ECONOMIA

Propaganda
Diretoria/Responsáveis:
Superintendente ABRAS – Tiaraju Pires
Presidente ABRAS – Sussumu Honda
Nº 19
ECONOMIA
www.abras.com.br
A informação que fala direto ao seu bolso
28 de Agosto de 2012
Autosserviço acumula crescimento de 5,80% no ano
As vendas reais do autosserviço em
julho de 2012 apresentaram queda de
-0,51% na comparação com o mês
anterior e queda de -0,09% em
relação ao mesmo mês do ano de
2011, de acordo com o Índice
Nacional de Vendas, apurado pela
Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Vendas nominais cresceram 5,15% em relação a julho de 2011
Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram queda de
-0,08% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a
junho do ano anterior, aumento de 5,15%. No acumulado, as
vendas cresceram 11,48% nominalmente.
O resultado de julho mostra o primeiro resultado negativo
quando o índice é comparado com igual mês do ano anterior.
Destaque-se que julho de 2011 foi um mês excepcionalmente
forte de vendas para o setor, o que representou uma base de
comparação mais forte.
“As vendas apresentaram um resultado negativo em julho,
mostrando que o forte impacto positivo do início do ano já está
se dissipando. Mas o nível de emprego continua bom e a
expectativa para o restante do ano é de maior aquecimento da
economia, o que deve manter as vendas neste patamar de 5%”,
afirmou o presidente da Abras Sussumu Honda.
No resultado acumulado (jan/jul), as
vendas apresentaram crescimento de
5,80%, na comparação com o mesmo
período do ano anterior. Os índices já
estão deflacionados pelo IPCA do
IBGE. No mesmo período de 2011, o
Índice Nacional de Vendas acumulava crescimento real de 4,32% na
comparação com o ano anterior.
Jul/12 x Jul/11
-0,08%
5,15%
Variação
Real*
(IPCA/
IBGE)
-0,51%
-0,09%
Acumulado/ano
11,48%
5,80%
Variações –
Período de
análise –mês/12
Jul/12 x Jun/12
Variação
Nominal
Índice Abras apresenta
crescimento acumulado
de 5,80% em 2012
Nesta edição:
>> Conjuntura – 2 >> Inflação – 3
Taxa de
desemprego em
julho mostra
estabilidade
IPCA acelera em
julho e acumula
alta anual de
5,20%
>>Abrasmercado – 4
Abrasmercado marca
deflação de -0,12% no
mês
>>Concentração – 5
Comércio varejista
continua acumulando
crescimento
>> Projeções – 6
Índice de confiança
do consumidor recua
em agosto
>>Indicadores – 7
Indicadores
macroeconômicos
e do varejo
AnáliseConjuntura
do mercado- pg.
- pg.0202
Julho mostra a primeira queda de vendas na base interanual
As vendas dos supermercados arrefeceram o ritmo em
julho. Depois de crescerem
6,68% na base interanual em
junho, as vendas mostraram a
primeira queda no ano, nesta
base de comparação. Para
agosto
e
setembro,
a
perspectiva é de que o índice
da Abras mantenha-se no
mesmo patamar, pois em
2011 estes meses foram mais
fracos em termos de vendas.
Na reta final do ano, esperase que a economia como um
todo já esteja operando em
um ritmo mais intenso (em um
nível de crescimento de 3,5%
a 4% ano), embora o PIB não
deva mesmo superar 1,80%. Com isso, as vendas dos
supermercados deverão seguir no mesmo nível.
dados mostram um acréscimo de 1.232.843 empregos
(+3,25%).
Empregos com carteira assinada – Segundo os dados
do Caged, em julho de 2012, foram gerados 142.496
empregos celetistas, equivalentes à expansão de
0,37% no estoque de assalariados com carteira
assinada do mês anterior. No acumulado do ano, os
Nos últimos 12 meses verificou-se a criação de
1.538.472 postos de trabalho, equivalente à expansão
de 4,09% no contingente de empregados celetistas do
País. A indústria da transformação apresentou alta de
24.718 empregos.
Taxa de desemprego em julho mostra estabilidade
Em julho de 2012, a taxa de desocupação, na análise
mensal,
permaneceu
estável
nas
regiões
metropolitanas de Recife (6,5%), Belo Horizonte (4,4%)
e Porto Alegre (3,8%). São Paulo (5,7%) apresentou
queda de 0,8 ponto percentual nesse indicador.
Frente a julho de 2011, observouse
queda
de
0,8
ponto
percentual
na
taxa
de
desocupação de São Paulo e
de 0,9 ponto percentual em
Porto Alegre. As demais regiões
apresentaram estabilidade em
12 meses.
O rendimento médio real caiu
nas regiões metropolitanas de
Recife (-3,5%), Belo Horizonte
(-1,8%), e São Paulo (-1,1%). Na
Região Metropolitana de Porto
Alegre esta estimativa ficou
estável. Na comparação anual,
todas as regiões metropolitanas
tiveram acréscimo do rendimento médio real. Destacam-se
as regiões metropolitanas
de
Recife e Belo Horizonte, onde a
variação positiva foi em torno
de 5,0%.
Desemprego em São Paulo é
de 5,7%, o mais baixo desde
fevereiro
Inflação - pg. 03
Análise do mercado
02
IPCA acelera em julho e acumula alta anual de 5,20%
O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho
apresentou variação de 0,43%, acima da
taxa de 0,08% registrada em junho.
Com o resultado de julho, o acumulado em
2012 fechou em 2,76% e ficou abaixo dos
4,04% registrados em igual período do ano
anterior. Considerando os últimos doze
meses, o índice situou-se em 5,20%, acima
dos 4,92% relativos aos doze meses
imediatamente anteriores. Em julho de 2011
a taxa havia ficado em 0,16%.
As despesas pessoais e as despesas com
alimentos, ambos com 0,91% de variação,
foram as que mais subiram em julho.
Inflação acumulada de
janeiro a julho de 2012 é
de 2,76%
Os alimentos, pela importância que têm no
orçamento das famílias, foram responsáveis por 49%
do índice do mês, detendo 0,21 ponto percentual.
O tomate, com redução de oferta, após ter subido
11,45% em junho, chegou a ficar 50,33% mais caro
em julho e, com isso, ganhou o primeiro lugar no
ranking dos principais impactos, com 0,10 ponto
percentual.
Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro o preço
do tomate quase dobrou de um mês para o outro,
atingindo variação de 94,18%.
Quanto aos índices regionais, o maior foi o de
Goiânia (0,61%), sob influência da energia elétrica
(9,12%), cujas tarifas foram reajustadas em 9,90% a
partir de 29 de junho. O menor índice foi o de Belém
Alimentos/Bebidas e Despesas
Pessoais ambos com (0,91%) e
Habitação (0,54%) apresentaram
as maiores altas
(0,22%) em razão do resultado moderado dos alimentos
(0,23%).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
apresentou variação de 0,43% em julho, acima do
resultado de 0,26% de junho. Com isso, o acumulado do
ano fechou em 3,00%, abaixo da taxa de 3,70% relativa
a igual período de 2011. Considerando os últimos doze
meses, o índice situou-se em 5,36%, acima dos doze
meses imediatamente anteriores (4,90%).
Abrasmercado - pg. 04
Cesta AbrasMercado
Período
Abrasmercado marca deflação de -0,12% no mês
Em julho, o Abrasmercado, cesta de
35 produtos de largo consumo,
analisada pela GfK, apresentou
queda de -0,12%, em relação a
junho de 2012. Na comparação com
o mesmo mês do ano anterior, o
Abrasmercado apresentou alta de
8,05%, passando de R$ 295,98 para
R$ 319,82. No ano, o indicador de
preços acumula alta de 0,37%.
Os produtos com as maiores altas
em julho, na comparação com o
mês anterior, foram: tomate, com
48,23%; farinha de mandioca , com
3,61%; queijo mussarela, com 2,73%.
Já os produtos com as maiores
quedas foram: batata com -16,66%;
Carne dianteiro com -4,34%; carne
traseiro, com -2,10%.
As
carnes
bovinas
(traseiro/
dianteiro), frango e pernil sofreram
variações negativas em seus preços,
decorrentes de menor ritmo nas
exportações.
Segundo análises do mercado, as
exportações já mostraram retomada
em agosto, o que poderá estabilizar
o preço final ou até mesmo
recuperar a queda de julho.
Ao longo de 2012 o preço do feijão
subiu +34,3% e o do arroz, 10%,
índices bem acima da inflação.
Observando-se o crescente valor do
tomate e da cebola ao longo deste
ano, percebe-se que a maioria dos
itens que compõem o famoso “prato
feito” está mais cara.
Centro-Oeste: única região que mostrou alta em julho
Em julho, a cesta da Região Norte
permanece com o posto da cesta
mais cara do País, registrando uma
variação de -0,79%, fato positivo,
pois mostra queda no preço em
relação a junho/2012. Na região, os
produtos
que
apresentaram
maiores quedas de preços foram
batata (-11,17%) e pernil (-8,47%).
A Região Centro-Oeste é a única
que obteve alta, na relação de um
mês para o outro, com variação de
R$ 361,34
R$ 272,15
R$ 311,57
R$ 305,16
1,16%, com destaque para o
tomate (44,73%) e feijão (6,44%). A
cesta regional ficou em R$ 311,57.
A segunda cesta mais cara do País
continua sendo a da Região Sul,
com valor de R$ 342,03 e variação
de -0,38% no mês. Na região, os
produtos
que
apresentaram
maiores altas de preços foram
tomate (64,45%) e cebola (12,62%).
A
Região
Sudeste
registrou
variação de preços de -0,01% e
atingiu R$ 305,15, as maiores altas
da região foram verificadas no
tomate (74,88%) e biscoito maisena
(8,45%).
Já a cesta da Região Nordeste
apresentou queda de -0,51%, com
valor de R$ 272,15, i as maiores
quedas
da
região
foram
verificadas em batata (-11,94%) e
frango congelado (-5,63%).
Valor em R$
Mês x Mês
Anterior
299,24
295,98
302,32
306,42
309,95
311,70
318,64
316,88
316,10
315,26
316,66
319,15
320,20
319,82
-0,18%
-1,09%
2,14%
1,36%
1,15%
0,58%
2,23%
-0,55%
-0,25%
-0,27%
0,44%
0,79%
0,33%
-0,12%
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Jan/12
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Fonte: GfK
Abrasmercado
Período
Valor em R$
Julho/11
R$ 295,98
Julho/12
R$ 319,82
Mês x Mesmo mês do ano anterior
Var. (%)
8,05
Período
Valor em R$
Junho/12
R$ 320,20
Julho/12
R$ 319,82
Var. (%)
Mês x Mês Anterior
-0,12
Maiores quedas
(X Mês anterior - %)
BATATA
CARNE DIANTEIRO
CARNE TRASEIRO
PERNIL
-16,66
-4,34
-2,10
-1,74
Maiores altas
(X Mês anterior - %)
TOMATE
FARINHA DE MANDIOCA
QUEIJO MUSSARELA
CEBOLA
48,23
3,61
2,73
2,08
Comparativo Abrasmercado x IPCA
R$ 342,03
Variação Mensal (Jul/12 versus Jun/12)
Acumulado no Ano (Jan/12 a Jul/12)
Variação 12 meses (Jul/12 versus Jul/11)
Abrasmercado
IPCA
-0,12%
0,37%
8,05%
0,43%
2,76%
5,20%
Comércio varejista
Comércio varejista continua acumulando crescimento
Em junho de 2012, o comércio varejista do
País assinalou
1,5%
Análisetaxas
Macrode
- pg.
04 no volume de
vendas e de 1,9% na receita nominal, ambas
as variações com relação ao mês anterior.
Para o volume de vendas, tal resultado
reverte o sinal negativo observado em maio;
para a receita nominal de vendas,
representa o quarto mês consecutivo de
taxas positivas.
Nas demais comparações, o varejo nacional
obteve, em termos de volume de vendas,
acréscimos da ordem de 9,5% sobre junho do
ano anterior e de 9,1% e 7,5% nos
acumulados dos seis primeiros meses do ano
e dos últimos 12 meses, respectivamente.
A
receita nominal apresentou taxas de
variação de 12,8% sobre o mês de junho de
2011, 12,1% no acumulado de 2011 e de
11,5% no resultado acumulado de 12 meses.
Hiper e supermercados
puxam crescimento do
varejo
Na comparação de junho 2012/junho 2011, os
hiper e supermercados apresentaram a maior
taxa de crescimento de vendas em volume:
11,3%.
Entre as demais atividades cabe destaque
para móveis e eletrodomésticos (15,8%); artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de
perfumaria (11,3%); combustíveis e lubrificantes
(6,8%), como pode ser observado no Gráfico
ao lado. Os artigos de escritório, informática e
comunicação
foram
os
únicos
que
apresentaram queda no período, de -14,6%.
Entre
regiões, o
melhor
resultado
foi
apresentado no Espírito Santo, que apresentou
avanço de 15,5% na comparação com junho
de 2011. Taxas mais moderados foram
verificadas no Rio de Janeiro e em São Paulo,
com 6,6% e 8,7%, respectivamente.
Volume de vendas de super e
hipermercados cresce 11,8%
na comparação interanual,
segundo o IBGE
Projeções - pg. 06
Índice de confiança do consumidor recua em agosto
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da
Fundação Getulio Vargas recuou 1,0% entre julho e
agosto de 2012, ao passar de 121,6 para 120,4
pontos. Foi a quarta queda consecutiva do Índice
desde abril, mas ainda se mantém acima da média
dos últimos cinco anos, de 114,1 pontos.
geral da economia: o Índice da Situação Atual
(ISA) caiu 1,4%, ao passar de 135,4 para 133,5
pontos. No período, a proporção de consumidores
que avaliam a situação como boa diminuiu de
25,2% para 23,9% e a dos que a julgam ruim passou
de 20,6% para 22,9%.
Entre julho e agosto, houve diminuição do grau de
satisfação em relação ao momento atual,
principalmente nos quesitos que medem a situação
As expectativas em relação aos próximos meses
pouco se alteraram e o Índice de Expectativas
chegou a subir 0,3%, de 112,7 para 113,0 pontos. A
pesquisa da Fundação Getulio Vargas leva em
consideração os seguintes quesitos: situação
econômica do País, da família, do orçamento
doméstico, do grau de dificuldade de encontrar
trabalho e intenções de compras de bens de alto
valor.
Confiança do consumidor cai pelo
quarto mês consecutivo
Projeção para o PIB/2012 ainda em queda: agora é 1,73%
Projeções – 24/8/2012
Índices/Indicadores
2012
2013
PIB (% de crescimento)
1,73
4,00
-1,55
4,50
2,00
2,00
7,25
8,25
5,19
5,50
7,85
5,00
Produção Industrial (% de
crescimento)
Taxa de câmbio - fim de
período (R$/US$)
Taxa Selic - fim de período
(% a.a.)
IPCA (%)
IGP-M (%)
Fonte: Boletim Focus - Banco Central
Segundo analistas de mercado
consultados pelo Banco Central,
em
seu
Boletim
Focus,
a
perspectiva para o PIB de 2012 é
de crescimento de apenas 1,73%.
Para 2013, analistas seguem
otimistas com a aposta de
crescimento de 4,00%. Há um mês,
o mercado previa expansão de
1,90% e 4,05%, respectivamente,
2012 e 2013.
As projeções indicam que o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) irá fechar 2012
em 5,19%, bem abaixo dos 6,50%
de 2011. O prognóstico para 2013
foi mantido em 5,50%.
Para o IGP-M, a previsão é de
que o índice encerre o ano em
7,85%. A previsão para a Selic foi
alterada para 7,25% em 2012.
Para 2013, a estimativa está em
8,25% ao ano.
O mercado financeiro alterou
as projeções para o dólar em
2012 e 2013. De acordo com o
levantamento
de
24/8,
a
previsão para a taxa de câmbio
no fim de 2012 foi aumentada
para R$ 2,00 (em 27/7 estava
em R$ 1,96). A previsão para o
dólar no fim de 2013 também foi
elevada para R$2,00 (estava
em R$ 1,95).
Indicadores - pg. 07
Indicadores
Expediente:
Departamento de Economia e Pesquisa
Flávio Tayra (Gerente)
Moisés Lira da Silva/Fabiana Alves
Revisão: Roberto Leite
Tel.: 55 11 3838-4516 e-mail: [email protected]
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