1 Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA AO PORTADOR DE ASMA Prof. Dr. Luzimar R. Teixeira Prof.a Renata Xavier Magalhães Prof.a Ms. Sylvia Lúcia de Freitas 1. HISTÓRICO Há muito tempo que o quadro da saúde respiratória no Brasil é uma amostra do quadro da assistência médico-hospitalar no país. As doenças respiratórias preocupam e atualmente só perdem para as moléstias cardiovasculares, em freqüência de internação hospitalar. Asma, rinite, pneumonia, bronquite crônica e tuberculose são as doenças que se disseminam e/ou são agravadas no inverno e promovem um grande aumento na procura nos serviços de saúde. Assim, foram finalmente reconhecidas como problemas de saúde pública. Na Universidade de São Paulo, particularmente na Escola de Educação Física, desde a década de 70 já havia a preocupação em oferecer à comunidade um programa de atividades físicas orientadas especialmente para os asmáticos. Era grande a procura pelo serviço, pois até então os asmáticos eram tratados quase que exclusivamente de forma emergencial e com uso de medicação broncodilatadora de curta duração. Atualmente, aliado à prática da atividade física é desenvolvido um programa educativo em asma, visando proporcionar a alunos e familiares maiores informações para melhor controle e monitoramento da doença. As pesquisas na área ganharam corpo na década de 80 e o curso de Educação física adaptada ao portador de asma mantém-se vinculado à disciplina de Educação Física Adaptada. Desde então, inúmeras pesquisas e trabalhos têm contribuído para o desenvolvimento dessa área de estudo, aliada à formação de recursos humanos, que 2 vem contribuindo decisivamente para um melhor atendimento e atuação dos profissionais de Educação Física. O curso tem a coordenação do Prof. Dr. Luzimar R. Teixeira desde a década de 70 e conta com as educadoras de práticas desportivas Prof.a Renata Xavier Magalhães e Prof.a Ms. Sylvia Lúcia de Freitas desde 1994, responsáveis pelo atendimento, orientação e aulas práticas e teóricas. O curso atende crianças, adolescentes e adultos asmáticos, visando melhorar o condicionamento físico através de diversas atividades motoras, exercícios de reeducação respiratória e postural e atividades aquáticas. O programa de educação e atividade física visa acarretar uma mudança no comportamento do paciente frente a sua doença, cuja base envolve a compreensão do diagnóstico, a importância do conhecimento da medicação e sua técnica de utilização, prevenção de novas crises e identificação de fatores desencadeantes. Nossos materiais didáticos, vídeos, folhetos e manuais reforçam o conhecimento sobre a doença e nossas pesquisas na área relatam que asmáticos que se exercitam regularmente, apresentam menos exacerbações, usam menos medicamentos, diminuem a falta à escola e ao trabalho, melhoram o condicionamento físico geral e o comportamento psicossocial, melhorando assim a qualidade de vida do aluno. 2. OBJETIVOS DO CURSO O curso tem por objetivo divulgar os resultados dos trabalhos realizados nesses anos de pesquisa, com o intuito de oferecer ao asmático todos os benefícios de um tratamento adequado que engloba diretrizes médicas definidas pelo consenso mundial de saúde e diretrizes da Educação Física que propicia ao asmático condições de ter uma vida mais saudável, a partir de um programa de condicionamento físico adequado e bem elaborado. Mantemos intercâmbio de estudo e pesquisa com Instituições, suporte e orientação para monografias e pós-graduação, atendemos monitores e estagiários de áreas afins, com o intuito de divulgação dos conhecimentos e elaboração de pesquisas relacionadas 3 com a patologia. 3.INTRODUÇÃO A asma é uma das doenças crônicas mais incidentes na infância. É causa importante de absenteísmo escolar e de limitações para esportes e outras atividades. Entre os adultos representa importante problema, pois freqüentemente seu controle é difícil e pode estar associada a outras condições de saúde, o que torna mais grave a situação clínica global do paciente. Nos últimos anos, houve enorme progresso não só pelo melhor entendimento dos mecanismos da asma como também pelo surgimento de novos recursos terapêuticos, principalmente nos grupos dos broncodilatadores e dos antiinflamatórios. No entanto, apesar desses progressos, não se observou impacto proporcional na mortalidade e na morbidade da doença. Preocupados com esse fato, especialistas de todo mundo elaboram vários consensos médicos para melhorar o atendimento aos asmáticos. Quatro itens são considerados fundamentais para o controle da asma: controle ambiental, programas educativos e de auto ajuda, utilização adequada de medicamentos e avaliações freqüentes de função pulmonar. Além disso, é essencial a participação regular em programas de atividade física, melhorando a condição física geral, permitindo suportar melhor os agravos da saúde. A asma ocasiona muitos prejuízos para o paciente e à sociedade. Acometidos de crises freqüentes, as crianças faltam à escola, praticam menos atividades físicas essenciais para seu desenvolvimento físico e psíquico. Do mesmo modo, adultos perdem dias de trabalho e muitas vezes privam-se de atividades físicas e sociais. Ambos utilizam com freqüência serviços de emergência, sobrecarregando ainda mais o já precário sistema de saúde. Muitos desses problemas poderiam ser evitados se fossem implantados programas de controle e prevenção da asma já em uso em outros países. Infelizmente, em nosso meio, os programas educativos são pouco divulgados e os medicamentos preventivos pouco prescritos pelos médicos. 4 4. OBJETIVOS DO TRATAMENTO Nossa meta é a aquisição de habilidades para o seu próprio monitoramento. Deve ocorrer uma alteração da percepção da doença, que significa mais do que a alteração dos medicamentos, pois envolve uma mudança de comportamento e uma nova atitude em relação à asma e conseqüente melhora da qualidade de vida: 1. Ensinar ao asmático e seus familiares a lidar com a asma, através do conhecimento da patologia, dos fatores desencadeantes, de medidas de controle ambiental, e da elaboração de estratégias que compõem um plano de ação para o tratamento. 2. Estimular a prática de atividades físicas e esportivas. 3. Reeducar a função respiratória através de exercícios respiratórios. 4. Reestruturar o alinhamento postural. 5. Ensinar a forma de utilização dos medicamentos antiasmáticos para otimizar seus efeitos. 6. Melhorar a auto estima e a auto confiança. 7. Estimular o uso do aparelho Peak Flow para a mensuração do pico de fluxo expiratório. 5. Publico alvo: Crianças (a partir dos seis anos), adolescentes e adultos portadores de asma. 6. Requisitos para o ingresso no curso: 1. Prova de função pulmonar 2. Teste ergométrico (adultos) 3. Exame dermatológico 7. Conteúdo do programa: 1. Questionário 2. Provas periódicas de função pulmonar (espirometria) 3. Avaliações físicas e posturais: 5 - Antropometria - Teste de caminhada - Teste de natação - Teste de flexibilidade - Teste de força muscular 4. Programa educativo: - Palestras para pais - Atividades ludo-educativas (jogos...) com os alunos - Material didático 5. Programa prático: - Condicionamento físico - Reeducação postural - Reeducação respiratória 8. Desenvolvimento da aula - Duração da aula: 1 hora e 30 minutos - Fases da aula: 1. Avaliação do aluno antes do início da aula: mensuração do pico de fluxo expiratório (PFE pré) e desconforto respiratório (DR pré). 2. Introdução e aquecimento: alongamentos, exercícios de mobilidade articular, atividades de baixa intensidade. 3. Parte Fundamental: As atividades são elaboradas de acordo com o grupo (crianças, adolescentes e adultos), tendo como objetivos essenciais os seguintes temas: - Estimulação do desenvolvimento psicomotor no auxílio da consciência dos movimentos corporais. (coordenação motora global e fina; tônus; equilíbrio; esquema corporal, lateralidade, ritmo, organização espaço-temporal, relaxamento, respiração e postura). - Atividades recreativas (jogos, brincadeiras, gincanas, etc.) - Atividades esportivas (experiências básicas de movimento) - Exercícios de fortalecimento muscular na busca do conhecimento corporal e melhores adaptações posturais - Alongamentos e exercícios de flexibilidade 6 - Caminhadas 4. Exercícios respiratórios e posturais e avaliação final: - Reeducação respiratória - Reeducação postural - Mensuração final do pico de fluxo expiratório (PFE pós) e Desconforto Respiratório (DR pós) 5. Piscina - Exercícios respiratórios e posturais - Exercícios de aprendizagem motora dos nados - Condicionamento físico aeróbio - Atividades recreativas - Relaxamento muscular Conteúdo do programa educativo A) Conceito e fisiopatologia da asma Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que causa obstrução ao fluxo aéreo (reversível espontaneamente ou com tratamento) e pode ser desencadeada por uma série de estímulos, tais como alérgenos, irritantes, ar frio e exercício, manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito e dificuldade de respirar (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2002; GINA, 2002). Do ponto de vista clínico, a asma representa uma obstrução difusa de vias aéreas que é reversível espontaneamente ou com tratamento. Fisiologicamente é uma obstrução de vias aéreas associada à hiperinsuflação e farmacologicamente é uma reatividade exagerada das vias aéreas a estímulos específicos e inespecíficos. B) Sintomas O asmático apresenta episódios de tosse, falta de ar (dispnéia), chiado e aperto no peito, que melhoram com o tratamento clínico adequado. 7 C) Fatores desencadeantes - Alérgenos: pó (ácaro), mofo, pêlos, penas. - Irritantes: fumaça do cigarro, poluição do ar, inseticidas, produtos de limpeza, ou substâncias de cheiro forte. - Infecção por vírus: gripes e resfriados. - Fatores emocionais: ansiedade, medo, insegurança, e outras emoções. - Medicamentos: Alguns antiinflamatórios têm na sua composição o ácido acetilsalisílico que geralmente desencadeia crise de asma. - Mudanças bruscas de temperatura - Alimentos: Ovos, chocolate, amendoim, leite e seus derivados e os alimentos industrializados que contém aditivos químicos, tais como aromatizantes, flavorizantes e corantes. - Exercício físico: pode desencadear o BIE (broncoespasmo induzido pelo exercício).O BIE, fenômeno que atinge a maioria dos asmáticos, é um fator limitante nas atividades físicas e sociais. O BIE tende a aparecer após um esforço em torno de 70 à 80% do VO² máx com duração em média maior que seis minutos. D) Cuidados As atividades aeróbias devem ser intervaladas e trabalhadas em limites inferiores a 80% do VO² máx. A administração de broncodilatador aerossol, 15 minutos antes do início da atividade é aconselhada. O tipo, a intensidade e a duração do esforço das atividades físicas devem ser escolhidos cuidadosamente afim de que evite o BIE. O exato mecanismo responsável pelo BIE é incerto, sendo que o resfriamento e ressecamento das vias aéreas na atividade física parecem ser os maiores responsáveis. No segmento escolar, o professor de educação física encontra crianças e adolescentes que apresentam insuficiência respiratória aguda e que é agravada por uma série de fatores. E) Atitudes frente a uma crise de asma - Diminuir o ritmo da atividade do aluno. - Estimular a respiração diafragmática com freno labial (inspiração nasal com expiração oral, e lábios semicerrados). 8 - Manter a criança sentada e reclinada para frente ou recostada para trás. - Utilizar a medicação broncodilatadora. - Se necessário, utilizar a respiração auxiliada (técnica de auxílio na expiração com o objetivo de mantê-la ventilada). Não substitui a administração do broncodilatador ou socorro médico. F) Escala de desconforto respiratório A escala de desconforto respiratório, também auxilia o professor durante a aula, facilitando na percepção de “falta de ar” do aluno durante e após uma atividade. Através da escala abaixo, é possível identificar o nível de desconforto respiratório: DESENHO G) Alterações funcionais Espasmo da musculatura lisa dos brônquios, edema da mucosa e hipersecreção brônquica, provocando aumento da resistência das vias aéreas, distribuição irregular do ar inspirado, distúrbios na relação ventilação-perfusão e maior consumo energético durante o trabalho respiratório. H) Principais ocorrências A principal ocorrência da crise de asma é a obstrução generalizada das vias aéreas, sendo que quatro eventos contribuem para essa obstrução: - Broncoespasmo (aumento do tônus da musculatura lisa do brônquio); - Hipersecreção (receptores estimulados aumentam a secreção de muco para a luz dos brônquios); - Edema da mucosa respiratória (mediadores inflamatórios aumentam a permeabilidade vascular); - Inflamação (mastócitos liberam fatores quimiotáticos que atraem o infiltrado inflamatório celular com eosinófilos e neutrófilos). I) Incidência Geralmente é mais freqüente na criança que no adulto. O início da doença se dá, na maioria dos casos, antes dos cinco anos de idade, sendo que um terço dos casos 9 antes dos dois anos de idade. Essa incidência permanece mais ou menos constante após a idade de dez anos. Segue-se um segundo aumento na freqüência, com início na adolescência, ainda não confirmado. Com relação ao sexo, a incidência maior é entre os meninos que, além de apresentarem uma maior freqüência, são os que apresentam maior gravidade da doença. Na adolescência, as meninas são mais acometidas. A predisposição para a asma é herdada mas embora o fator familiar seja reconhecido, seu desenvolvimento depende da interação de fatores ambientais e predisposição genética. J) Importância da reeducação respiratória - Melhora da elasticidade torácica e vertebral. - Reequilíbrio dos músculos eretores da coluna vertebral. - Tonificação dos músculos respiratórios, escapulares e abdominais. - Melhora da mecânica respiratória. - Aumento da capacidade de rendimento metabólico e cardiorrespiratória. Benefícios - Diminuição da freqüência de respiração. - Aumento do volume corrente. - Fornecer ao paciente noção de controle sobre o esforço respiratório. - Treinamento de resistência da parte superior do tronco coordenado com a respiração. 11) Atividades realizadas também no meio líquido As atividades no meio líquido, são um excelente meio para o treinamento da respiração, além de melhorar a amplitude dos movimentos, facilita o relaxamento e motiva o paciente a vencer pequenos desafios no meio aquático, que é extremamente prazeroso. Vantagens - Atividade física global, especialmente cardiorrespiratória. 10 - Desenvolvimento eumórfico. - Fortalecimento dos músculos abdominais. - Facilitador de boa mecânica respiratória. - Promoção da amplitude do movimento. - Prevenção do encurtamento ou tensionamento de grupos musculares. - Diminuição da tensão e facilita o relaxamento muscular. - Diminuição do estresse e da ansiedade. - Entusiasmo - Reduz a atuação da força gravitacional - Melhora a consciência corporal, o equilíbrio e a estabilidade do tronco. - Melhora a autoestima e a autoconfiança do paciente (efeito psicológico) Desvantagens - BIE - Apesar da natação ser considerada o exercício menos provocador de BIE, quando praticada de forma extenuante e principalmente associada à água fria pode provocar crises. - Aprimoramento do Impulso Parassimpático - Uma forma de acionar a resposta parassimpática é através da imersão do rosto na água, especialmente se estiver fria. Isto foi chamado de “reflexo de mergulho”. Sua principal manifestação é a bradicardia. - O cloro e seus derivados - Um produto químico mais comum e efetivo usado para tratamento da água de piscina é o cloro. Especificamente, é o derivado do cloro, o trocloreto de nitrôgenio que pode causar irritação nas vias respiratórias. CONCLUSÕES A melhora na condição física do asmático é conseqüência do aumento da sua resistência cardiorrespiratória, o que lhe permite suportar melhor os agravos da saúde, ou seja, fornecem-lhe reservas para enfrentar as crises obstrutivas. A participação regular em programas de atividades físicas, pode aumentar a tolerância ao exercício e a capacidade de trabalho com menor desconforto e 11 broncoespasmo. Aumento de apetite, melhora do sono, diminuição do uso de drogas e sensação de bem estar também são fatores associados à melhora da condição física. Um programa regular de atividades físicas pode melhorar a mecânica respiratória, tornar mais eficaz a ventilação pulmonar e, portanto, aumentar sua tolerância ao exercício físico e capacidade de trabalho. A reeducação funcional respiratória, associada a um plano de exercícios, tem ação preventiva/corretiva sobre as alterações torácicas e posturais. São necessárias orientações quanto ao tipo e intensidade das atividades físicas para se evitar o broncoespasmo induzido pelo exercício. As atividades físicas adaptadas por si só, não constituem no tratamento da asma. Não dispensa a medicação, os cuidados com o ambiente e a orientação psicoterápica, pelo contrário, uma criança cuja doença está mal controlada não é capaz de acompanhar e se beneficiar de um programa de exercícios físicos. Um programa de treinamento em natação induzirá um aumento de aptidão aeróbia e pode diminuir a gravidade clínica da asma. Entretanto, parece não haver evidência suficiente de que também reduza a incidência e gravidade do BIE. Mesmo assim, dentre todas as atividades físicas, a natação parece ser o exercício mais adequado como terapia ou programa de treinamento para os pacientes asmáticos. A Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo foi a pioneira na implantação no atendimento a asmáticos, visando proporcionar uma melhor qualidade de vida por meio de informações sobre a doença e principalmente utilizando a atividade física como instrumento importante no controle, prevenção e manuseio da asma. Durante todos estes anos da duração do curso, a bagagem por nós adquirida por meio de estudos e vivências possibilita estarmos sempre em renovação para melhor atendimento aos asmáticos. Muitos relatos de participantes e responsáveis colaboraram nas avaliações do curso. A melhora no condicionamento físico do aluno que participa regularmente das aulas é visível. Melhores resultados em relação à condição clínica do aluno ocorre quando coloca em prática toda as informações dadas. Outros fatores referidos e avaliados, que aparecem como conquistas do tratamento são: melhora da auto – estima e confiança devido à diminuição da ansiedade e insegurança, cooperação com o tratamento e uso adequado de medicamentos. 12 Na última coleta de dados realizada no período de 2001 a 2003 os pais dos alunos participantes do nosso curso relataram melhora na tolerância ao exercício físico e também uma maior participação nas aulas de educação física (trabalho apresentado no II Congresso de Atividade Motora Adaptada do Mercosul sob o título “Levantamento das limitações impostas pela asma a crianças e adolescentes, segundo a percepção dos respectivos pais antes e após programa de educação física adaptada a portadores de asma”, Porto Alegre, RS, 2004) (gráfico 1 e 2). Tolerância ao exercício físico 57,14 60 51,35 50 37,84 42,86 40 30 20 8,1 2,7 0 10 0 0 Igual Menor Muito menor Inicial (%) Não respondeu Final (%) Falta às aulas de Educação Física 32,14 35 30 25 25 20 15 10 5 42,86 40,54 45 40 27,03 13,51 10,81 5,4 2,7 0 0 0 0 Sem pre Pelo Pelo Men Nu n Nã o ca os d res p men men e1 ond os 1 os 1 ve z eu v ez v ez ao m p or ao m ê se m s ê s a na Inicial (%) Final (%) 13 PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSOS CIENTÍFICOS COM APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS (A PARTIR DE 1995) - “Estudo comparativo da expressão clínica e dos valores de VEF 1 em crianças asmáticas”. X Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), Serra Negra, SP, 1995. - “Plano de educação e controle da asma”. X Congresso Brasileiro de Saúde Escolar, São Paulo, SP, 1995. - “Programação de educação e atividades físicas à criança portadora de asma”. 48o Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), São Paulo, SP, 1996. - “Estudo do grau de desconforto respiratório durante e após a realização do teste de broncodilatação pelo exercício em crianças asmáticas”. XI Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE). São Paulo, SP, 1996. - “Incidências de assimetrias posturais em asmáticos de acordo com a gravidade da doença”. VI Simpósio de Educação Física Adaptada, São Paulo, SP, 1996. - “Estudo da freqüência do broncoespasmo induzido pelo exercício em crianças asmáticas segundo a gravidade”. VI Simpósio de Educação Física Adaptada, São Paulo, SP, 1996 - “Informação promove mudança de atitude em relação ao tratamento da asma?”. VI Simpósio de Educação Física Adaptada. São Paulo, SP, 1996. - “Utilidade das medidas do pico de fluxo expiratório em asmáticos na prática de atividade física”. VI Simpósio de Educação Física Adaptada, São Paulo, SP, 1996. - “Broncoespasmo induzido pelo exercício: prevalência de acordo com a gravidade”. VI Simpósio de Educação Física Adaptada. São Paulo, SP, 1996. - “Estudo dos fatores desencadeantes da asma em crianças asmáticas da cidade de São Paulo e sua relação com o teste cutâneo”. XII Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE). Caxambu, MG, 1997. - “Influência do início do quadro asmático na gravidade da asma na infância”. II Congresso Brasileiro de Atividade Motora Adaptada. São Paulo, SP, 1997. 14 - “Levantamento da freqüência e intensidade das crises de asma em crianças com sensibilidade à fumaça do cigarro”. II Congresso Brasileiro de Atividade Motora Adaptada, São Paulo, SP, 1997. - “Estudo comparativo das provas de função pulmonar realizadas por crianças asmáticas”. XIII Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE). Caxambu, MG, 1998. - “Utilização do material didático elaborado para crianças portadoras de asma, com o intuito de facilitar a compreensão da doença informando e colaborando para seu tratamento”. 50a Reunião Anual da SBPC. Natal, RN, 1998. - “A influência da incidência de BIE no comportamento da curva de crescimento de crianças asmáticas”. VII Simpósio Paulista de Educação Física Adaptada, São Paulo, SP, 1998. - “A relação entre auto-conceito/auto-estima e atividades físicas adaptadas às crianças portadoras de asma”. VII Simpósio Paulista de Educação Física Adaptada, São Paulo, SP, 1998. - “A relação entre auto-conceito/auto-estima e atividades físicas adaptadas às crianças portadoras de asma”. VII Simpósio Paulista de Educação Física Adaptada. São Paulo, SP, 1998. - “Discriminação de eventos internos e externos por asmáticos”. VII Simpósio Paulista de Educação Física Adaptada. São Paulo, SP, 1998. - “Utilização de estratégias lúdicas em exercícios respiratórios para crianças portadoras de asma na primeira infância”. VII Simpósio Paulista de Educação Física Adaptada. São Paulo, SP, 1998. - “Crianças asmáticas iniciantes de práticas esportivas: controle da intensidade de esforço através do PFE e DR”. XIV Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE). Caxambu, MG, 1999. - “Futebol: crianças asmáticas apresentam queda no pico de fluxo expiratório (PFE) e maior grau de desconforto respiratório (DR)?” III Congresso Brasileiro de Atividade Motora Adaptada (SOBAMA). Natal, RN, 1999. - “Material didático e lúdico para crianças asmáticas”, 9º Congresso Paulista de Pediatria. São Paulo, SP, 2001. 15 - “Apresentação das atividades desenvolvidas no Programa de atividades físicas adaptadas ao portador de asma” (vídeo), IV Congresso da Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada (SOBAMA). Curitiba, PR, 2001. - “Influência da utilização de jogos de “faz-de-conta” como estratégia para estimular a caminhada com crianças asmáticas”. IV Congresso da Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada (SOBAMA). Curitiba, PR, 2001. - “Sintomas de asma x reconhecimento de asma: qual a relação?” I Congresso de Atividade Motora Adaptada do Mercosul. Porto Alegre, RS, 2002. - “Avaliação do conhecimento de professores de educação física sobre asma na cidade de São Paulo”. IV Congresso Brasileiro de Asma / IV Congresso Gaúcho de Pneumologia e Tisiologia / I Simpósio Gaúcho de Fisioterapia. Gramado, RS, 2003. - “Relação entre o grau de desconforto respiratório e a medida de pico de fluxo expiratório”. V Congresso Brasileiro de Atividade Motora Adaptada (SOBAMA). Belo Horizonte, MG, 2003. - “Crianças asmáticas em idade escolar: o desconforto respiratório corresponde à queda de função pulmonar?” VII Seminário de Educação Física Escolar “Educação Física e o Ensino Fundamental”. São Paulo, SP, 2003. - “Manejo da asma na escola: conduta do professor de educação física”. VII Seminário de Educação Física Escolar “Educação Física e o Ensino Fundamental”. São Paulo, SP, 2003. - “Criança asmática como fumante passiva” II Congresso de Atividade Motora Adaptada do Mercosul. Porto Alegre, RS, 2004 - “Efeitos de um programa de treinamento aeróbio e força de membros inferiores na variável pico de fluxo expiratório em adultos acima de 50 anos”, II Congresso de Atividade Motora Adaptada do Mercosul. Porto Alegre, RS, 2004 - “Verificação de broncoconstrição induzida por exercício através do teste de 12 minutos em crianças asmáticas”, II Congresso de Atividade Motora Adaptada do Mercosul. Porto Alegre, RS, 2004 - “Levantamento das limitações impostas pela asma a crianças e adolescentes, segundo a percepção dos respectivos pais antes e após programa de educação física adaptada a portadores de asma”, II Congresso de Atividade Motora Adaptada do Mercosul. Porto Alegre, RS, 2004 16 - “Incidência de rinite em crianças e adolescentes portadores de asma”, II Congresso de Atividade Motora Adaptada do Mercosul. Porto Alegre, RS, 2004 - “Prevalência e conhecimento sobre asma em adolescentes”, II Congresso de Atividade Motora Adaptada do Mercosul. Porto Alegre, RS, 2004 - “A importância da medida de pico de fluxo expiratório no Dia Nacional da Alergia como estímulo à iniciação da atividade física II Congresso de Atividade Motora Adaptada do Mercosul. Porto Alegre, RS, 2004 PUBLICAÇÕES EM LIVROS E REVISTAS - “Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em natação”. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo, v.8, n.2, p.98, ago./dez., 2001. - “Distúrbios respiratórios – Asma” In: GORGATTI, M.G. e COSTA, R.F. da. Atividade física adaptada. Editora Manole. 2004. - “Asma e atividades aquáticas” da Coleção Manole de Educação Física (título provisório, no prelo) - “Teste de 12 minutos de natação para crianças asmáticas entre 10 e 13 anos. Um estudo”. Revista da Escola Superior de E.F. da Universidade de Pernambuco - a.5, v.1, n.1, 2003 (no prelo). - “Programa educativo em asma” e “Exercício físico e asma” do livro Atividade Física Adaptada e Saúde, Faculdades Metropolitanas Unidas, (título provisório, no prelo) PUBLICAÇÕES DE APOSTILAS DIDÁTICAS - “Asma: controle e prevenção”. 1997. - “Brincando de respirar” e do “Manual de atividades para crianças asmáticas”. 1997 - “Manual de orientação e utilização do monitor de pico de fluxo expiratório”. 1997. - “Diário para monitoramento da asma”. 1998. 17 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 1. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACME). “Teste de esforço e prescrição de exercício”. Rio de Janeiro. Ed. Revinter, 2000. Entidade americana conceituada mundialmente em prescrição de exercício. 2. 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BOZZA, A. & LOOS, L. “O teste de esforço em crianças e adolescentes: experiência com brasileiros normais”. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, v.8, n.1, p.19-25, 1995. 18 Artigo aborda teste de esforço para crianças e adolescentes normais brasileiros. 8. CABRAL, A.L.B.; TEIXEIRA, L.R. (coords). “Vencendo a asma: uma abordagem multidisciplinar“. São Paulo. Ed. Bevilacqua, 1994. Uma abordagem ampla da asma em vários aspectos teóricos e práticos. 9. CASTRO, F.M. Rinite alérgica: Modernas abordagens para uma clássica questão. São Paulo. Lemos Editora, 1997. Artigo aborda a rinite alérgica e suas implicações. 10. DROBNIC, F et al. “Assessment of clorine exposure in swimmers during training”. Med Sci Sports Exerc, v.28, n.2, p.271-4, 1996. Artigo sobre o efeito do cloro em nadadores em treinamento. 11. EMTNER, M et al. “High intensity physical training in adults with asthma. A comparison between training on land and in water”. Scand J Rehabil Med, v.30, n.4, p.201-9, 1998. Comparação entre treinamento fora e dentro d’água para adultos com asma. 12. FREITAS, S.L & MAGALHÃES, R.X. “Brincando de respirar” e “Manual de Atividades”. São Paulo. Ed. CEPEUSP, 1997. Livreto narra a estória de um menino asmático e seu dia-a-dia. O manual contém exercícios de fixação por meio de palavras cruzadas, jogo 7 erros, etc. 13. FREITAS, S.L. “Avaliação do conhecimento do professor de educação física sobre a asma em escolas públicas e particulares na região centro-oeste de São Paulo”. São Paulo, 2003. Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Medicina da USP. Dissertação de mestrado que avaliou o conhecimento teórico de professores e suas atitudes no manuseio da asma em escolas públicas e particulares de São Paulo. 14. GLOBAL INITIATIVE FOR ASTHMA MANAGEMENT AND PREVENTION. NHLBI/WHO workshop report, US Department of Health and Human Services. 19 National Institutes of Health, Bethesda 2002; Pub # 02-3659 Disponível em HYPERLINK "http://www.ginasthma.org" http://www.ginasthma.org . Importante consenso americano sobre manuseio e controle da asma, aceito mundialmente. 15. HOLLAWAY, E & RAM, FS. “Breathing exercises for asthma” Cochrane Database Syst Ver, (3):CD001277, 2000. Revisão bibliográfica sobre exercícios respiratórios e asma. 16. INBAR, O et al. “The effect of body posture on exercise- and hyperventilationinduced asthma”. Chest, v.100, n.5, p.1229-34, 1991. Artigo aborda o efeito da posição do corpo na natação em relação à hiperventilação ocasionada pela asma induzida. 17. KURABAYASHI, H et al. “Clinical analysis of breathing exercise during immersion in 38 degrees C water for obstructive and constrictive pulmonary diseases”. J Med, v.30, v1-2, p.61-6, 1999. Artigo aborda exercícios respiratórios realizados em água com temperatura de 38 o C para doenças respiratórias. 18. KURABAYASHI, H et al. “Comparison of three protocols for breathing exercises during immersion in 38 degrees C water for chronic obstructive pulmonary disease”. Am J Phys Med Rehabil, v.77, n.2, p.45-8, 1998. Idem ao anterior, utilizando a comparação entre 3 protocolos de exercícios respiratórios. 19. MAHLER, D.A. et al. “Measurement of breathlessness during exercise in asthmatics”. American Review of Respiratory Disease. v.144, p. 39-44, 1991. Artigo aborda a mensuração da dispnéia durante o exercício em asmáticos. 20. MANNING, HL & SCHWARTZSTEIN, RM. “Respiratory sensations in asthma: physiological and clinical implications”. J Asthma, v.38, n.6, p.447-60, 2001. 20 Artigo aborda a percepção da dispnéia e suas implicações físicas e clínicas. 21. MC FADDEN JR, E.R. “Exercise performance in the asthmatic”. American Review of Respiratory Disease, v.129, p.84-7, 1984. Supplement. Artigo aborda o desempenho físico de asmáticos. 22. PEDRINELLI,V.J.,TEIXEIRA, L .R..et al. “Educação Física e Desporto para pessoas portadoras de deficiência”. Brasília: Mec-SEDES, SESI-DN, 1994. Texto aborda aspectos gerais da asma e suas implicações. 23. RAM, F.S. et al. “Effects of physical training in asthma: a systematic review”. British journal of sports medicine 34 (3); p162-7, 2000. Artigo aborda uma revisão sistemática sobre os efeitos do treinamento físico para asmáticos. 24. SATTA, A. “Exercise training in asthma”. Journal of sports medicine and physical fitness 40: (4): p277-83, 2000. Artigo aborda o treinamento para asmáticos. 25. SKINNER, J.S. “Prova de esforço e prescrição de exercício para casos específicos”. Rio de Janeiro. Ed. Revinter, 1991. Há um capítulo que aborda quais provas de esforço devem ser realizadas e como prescrever exercícios para essa população. 26. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. “III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma” 28, S4, 2002. Importante referência nacional sobre diretrizes no controle e manuseio da asma. 27. TEIXEIRA, L. R. “Efeitos de um programa de atividades físicas para criança asmática, avaliados por provas de função pulmonar”. São Paulo: 1990. Dissertação (Mestrado). Escola de Educação Física da USP. 21 Artigo aborda os efeitos de uma atividade física programa utilizando provas de função pulmonar. 28. TEIXEIRA, L. R. “Educação física escolar: alterações posturais e respiratórias na infância e adolescência”. São Paulo: Escola de Educação Física da USP, 1991. Abordagem das alterações posturais e respiratórias em crianças e adolescentes. 29. TEIXEIRA, L. R. (coord.). “Educação física escolar adaptada: postura, asma, obesidade e diabetes na infância e adolescência”. São Paulo, EEFUSP/EFP, 1993. Abordagem das alterações posturais e respiratórias em crianças e adolescentes e outras patologias. 30. TEIXEIRA, L. R. “Efeitos da individualização da intensidade de um programa de treinamento contínuo em variáveis respiratórias e hemodinâmicas de adolescentes asmáticos graves”. São Paulo, 1996. Dissertação (Doutorado)- Escola de Educação Física da USP. Dissertação de mestrado sobre treinamento físico e seus efeitos em variáveis respiratórias em adolescentes asmáticos graves. 31. TEIXEIRA, L. “Exercícios físicos e o paciente alérgico”. In: CASTRO, F.F.M. “Rinite alérgica: modernas abordagens para uma clássica questão”. São Paulo. Lemos Editorial, 1997. Capítulo aborda atividade física e pacientes alérgicos. 32. TEIXEIRA, L. (coord.), MAGALHÃES, R.X., FREITAS, S.L., ANTILA, M. “Manual de orientação e utilização do monitor de pico de fluxo expiratório”. Ed. CEPEUSP, 1997. Manual idealizado para facilitar a aprendizagem do uso do monitor de fluxo expiratório. 22 33. TEIXEIRA, L., MAGALHÃES, R.X., FREITAS, S.L., VILLA, F. “Asma: da teoria à prática“. Anais do VII Simpósio Paulista de Educação Física Adaptada, São Paulo, 1998. Curso realizado em Simpósio para esclarecimento e orientação sobre asma. 34. THOMSON, A. et al. “Fisioterapia de Tidy”. São Paulo. Ed. Santos, 1994. Abordagem sobre fisioterapia respiratória, manuseio e conceitos. 35. TRIBASTONE, F. ”Tratado de exercícios corretivos aplicados à reeducação postura”. São Paulo. Ed. Manole, 2001. Livro aborda aspectos relacionados à reeducação postural.