Bula - Prati

Propaganda
Adequação à RDC 47/2009 e separação Prati-Donaduzzi
de informações técnicas destinadas ao
PACIENTE e PROFISSIONAL DE SAÚDE. Bula Digoxina Elixir - Paciente
12/09/14
R0
Off-set
SM: 15947 / 408960
Preto
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
digoxina
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÃO
Elixir de 0,05 mg/mL em embalagem com 1 frasco de 60 mL
acompanhado de conta-gotas.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL do elixir contém:
digoxina.................................................................... 0,05 mg
veículo q.s.p .................................................................. 1 mL
Excipientes: fosfato de sódio dibásico, ácido cítrico,
metilparabeno, sacarose, corante amarelo nº 10 quinolina,
propilenoglicol, álcool etílico, aroma natural de damasco e
água purificada.
1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este medicamento é indicado para o tratamento da
insuficiência cardíaca congestiva (um conjunto de sinais e
sintomas decorrentes do mau funcionamento do coração,
que não é capaz de bombear o sangue e suprir a necessidade
de oxigênio e nutrientes do organismo) e de certas arritmias,
nome que se dá às variações do ritmo dos batimentos do
coração.
2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
A digoxina pertence a um grupo de medicamentos chamados
glicosídeos cardíacos. Esses medicamentos aumentam a
força de contração do músculo do coração e por isso são
usados para tratar certos problemas, como insuficiência
cardíaca e irregularidade do ritmo dos batimentos do
coração.
3.
QUANDO
NÃO
DEVO
USAR
ESTE
MEDICAMENTO?
Contraindicações
Alergia à digoxina, a outros glicosídeos ou a alguma
das substâncias presentes no medicamento (vide
COMPOSIÇÃO);
Bloqueio atrioventricular completo ou intermitente ou
outros tipos de arritmia cardíaca (alterações do ritmo de
batimentos do coração), como bloqueio atrioventricular de
segundo grau (especialmente se houver história de síndrome
de Stokes-Adams) e taquicardia ventricular (aumento do
ritmo cardíaco) ou fibrilação ventricular;
Outros tipos de doenças cardíacas, como a chamada
cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica, a menos que haja
também fibrilação atrial e insuficiência cardíaca, mas,
mesmo nesse caso, deve-se tomar cuidado com o uso deste
medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes
com certos problemas de coração. O médico com
certeza vai checar seu histórico antes de lhe receitar este
medicamento. Se você tem alguma preocupação com relação
a isso, converse com seu médico.
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
O médico deve considerar o uso deste medicamento por
mulheres grávidas apenas quando os benefícios clínicos
esperados do tratamento da mãe superarem qualquer
possível risco para o feto.
Não existem contraindicações relativas às faixas etárias.
4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE
MEDICAMENTO?
Se você responder “sim” a alguma das perguntas abaixo,
avise ao seu médico antes de usar este medicamento. Ele
lhe dirá se este medicamento é adequado ou não para você.
- Você tem, ou já teve problemas nos rins?
- Você é idoso?
- Você está usando diurético ou inibidores da ECA (Enzima
Conversora de Angiotensina)?
- Você tem o nível alterado de cálcio no sangue?
- Você tem doença da tireoide?
- Você tem o nível baixo de magnésio no sangue?
- Você tem alguma doença no pulmão?
- Você sente falta de ar?
- Você tem problemas no intestino ou no estômago?
- Você está grávida, amamentando ou pretende engravidar?
- Você está usando ou usou um glicosídeo cardíaco nas
últimas duas semanas?
- Você sofreu algum infarto recentemente?
- Você está sendo ou será submetido a tratamento de
cardioversão de corrente contínua?
- Você possui algum dos seguintes problemas cardíacos?
Amiloidose cardíaca, miocardite, doença cardíaca por
beribéri ou pericardite crônica.
Idosos
Os pacientes idosos têm tendência a apresentar problemas
nos rins e diminuição da massa corporal, e isso faz com que
os níveis altos de digoxina no sangue causem intoxicação
rapidamente. Esse problema pode ser evitado com a redução
das doses normais administradas a adultos. O médico
deverá fazer o ajuste adequado da dose conforme o caso.
Consulte seu médico, que indicará outros cuidados a serem
tomados, como o acompanhamento dos níveis de eletrólitos
no sangue, assim como de creatinina, que deve ser feito
periodicamente. É também recomendável que o médico
monitore a concentração de digoxina no sangue durante a
suspensão temporária do tratamento.
Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar
máquinas
Pacientes que estão usando digoxina devem ter cuidado
ao dirigir, operar máquinas ou participar de atividades
perigosas.
Gravidez
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
O médico deve considerar o uso deste medicamento na
gravidez apenas quando os benefícios clínicos esperados do
tratamento da mãe superarem qualquer possível risco para
o feto.
Amamentação
Embora este medicamento esteja presente no leite materno,
as quantidades são mínimas, por isso o medicamento não é
contraindicado durante a amamentação.
Principais interações com medicamentos, alimentos e
testes laboratoriais
Interações entre medicamento e alimento
Frente
200,00 x 560,00
Este medicamento pode ser ingerido com a maioria dos
alimentos. Entretanto, você deve evitar tomá-lo com
alimentos ricos em fibras, que podem reduzir a quantidade
de digoxina absorvida.
Interações entre medicamento e exame laboratorial
O uso deste medicamento pode alterar o eletrocardiograma
(gerando, por exemplo, resultados falso-positivos
de alterações no exame); portanto, se fizer um
eletrocardiograma, avise à pessoa que conduz o teste que
você está tomando este medicamento.
A digoxina pode interagir com muitos outros medicamentos,
incluindo aqueles adquiridos sem prescrição médica. Caso
faça uso de algum medicamento verifique com seu médico
a possibilidade dele interagir com a digoxina. Não use
nenhum medicamento junto com a digoxina sem orientação
médica. Se você responder “sim” a alguma das questões
abaixo, avise seu médico antes de usar este medicamento.
- Você usa medicamentos para tratar o câncer?
- Você usa medicamentos para tratar pressão alta?
- Você usa medicamentos para tratar epilepsia?
- Você usa medicamentos para problemas de ritmo cardíaco?
- Você usa medicamentos para tratar problemas de estômago
ou intestino, incluindo laxantes ou outros para diarreia,
indigestão ou vômito?
- Você usa drogas bloqueadoras de receptores
beta-adrenérgicos ou bloqueadores de canais de cálcio?
- Você utiliza drogas que diminuem os níveis de potássio
no sangue, como diuréticos, sais de lítio, corticosteroides,
carbenoxolona?
- Você faz uso de cálcio? (especial atenção é necessária no
caso dessa utilização ser por via intravenosa)
- Você utiliza inibidores da ECA, amiodarona, flecainida,
prazosina, propafenona, quinidina, espironolactona,
antibióticos macrolídeos, tetraciclina, gentamicina,
itraconazol,
quinina,
trimetoprima,
alprazolam,
indometacina, propantelina, nefazodona, atorvastatina,
ciclosporina, verapamil, epoprostenol, carvedilol, felodipina,
nifedipina, diltiazem, inibidores da P-glicoproteína ou
tiapamil?
- Você utiliza antiácidos, caolina-pectina, laxantes,
colestiramina,
acarbose,
sulfasalazina,
neomicina,
rifampicina, citostáticos, fenitoína, metoclopramida,
penicilamina, adrenalina, salbutamol ou Hypericum
perforatum (erva de São João)?
Este medicamento não deve ser usado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente
seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
Não existem contraindicações relativas a faixas etárias.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu
médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Você deve manter este medicamento em temperatura
ambiente (entre 15 e 30 ºC), em lugar seco e ao abrigo da
luz. Nestas condições o prazo de validade é de 24 meses a
contar da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Digoxina apresenta-se na forma de líquido límpido, de
coloração amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber
se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.
6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Modo de usar
O elixir não deve ser diluído.
Utilize o conta-gotas que acompanha o produto para medir
exatamente a dose prescrita pelo médico.
Posologia
Siga a orientação do seu médico, só ele saberá lhe indicar a
melhor dose. A dose deste medicamento deve ser ajustada
individualmente pelo seu médico, de acordo com a sua idade,
peso corporal e função renal. As doses sugeridas devem ser
interpretadas somente como uma diretriz inicial.
Você deve ingerir o medicamento sempre no mesmo horário,
todos os dias. Siga à risca as instruções do seu médico.
A utilização de doses maiores que a prescrita pelo médico
pode ser perigosa.
Controle
Não há diretrizes rígidas quanto à faixa de concentração
sérica mais eficaz, mas a maioria dos pacientes apresentará
bons resultados, com baixo risco de desenvolver sinais
e sintomas de intoxicação quando as concentrações de
digoxina no sangue estiverem entre 0,8 ng/mL (1,02 nmol/L)
a 2,0 ng/mL (2,56 nmol/L). Acima desta faixa tornam-se
mais frequentes sinais e sintomas de intoxicação, sendo
muito provável a ocorrência de intoxicação quando os níveis
sanguíneos ultrapassarem a 3,0 ng/mL (3,84 nmol/L).
Adultos e crianças com mais de 10 anos (utilize o conta-gotas
graduado - 1 mL/0,05 mg).
Dose de ataque:
única.
Dose lenta de ataque:
0,75 mg) pode ser administrada diariamente, por 1 semana,
seguida da uma dose de manutenção apropriada. Uma
resposta clínica deve ser observada dentro de uma semana.
Nota: a escolha entre a dose rápida ou lenta de ataque
depende do estado clínico do paciente e da urgência da
condição.
Dose de manutenção: seu médico deverá avaliar qual a dose
mais adequada para seu caso. Na prática, isto significa que a
maior parte dos pacientes terá doses de manutenção diárias
para aqueles que demonstrarem aumento da sensibilidade
aos eventos adversos da digoxina, uma dose diária de 62,5
Neonatos (bebês com até 28 dias de vida) e crianças
menores de 10 anos: caso algum glicosídeo cardíaco tenha
sido administrado num período de até 2 semanas antes do
início da terapia com digoxina, deduz-se que a dose de
ataque ótima de digoxina será inferior à recomendada. Em
recém-nascidos, particularmente em crianças prematuras,
o clearance renal de digoxina é menor, logo deverão ser
consideradas reduções nas doses recomendadas.
Por outro lado, no período imediato após o nascimento,
o bebê geralmente requer doses proporcionalmente mais
altas que as calculadas para adultos, baseando-se na área
de superfície corporal, como indicado na tabela abaixo.
Crianças maiores de 10 anos requerem doses de adultos,
proporcionais ao peso corporal.
Dose de ataque oral: deve ser administrada de acordo com
a seguinte tabela:
Neonatos prematuros < 1,5 kg
Neonatos prematuros 1,5 kg a 2,5 kg
Neonatos termos até 2 anos
2 a 5 anos
5 a 10 anos
A dose de ataque deve ser administrada em doses divididas,
com aproximadamente metade da dose total na primeira
tomada e o restante, fracionado em doses administradas a
intervalos de 4 a 8 horas. A resposta clínica deverá se avaliada
sempre antes da administração de cada dose adicional.
Adequação à RDC 47/2009 e separação Prati-Donaduzzi
de informações técnicas destinadas ao
PACIENTE e PROFISSIONAL DE SAÚDE. Bula Digoxina Elixir - Paciente
12/09/14
R0
Off-set
SM: 15947 / 408960
200,00 x 560,00
Preto
Dose de manutenção: a dose de manutenção deve ser
administrada de acordo com a tabela abaixo:
Neonatos prematuros
Dose diária = 20% da dose de
ataque de 24 horas
Neonatos a termo e crianças Dose diária = 25% da dose de
até 10 anos
ataque de 24 horas
Estes esquemas de dosagem são indicados por diretrizes e
devem sofrer criteriosa avaliação clínica, devendo ser os
níveis séricos de digoxina monitorizados e utilizados como
base para ajustes na dosagem nos pacientes pediátricos.
Pacientes idosos: a tendência de pacientes idosos
apresentarem alterações da função renal ou pouca massa
corporal influencia a farmacocinética da digoxina de tal
forma que níveis altos de digoxina no plasma poderão
causar toxicidade rapidamente, a menos que sejam usadas
doses de digoxina, inferiores às de pacientes adultos. Os
níveis de digoxina sérica devem ser checados regularmente,
assim como os níveis de potássio, pois os idosos podem
desenvolver aumento dos níveis sanguíneos de potássio
durante o uso da digoxina.
Este medicamento não deve ser diluído antes de ser
ingerido.
Sempre meça com o máximo de acurácia, a dose
prescrita para você, utilizando o conta-gotas graduado
que acompanha a medicação.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre
os horários, as doses e a duração do tratamento. Não
interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.
7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER
DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Se você se esquecer de uma dose, tome-a assim que se
lembrar e continue o tratamento como antes. Não tome
doses duplas do medicamento para compensar as que você
esqueceu. Caso se esqueça de tomar mais de uma dose,
consulte o farmacêutico ou o médico para que eles possam
orientar você.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO
PODE ME CAUSAR?
Como qualquer medicamento, digoxina pode causar efeitos
indesejáveis. Entretanto, muitos deles ocorrem porque a
dose prescrita é mais alta do que o necessário, e seu médico
pode precisar ajustá-la.
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes
que utilizam este medicamento)
Desorientação, vertigem (tontura) e problemas de visão
(vista turva ou amarelada);
Mudanças da frequência cardíaca ou dos batimentos
cardíacos (seu coração pode bater mais devagar ou de forma
irregular);
Sensação de enjoo, diarreia;
Manifestações alérgicas da pele (inclusive vermelhidão e
coceira).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)
Depressão.
Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)
Diminuição da contagem de plaquetas (células que ajudam
seu sangue a coagular), o que pode causar hematomas.
Perda de contato com a realidade, alucinações, desequilíbrio
emocional;
Dor de estômago grave, perda de apetite, dor de cabeça,
cansaço, fraqueza;
Sensação generalizada de mal-estar;
Alterações graves do músculo do coração;
Ginecomastia (crescimento das mamas) em homens após
tratamento de longa duração.
Se algum dos efeitos indesejáveis se agravarem ou se você
notar algum efeito não descrito nesta bula, avise seu médico
ou farmacêutico.
A maioria das manifestações de toxicidade em crianças
ocorre durante ou logo após a administração da dose de
ataque deste medicamento.
A primeira e mais frequente manifestação de superdosagem
de digoxina em bebês, crianças e adultos é o aparecimento
de arritmias cardíacas (alteração dos batimentos do coração).
Procure imediatamente o médico se isto ocorrer.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do medicamento. Informe também à empresa
através do seu serviço de atendimento.
9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA
QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA
DESTE MEDICAMENTO?
Sintomas e sinais (vide QUAIS OS MALES QUE ESTE
MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?). A maioria das
manifestações de toxicidade em crianças ocorre durante ou
logo após a administração da dose de ataque da digoxina.
A superdosagem com digoxina pode ser fatal. Em caso de
superdosagem ou de suspeita de superdosagem procure
socorro médico imediatamente. A assistência médica
deve ser rápida para adultos e crianças. A primeira e mais
frequente manifestação de superdosagem da digoxina em
adultos e crianças é o aparecimento de arritmias cardíacas
(alteração dos batimentos cardíacos).
Outros sintomas muito comuns incluem:
- Sintomas gastrintestinais, como redução do apetite,
náuseas e vômitos. Entretanto, náuseas e vômitos não são
muito comuns em bebês e crianças.
- Sintomas neurológicos, como tontura, fadiga e mal-estar.
- Distúrbios visuais.
Em casos de superdosagem outros sintomas também foram
relatados como: dor abdominal, sonolência e distúrbios
comportamentais.
Adultos
Em adultos sem doença cardíaca clinicamente observável,
a ingestão de 10 a 15 mg de digoxina resulta na morte
em cerca da metade dos indivíduos. A ingestão de doses
superiores a 25 mg, certamente resultará em morte, sendo a
toxicidade progressiva, sensível somente ao tratamento com
fragmentos de anticorpos Fab anti-digoxina (Digibind®),
específicos para digoxina.
Manifestações cardíacas
Manifestações cardíacas são os sinais mais frequentes
e graves de intoxicação aguda e crônica. O pico dos
efeitos cardiológicos geralmente ocorre 3 a 6 horas após
a superdosagem e pode persistir pelas próximas 24h ou
mais. A intoxicação por digoxina pode resultar em qualquer
tipo de arritmia. Diversos transtornos no ritmo cardíaco
em um mesmo paciente são comuns (ex.: taquicardia
atrial paroxística, com bloqueio atrioventricular variável,
aceleração do ritmo juncional, fibrilação atrial lenta,
com variação muito discreta da frequência ventricular e
taquicardia ventricular bidirecional).
As arritmias mais frequentes são as contrações ventriculares
prematuras, seguidas de bigeminismo e de trigeminismo.
Bradicardia sinusal e outras bradicardias também são muito
comuns.
Também são comuns os bloqueios cardíacos de primeiro,
segundo e terceiro graus, além da dissociação AV. Toxidade
precoce pode se manifestar apenas por prolongamento do
intervalo PR.
Taquicardia ventricular também pode ser uma manifestação
de toxicidade.
Fibrilação ventricular ou assistolia, levando à parada
cardíaca por toxicidade da digoxina são geralmente fatais.
Verso
Uma superdosagem aguda pode resultar em hipercalemia
leve ou pronunciada pela inibição da bomba de
sódio-potássio. A hipocalemia pode contribuir para a
toxicidade.
Manifestações não cardíacas
Sintomas gastrintestinais são muito comuns na intoxicação
aguda ou crônica. Os sintomas precedem as manifestações
cardíacas em aproximadamente metade dos pacientes, na
maioria dos relatos da literatura. Anorexia, náusea e vômitos
têm sido relatados com uma incidência de até 80%. Esses
sintomas geralmente se apresentam logo no início de uma
superdosagem.
Manifestações neurológicas e visuais ocorrem na intoxicação
aguda ou crônica. Vertigem e vários transtornos do sistema
nervoso central, fadiga e mal-estar são muito comuns.
A perturbação visual mais frequente é uma aberração no
“colorido” da visão (predominância de verde-amarelo).
Esses sintomas neurológicos e visuais persistem mesmo
após a resolução de outros sinais de toxicidade.
Crianças
Em crianças de 1 a 3 anos de idade, sem doença cardíaca
clinicamente observável, uma superdosagem de digoxina
de 6-10 mg resulta em morte da metade dos pacientes e
em evolução fatal em todos os pacientes no caso de doses
superiores a 10 mg de digoxina, caso não seja administrado
tratamento por fragmentos (região Fab) do anticorpo
digoxina ligante.
A maioria das manifestações de toxicidade em crianças
ocorre durante ou logo após a administração da dose de
ataque com digoxina.
Manifestações cardíacas
As mesmas arritmias ou combinação de arritmias que
ocorrem em adultos podem ocorrer em crianças. Taquicardia
sinusal, taquicardia supraventricular e fibrilação atrial rápida
são vistas menos frequentemente na população pediátrica.
Pacientes pediátricos são mais predispostos a apresentar
transtorno da condução AV, ou bradicardia sinusal. Ectopia
ventricular é menos comum, entretanto na superdosagem,
foram relatadas ectopia ventricular, taquicardia ventricular
e fibrilação ventricular.
Em neonatos, bradicardia sinusal ou bloqueio sinusal e/ou
prolongamento do intervalo PR, frequentemente são sinais
de toxicidade. A bradicardia sinusal é comum em bebês e
crianças. Em crianças maiores, o bloqueio AV é o transtorno
de condução mais comum. Qualquer arritmia ou alteração
da condução cardíaca que se desenvolvem uma criança
medicada com digoxina, deve ser considerada como causada
pela digoxina, até que se prove o contrário.
Manifestações não cardíacas
Como observado em adultos, as manifestações não cardíacas
mais frequentes são as gastrintestinais, as do SNC e as
visuais. Entretanto, náusea e vômitos não são frequentes
em bebês e crianças menores. Em casos de superdosagem
os seguintes sintomas foram observados: Além dos efeitos
indesejáveis, observados nas dosagens recomendadas,
perda de peso em pacientes mais idosos e transtornos do
crescimento em crianças, dor abdominal em virtude de
isquemia mesentérica arterial, sonolência e distúrbios de
comportamento, incluindo manifestações psicóticas, foram
relatados na superdosagem.
Tratamento
Após ingestão recente, como envenenamento acidental ou
deliberado, a sobrecarga disponível para absorção deve ser
reduzida por lavagem gástrica. Pacientes com ingestão de
grandes quantidades de digitálicos devem receber altas doses
de carvão ativado, a fim de prevenir absorção e ligação da
digoxina ao intestino durante recirculação enteroentérica.
Caso ocorra hipocalemia, esta deve ser corrigida com
suplementos de potássio, seja por via oral ou intravenosa,
dependendo da urgência da situação. Nos casos de
superdosagem de digoxina, pode ocorrer hipercalemia,
decorrente da liberação de potássio a partir do músculo
esquelético, devendo-se, portanto, conhecer o nível de
potássio sérico antes de se administrar potássio em situação
de superdosagem de digoxina.
A bradiarritmia pode responder à atropina, mas pode ser
necessário o uso de marca-passo cardíaco temporário.
Arritmias ventriculares podem responder à lidocaína e
fenitoína. Diálise não é particularmente eficaz na remoção
de digoxina corporal em intoxicação que ameace a vida.
Digibind® (fragmentos de anticorpos Fab anti-digoxina) é
um tratamento específico para intoxicação com digoxina e
é muito efetivo. A administração intravenosa de anticorpos
(fração Fab) específicos para digoxina, resulta em reversão
rápida das complicações associadas ao envenenamento
grave por digoxina, digitoxina e glicosídeos relacionados.
Para maiores detalhes, consultar a literatura.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem
ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800
722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
MS - 1.2568.0092
Farmacêutico Responsável: Dr. Luiz Donaduzzi
CRF-PR 5842
Registrado e fabricado por:
PRATI, DONADUZZI & CIA LTDA
Rua Mitsugoro Tanaka, 145
Centro Industrial Nilton Arruda - Toledo - PR
CNPJ 73.856.593/0001-66
Indústria Brasileira
CAC - Centro de Atendimento ao Consumidor
0800-709-9333
[email protected]
www.pratidonaduzzi.com.br
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada
pela Anvisa em 02/07/2014.
15947 408960 SM - R0 200x560 - 12/09/14
Alteração da descrição do cadastro
15948 408961 de bula aberta para
dobrada
Prati-Donaduzzi
R1
Bula Digoxina Elixir - Profissional de
Saúde
Off-set
Dob: 15948 / 408961
Preto
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
digoxina
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Elixir de 0,05 mg/mL em embalagem com 1 ou 50 frascos de 60 mL
acompanhado de conta-gotas.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL do elixir contém:
digoxina............................................................................................ 0,05 mg
veículo q.s.p ..........................................................................................1 mL
Excipientes: fosfato de sódio dibásico, ácido cítrico, metilparabeno,
sacarose, corante amarelo nº10 quinolina, propilenoglicol, álcool etílico,
aroma natural de damasco e água purificada.
1. INDICAÇÕES
Insuficiência cardíaca
Este medicamento é indicado no tratamento da insuficiência cardíaca
congestiva quando o problema dominante é a disfunção sistólica. Nesse
caso, o benefício terapêutico é maior nos pacientes com dilatação
ventricular.
Este medicamento é indicado especificamente quando a insuficiência
cardíaca é acompanhada de fibrilação atrial.
Arritmia supraventricular
Este medicamento também é indicado no tratamento de certas arritmias
supraventriculares, particularmente fibrilação ou flutter atrial crônicos.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva de classes funcionais
I e II, a fração de ejeção do ventrículo esquerdo aumentou de forma
significativa (4,1%) no grupo tratado com este medicamento em comparação
ao grupo placebo (1,3%; p<0,05).
DEC, GW. Digoxin remains useful in the management of chronic heart
failure. Med Clin N Am, 87: 313-317, 2003.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
Este medicamento aumenta a contratilidade do miocárdio por atividade
direta. Esse efeito é proporcional à dose na faixa terapêutica mais
baixa, e algum resultado é alcançado mesmo com doses muito baixas.
O efeito ocorre até quando o miocárdio está normal, embora nesse caso
não exista nenhum benefício fisiológico. A ação primária da digoxina é,
especificamente, inibir a adenosina trifosfatase e, dessa maneira, inibir
também a bomba de sódio e potássio. A alteração da distribuição iônica
através da membrana celular resulta em aumento do afluxo dos íons de
cálcio e, consequentemente, da disponibilidade de cálcio no momento do
acoplamento excitação-contração. A potência deste medicamento pode,
portanto, ser consideravelmente intensificada quando a concentração de
potássio extracelular está baixa, ao passo que o efeito oposto é obtido na
condição de hipercalemia.
Este medicamento exerce o mesmo efeito de inibição do mecanismo
de troca de sódio e potássio nas células do sistema nervoso autônomo,
estimulando-as a exercer, por sua vez, atividade cardíaca indireta. O
aumento dos impulsos vagais eferentes resultam na redução do tônus
simpático e na diminuição da taxa de condução do impulso através dos
átrios e do nódulo atrioventricular. Desse modo, o efeito benéfico principal
deste medicamento é a redução da frequência ventricular.
Mudanças indiretas da contratilidade cardíaca também resultam em
mudanças da complacência venosa, induzidas pela alteração da atividade
autonômica e por estimulação venosa direta. O efeito recíproco entre
a atividade direta e a indireta governa a resposta circulatória total, que
não é idêntica para todos os pacientes. Na presença de certas arritmias
supraventriculares, a redução da condução atrioventricular mediada
neurogenicamente é maior.
O grau de ativação neuro-hormonal que ocorre em pacientes com falência
cardíaca associa-se à deterioração clínica e ao aumento do risco de morte.
A digoxina reduz a ativação do sistema nervoso simpático e do sistema
renina-angiotensina, independentemente de sua ação inotrópica, e
influencia de modo favorável a sobrevida. Ainda não se esclareceu se esse
resultado é alcançado através de efeitos diretos inibitórios simpáticos ou
pela ressensibilização do mecanismo barorreflexo.
Farmacocinética
Absorção
Após a administração oral, este medicamento é absorvido no estômago e
na parte superior do intestino delgado. A administração após as refeições
retarda a taxa de absorção, mas geralmente sem alterar a quantidade total
de digoxina absorvida. Entretanto, quando a refeição é rica em fibras,
a absorção de digoxina pode ser menor. Pela via oral, o início do efeito
ocorre entre 0,5 e 2 horas, alcançando o máximo entre 2 e 6 horas. A
biodisponibilidade deste medicamento administrada por via oral, na forma
de comprimido, é de aproximadamente 63%, enquanto a do elixir é de 75%.
Distribuição
A distribuição inicial deste medicamento do compartimento central aos
compartimentos periféricos requer geralmente de 6 a 8 horas. Em seguida,
a diminuição da concentração plasmática de digoxina ocorre de forma mais
gradual, dependente da eliminação do fármaco pelo corpo. O volume de
distribuição é grande (Vdss = 510 L em voluntários sadios), e isso indica
que este medicamento se liga extensivamente aos tecidos corporais.
As concentrações mais elevadas da droga encontram-se no coração, no
fígado e nos rins. No coração, a média é 30 vezes superior à da circulação
sistêmica. Embora a concentração no músculo esquelético seja muito
menor, não pode ser ignorada, visto que ele representa 40% do peso total
do corpo. Aproximadamente 25% de digoxina plasmática tem ligação com
as proteínas plasmáticas.
Metabolismo
Os principais metabólitos da digoxina são a di-hidrodigoxina e a
digoxigenina.
Eliminação
A principal via de eliminação é a excreção renal da droga não modificada.
A digoxina é um substrato da glicoproteína P. Por se tratar de uma proteína
de efluxo localizada na membrana apical dos enterócitos, a glicoproteína P
pode limitar a absorção da digoxina. A glicoproteína P nos túbulos renais
proximais parece ser um importante fator de eliminação renal da digoxina
(vide INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
O clearance total de digoxina mostra-se diretamente relacionado à função
renal e, dessa forma, a porcentagem de eliminação diária é uma função do
clearance de creatinina, que, por sua vez, pode ser estimado pela creatinina
sérica. Foram encontrados valores de clearance total de digoxina de 193 ±
25 mL/min e de clearance renal de 152 ± 24 mL/min em uma população
de controle sadia.
Em um pequeno percentual de indivíduos, digoxina, administrada por
via oral, se converte em produtos de redução cardioinativos (produtos de
redução da digoxina, ou PRDs) através de colônias de bactérias do trato
gastrintestinal. Nesses indivíduos, mais de 40% da dose pode ser excretada
como PRDs na urina. O clearance renal encontrado dos dois metabólitos
principais, a di-hidrodigoxina e a digoxigenina, foi de 79 ± 13 mL/min e
de 100 ± 26 mL/min respectivamente. Na maioria dos casos, entretanto,
a principal via de eliminação da digoxina é a excreção renal da droga
inalterada.
A meia-vida de eliminação terminal da digoxina em pacientes com função
renal normal é de 30 a 40 horas. Considerando-se que há maior quantidade
da droga ligada aos tecidos do que na circulação, digoxina não é removida
de modo eficaz durante a circulação extracorpórea. Além disso, apenas
cerca de 3% da dose de digoxina é removida do corpo durante 5 horas de
hemodiálise.
Neonatos e crianças de até 10 anos de idade
O clearance renal deste medicamento é menor em recém-nascidos, e são
necessários ajustes de dosagem. Isso é especialmente importante no caso de
bebês prematuros, visto que o clearance renal reflete a maturidade da função
renal. O clearance de digoxina é de 65,6 ± 30 mL/min/1,73 m2 aos 3 meses,
em comparação com somente 32 ± 7 mL/min/1,73 m2 nos recém-nascidos
de 1 semana de vida. No período imediatamente posterior ao nascimento,
as crianças, de modo geral, necessitam de doses proporcionalmente maiores
que as dos adultos, baseadas no peso e na área de superfície corporal.
Insuficiência renal
A meia-vida de eliminação terminal deste medicamento prolonga-se em
pacientes portadores de disfunção renal e, em pacientes anúricos, pode ser
da ordem de 100 horas.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento é contraindicado nos seguintes casos:
- presença de bloqueio cardíaco completo intermitente ou bloqueio
atrioventricular de segundo grau, especialmente se houver história de
Síndrome de Stokes-Adams;
- arritmias causadas por intoxicação por glicosídeos cardíacos;
- arritmias supraventriculares associadas a uma via atrioventricular
acessória, como na Síndrome de Wolff-Parkinson-White, a menos que as
características eletrofisiológicas da via acessória tenham sido avaliadas.
24/04/15
Frente
200,00 x 560,00
Se a via acessória for conhecida ou se houver suspeita de sua existência,
e não houver histórico de arritmias supraventriculares anteriores, este
medicamento será contraindicado da mesma forma;
- taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular;
- cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica, a menos que haja fibrilação atrial
e insuficiência cardíaca concomitantes, mas, mesmo nesse caso, digoxina
deve ser utilizada com cautela;
- pacientes com conhecida hipersensibilidade a digoxina ou a outros
glicosídeos digitálicos.
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não existem contraindicações relativas às faixas etárias.
O médico deve considerar o uso deste medicamento por mulheres grávidas
apenas quando os benefícios clínicos esperados do tratamento da mãe
superarem qualquer possível risco para o feto.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
A intoxicação por digoxina pode precipitar arritmias, algumas delas
parecidas com as arritmias para as quais a droga é indicada. A taquicardia
atrial com bloqueio atrioventricular variável, por exemplo, requer cuidado
especial porque, clinicamente, o ritmo se parece com o da fibrilação
atrial. Muitos efeitos benéficos de digoxina sobre as arritmias resultam
do grau de bloqueio da condução atrioventricular. Entretanto, se o
bloqueio atrioventricular incompleto já existia, deve-se prever um efeito
de rápida progressão. No bloqueio cardíaco completo, o ritmo de escape
idioventricular deve ser suprimido.
Em alguns casos de distúrbio sinoatrial (como a síndrome do nódulo
sinusal), digoxina pode causar ou exacerbar bradicardia sinusal ou provocar
bloqueio sinoatrial. A administração de digoxina no período imediatamente
posterior ao infarto do miocárdio não é contraindicada. Contudo, o uso de
drogas inotrópicas em alguns pacientes, nessas condições, pode resultar em
aumento indesejável da demanda de oxigênio pelo miocárdio e isquemia.
Além disso, alguns estudos retrospectivos de acompanhamento pós-evento
sugerem que digoxina está associada ao aumento do risco de morte. Deve-se
considerar a possibilidade do aparecimento de arritmias em pacientes
hipocalêmicos, após infarto do miocárdio, que estejam mais sujeitos
à instabilidade hemodinâmica. É preciso levar em conta as limitações
inerentes a essas situações no caso de cardioversão com corrente direta.
Deve-se evitar o tratamento com digoxina em pacientes com insuficiência
cardíaca associada à amiloidose cardíaca. Entretanto, se os tratamentos
alternativos não forem apropriados, pode-se usar digoxina para controlar
a frequência ventricular de pacientes com amiloidose cardíaca e fibrilação
atrial. Embora raramente, digoxina pode precipitar vasoconstrição; desse
modo, deve-se evitar seu uso em pacientes com miocardite. Pacientes
com doença cardíaca causada por beribéri talvez não respondam de forma
adequada a digoxina se a deficiência subjacente de tiamina não for tratada
concomitantemente.
Digoxina não deverá ser usada na pericardite crônica, a menos que o
objetivo seja o controle da frequência ventricular na fibrilação atrial ou a
melhora da disfunção sistólica. Este medicamento aumenta a tolerância aos
exercícios em pacientes com disfunção sistólica do ventrículo esquerdo e
ritmo sinusal normal. Isso pode ou não estar associado à melhora do perfil
hemodinâmico. Entretanto, o benefício proporcionado por digoxina aos
pacientes com arritmias supraventriculares é mais evidente em situações de
repouso do que de exercício físico.
Demonstrou-se, em pacientes que recebem diuréticos e inibidores da
ECA (enzima conversora de angiotensina) ou somente diuréticos, que
a suspensão de digoxina leva à piora do estado clínico. O uso de doses
terapêuticas deste medicamento pode prolongar o intervalo PR e causar
depressão do segmento ST de acordo com eletrocardiograma.
Este medicamento pode produzir mudanças falso-positivas de ST-T
conforme eletrocardiograma durante testes de esforço. Esses efeitos
eletrofisiológicos refletem um resultado esperado da droga e não indicam
toxicidade. Nos casos de administração de glicosídeos cardíacos nas duas
semanas precedentes, as doses iniciais de digoxina devem ser reconsideradas
(aconselha-se redução da dose).
Deve-se igualmente reconsiderar recomendações de dose para pacientes
idosos ou que apresentam outras razões para um clearance renal
reduzido de digoxina, como doença renal ou comprometimento da
função renal secundário à doença cardiovascular. Nesse caso, é preciso
avaliar a necessidade de redução tanto das doses iniciais quanto das
doses de manutenção. Os pacientes que recebem digoxina devem passar
por avaliações periódicas de eletrólitos plasmáticos e função renal
(concentração de creatinina plasmática); a frequência dessas avaliações
dependerá do contexto clínico.
A determinação da concentração sérica de digoxina pode ser de grande
ajuda na decisão de continuar ou não o tratamento com esse fármaco, mas
outros glicosídeos e substâncias endógenas similares à digoxina podem
apresentar reação cruzada nos testes (resultados falso-positivos). Nesse
caso, talvez seja mais apropriado interromper o tratamento com digoxina
e observar. Os pacientes com doença respiratória grave podem apresentar
aumento da sensibilidade do miocárdio aos glicosídeos digitálicos.
A hipocalemia sensibiliza o miocárdio às ações dos glicosídeos cardíacos.
A hipóxia, a hipomagnesemia e a hipercalcemia acentuada aumentam
a sensibilidade do miocárdio aos glicosídeos cardíacos. A administração
de digoxina a pacientes com doença da tireoide requer cuidado. As
doses iniciais e de manutenção devem ser reduzidas quando houver
hipotireoidismo. No hipertireoidismo há certa resistência a digoxina, e
pode ser necessário um aumento de dose. Em caso de tireotoxicose, deve-se
reduzir a dose da digoxina quando a disfunção tireoidiana estiver sob
controle. Os pacientes com síndrome de má absorção ou anastomoses
gastrintestinais talvez necessitem de ajuste das doses de digoxina.
Cardioversão com corrente direta
O risco de arritmias perigosas devido à cardioversão com corrente
direta aumenta grandemente na presença de intoxicação digitálica e
proporcionalmente à carga utilizada nesse procedimento. Na cardioversão
com corrente direta eletiva de um paciente tratado com digoxina, esta droga
deve ser suspensa 24 horas antes da realização do procedimento. Em casos
de emergência, como nas paradas cardíacas, deve-se aplicar, na tentativa de
cardioversão, a carga mínima eficaz.
A cardioversão com corrente direta é inadequada para o tratamento de
arritmias supostamente ocasionadas por glicosídeos cardíacos.
Idosos
Entre os idosos, há a tendência de ocorrência de distúrbios da função renal
e de diminuição da massa corporal, o que influencia a farmacocinética da
digoxina de tal forma que níveis altos desse fármaco no plasma podem
rapidamente causar intoxicação. É possível evitar isso com a redução das
doses usualmente administradas a adultos. Os níveis séricos de digoxina
devem ser checados regularmente para evitar hipocalemia.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e de operar máquinas
Como há relatos de distúrbios visuais e do sistema nervoso central em
pacientes que recebem digoxina, deve-se ter cuidado ao dirigir veículos,
operar máquinas ou participar de atividades perigosas.
Gravidez
O uso de digoxina na gravidez não é contraindicado, embora a dose adequada
possa ser menos previsível nas gestantes do que em mulheres não grávidas,
uma vez que algumas gestantes necessitam de dose mais alta. Como ocorre
com todas as drogas, deve-se considerar o uso deste medicamento apenas se
os benefícios clínicos esperados do tratamento da mãe superarem qualquer
possível risco para o feto. Apesar da exposição pré-natal a preparações
digitálicas, não se observou nenhum efeito adverso significativo no feto
nem no neonato quando a concentração de digoxina plasmática materna
se manteve dentro da faixa normal. Embora existam especulações sobre
o fato de que o efeito direto de digoxina no miométrio pode resultar em
parto prematuro e baixo peso do recém-nascido, a importância do papel
da doença cardíaca preexistente não pode ser ignorada. A administração de
digoxina à mãe tem sido adotada para tratar a taquicardia e a insuficiência
cardíaca congestiva fetal. Há relatos de reações adversas fetais no caso de
mães que sofreram de intoxicação digitálica.
Amamentação
Embora este medicamento seja excretado no leite materno, as quantidades
são mínimas, e a amamentação não é contraindicada.
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Teratogenicidade, mutagenicidade e reprodução: não há dados
disponíveis sobre a possibilidade deste medicamento provocar efeitos
teratogênicos, nem efeitos sobre a fertilidade humana.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
Não existem contraindicações relativas a faixas etárias.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
As interações medicamentosas de digoxina podem se manifestar por meio
de efeitos sobre excreção renal, ligação tecidual, ligação às proteínas
plasmáticas, distribuição no organismo, capacidade de absorção intestinal
e sensibilidade à droga. A melhor precaução é considerar a possibilidade
de interação sempre que algum tratamento concomitante for sugerido.
Havendo qualquer dúvida, recomenda-se a verificação da concentração
plasmática de digoxina. Em associação com drogas bloqueadoras de
receptores beta-adrenérgicos, digoxina pode aumentar o tempo de condução
atrioventricular. Os agentes que causam hipocalemia, ou deficiência
de potássio intracelular, podem ocasionar aumento de sensibilidade a
digoxina. Tais agentes incluem diuréticos e sais de lítio, corticosteroides
e carbenoxolona. Os pacientes que fazem uso de digoxina são mais
suscetíveis aos efeitos do suxametônio (agravamento da hipercalemia). O
cálcio, sobretudo quando administrado rapidamente por via intravenosa,
pode produzir sérias arritmias em pacientes digitalizados. Os níveis
séricos de digoxina podem aumentar devido à administração concomitante
das seguintes drogas: amiodarona, flecainida, prazosina, propafenona,
quinidina, espironolactona, antibióticos macrolídeos (como eritromicina
e claritromicina), tetraciclina e possivelmente outros antibióticos,
gentamicina, itraconazol, quinina, trimetoprima, alprazolam, indometacina,
propantelina, nefazodona, atorvastatina, ciclosporina, epoprostenol
(transitório) e carvedilol. Os níveis séricos de digoxina podem reduzir-se
pela administração concomitante das seguintes drogas: antiácidos, alguns
laxantes formadores de massa, caolina-pectina, colestiramina, acarbose,
sulfassalazina, neomicina, rifampicina, alguns citostáticos, fenitoína,
metoclopramida, penicilamina, adrenalina, salbutamol e Hypericum
perforatum (erva de São João). Os bloqueadores dos canais de cálcio podem
aumentar o nível sérico de digoxina ou não causar nenhum efeito sobre
ele. Verapamil, felodipino e tiapamil aumentam o nível sérico de digoxina.
A nifedipina e o diltiazem podem aumentar o nível sérico de digoxina
Alteração da descrição do cadastro
15948 408961 de bula aberta para
dobrada
R1
Bula Digoxina Elixir - Profissional de
Saúde
Off-set
Dob: 15948 / 408961
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Você deve manter este medicamento em temperatura ambiente (entre 15
e 30ºC), em lugar seco e ao abrigo da luz. Nestas condições o prazo de
validade é de 24 meses a contar da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em
sua embalagem original.
Digoxina apresenta-se na forma de líquido límpido, de coloração amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no
prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte
o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Modo de usar
Uso exclusivamente oral
Utilizar o conta-gotas graduado que acompanha a medicação (1 mL/0,05
mg)
Posologia
A dose de digoxina deve ser ajustada individualmente, de acordo com idade,
peso corporal e função renal. As doses sugeridas devem ser interpretadas
somente como diretriz inicial.
Controle
A concentração sérica de digoxina deve ser expressa em nanogramas/
mililitro (ng/mL) ou nanomols/litro (nmol/L). Para converter ng/mL em
nmol/L, multiplicar ng/mL por 1,28. As concentrações séricas de digoxina
podem ser determinadas por radioimunoensaio. Deve-se colher amostras
de sangue a cada 6 horas ou mais após a última dose de digoxina. Não
há diretrizes rígidas sobre a faixa de concentração sérica mais eficaz.
Várias análises post hoc de pacientes com insuficiência cardíaca do estudo
Digitalis Investigation Group sugerem que a concentração sérica ideal pode
ser de 0,5 ng/mL (0,64 nmol/L) a 1,0 ng/mL (1,28 nmol/L).
A toxicidade da digoxina está mais comumente associada a concentrações
séricas da droga superiores a 2 ng/mL. Entretanto, a intoxicação pode
ocorrer com concentrações séricas menores. Quando é preciso decidir se
as causas dos sintomas de determinado paciente se devem ou não ao uso
de digoxina, há fatores importantes a considerar, como o estado clínico,
os níveis séricos de potássio e a função da tireoide (vide SUPERDOSE).
Outros glicosídeos, inclusive metabólitos da digoxina, podem interferir nas
análises disponíveis, e se deve sempre ter cuidado com valores que não
pareçam corresponder ao estado clínico do paciente.
Adultos e crianças com mais de 10 anos
Dose de ataque rápido
Caso seja clinicamente apropriado, pode-se obter uma rápida digitalização
1,5 mg) em dose única. Quando houver menor urgência ou maior risco de
toxicidade, como no caso de pacientes idosos, deve-se dividir a dose oral de
ataque em intervalos de 6 horas, sendo a primeira dose aproximadamente
a metade da dose total. A resposta clínica deve ser avaliada antes da
administração de cada dose adicional (vide ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES).
Dose de ataque lento
Em alguns pacientes, como aqueles que apresentam insuficiência cardíaca
moderada, a digitalização pode ser alcançada mais lentamente com doses
da dose de manutenção apropriada. Deve haver resposta clínica em uma
semana. Nota: a escolha entre uma dose de ataque rápido ou lento depende
do estado clínico do paciente e da urgência da condição.
Dose de manutenção
Nota: a fórmula apresentada a seguir, baseada no clearance de creatinina,
não deve ser usada para crianças. A dose de manutenção deve basear-se no
percentual de reserva corporal máxima perdida a cada dia pela eliminação.
A fórmula detalhada a seguir tem tido amplo uso clínico.
Dose de manutenção: reserva corporal máxima x % de perda diária/100
Em que: reserva corporal máxima = dose de ataque
Perda diária (%) = 14 + clearance de creatinina (Ccr)/5
Ccr é o clearance de creatinina corrigido para 70 kg de peso corporal ou
1,73 m2 de área de superfície corporal.
Se apenas as concentrações de creatinina sérica (Scr) estão disponíveis, o
Ccr (corrigido para o peso corporal de 70 kg) pode ser estimado para os
homens como: Ccr = (140 - idade)/[Scr (em mg/100 mL)]
ser convertidos para mg/100 mL (mg%) como segue:
Em que: 113,12 é o peso molecular da creatinina.
Para as mulheres, esse resultado deve ser multiplicado por 0,85.
Na prática, isso significa que a maior parte dos pacientes com insuficiência
mg) de digoxina; entretanto, para aqueles que demonstrarem aumento da
sensibilidade aos eventos adversos dessa droga, uma dose diária de 62,5
pacientes talvez precisem de uma dose maior.
Neonatos e crianças menores de 10 anos
Em caso de administração de glicosídeos cardíacos até duas semanas antes
do início da terapia com digoxina, pode-se antecipar que a dose de ataque
ideal desse fármaco será inferior à recomendada. Nos recém-nascidos,
particularmente nos prematuros, o clearance renal da digoxina é menor,
devendo-se considerar reduções de dose além das recomendadas. Por outro
lado, no período imediatamente posterior ao nascimento, o bebê requer,
de modo geral, doses proporcionalmente mais altas que as calculadas
para adultos, com base no peso ou na área de superfície corporais, como
indicado na tabela abaixo. Crianças maiores de 10 anos requerem doses
para adultos proporcionais ao peso.
Dose de ataque oral
Deve ser administrada de acordo com a seguinte tabela:
Neonatos prematuros (<1,5 kg)
Neonatos prematuros (1,5 a 2,5 kg)
Neonatos nascidos a termo até 2 anos
De 2 a 5 anos
De 5 a 10 anos
A dose de ataque deve ser dividida, administrando-se aproximadamente
metade da dose total na primeira tomada e o restante em frações, em
intervalos de 4 a 8 horas. A resposta clínica deve ser avaliada antes da
administração de cada dose adicional.
Dose de manutenção
A dose de manutenção deve ser administrada de acordo com a tabela abaixo:
Neonatos prematuros
Dose diária = 20% da dose de ataque
de 24 horas
Neonatos nascidos a termo e crianças Dose diária = 25% da dose de ataque
de até 10 anos
de 24 horas
Esses esquemas de dosagem são indicados por diretrizes e devem passar
por criteriosa avaliação clínica, utilizando-se a monitoração dos níveis
séricos da digoxina como base dos ajustes de dosagem para os pacientes
pediátricos.
Pacientes idosos
Entre os idosos, há a tendência de ocorrência de distúrbios da função renal
e de diminuição da massa corporal, o que influencia a farmacocinética da
digoxina de tal forma que níveis altos desse fármaco no plasma podem
rapidamente causar intoxicação. É possível evitar isso com a redução das
doses usualmente administradas a adultos. Os níveis séricos de digoxina
devem ser checados regularmente para evitar hipocalemia.
Este medicamento não deve ser diluído antes de ser ingerido.
Sempre meça com o máximo de acurácia, a dose prescrita para você,
utilizando o conta-gotas graduado que acompanha a medicação.
9. REAÇÕES ADVERSAS
De modo geral, as reações adversas causadas pelo uso de digoxina são
dependentes da dose e ocorrem devido à administração de dosagens
maiores que o necessário para alcançar efeito terapêutico. Portanto, as
reações adversas serão menos comuns se a dose de digoxina estiver dentro
da faixa ou da concentração plasmática terapêutica recomendada e quando
houver atenção adequada a outras condições clínicas e a medicações
concomitantes.
As reações adversas estão listadas abaixo por frequência e são definidas
como:
Reações muito comuns
> 1/10
Reações comuns
Reações incomuns
Reações raras
Reações muito raras
Os eventos muito comuns, comuns e incomuns são geralmente
determinados com base em estudos clínicos. A incidência ocorrida no grupo
placebo é levada em conta. As reações adversas identificadas através da
farmacovigilância pós-comercialização são consideradas raras ou muito
raras (incluindo-se relatos isolados).
10. SUPERDOSE
Os sinais e sintomas de superdosagem são geralmente similares aos
descritos (vide REAÇÕES ADVERSAS), mas podem tornar-se mais
frequentes e mais graves.
Os sinais e sintomas relacionados à intoxicação por digoxina tornam-se
mais frequentes com níveis acima de 2,0 ng/mL (2,56 nmol/L). Entretanto,
para identificar os sintomas relacionados à digoxina, há fatores importantes
a considerar, tais como o estado clínico, os níveis de eletrólitos séricos e a
função da tireoide (vide POSOLOGIA).
Adultos
Em adultos sem cardiopatia, a observação clínica sugere que uma dose de
10 mg a 15 mg de digoxina resulta na morte da metade dos pacientes. Em
um adulto não cardiopata, a ingestão de mais de 25 mg de digoxina resultará
em morte ou toxicidade progressiva, sensível somente ao tratamento com
anticorpos (fração Fab) específicos de digoxina.
Manifestações cardíacas
As manifestações cardíacas são os sinais mais frequentes e graves de
intoxicações agudas e crônicas. O pico dos efeitos cardiológicos geralmente
ocorre de 3 a 6 horas após a superdosagem e pode persistir por 24 horas
ou mais. A intoxicação por digoxina pode resultar em qualquer tipo de
arritmia. É comum a ocorrência de diversos transtornos do ritmo cardíaco
no mesmo paciente (como taquicardia atrial paroxística com bloqueio
atrioventricular variável, aceleração do ritmo juncional, fibrilação atrial
lenta, com variação muito discreta da frequência ventricular, e taquicardia
ventricular bidirecional).
As contrações ventriculares prematuras são a forma de arritmia mais
frequente e precoce. O bigeminismo e o trigeminismo também ocorrem
com frequência.
A bradicardia sinusal e outras bradicardias são muito comuns.
Bloqueios cardíacos de primeiro, segundo e terceiro graus e dissociação AV
são também comuns.
A toxicidade precoce pode manifestar-se apenas por prolongamento do
intervalo PR. A taquicardia ventricular também pode ser uma manifestação
de toxicidade.
A parada cardíaca proveniente de assistolia ou fibrilação ventricular
causadas pela toxicidade da digoxina é geralmente fatal.
A superdosagem aguda pode resultar em hipercalemia (de moderada a
pronunciada) devido à inibição da bomba de sódio e potássio. A hipocalemia
pode contribuir com a toxicidade.
Manifestações não cardíacas
Os sintomas gastrintestinais são muito comuns na intoxicação aguda ou
crônica e precedem as manifestações cardíacas em cerca da metade dos
pacientes, segundo a maior parte dos relatos existentes na literatura. Há
também relatos de anorexia, náusea e vômito, com incidência de até 80%.
Esses sintomas geralmente se apresentam logo no início das manifestações
de superdosagem.
Reações neurológicas e visuais ocorrem na intoxicação aguda ou crônica.
Vertigens e vários transtornos do sistema nervoso central, assim como
fadiga e mal-estar, são muito comuns. O distúrbio visual mais frequente é
uma aberração do “colorido” da visão (predominância de verde-amarelo).
Esses sintomas neurológicos e visuais persistem mesmo após a resolução
de outros sinais de toxicidade.
Crianças
Em crianças de 1 a 3 anos de idade sem cardiopatia, a observação clínica
sugere que uma dose de 6 a 10 mg de digoxina resulta na morte da metade
dos pacientes. Em uma criança de 1 a 3 anos sem doenças cardíacas, a
ingestão de mais de 10 mg de digoxina será invariavelmente fatal caso
não se administre tratamento com anticorpos (fração Fab) específicos de
digoxina. A maioria das manifestações de intoxicação em crianças ocorre
durante ou logo após a administração da dose de ataque de digoxina.
Manifestações cardíacas
As mesmas arritmias, ou combinação de arritmias, que ocorrem em adultos
podem manifestar-se em crianças. A taquicardia sinusal, a taquicardia
supraventricular e a fibrilação atrial rápida ocorrem menos frequentemente
na população pediátrica.
Os pacientes pediátricos são mais predispostos a apresentar transtornos da
condução AV, ou bradicardia sinusal.
A ectopia ventricular é menos comum, entretanto, em casos de
superdosagem, há relatos de ectopia ventricular, taquicardia ventricular e
fibrilação ventricular.
Nos neonatos, a bradicardia sinusal, o bloqueio sinusal e/ou o prolongamento
do intervalo PR são, frequentemente, sinais de intoxicação.
A bradicardia sinusal é comum em bebês e crianças. Nas crianças maiores,
o bloqueio AV é o transtorno de condução mais comum.
Qualquer arritmia ou alteração da condução cardíaca que se desenvolva
em uma criança medicada com digoxina deve ser considerada uma
consequência do uso desse medicamento até que se prove o contrário.
Manifestações não cardíacas
Como se observou em adultos, as manifestações não cardiológicas mais
frequentes em crianças são as gastrintestinais, as visuais e as do SNC.
Entretanto, náusea e vômito não são comuns em bebês e crianças menores.
Além dos efeitos indesejáveis observados com dosagens recomendadas,
relataram-se outros eventos devidos à superdosagem, tais como perda de
peso em pacientes mais idosos e transtornos do crescimento em crianças,
dor abdominal em virtude de isquemia arterial mesentérica, sonolência e
distúrbios de comportamento, inclusive manifestações psicóticas.
Tratamento
Após ingestão recente, como envenenamento acidental ou deliberado,
a sobrecarga disponível para absorção pode ser reduzida por lavagem
gástrica.
Os pacientes que ingerirem grandes quantidades de digitálicos devem
receber altas doses de carvão ativado para prevenir a absorção e a ligação
de digoxina aos intestinos durante a recirculação enteroentérica.
Os casos de hipocalemia devem ser corrigidos com suplementos de
potássio, por via oral ou intravenosa, conforme a urgência da situação. Após
a ingestão de grandes quantidades de digoxina, pode ocorrer hipercalemia
devido à liberação de potássio a partir do músculo esquelético. O nível
sérico de potássio deve ser medido antes da administração de potássio na
superdosagem por digoxina.
A bradiarritmia pode responder à atropina, mas talvez seja necessário o
uso de marca-passo cardíaco temporário. As arritmias ventriculares podem
responder à lidocaína e à fenitoína.
A diálise não é particularmente eficaz na remoção da digoxina corporal
em casos de intoxicação que ameacem a vida. Digibind® (fragmentos de
anticorpos Fab anti-digoxina) tratamento específico para intoxicação por
digoxina, é muito efetivo. A administração intravenosa de anticorpos (fração
Fab) específicos de digoxina resulta em reversão rápida das complicações
associadas ao envenenamento grave por digoxina, digitoxina e glicosídeos
relacionados. Para obter maiores detalhes, consultar a literatura.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de
mais orientações.
DIZERES LEGAIS
MS - 1.2568.0092
Farmacêutico Responsável: Dr. Luiz Donaduzzi
CRF-PR 5842
Registrado e fabricado por:
PRATI, DONADUZZI & CIA LTDA
Rua Mitsugoro Tanaka, 145
Centro Industrial Nilton Arruda - Toledo - PR
CNPJ 73.856.593/0001-66
Indústria Brasileira
CAC - Centro de Atendimento ao Consumidor
0800-709-9333
[email protected]
www.pratidonaduzzi.com.br
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
VENDA PROIBIDA NO COMÉRCIO
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa
em 02/07/2014.
Transtornos do SNC, vertigem, distúrbios visuais (visão turva ou
amarelada), arritmia, transtornos de condução, bigeminismo, trigeminismo,
prolongamento do intervalo PR, bradicardia sinusal, náusea, vômito,
diarreia, rash cutâneo urticariforme ou escarlatiniforme (que pode ser
acompanhado de eosinofilia pronunciada).
Depressão.
Trombocitopenia, anorexia, psicose, apatia, confusão, dor de cabeça,
taquiarritmia supraventricular, taquicardia atrial (com ou sem bloqueio),
taquicardia juncional (nodal), arritmia ventricular, contração ventricular
prematura, depressão do segmento ST, isquemia intestinal, necrose
intestinal, ginecomastia (que pode ocorrer em tratamentos de longa
duração), fadiga, fraqueza, mal-estar.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em
Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/
hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Verso
200,00 x 560,00
Preto
ou não causar nenhum efeito sobre ele. O isradipino não causa nenhuma
alteração no nível sérico de digoxina. Inibidores da enzima conversora
de angiotensina também podem aumentar ou não modificar os níveis de
digoxina plasmática. A milrinona não altera os níveis séricos de digoxina no
estado de equilíbrio. A digoxina é um substrato da glicoproteína P. Por isso,
inibidores da glicoproteína P podem elevar as concentrações plasmáticas da
digoxina através do aumento da absorção e/ou redução do clearance renal
(vide CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS).
24/04/15
Prati-Donaduzzi
15948 408961 Dob - R1 200x560 - 24/04/15
Download