UFPB-PRG XIII Encontro de Iniciação à Docência 0084.DFP.CCS.MT.10.R.O.11 QUADRO CLÍNICO DO LES NO SISTEMA CARDIOVASCULAR Diogo Araújo Simões1; Thereza Taylanne Souza Loureiro Cavalcanti1; Larissa Lima do Vale1; Daniele Mendes Félix1; Fabiana Maria Rodrigues Lopes de Oliveira1; Vanessa Lopes Maia Dativo1; Danilo Rodrigues Cavalcante Leite1; Ligiana Leite de Carvalho1; Claudio Roberto Bezerra dos Santos2; Cristine Hirsch Monteiro2; Rachel Linka Beniz Gouveia3. Centro de Ciências da Saúde/Departamento de Fisiologia e Patologia/MONITORIA 1Monitor; 2Orientador; 3Coordenador do projeto INTRODUÇÃO: O quadro clínico do lúpus eritematoso sistêmico (LES) é tema central na disciplina Imunologia devido a sua importância no diagnóstico e tratamento da doença. Nos últimos anos o foco primário no atendimento médico ao paciente com LES, tem priorizado o quadro clínico da doença bem como a presença de infecções, negligenciando, assim, os riscos de complicações cardiovasculares relacionadas com a doença. Com o aumento da sobrevida desses pacientes, a doença passou a ter um perfil crônico, sendo estas complicações uma das principais causas de morbimortalidade dos pacientes. OBJETIVOS: Revisar determinadas patologias do sistema cardiovascular relacionadas ao aumento da morbimortalidade em pacientes com LES e seus fatores de risco. DESCRIÇÃO METODOLOGIA: Nas reuniões de discussão da monitoria da disciplina imunologia, foi realizada uma revisão de literatura sobre o LES, nos seus diversos aspectos, sendo utilizada esta para o embasamento teórico deste estudo. RESULTADOS: De acordo com a literatura consultada, as principais complicações cardiovasculares associadas ao LES foram: (1) a doença coronariana (20% a 30% das mortes de pacientes com LES), sendo nove vezes maior a ocorrência de infarto agudo do miocárdio em mulheres lúpicas do que as não lúpicas; (2) ocorrência de placas ateromatosas em carótida, acometendo de 25% a 40% dos pacientes com LES; (3) arritmias e distúrbios do sistema excito-condutor, onde em torno de 17,5% dos pacientes ao longo de 10 anos de doença apresentaram essa alteração; (4) de 3% a 15% podem apresentar miocardite clínica; outro fator importante foi o encontro de (5), disfunção diastólica do ventrículo esquerdo, com repercussão no aumento atrial esquerdo, resultando em insuficiência cardíaca congestiva. Além da alta prevalência, a doença coronariana é responsável por 20-30% das mortes nos pacientes lúpicos aumentando ainda mais se restringirmos ao período pós-diagnosticado. A alta incidência dessas comorbidades relaciona-se, provavelmente, ao sinergismo entre a debilidade orgânica inerente ao LES, o uso de corticosteroides e os fatores de risco cardiovasculares usuais, associados aos diretamente relacionados ao lúpus, tais como a glomerulonefrite crônica, baixos níveis da proteína C3, títulos elevados de DNA, anticorpos antifosfolipídios e fatores genéticos. CONCLUSÃO: Podemos concluir que é de capital relevância a pesquisa e o acompanhamento mais acurado dos pacientes com LES quanto a possíveis complicações cardiovasculares, a fim de diagnosticá-las e tratá-las precocemente, prevenindo eventos mórbidos, e reservando ao paciente um melhor prognóstico. Palavras-chave: Lupus eritematoso sistêmico, quadro clínico, sistema cardiovascular.