comparação com o uso do tratamento medicamentoso otimizado isolado, beneficiando 1 a cada 6 pacientes tratados em 29 meses (NNT = 6, IC 95% 4-10). Com relação à mortalidade em 29 meses, houve redução absoluta de 9,7%, beneficiando 1 a cada 10 pacientes tratados (NNT = 10, IC 95% 6-26)9(A). Essa redução da mortalidade manteve-se no acompanhamento de 37,4 meses, com RRA de morte súbita de 5,8% (IC 95% 1,6-10), beneficiando 1 a cada 17 pacientes tratados (NNT = 17, IC 95%10-64) e morte de qualquer causa de 13,4%, beneficiando 1 a cada 7 pacientes tratados61(B). Estudos indicam que a TRC-P e a TRC-D são ambas custo-efetivas em relação aos padrões aceitáveis de intervenções terapêuticas62(B). Deve-se, porém, levar em conta os problemas inerentes às complicações decorrentes de defeitos do cabo-eletrodo de desfibrilação, que podem chegar a 15% em 3 anos e a 30% em 8 anos após o implante11(A)63(B). Tais complicações podem resultar em choques inapropriados do CDI, com comprometimento substancial da qualidade de vida e da custo-efetividade da TRC-D. Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva em classe funcional I-II, acompanhados por 12 meses, não se encontrou diferença no desfecho primário (piora clínica da insuficiência cardíaca congestiva), comparando-se a TRC-D com a TRC-P. Observou-se, porém, um grau significativo de remodelamento naqueles com a TRC ligada (redução do volume sistólico final e do volume diastólico final