Dados: Fechamento em 13/01/2017. = Tendência de alta/baixa/estabilidade em relação ao fechamento em 06/01/2017. SITUAÇÃO GLOBAL Economia chinesa: reservas e taxa de câmbio Analistas consideram que o Governo chinês terá de decidir entre manter o nível das reservas ou segurar a depreciação do yuan. As reservas internacionais da China caíram pelo sexto mês seguido em dezembro de 2016 e somaram US$ 3,01 trilhões. A queda foi menor do que a de novembro e abaixo da expectativa do mercado, refletindo relativo êxito das medidas de controle de capitais adotadas pelo Governo chinês até o momento. A taxa de câmbio do renminbi chegou a se fortalecer frente ao dólar nos primeiros dias do ano, mas voltou a se desvalorizar. A "State Administration of Foreign Exchange", órgão do Banco do Povo da China, admitiu que os esforços para a manutenção da estabilidade da taxa de câmbio foram os principais culpados pela queda de US$ 320 bilhões das reservas em 2016. As reservas caíram US$ 1 trilhão desde junho de 2014. Em 2017, será difícil, segundo analistas, que o Governo chinês consiga manter as reservas acima da marca simbólica de US$ 3 trilhões e o câmbio abaixo dos 7 yuans por dólar. Relatório do banco UBS prevê que o renminbi chegue a 7,3 por dólar e as reservas a US$ 2,7 trilhões no final do ano. Crise econômica em Angola Angola, um dos maiores produtores de petróleo da África, se prepara para a sua primeira transição política em quase quatro décadas em meio a uma forte crise econômica, a pior desde o fim da guerra civil, em 2002. Após o anúncio de que José Eduardo dos Santos não disputaria mais um mandato, o Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) escolheu João Lourenço, atual ministro da Defesa, para suceder Santos. Nas ruas, os cidadãos comuns sofrem com os 41% de inflação e com a escassez crônica de produtos básicos, como açúcar, óleo de cozinha e medicamentos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia de Angola terá tido crescimento zero em 2016, seu pior desempenho em tempo de paz. O país possui uma população de 26 milhões de habitantes, que cresce 3,2% ao ano. A dívida pública subiu para 78% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com estimativas do FMI. Desde abril de 2015, o banco central angolano usou 18% de suas reservas em moeda estrangeira para financiar importações. A moeda angolana, o Kwanza, caiu de cerca de 97 por dólar, em 2014, para uma taxa oficial de 165. No paralelo, um dólar compra 485 kwanzas. LÍBIA ELEVA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO A produção de petróleo na Líbia mais que triplicou nos últimos seis meses, colocando um obstáculo aos planos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de elevar os preços do petróleo por meio de redução coletiva da oferta. Os preços do petróleo chegaram a subir 19%, para mais de US$ 55 o barril, desde 30 de novembro, quando a Opep anunciou um acordo para reduzir sua produção em cerca de 4%. A Opep isentou a Líbia de participar do esforço por causa do impacto da violência do conflito civil sobre a produção de petróleo, desde a derrubada e a morte do líder Muammar Gadhafi em 2011. Desse modo, ass milícias que antes mantinham campos petrolíferos e portos fechados passaram a firmar acordos com a National Oil Co (NOC) para reiniciar a operação de importantes operações produtoras de petróleo, e a produção líbia atingiu 708 mil barris por dia na segunda semana de janeiro, após ter caído para menos de 200 mil barris por dia em 2016. O país tem as maiores reservas de petróleo na África e chegou a produzir 1,6 milhão de barris por dia no passado. A NOC acredita poder chegar a 900 mil barris por dia neste ano, acima da produção diária média de 575 mil barris por dia de novembro, quando a Opep firmou seu pacto. Isso anularia todo o corte prometido pela Rússia e poderá obrigar a Arábia Saudita a reduzir a produção mais do que o planejado, para garantir que a Opep atinja suas metas de produção. Ole Hansen, diretor de estratégia de commodities do Saxo Bank, disse que a produção da Líbia representa um "obstáculo significativo" para os preços do petróleo atingirem a marca de US$ 60 o barril. PUBLICAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS Perspectivas Econômicas do México 2017 (OCDE) Com base nas informações disponíveis sobre a economia mexicana em 2016, a OCDE publicou panorama com perspectivas para 2017. A organização elogia as ambiciosas reformas realizadas recentemente, que ajudaram a recuperar a produtividade da economia mexicana, especialmente nos setores de energia e telecomunicações. O relatório destaca o sucesso da política monetária em controlar a inflação e a melhoria do desempenho fiscal, não obstante a frágil credibilidade no sistema regulatório. Apesar do forte crescimento econômico, o registro de inequidades de renda e gênero no país permanece alto. Para a OCDE, são necessárias reformas adicionais para reduzir barreiras não-tarifárias e aperfeiçoar as práticas produtivas, para melhorar a governança e fortalecer as instituições legais. <http://www.oecd.org/eco/surveys/Mexico-2017-OECD-economic-survey-overview.pdf> Taxa de desemprego harmonizada (OCDE) Segundo levantamento da OCDE, a taxa de desemprego harmonizada no conjunto de seus países-membros permaneceu estável em novembro de 2016, em 6,2%, correspondente a 38,5 milhões de desempregados, dos quas 9,3 milhões são jovens (15-24 anos). Na zona do Euro, a OCDE também registrou estabilidade no indicador (9,8%). A maior queda do desemprego foi registrada na França, para 9,5%; e o maior aumento, na Itália, 11,9%. Nos Estados Unidos e no Canadá, a taxa de desemprego oscilou, no final do ano passado, em torno de 4,6% e 6,8%, respectivamente. As taxas registradas no período são menores para o Japão (3,1%) e para o México. Entre os jovens, houve forte aumento na Itália, chegando a 39,4%, e em Portugal e na Espanha, respectivamente, 28,4% e 44,4%. Segundo a OCDE, a taxa de desemprego harmonizada dos homens no conjunto dos países da organização (6,3%) mantém-se pouco acima da taxa de desemprego das mulheres (6,1%). <http://www.oecd.org/std/labour-stats/OECD-HUR-01-17.pdf>