (a) k = −1 e t = 2 (b) S = {x ∈ R | x ≤ 1 2 ou x > 2} 5. Sejam X e Y subsonjuntos quaisquer de A. (a) Seja b ∈ (f (X) − f (Y )) ⇔ ∃x ∈ X tal que b = f (x) e @y ∈ Y tal que b = f (y) ⇒ ∃x ∈ (X − Y ) tal que b = f (x), ou seja, b ∈ f (X − Y ). (b) Devemos mostar que: i. f (X − Y ) ⊃ (f (X) − f (Y )) ii. f (X − Y ) ⊂ (f (X) − f (Y )) se f é injetiva. O item i) foi mostrado em 5.a). Portanto, resta-nos mostrar que: f (X − Y ) ⊂ (f (X) − f (Y )). Suponha que f (X − Y ) ) (f (X) − f (Y )). Seja b ∈ (f (X − Y ) − (f (X) − f (Y ))) ⇒ b ∈ f (X − Y ) e b ∈ / (f (X) − f (Y )) ⇒ ∃y ∈ (Y − X) e ∃x ∈ (X − Y ) tal que b = f (y) = f (x), o que é um absurdo pois f é injetiva. Logo, f (X − Y ) ⊂ (f (X) − f (Y )). (c) Observe que a inclusão f (X ∩ Y ) ⊂ (f (X) ∩ f (Y )) é imediata. Resta-nos mostrar que: f (X ∩ Y ) ⊃ (f (X) ∩ f (Y )) se f é injetiva. Suponha que ∃b ∈ (f (X) ∩ f (Y )) tal que b ∈ / f (X ∩ Y ), ou seja, ∃x ∈ (X − Y ) e y ∈ (Y − X) tal que b = f (x) = f (y), o que é um absurdo pois, f é injetiva. Logo f (X ∩ Y ) ⊃ (f (X) ∩ f (Y )). BIBLIOGRAFIA • IEZZI, Gelson. DOLCE, Osvaldo. MURAKAMI, Carlos. Fundamentos de Matemática Elementar -Conjuntos e Funções. 7a edição. Vol 1. Editora: Atual. 3