UFPB-PRG XIII Encontro de Iniciação à Docência 0084.DFP.CCS.MT.10.R.O.10 O PAPEL DOS LINFÓCITOS B NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO Larissa Lima Vale1; Ligiana Leite de Carvalho1; Daniele Mendes Felix1; Fabiana Maria Rodrigues Lopes de Oliveira1; Danilo Rodrigues Cavalcante Leite1; Vanessa Lopes Maia Dativo1; Diogo Araújo Simões1; Thereza Taylanne Souza Loureiro Cavalcanti1; Cristine Hirsch Monteiro2; Claudio Roberto Bezerra dos Santos2; Rachel Linka Beniz Gouveia3. Centro de Ciências da Saúde/Departamento de Fisiologia e Patologia/MONITORIA 1Monitor; 2Orientador; 3Coordenador do projeto INTRODUÇÃO: A participação dos linfócitos B (LB) no desenvolvimento do lúpus eritematoso sistêmico (LES) é alvo da Imunologia uma vez que os auto-anticorpos produzidos pelos LB servem como marcadores de diagnóstico desta patologia. O LES é uma doença auto-imune que pode afetar quase todos os órgãos, crônica recidivante e com manifestações clínicas bastante heterogêneas, podendo ocorrer desde rash cutâneo até acometimento do sistema nervoso central. A etiopatogenia do LES é desconhecida, mas sabe-se que é uma doença multifatorial relacionada a fatores genéticos, hormonais, infecciosos e ambientais. A participação dos linfócitos B nesta patologia é determinante e está relacionada com a produção de auto-anticorpos e com a deposição de complexos imunes, os quais resultam em inflamação crônica e lesão dos tecidos. OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento bibliográfico sobre a participação dos linfócitos B no desenvolvimento do lúpus eritematoso sistêmico. DESCRIÇÃO METODOLOGIA: Foram realizadas reuniões quinzenais, onde eram discutidos e apresentados artigos relacionados à função dos linfócitos B na patologia do LES. A pesquisa bibliográfica foi realizada em bases de dados disponíveis on line (BIREME, SCIELO E PUBMED). O material de pesquisa consistiu em periódicos nacionais e internacionais, teses de mestrado e doutorado publicados no período de 2005 a 2009. RESULTADO: De acordo com a literatura, o mecanismo fisiopatológico do LES está relacionado com a exposição de antígenos na superfície de células apoptóticas, levando a uma produção de auto-anticopos por LB auto-reativos, como anti-histona. anti-nucleossomo e antiDNA. Sugere-se que a perda da auto-tolerância esteja relacionada à pressão antigênica exercida pelo material apoptótico, à apresentação de auto-antígenos alterados, e a um estado pró-inflamatório que acentua e perpetua a resposta auto-imune patogênica. Há formação e deposição de complexos imunes nos tecidos e vasos desencadeando uma ampla variedade de processos inflamatórios, culminando em morte celular, destruição tecidual ou falência do órgão afetado. Estruturas como articulações, rins, pele, coração e pleura podem ser acometidas. CONCLUSÃO: Através desse estudo de revisão concluímos que se faz necessário maiores esclarecimentos acerca dos mecanismos que levam à auto-imunidade mediada pelo LB no LES, ressaltando a necessidade de novos estudos nessa área. Palavras chaves: Lúpus eritematoso sistêmico, Linfócitos B, auto-anticorpos.