Sistema límbico - Professor Adriano

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-- O sistema Límbico e o comportamento
01) Sistema ativadores-pulsionais do cérebro

Controle direto do córtex
a) Excitatório
- Local responsável é o núcleo reticular pontina;
- Os sinais passam para o tálamo e este distribui os estímulos para o córtex, que
pode ser estímulos rápidos ou lentos;
- Pode haver um feedback positivo: o cérebro emite sinais para o tronco encefálico
continuar a mantê-lo desperto;
b) Inibitório
- O núcleo reticular bulbar é o responsável por essa inibição;
- Liberação de serotonina, que atuam como neurotransmissor inibitório;

Controle neuro-hormonal do córtex
a) O sistema noradrenalina
- O locus ceruleus é o local responsável pela secreção desse neurotransmissor;
- Geralmente, essa substância aumenta a atividade cortical;
- Desempenha papel importante no sono REM;
b) O sistema da dopamina
- A substância negra é a secretora da dopamina;
- É um neurotransmissor inibitório para os núcleos da base, mas pode ser
excitatório para alguma outra parte do córtex.
c) O sistema da serotonina
- Local de secreção: núcleos da rafe;
- Está relacionada ao processo de analgesia, enviando fibras para o córtex e para o
diencéfalo;
- Relaciona-se também com a produção do sono normal.
d) O sistema da acetilcolina
- O local responsável é a região magnocelular da área excitatória da formação
reticular;
- É um neurotransmissor excitatório que ajuda a manter o sistema nervoso (córtex
e medula) despertos.
e) Outros
- Encefalinas, GABA, glutamato, ADH, ACTH, epinefrina, histamina, endorfinas,
angiotensina II e neurotensina.
02) O sistema límbico

Anatomia funcional
a) Formado por: hipotálamo, hipocampo, amígdalas, tálamo (núcleos anteriores), giro
cingulado, giro subcaloso e área órbito-frontal. Os 3 ultimos são considerados o córtex
límbico ou paleocórtex;
c) O feixe prosencefálico medial é um importante meio de comunicação do sistema límbico
com o tronco encefálico;
d) Hipotálamo
- Eferências: I) para a formação reticular e daí para o sistema autônomo; II) para o
tálamo e córtex límbico e III) para a hipófise.
- Controle vegetativo e endócrino
I) Regulação cardiovascular: responsável pela modificação da pressão
arterial e da freqüência cardíaca. Esses estímulos são conduzidos para a formação reticular
da ponte e bulbo;
II) Regulação da temperatura: o sangue que passa no hipotálamo
determina a temperatura corporal e faz com que o hipotálamo tente regular a temperatura;
III) Regulação da hídrica: controla de duas formas, estimulando a sede no
indivíduo ou retendo a água na urina. Quando os eletrólitos do hipotálamo se tornam mais
concentrados essa área é estimulada;
IV) Contração do útero e ejeção do leite: relaciona-se com a produção de
ocitocina.
V) Regulação gastrointestinal: o hipotálamo possui uma área que é o
centro da fome e está relacionada com a ingestão de alimentos e saciedade da fome;
VI) Controle sobre a hipófise: o hipotálamo secreta hormônio que atuam
como liberadores dos hormônios da hipófise anterior.
- Funções comportamentais
I) Hipotálamo lateral: relaciona-se com a sede, fome e agressividade;
II) Hipotálamo ventromedial: relacionado com a saciedade da fome e da
sede e tranqüilidade;
III) Região periventricular do hipotálamo: relaciona-se com a postura de
medo ou de reação de punição;
IV) Hipotálamo anterior e posterior: relacionado com a atividade sexual.
- Centro de recompensa: núcleos laterais e ventromediais do hipotálamo,
juntamente com a amígdala, septo, alguns gânglios da base e algumas áreas do tálamo.
- Centro de punição: substância cinzenta periquedutal e periventricular e
amígdalas. O estímulo dessas áreas desencadeia no animal um comportamento de raiva.
- Punição e Recompensa X Comportamento: o efeito dos tranqüilizantes nesses
centros de punição e recompensa fazem com que o indivíduo reduza sua reatividade
afetiva.
- Punição e Recompensa X Memória: para que um estímulo fique certamente
armazenado na memória é preciso que ele desencadeie uma reação de punição ou de
recompensa. É como se fosse uma resposta reforçada para desencadear a memória.
e) Hipocampo
- Qualquer estímulo sensorial causa a estimulação de pelo menos alguma área do
hipocampo;
- Desse modo, o hipocampo é uma porta de entrada para o sistema límbico, pois
dele, sai fibras (pelo fórnix) para o hipotálamo, tálamo e outras estruturas do sistema
límbico;
- Cada parte do hipocampo se relaciona com partes diferentes do sistema límbico
para produzir respostas comportamentais diferentes;
- Pequenos estímulos podem hiperexcitar o hipocampo devido a sua formação
cortical diferenciada
- Aprendizagem e o hipocampo: a lesão do hipocampo traz a amnésia anterógrada,
a qual faz com que o indivíduo não consiga memorizar informações baseadas em
simbolismos verbais, ou seja, não se é possível gravar os nomes das pessoas que conhece,
porém a memória passada permanece armazenada. O hipocampo é importante no
processo de transição da memória a curto prazo para memória a longo prazo: faz com que
a mente repita várias vezes aquela informação a fim de que seja consolidada a memória
para aquela informação.
f) Amígdala
- Mantém amplas conexões com o hipotálamo e o restante do sistema límbico;
- É considerada a janela do sistema límbico, onde se vê o indivíduo no mundo;
- Seu estímulo pode causar alguns efeitos parecidos aos vegetativos do hipotálamo;
- Pode, ao ser estimulada, causar algumas experiência comportamentais como:
prazer, raiva, sexualidade, medo;
- Síndrome de Klüver-Bucy: secção bilateral das amígdalas (porção anterior do lobo
temporal, onde ficam localizadas) causa: I) perda do medo, II) extrema curiosidade, III)
esquecimento rápido, IV) coloca-se tudo na boca, V) grande impulso sexual.
- Função global da amígdala: responsável pela percepção semiconsciente; parece
padronizar as respostas comportamentais apropriadas para cada ocasião.
g) Córtex límbico
- Atua como um área de associação de controle do comportamento;
- A ablação da parte posterior do córtex orbital frontal traz insônia e inquietude;
- Os giros cingulados anteriores e giros subcalosos mantêm a conexão entre o
sistema límbico e o córtex pré-frontal. A ablação dessa região pode trazer um alta grau de
raiva.
- Bibliografia:
Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 10ª Ed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro,
2005.
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