XXII Reunião Clínico - Radiológica “ Dr. RosalinoDalazen” www.digimaxdiagnostico.com.br/ CASO CLÍNICO • Paciente do sexo masculino, 42 anos • Edema peniano associado a intensa dor local e uretrorragia há 18 horas, após estalido durante relação sexual. ANATOMIA T ALB ULTRASSONOGRAFIA LAUDO: Identificamos moderado espessamento e heterogeneidade do tecido celular subcutâneo difusamente no pênis, mais evidente na sua face ventral. Formação de conteúdo heterogêneo, predominantemente hipoecogênica, de aspecto sacular, com contornos regulares e limites definidos, medindo cerca de 3,0 x 1,2 x 2,7 cm, com sua origem na face lateral esquerda da base peniana, com íntimo contato com o corpo cavernoso correspondente, seguindo medialmente até a porção ventral da mesma, caracterizando aspecto de hematoma. Corpo cavernoso direito aparentemente sem alterações ecográficas significativas. Importante espessamento e heterogeneidade difuso do corpo cavernoso, mais evidente na face ventral à esquerda, na base peniana. Solução de continuidade (cerca de 0,5 cm de secção transversa) na túnica albugínea adjacente ao corpo cavernoso, em sua face ventral esquerda, na base peniana (topografia álgica), bem como, com extensão a face correspondente no corpo esponjoso. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA (Compatível com): - Aspecto de lesão/fratura na túnica albugínea na base peniana à esquerda, com solução de continuidade com o corpo cavernoso e esponjoso adjacente, conforme detalhado acima. ULTRASSONOGRAFIA Identificamos moderado espessamento e heterogeneidade do tecido celular subcutâneo difusamente no pênis, mais evidente na sua face ventral. Formação de conteúdo heterogêneo, predominantemente hipoecogênica, de aspecto sacular, com contornos regulares e limites definidos, medindo cerca de 3,0 x 1,2 x 2,7 cm, com sua origem na face lateral esquerda da base peniana, com íntimo contato com o corpo cavernoso correspondente, seguindo medialmente até a porção ventral da mesma, caracterizando aspecto de hematoma. Corpo cavernoso direito aparentemente sem alterações ecográficas significativas. Importante espessamento e heterogeneidade difuso do corpo cavernoso, mais evidente na face ventral à esquerda, na base peniana. Solução de continuidade (cerca de 0,5 cm de secção transversa) na túnica albugínea adjacente ao corpo cavernoso, em sua face ventral esquerda, na base peniana (topografia álgica), bem como, com extensão a face correspondente no corpo esponjoso. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA (Compatível com): - Aspecto de lesão/fratura na túnica albugínea na base peniana à esquerda, com solução de continuidade com o corpo cavernoso e esponjoso adjacente, conforme detalhado acima. FRATURA PENIANA • A fratura peniana representa tipo de trauma urológico relativamente incomum. • É definida como a ruptura da túnica albugínea do corpo cavernoso que ocorre exclusivamente durante a ereção. • Mais frequente nos 2/3 distais. • O principal mecanismo de trauma é o intercurso sexual traumático. QUADRO CLÍNICO • Estalido gerado pela ruptura do corpo cavernoso • Dor • Detumescência peniana imediata • Hematoma e edema EXAME FÍSICO • Deformidade em berinjela (edema + hematoma + desvio do pênis para o lado oposto ao da fratura). • Sintomas urinários (uretrorragia ou hematúria microscópica) suspeitar de lesão uretral concomitante = rompimento alcança o corpo esponjoso que circunda a uretra (10 a 20%). ECTOSCOPIA DIAGNÓSTICO • Quase sempre é possível apenas com a história clínica e o exame físico adequados, nem sempre sendo necessários exames complementares. • Métodos de imagem são utilizados para localizar com precisão o ponto da lesão. EXAMES DE IMAGEM • Cavernosografia: injeção de contraste iodado no corpo cavernoso e observação do extravasamento no local da fratura. Não é isenta de complicações como reações alérgicas, fibrose do corpo cavernoso e priapismo. • Ultrassonografia: menor acurácia, operadordependente, mas geralmente é o método mais utilizado para identificar o local da fratura. • Ressonância Magnética: “padrão ouro” (difícil acesso e o alto custo). ULTRASSOGRAFIA Caso Literatura Imagens literatura - USG Imagens literatura - RM Imagens literatura - RM CCD HMT TRATAMENTO • O tratamento preconizado é a abordagem cirúrgica nas primeiras 24/48 horas, associado à administração de antiinflamatórios e resfriamento do pênis. • Hematúria ou uretrorragia = maior gravidade da lesão, com trauma sobre o corpo esponjoso e consequente lesão uretral (pode evoluir para estenose uretral ou até Síndrome de Fournier). Imagens literatura - TTO PROGNÓSTICO • 6 a 25% - sequelas: - Curvatura peniana acentuada - Dor durante a ereção - Disfunção erétil - Priapismo - Necrose de pele - Fístula arteriovenosa - Estenose uretral. REFERENCIAS Pedro Romanelli de Castro1; Ricardo Hissashi Nishimoto1; Raul Guilherme Ângelo Pinheiro1; Teon Augusto N. de Oliveira2; Ralph Correa de Almeida. Fratura peniana: diagnóstico e tratamento. RMMG, 2009. Bertero EB, Campos RS, Mattos D - Penile fracture with urethral injury. Int Braz J Urol, 2000, 26(3):295-297. Moon-Hae, C; Bohyun, K; Jeong-Ah, R; Sung, W L; Kyu Sung, L. MR Imaging of Acute Penile Fracture. RadioGraphics 2000; 20:1397–1405. Avery LL; Scheinfeld, MH. Imaging of Penile and Scrotal Emergencies. RadioGraphics 2013; 33:721–740.