Circular nº 054/2016 Cuidado com os BIDs! Embora de maneira tímida, a economia nos dá mostras de que vai, aos poucos, reagindo às medidas do governo do Presidente (ainda) interino Michel Temer. De acordo com a Pesquisa Focus, o PIB se manterá negativo em 2016. Mas as expectativas de mercado sobre este encolhimento vêm diminuindo gradualmente. Para 2017, a pesquisa prevê crescimento de 1% do PIB, revertendo assim uma expectativa anterior de que a recessão persistiria por mais um ano. Já a inflação, que beirou os 11%, dá indícios de que fechará este ano com taxa próxima a 7% e poderá se aproximar da meta de 4,5% em 2017. Outro fato positivo é a balança comercial, que deverá fechar o ano com saldo superior a US$ 50 bilhões. Igualmente positivos, os investimentos diretos nos país deverão alcançar US$ 64 bilhões. Além disso, existe a intenção do Governo de estabelecer um teto para os gastos públicos e renegociar as dívidas dos Estados. Da mesma forma, um novo programa de concessão de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, embora ainda em estudos, poderá contribuir bastante para reaquecer a economia. A mudança de governo, capaz de dar um novo alento ao empresariado e restabelecer a credibilidade perdida, deve ser considerada um fato positivo. Tudo leva a crer que o pior já passou. A expectativa é de que, no próximo ano, a roda da prosperidade volte a girar de forma mais acentuada e concreta. Caso a economia reaja, certamente esta reação desencadeará em um aquecimento inevitável do Transporte Rodoviário de Cargas, o que nos leva a crer que os fretes, hoje tão desvalorizados, tenderão a melhorar. Portanto, não é hora de embarcar em BIDs lesivos às transportadoras e de conquistar clientes a qualquer custo. O momento é de esperança, não de desespero. A hora é de começar a recuperar a rentabilidade perdida, não de aceitar qualquer tarifa e qualquer prazo de pagamento. Quem não agir dessa forma, estará cavando a própria sepultura. Quem resistir à tentação, certamente poderá esperar, finalmente, por dias melhores, após uma travessia tão difícil e turbulenta. 22/07/2016 - NTC & Logística 1