Aquecimento global e o futuro: Impactos na

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Aquecimento global e o futuro: Impactos na Biodiversidade, Saúde e Agricultura
Foz do Iguaçu 17 de março de 2016
Eduardo Assad
Embrapa
INTRODUÇÃO
Um estudo produzido pelo Pew Research Center-EUA, mostra que:
• Os brasileiros são os mais preocupados com o clima entre populações de 40 países.
• Para 86% da população nacional a mudança climática “é um problema muito
sério”.
• Média global, de 54%, países que mais poluem : Estados Unidos (45%) e China
(18%, o pior percentual da pesquisa).
• Nações desenvolvidas, como Reino Unido (41%), Alemanha (55%) e Japão (45%).
Nesta década o Brasil sofreu e continua sendo afetado por extremos climáticos
classificados como “eventos do Século”, com grandes impactos na economia e nos
ecossistemas.
Somente considerando a Seca do Sudeste do Brasil de 2014-15, a Munich-Re, a
mais antiga companhia de resseguros da Alemanha avaliou que esta seca foi o
quinto desastre natural mais custoso no mundo em 2014, com perdas estimadas
em 5 bilhões de dólares americanos.
O Brasil é vulnerável aos extremos da variabilidade do clima no presente, e pode
piorar no futuro devido ao aquecimento global que tem impactos regionalmente
diferentes.
O que vem por aí
• Barreiras não tarifárias
• Intensificação produção
• Impactos da agricultura
na saúde
• Inovação tecnológica
• Logística
• Mercado verde
• Pagamento por serviços
ambientais
• Cadastro ambiental
rural
• Agricultura ABC
• Politica Florestal
• Política bioenergética(?)
• GRIN
Avanços na modelagem do Clima
Tempo
1990
FAR
-Circulação ATM
-Radiação
1996
SAR = FAR +
-Atividade Vulcânica
-Emissão Sulfatos
-Gelo Marinho
-Circulação Oceânica
2001
2007
2013
TAR = SAR +
-Ciclo do Carbono
-Aerossóis
-Profundidade
do Solo
-Hidrologia
-Circulação de retorno
AR4 = TAR +
-Química da ATM
-Física do solo
AR5 = AR4 +
-Uso da Terra
-Fisiologia da Planta
- Biogeoquímica
-Ecologia Marinha
Utilizado neste estudo
Incertezas
MODELOS CLIMATICOS - AOGSMs (Atmosphere-ocean general circulation models)
Número de elementos:
400 x 200 x 28 x 7= 15,9 milhões
Calcula-se para cada um destes volumes: Temperatura, umidade, direção e velocidade do vento, altura geopotencial.
100 km
•
28 níveis
verticais
100 km
1º
lat
•
1º
long
•
Modelos climáticos
representação
matemática do sistema terrestre
Limitações na representação de
processos físicos pouco conhecidos
(incertezas).
Melhor analise Analise tipo MME
Multimodel ensemble e Modelagem
regional (utilizadas neste estudos).
Interações laterais
Interações com a superfície
Domínio Geográfico
Supercomputadores
•
O IPCC-AR5 introduziu os novos cenários RCPs (Representative Concentration
Pathways, Moss et al., 2010) que usam um sistema mais completo que os
cenários do AR4 -> levam em conta os impactos das emissões, ou seja, o quanto
haverá de alteração no balanço de radiação no sistema terrestre.
RCP 8.5
Armazenamento em torno de 8.5
W/m2 adicionais e quecimento do
planeta entre 2,6 °C e 4,8 °C em 2100.
Riahi et al. (2007), Rao & Riahi (2006)
Forçante radiativa antropogênica total
RCP 6.0
Armazenamento adicional de ∼6
W/m2 e aquecimento do planeta entre
1,4 °C até 3,1 °C em 2100. Fujino et al.
(2006), Hijioka et al. (2008)
RCP 4.5
Armazenamento adicional de ∼4.5
W/m2.Esstabiliza depois de 2100.
Aquecimento do planeta entre 1,1 °C
e 2,6 °C. Smith and Wigley (2006),
Clarke e em 2100t al. (2007),
Wise et al. (2009)
IS92a (SAR), SRES (TAR/AR4), RCP (AR5)
Source: IPCC AR5
RCP 2.6
Pico de <3 W/m2 em 2100 e então
declina até 2.6 W/m2. Aquecimento
do planeta entre 0,3 °C e 1,7 °C em
2100 . van Vuuren et al. (2006;
2007)
Fonte: IPCC, 2014
Análise da modelagem climática e projeções da temperatura próxima da superfície
36
35
34
33
32
31
30
29
28
27
26
25
24
23
22
Ano
Histórico
RCP(ECP) 8.5
RCP (ECP) 6.0
RCP (ECP) 4.5
RCP (ECP) 2.6
Histórico
RCPs
ECPs
1860
1870
1880
1890
1900
1910
1920
1930
1940
1950
1960
1970
1980
1990
2000
2010
2020
2030
2040
2050
2060
2070
2080
2090
2100
2110
2120
2130
2140
2150
2160
2170
2180
2190
2200
2210
2220
2230
2240
2250
2260
2270
2280
2290
2300
oC
Série temporal de temperatura média anual próxima da superfície desde 1860 até 2300.
Cada linha representa a média do principal conjunto de simulações do CMIP5 para cada RCP. A unidade é oC.
O valor médio da temperatura para o período de 1861-1890 (período pré-industrial) para o Brasil é de
24,41 oC.
2100
2095
2090
2085
2080
2075
2070
2065
2060
2055
2050
2045
2040
2035
2030
2025
2020
2015
2100
2095
2100
2095
2090
2085
2080
2075
2070
2065
2060
2055
2050
2045
2040
2035
2030
2025
2020
2015
R² = 0,9758
R² = 0,9874
2100
2095
2090
2085
2080
2075
2070
2065
2060
2055
2050
2045
2040
2035
2030
2025
2020
2015
Probabilidade de T>2oC
(RCP 8.5)
2010
Ano
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
2010
Probabilidade de T>2oC
(RCP 6.0)
2090
2085
2080
2075
2070
2065
2060
2055
2050
2045
2040
2035
2030
2025
2020
2015
2010
2005
R² = 0,9838
Ano
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Ano
2010
2005
Probabilidade de T>2oC
(RCP 4.5)
2005
%
Ano
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
R² = 0,8408
Probabilidade de T>2oC
(RCP 2.6)
2005
O RCP 6.0 atinge valores
maiores que 50% após 2040,
um pouco depois do RCP 4.5,
O RCP 8.5
mostra
porém
atinge
100% de
probabilidade de
maiores
T>2°Cque
em
50% a partir de 2030 e
2080.
atinge 100% de
probabilidade de a
temperatura média anual
exceder 2°C em 2055.
%
Mesmo o cenário mais
otimista apresenta
probabilidade de
Para o RCP 4.5
aquecimento, mesmo que
probabilidades maiores que
baixa, para a temperatura
50% aparecem após 2035,
média anual exceder 2°C em
chegando próximo de 100%
relação ao período Préem torno de 2100.
industrial.
%
Probabilidades do
aquecimento exceder
o limite de 2oC
%
Resultados
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Resultados
%
Probabilidades do
aquecimento exceder os
limites de 4 até 7oC
(RCP 8.5)
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Ano
PROB T>5 C
PROB T>6 C
PROB T>7 C
2030
2040
2050
2060
2070
2080
2090
2100
2110
2120
2130
2140
2150
2160
2170
2180
2190
2200
2210
2220
2230
2240
2250
2260
2270
2280
2290
2300
4oC (linha azul)
5oC (linha laranja)
6oC (linha verde)
7oC (linha preta)
PROB T>4 C
Para aquecimento que exceda 4oC, o IPCC-AR5 concluiu que "os riscos de mudanças climáticas"
globais são de alta a muito alta com aumento médio global da temperatura de 4oC ou mais
acima dos níveis pré-industriais.
Um mundo 4oC mais quente será diferente do
atual, envolve elevadas incertezas e riscos
extremos em setores como agricultura,
saúde, biodiversidade, e energia ameaçando
nossa capacidade de antecipar e planejar
futuras necessidades de adaptação.
Impactos na
Biodiversidade
Os mais vulneráveis
hierarquia
biomas
tipo
Mata Atlântica
Cerrado
Caatinga
Amazônia
ecossistemas Altitude elevada
Marinho e costeiro
Urbano
espécies
Ameaçadas
Anfíbios
Corais
Plantas, mamíferos, aves
caso
Hotspot de biodiversidade
Hotspot de biodiversidade
Desertificação/sensitividade
Savanização/sensitividade
Alta sensibilidade termal
Aumento do nível do mar
Ondas de calor
Alta sensibilidade ecológica
Alta sensibilidade ecológica
Alta sensibilidade ecológica
Deslocamento para o sul
Mudanças nos biomas
Anadón et al. 2014. J. Ecol.
Extinção de espécies
Urban 2015 Science
Impactos sobre socioeconomia
• RCP8.5: 2080-2100 – risco de extinção de espécies
comestíveis do Cerrado.
• A1B: Declínio de abelhas e deficit de polinizadores a
partir de 2030.
Oliveira et al. 2015. Am J. Bot.
Giannini et al. 2015. PLoS
Principais Vulnerabilidades
• Florestas: savanização e empobrecimento (>2oC;
2070);
• Vulnerabilidade da Caatinga e Cerrado.
• Extinção cresce de 5,2% (2oC) a 15,7% (>4oC) – a
América do Sul é mais suscetível (com 23% de perda
estimada)
• Impactos socioeconômicos local e nacional.
• Perda de 200 dias/ano para o crescimento de plantas
(> 4oC; 2100).
• Perda de biodiversidade costeira (> 4oC; 2100).
Impactos na
Saúde
Perguntas:
Quais impactos na saúde podem ser esperados para
um cenário onde o aumento da média global da
temperatura ultrapasse o valor de 4°C?
Para o setor saúde é um desafio, pois
os desfechos são complexos,
multifatoriais e não-lineares
RCP 8.5 (2071-2099)
6,8°C
4,8°C
E para o Brasil?
Quais os impactos para a saúde
humana com aquecimento acima de
4°C?
7,8°C
6,4°C
5,8°C
Fontes de dados para elaboração do mapa: Chou et al. 2014,
municipalização realizada conforme Costa et al., 2015
e ambientais
Fonte de dados: Figura adaptada de Watts et al., 2015
Perda da produtividade
Projeções da aumento da temperatura mostram que aproximadamente
14% das horas de trabalho diário anuais serão perdidas pelos
trabalhadores brasileiros em trabalhos pesados
Perda anaul da capacidade de trabalho RCP8.5
14,0%
16,0%
14,0%
12,0%
12,0%
10,0%
10,0%
Perda da capacidade de trabalho (300W) - HadGEM RCP8.5
8,0%
8,0%
6,0%
6,0%
4,0%
4,0%
2,0%
2,0%
0,0%
1975
400W-HadGEM
1995
2025
300W-HadGEM
2055
2085
200W-HadGEM
0,0%
Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec
1975
1995
2025
2055
2085
Fonte de dados: Kjellstrom et al., 2015b. Análise para relatório
“Climate and Health Country Profile – 2015”.
Ondas de calor
Definição de uma zona de segurança
Risco: municípios das regiões Norte
e Centro Oeste e dos estados do
Maranhão e Piauí no Nordeste
População vulnerável exposta:
25 - 35% da população infantil e 10
a 15% de idosos
Fonte de dados: USB (2016); Gasparrini et al (2015)
Fonte de dados para elaboração dos mapas: Chou et al., 2014; Costa et al., 2015 e IBGE, 2010
Desastres naturais – secas
Com aumento de 4°C...
• Nordeste:
Aumento das gastroenterites e hepatite
A
– Indisponibilidade de água tratada e
saneamento básico
– Contaminação de alimentos
– Falta de higiene pessoal (por escassez de
água)
•
Amazônia Brasileira
Deverão ser mais intensas, frequentes e
mais longas em razão do aumento da
frequência de fenômenos como El-Niño
Entre os principais efeitos na saúde,
destacam-se as gastroenterites e o
incremento das doenças respiratórias em
crianças
Smith et al., 2014
Fontes: Atlas Brasileiro de Desastres Naturais, 2010;
Mascarenhas et al.,2008; Oliveira et al., 2016
Mortalidade por calor – idosos
No Brasil, a taxa de mortalidade em idosos decorrente da
exposição ao calor poderá ser 7,5 vezes maior do que a taxa do
ano de 1975, com aumento estimado de 4,5°C temperatura
média no cenário RCP 8.5
Fonte de dados: Kjellstrom et al., 2015 (WHO National Profiles on Climate
Change and Human Health).
Mortalidade por calor – idosos
O aumento da temperatura média acima 8°C em relação a temperatura
limiar poderá aumentar em até 32% e 30% a mortalidade por DAR e DAC
em idosos em alguns municípios da região Centro-Oeste e Sudeste
Fontes de dados para elaboração dos mapas: Guo et al., 2014; Gasparrini et al.,
2015; Gouveia, Shakoor, Armstrong, 2003; Chou et al., 2014
Doenças vetoriais – Dengue, chikungunya
e zika
• Brasil: Dengue é numericamente o mais importante arbovírus humano (mais
de 1,5 milhões de casos em 2015)
• Transmissão: Aedes aegypti
Expansão da dengue
(2002 – 2012)
Fatores associados:
crescimento populacional,
urbanização inadequada,
migrações, problemas de
infraestrutura das cidades ( falta
de saneamento básico),
mobilidade global da população
mundial e deterioração dos
sistemas de saúde e aumento da
variabilidade climática
Barcellos, Lowe (2014)
Doenças vetoriais – Dengue, chikungunya
e zika
• Brasil: manutenção da capacidade vetorial do vetor
• Regiões Norte e Centro-Oeste: redução do potencial de epidemia da dengue
com aumento entre 6°C e 8°C da temperatura média (cenário RCP 8.5 20712099)
•
Sudeste: aumento do potencial de epidemia da dengue para 2071-2090 para
os estados de Espírito Santos e Rio de Janeiro
Capacidade vetorial do Aedes aegypti
6 - 7°C
Fonte de dados: Rocklöv J, Quam, M. et al. 2015 e Liu-Helmerson et al., 2015.
Doenças vetoriais – malária
Distribuição do Plasmodium falciparum
• Aumento de 4°C ou mais:
– Manutenção das áreas endêmicas
da região Norte do país e
propagação para região CentroOeste
Distribuição do vetor Anopheles darling
• Expansão
da
área
transmissão da malária
de
– Pode estar associada com a
introdução de novos vetores da
doença
Fonte de dados: Laporta et al., 2015
Doenças vetoriais – leishmaniose
tegumentar
• Área de expansão:
– Área climaticamente adequada para o
vetor: áreas dos estados Minas Gerais,
Mato Grosso do Sul e São Paulo
– Outras variáveis são importantes como
temperatura do solo
•
Projeções futuras das condições climáticas
favoráveis para o desenvolvimento do vetor
Lutzomya flaviscutellata
Número de casos adicionais:
– Um incremento percentual de 15% das
internações por leishmaniose em relação
ao período baseline (1992 – 2002) para o
final do século em um cenário que prevê
aumento de 3,4°C da temperatura
(Mendes et al., 2016)
Fonte: Carvalho et al., 2015
Doenças veiculação hídrica – diarreia
• Regiões Norte e Nordeste: ajustado pela vulnerabilidade socioeconômica,
poderão apresentar um aumento de mais de 45% nos casos de diarreia.
• Na região Norte: o aumento da temperatura média em 7°C poderá elevar
em até 76% o número de casos da doença.
Fonte de dados para elaboração do mapa:
Modelo regionalizado ETA-HadGEM-2S
(Chou et al., 2014). Incremento percentual
estimado a partir da metodologia de
Kolstad, Johansson (2010) com uso dos
indicadores de vulnerabilidade calculados
por Hacon et al. (2015) e Pinheiro et al.
(2016)
Doenças veiculação hídrica – diarreia
Cerca de 34% dos municípios e 64% da população infantil da região Norte
poderão apresentar aumento de 50% dos casos de diarreia para cenário RCP
8.5, no período de 2071-2099.
Variação da temperatura, percentual de municípios e da
população infantil que apresentam risco de ocorrência de
diarreia maior que 50%,
% Municípios
% População infantil
N ORTE
N OR D ES TE
10
8
3
8
7
4
7
S UD ES TE
9
25
10
23
6
7
Fonte de dados para elaboração da figura:
Modelo regionalizado Eta-HadGEM2-ES
(Chou et al., 2014). Incremento percentual
estimado a partir da metodologia de
Kolstad, Johansson (2010) com uso dos
indicadores de vulnerabilidade calculados
por Hacon et al. (2015) e Pinheiro et al.
(2016); IBGE, 2010.
34
64
∆T
S UL
CEN TR O-OES TE
Vulnerabilidade
Vulnerabilidade para condições de saúde muito alta
• Norte e nordeste:
‒ 80% dos municípios apresentam
vulnerabilidade muito alta para
condições de saúde
‒
40% da população infantil e idosa
destes municípios poderão estar
expostas a um aumento médio de
5°C na região Nordeste e 7°C na
região Norte
‒ Mais de 90% dos municípios
apresentam
vulnerabilidade
socioeconômica muito alta
‒
mais de 60% da população infantil e
idosa expostas a um aumento médio
de 5°C na região Nordeste e 7°C na
região Norte
Fonte de dados para elaboração das figuras: Hacon
et al., 2015, Pinheiro et al, 2016; e Modelo
Eta/HadGEM2-ES (cenário RCP 8.5) (Chou et al.,
2014)
Vulnerabilidade socioeconômica muito alta
Impactos na
Agricultura
Evolução da produção de grãos e área
Fonte adaptada Assad et al., 2015
33
Desenvolvimento de uma planta
Fonte adaptada Carter, 2013
34
Aumento de ondas de calor no futuro
50
Número de dias com temperatura maior
ou igual a 34 C em Campinas
40
days
30
20
10
0
years
Consequências
•
•
•
•
Abortamento de flores do café, laranja, feijão
Aumento da Evaporação e Evapotranspiração
Aumento da deficiência hídrica
Aumento da frequência de ondas de calor
provocando morte de frangos, abortamento
em porcas prenhas, redução da produção de
leite
Consequências
• Observação de aumento da frequência de
chuvas intensas
• Fortes alterações na distribuição das chuvas
• Alteração no balanço hídrico
• Aumento na intensidade e frequência dos
veranicos
• Aumento da erosão
Temperatura acima de 35°C
Maximumtemperature limits
Sugar cane
35 °C
Potato
35 °C
Coffee
34 °C
Bean
35 °C
Corn
45 °C
Soya
35 °C
Wheat
30 °C
Fonte: Embrapa CNPTIA 2015
42
Arroz - Limites de adaptação
Fonte: Assad et al., 2016
43
Feijão - Limites de adaptação
Fonte: Assad et al., 2016
44
Milho - Limites de adaptação
45
Soja - Limites de adaptação
Fonte: Assad et al., 2016
46
Impactos do aumento da temperatura na
agricultura brasileira
Cenário RCP 8.5
2025 (ha)
∆ (%)
2055 (ha)
∆ (%)
2085 (ha)
∆ (%)
Arroz
2.238.483
-7,2
2.232.870
-7,5
2.077.094
-13,9
Milho safrinha
1.751.641
-76,5
1.128.835
-84,9
204.339
-97,3
Milho safra 1
6.661.951
-12,3
6.646.863
-12,5
5.908.882
-22,2
Feijão safra 1
1.124.132
-42,6
1.064.133
-45,6
838.874
-57,1
Feijão safra 2
423.463
-58,5
396.056
-61,2
286.938
-71,9
Soja
8.901.284
-64,4
8.556.636
-65,7
4.693.604
-81,2
Trigo
1.501.642
-21,5
1.596.339
-16,5
1.457.725
-23,8
Fonte: Assad et al., 2016
(Modelo ETA CIMIP5 HADGEN2)
47
O mundo vai acabar?
• O que fazer?
• Buscar mitigar as emissões de gases de efeito
estufa
• Adaptar-se
Disp.
hídrica
Estiagem
Q95
132.145
73.748
73.748
13.799
5.447
2.696
Atlântico Nordeste
2.608
Ocidental
320
320
Parnaíba
379
294
Atlântico Nordeste
774
Oriental
91
32
São Francisco
2.846
1.886
852
Atlântico Leste
1.484
305
252
Atlântico Sudeste
3.162
1.109
986
Atlântico Sul
4.055
647
647
Paraná
11.414
5.792
3.901
Uruguai
4.103
565
394
Paraguai
2.359
782
782
Brasil
179.516
91.071
84.904
Região hidrográfica
Vazão
média
m³/s
Amazônica
Disponibilidade
Hídrica no Brasil
Tocantins
Araguaia
–
767
A Conexão entre Aquecimento Global e o
Ciclo Hidrológico
Seca
Saturated Vapor Pressure
Aquecimento
Inundação
t
t+20
Em regiões
secas
Em regiões
úmidas
Capacidade
de Reter
Água
Evaporação e
Umidade
Atmosférica
Efeito
Estufa
Intensidade
da Chuva
Seca
Inundação
Temperature oF
Cortesia: S. Sarooshian, U. California-Irvine
Created by: Gi-Hyeon Park
Avaliação Local
Estância Santo Expedito
Estância Santo Expedito
Classificação por
Falsa cor
Classificação
Legenda
Vegetação densa
Pastagem
Campo limpo
Água
Cana de açúcar
Outros
Matriz de
confusão
(%)
Coeficiente
Kappa
Área total
(ha)
80%
0,70
92
Classes
Área (ha)
Mata
19,3
Campo limpo
29,8
Cana-de-açúcar
13,6
Pastagem
16,5
Água
1,5
Outros
11,3
TOTAL
92
Área buffer 15m (ha)
Área buffer 30m (ha)
11,3
22,1
29/03/2016
56
Avaliação Local
29/03/2016
57
!(
!(
!(
!(
!(
!(
!(
!(
!(
!(
0
Estância Santo Expedito
Limites da Propriedade
!(
Nascentes
Córrego
Barramento
Área a recuperar
Vegetação Nativa Remanescente
Uso Consolidado
APP
APP Mínima
Declividade entre 25° e 45°
±
40
80
160
m
Quadro de Áreas (ha)
Área total
93,29
Barramento 1
0,76
Barramento 2
0,03
APP
21,82
APP Mínima
12,27
Vegetação Nativa
18,85
Uso Consolidado
6,436
RL necessária
18,66
Avaliação Regional
Município
BRAGANÇA
PAULISTA
CAIEIRAS
CAMANDUCAIA
EXTREMA
FRANCO DA ROCHA
ITAPEVA
JOANÓPOLIS
MAIRIPORÃ
NAZARÉ PAULISTA
PIRACAIA
SAPUCAÍ-MIRIM
VARGEM
UF
Vegetação
natural (ha)
Comprimento da
rede de drenagem
(km)
SP
5.640,12
828,52
SP
MG
MG
SP
MG
SP
SP
SP
SP
MG
SP
4.797,09
26.410,74
7.417,43
4.108,59
5.295,83
17.743,50
17.046,96
15.475,46
12.832,66
17.201,58
3.231,56
213,27
1.389,92
569,75
349,91
500,58
861,00
848,81
751,07
902,14
684,89
271,41
Área a ser reflorestada - APPs (ha)
Buffer
30m
50m
100m
200m
500m
3.727,83 745,32
0,00
0,00
956,15 5.429,30
546,93
2.558,80
2.024,07
1.059,99
1.273,12
1.636,28
1.778,32
1.418,80
2.268,05
1.297,44
918,34
6,50
17,87
0,00 652,14
0,00
0,00
0,00 2.985,75
16,96
0,00
0,00 2.264,67
24,24 120,86 0,00 1.391,37
10,93
0,00
0,00 1.518,61
0,00
0,00 1.669,70 3.530,50
23,28 570,04 0,00 2.662,75
0,00
0,00 2.396,51 4.006,75
1,79 1.204,81 2.504,84 6.322,72
0,00
0,00
0,00 1.464,46
10,39
0,00 1.291,80 2.313,78
80,84
426,95
223,64
186,28
234,56
224,52
291,11
191,44
343,23
167,02
93,25
Total
Mais de 8000 km de rios e córregos
34.000 ha de APPs para serem revegetadas
BRAGANÇA PAULISTA
SÃO PAULO
ITAIPU
FURNAS
SOBRADINHO
SOBRADINHO
TRÊS MARIAS
Resumo dos Resultados
Número de municípios concluídos: 1.450
Hectares avaliados: 68.126.019
Estimativa do passivo: 3.741.679 (54%)
Km de rios medidos: 1.083.611
Numero de mudas estimadas, necessárias para revegetação: 3 BI
Potencial de captura de carbono: 337 MI tC (1.2 BI t CO2eq)
* Cerrado 66tC/ha, e Mata Atlântica 116tC/ha tempo de estabilização 10
anos.
Municípios Concluídos (1.450)
Nível Nacional – Trabalho em andamento
Condições Gerais
Mais carbono
No solo
Menos carbono
no solo
75
Gases de efeito estufa na Pecuária
-3000 a +3000 kg/ha/ano
~ 55 kg/animal/ano
X 25
Armazenamento de
C no solol
~100 t C/ha
~ 0,2 kg/animal/
X 310
77
É essa adaptação que queremos?
Brasil, NE 2011
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
Integração Lavoura Pecuária Floresta com alta eficiência
de sequestro de carbono
Fonte :Embrapa agrobiologia
Potencial de sequestro de CO2eq: 180 milhões de tCO2 eq/ano
81
Resultados de adaptação e mitigação na agricultura
-
Implantação da Agricultura ABC
Cultivares de soja tolerantes ao calor e deficiência hídrica
Cultivares de feijão tolerantes as altas temperaturas
Retomada da boas práticas agrícolas, principalmente manejo e
conservação de solo e água.
Redução do desmatamento na Amazônia
Entendimento das paisagens agrícolas sustentáveis
Interconexão entre segurança hídrica, alimentar e energética
CAR
Faixa potencial de utilização das “soluções genéticas”
da biodiversidade do cerrado brasileiro
Qual o valor disso?
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