Dados: Fechamento em 09/12/2016. = :Tendência de alta/baixa/estabilidade em relação ao fechamento em 02/12/2016. SITUAÇÃO GLOBAL Expectativas de crescimento econômico no Japão Economia japonesa registra crescimento real de 0,3% do PIB no terceiro trimestre de 2016, acima das expectativas do mercado. Espera-se aumento nas projeções de crescimento para 2016, superiores à de 0,5% prevista em outubro pelo FMI. A economia japonesa completou três trimestres consecutivos de crescimento, após expansão de 0,7% no primeiro trimestre e de 0,5% no segundo trimestre de 2016. Contribuiu para tanto a recuperação dos setores exportador e de investimentos em infraestruturas físicas, com crescimento de 1,6% e 2,6%, respectivamente. A recuperação das exportações nipônicas surpreendeu por ter ocorrido em momento de acentuação da tendência de apreciação cambial do iene frente ao dólar, a qual havia retirado competitividade do setor nos dois primeiros trimestres do ano. Para o Governo japonês, o bom resultado deve-se às medidas de injeção de liquidez do Banco Central do Japão e ao pacote de estímulos de 28 trilhões de ienes anunciado pelo Primeiro Ministro Shinzo Abe em junho último. Espera-se que o mercado revise suas projeções de crescimento da economia do Japão, podendo chegar a até 1,0% para este ano. China: maior controle de capitais e de internacionalização de empresas Novas medidas implementadas pela China buscam conter a saída de capitais e impor maior controle ao processo de internacionalização das corporações chinesas. O Governo chinês reduziu o limite para remessas de recursos pela conta de capital, incluindo o capital de giro, passíveis de controle estatal, ficando isentas as transações para compensar a compra e venda de bens e serviços. Também foram adotadas novas restrições para as aquisições de empresas fora da China, que permaneceriam em vigor até setembro do próximo ano. As medidas foram tomadas em cenário de crescente saída de capital e desvalorização do renminbi. As reservas da China caíram de US$ 3,99 trilhões em junho de 2014 para US$ 3,05 trilhões no final de novembro passado. Desde o começo do ano, a moeda chinesa desvalorizou-se 6,1% em relação ao dólar. O Governo rejeitou a interpretação de que as novas medidas significam retrocesso no processo de abertura da conta de capital e de internacionalização do renminbi, e afirmou que não mudará a regulamentação dos investimentos chineses no exterior. Desaceleração do crescimento da Austrália Após resultado trimestral negativo, o governo australiano tem sido pressionado a implementar medidas de estímulo fiscal, como redução da carga tributária para pequenas e médias empresas. Em boletim trimestral divulgado em 7/12 (junho a setembro de 2016), o "Australian Bureau of Statistics" (ABS) registrou queda de 0,5% no PIB do país. A cifra faz com que o ABS aponte para uma taxa anualizada de crescimento do PIB de apenas 1,8%. O número levará o governo a rever para baixo sua expectativa de crescimento para o ano corrente, estimada, na época da divulgação do orçamento do presente ano fiscal (maio), em 3,1%. No último trimestre de 2016, espera-se significativo incremento do déficit comercial registrado em outubro, de AU$ 1,54 bilhão. O número é duas vezes superior o estimado pelo mercado (21% superior ao déficit registrado em setembro) e põe em dúvida o papel da recuperação dos preços das commodities no mercado internacional (sobretudo pelo aumento da demanda chinesa por minério de ferro e carvão) para a dinamização das exportações australianas no ano. Há especulações sobre um possível quadro recessivo em 2017. ORÇAMENTOS DOS PAÍSES-MEMBROS DA UE PARA 2017 Em reunião no dia 5/12, os Ministros das Finanças da Zona do Euro (ZE-19) discutiram os orçamentos nacionais para 2017 (com exceção da Grécia, que não participa do exercício, por estar sob Programa de Ajuste) e sua compatibilidade com o Pacto de Estabilidade e Crescimento. Os Ministros do Eurogrupo concordaram, de modo geral, com a análise da Comissão Europeia, que mostra quadro bastante diversificado das situações orçamentárias dos 18 Estados-Membros. Oito países foram identificados em situação em risco de descumprir, em 2017, suas obrigações sob o Pacto: Bélgica, Chipre, Eslovênia, Espanha, Finlândia, Itália, Lituânia e Portugal; cinco países foram considerados cumpridores das normas: Eslováquia, Estônia, Alemanha, Luxemburgo e Países Baixos, sendo que esses três últimos foram considerados países com "folga fiscal"; e outros cinco países foram classificados como "cumpridores em geral": Áustria, França, Irlanda, Letônia e Malta. Os Ministros também discutiram a situação orçamentária para a ZE como um todo. Não se endossou proposta da Comissão de orientação fiscal expansionista para a região, que visava a apoiar a recuperação econômica europeia. Como as questões fiscais são decididas com base em objetivos nacionais nem sempre convergentes e em normas de aplicação flexível, e não em instituições supranacionais, seguem as dificuldades da Zona do Euro para dar respostas coletivas aos desafios de política macroeconômica. Houve consenso ministerial sobre a existência de descompasso estrutural na região e a necessidade de buscar maior convergência política e econômica. Esse descompasso deverá ser discutido a partir de 2017, na segunda fase da agenda de governança da União Econômica e Monetária (UEM). A Comissão deverá publicar, em março próximo, "white paper" sobre o aprofundamento da UEM, em seguimento ao Relatório dos Cinco Presidentes, de junho de 2015. <http://www.consilium.europa.eu/en/press/press-releases/2016/12/05-eurogroup-statement-dbp/> PUBLICAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS Empresas Estatais como Competidoras Globais (OCDE) O estudo da OCDE trata da inserção internacional de empresas estatais, enfocando aspectos como concorrência, investimentos, governança corporativa e perspectivas de política comercial. Estima-se que 22% das maiores empresas mundiais são estatais, com importante inserção nas cadeias produtivas globais. As empresas estatais se internacionalizaram rapidamente nos últimos anos, por meio de fusões e aquisições, e a expectativa é a de que empresas estatais que operam em importantes setores de países emergentes cresçam acima da média nos próximos anos. O estudo conclui que, apesar de não haver evidência clara sobre comportamento abusivo sistemático de empresas estatais como competidoras globais, algumas arestas precisam ser limadas, de forma a manter a economia global aberta ao comércio e ao investimento. <http://www.oecd-ilibrary.org/deliver/fulltext?itemId=/content/book/9789264262096-en&mimeType= freepreview&redirecturl=http://www.keepeek.com/Digital-Asset-Management/oecd/finance-and-investment/ state-owned-enterprises-as-global-competitors_9789264262096-en&isPreview=true> "OECD Economic Outlook, Volume 2016 Issue 2" Trata-se de versão preliminar da análise semestral da OCDE sobre as principais tendências econômicas internacionais e suas projeções para os País 2016 2017 2018 próximos dois anos. Segundo a Organização, para sair da armadilha do baixo Brasil -3,4 0 1,2 crescimento na qual a economia global se encontra nos últimos cinco anos, é Alemanha 1,7 1,7 1,7 necessário adotar iniciativas fiscais efetivas, para catalisar a atividade Estados Unidos 1,5 2,3 3 econômica privada, e promover políticas comerciais inclusivas. Para a China 6,7 6,4 6,1 OCDE, o protecionismo e a retaliação comercial minam os incentivos fiscais, Índia 7,4 7,6 7,7 por proporcionarem aumento de preços. A organização defende a melhoria Projeções da OCDE das políticas comerciais e o crescimento da produtividade. São apresentadas análises e cenários para os países-membros e para países não-membros selecionados. <http://www.oecd-ilibrary.org/deliver/fulltext?itemId=/content/book/eco_outlook-v2016-2-en&mime Type=freepreview&redirecturl=http://www.keepeek.com/Digital-Asset-Management/oecd/economics/oecdeconomic-outlook-volume-2016-issue-2_eco_outlook-v2016-2-en&isPreview=true> Variação do PIB