Matemática Aluno Caderno de Atividades Pedagógicas de Aprendizagem Autorregulada - 03 7° Ano | 3° Bimestre Disciplina Curso Bimestre Ano Matemática Ensino Fundamental 3° 7° Ano Habilidades Associadas 1. Resolver equações do 1º grau por meio de estimativas mentais, balanceamento e operações inversas. 2. Resolver problemas significativos utilizando equações do 1º grau. 3. Identificar diferentes tipos de quadriláteros e triângulos. 4. Compreender e aplicar o conceito de área de uma figura plana. Apresentação A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado. A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional. Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem. Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam, também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática. Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as ferramentas da autorregulação. Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o aprender-aconhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser. A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às suas aulas. Estamos à disposição através do e-mail [email protected] para quaisquer esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material. Secretaria de Estado de Educação 2 Caro aluno, Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas habilidades e competências do 3° Bimestre do Currículo Mínimo de Matemática da 7° Ano do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período de um mês. A nossa proposta é que você, Aluno, desenvolva estas Atividades de forma autônoma, com o suporte pedagógico eventual de um professor, que mediará as trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você desenvolver a disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do conhecimento do século XXI. Neste Caderno de Atividades, vamos aprender o que é equação do 1° grau e suas aplicações. Na parte geométrica estudaremos sobre perímetros, soma de ângulos internos e as propriedades de triângulos e quadriláteros. Vamos aprender ainda um pouco mais sobre as áreas de algumas figuras planas. Este documento apresenta 3 (três) aulas. As aulas são compostas por uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar a aprendizagem, propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto. Um abraço e bom trabalho! Equipe de Elaboração 3 Sumário Introdução ................................................................................................... 03 Aula 01: Expressão numérica, algébrica e equação .................................... 05 Aula 02: Valor numérico de uma equação .................................................. 11 Aula 03: Problemas que envolvem equação do 1° grau .............................. 17 Aula 04: Triângulos ...................................................................................... 22 Aula 05: Quadriláteros ................................................................................. 28 Aula 06: Áreas de figuras planas .................................................................. 37 Avaliação ..................................................................................................... 45 Pesquisa........................................................................................................ 48 Referências: ................................................................................................. 49 4 Aula 1: Expressão Numérica, Algébrica e Equação Caro aluno, certamente você já teve contato com exercícios que tinham como título “determine o número desconhecido” ou “ache o valor de x”. Esses exercícios geralmente estão relacionados a situações-problemas nas quais a situação é expressa por uma linguagem matemática. Nesta aula vamos dar ênfase a esta linguagem, a forma algébrica de descrever uma situação. Você vai compreender o significado da representação de um número por uma letra e aprender o conceito de variável. Esperamos que, ao final dessa aula, você tenha ampliado seus conhecimentos matemáticos, sendo capaz de resolver situações em que números estejam representados por letras. Vamos iniciar o nosso estudo explicando a diferença entre expressão e equação. 1 – EXPRESSÃO NUMÉRICA E EXPRESSÃO ALGÉBRICA: Você sabia que temos dois tipos de expressões? Algumas começamos a estudar lá no 6°ano, são as expressões numéricas. Você se lembra? Então, vamos relembrar esta expressão, e aprender um novo tipo, as expressões algébricas. 1.1 – EXPRESSÃO NUMÉRICA: Uma expressão numérica é uma seqüência de números que aparecem associados por operações que devem ser efetuadas obedecendo-se a seguinte ordem: Potenciações e radiciações (se houver). Multiplicações e divisões (se houver). Adições e subtrações. EXEMPLO 01: 42 + 2 - 3 x 2 = 16 + 2 – 6 = 18 – 6 = 12. 5 Algumas expressões numéricas podem aparecer com parênteses, colchetes e chaves, você se lembra? Neste caso, basta efetuar as operações obedecendo a seguinte ordem: Parênteses () Colchetes [ ] Chaves { } EXEMPLO 02: 5 + { 40 – [ 3 x 4 + ( 42 + 2) ] } = 5 + { 40 – [ 3 x 4 + ( 16 + 2) ] } = 5 + { 40 – [ 3 x 4 + 18 ] } = 5 + { 40 – [ 12 + 18 ] } = 5 + { 40 – 30 } = 5 + 10 = 15. 1.2 – EXPRESSÃO ALGÉBRICA: Uma expressão algébrica é a expressão que envolve números e letras. Vamos entender melhor o que é uma expressão algébrica, observando o exemplo abaixo: EXEMPLO 03: Uma fábrica de motocicletas produz 25 motocicletas por hora. Durante o dia um funcionário da fábrica é encarregado de anotar a quantidade de motocicletas produzidas no decorrer das horas. A princípio, o funcionário anotava a quantidades de motocicletas Fonte: http://carros.uol.com.br/motos/noticias produzidas a cada hora, conforme tabela a seguir: 6 Produção de Motocicletas Tempo (horas) Quantidade (nº de motocicletas) 1 1 x 25 = 25 2 2 x 25 = 50 3 3 x 25 = 75 4 4 x 25 = 100 ... ... O número de horas vezes 25 é a quantidade de motocicletas produzidas nesse tempo. Então o funcionário descobriu que ele poderia utilizar letras para representar os números. Se eu utilizar a letra t para o número de horas, a quantidade de motocicletas produzidas neste tempo será 25 . t . A expressão 25 . t ou 25t representa a quantidade de motocicletas produzidas em t horas. A expressão 25 . t ou 25t denomina-se expressão algébrica e a letra t representa uma variável. Uma expressão que envolve números, letras e a operação indicada entre eles, é chamada de expressão algébrica. As letras são denominadas as variáveis da expressão algébrica. Vamos ver alguns exemplos de como podemos escrever uma expressão matemática: EXEMPLO 04: X – 5 significa: A diferença entre um número qualquer e 5; Um número qualquer diminuído de 5; X é a variável. 5 unidades a menos que um número qualquer. 7 2 . K ou 2K significa: O produto de 2 por um número qualquer; O dobro de um número qualquer; K é a variável. Um número par. significa: Um número qualquer dividido por 4; O quociente de um número qualquer por 4; Y é a variável. A quarta parte de um número qualquer. 2 – EQUAÇÃO: Uma equação é uma afirmação que estabelece uma igualdade entre duas expressões matemáticas. Numa equação, a letra é chamada de incógnita. Para você entender melhor o que é uma equação, vamos começar pelo exemplo da balança, repare só: Você pode ver na figura acima que a balança está em equilíbrio. Então, podemos dizer que os dois lados da balança têm o mesmo valor. No primeiro prato temos 3 + 1 + 5x, e no segundo prato temos 8 + 5 + 2x. Logo, se os pratos estão em equilíbrio, podemos dizer que 4 + 5x = 13 + 2x. A expressão algébrica 4 + 5x = 13 + 2x é uma equação e x é a incógnita. Nesta equação, x representa o valor da massa de cada bolinha. 8 Cada prato da balança representa um membro da equação: 4 + 5x é o 1º membro e 13 + 2x é o 2º membro. O valor da letra que torna a sentença verdadeira é chamado de raiz da equação. No entanto, este assunto estudaremos na próxima aula. Agora vamos ver outro exemplo: 4y - 2 = y + 7. Neste exemplo, 4y – 2 é o 1º membro e y + 7 é o 2º membro. A incógnita é a letra y. Agora chegou a hora de testamos o que você aprendeu. Vamos lá? Atividade 1 01. Classifique as expressões abaixo em numéricas (N) ou algébricas (A): a) 3x + 5 ( ) b) ( ) +2.5 c) 4 . 2 – 5 . 3 ( ) d) ( ) + e) 5a – 4 + 3a . 2 ( ) 02. Siga o exemplo e escreva o significado de cada expressão algébrica abaixo: a) 2Z – 10 → O dobro de um número qualquer menos 10. b) 5X + 2 → c) 7 + 3K → d) 4Y - 6 → e) + 12 → 03. Escreva as expressões algébricas que representam os perímetros das figuras planas abaixo: 9 04. Escreva abaixo a equação cuja incógnita é a letra z, o 1º membro e o triplo de um número qualquer mais 15 e o 2º membro é a metade de um número qualquer menos 12: 05. Determine o número real "a" que torna as expressões 3a + 6 e 2a + 10 iguais: 10 Aula 2: Valor Numérico de uma Equação. Agora que você já aprendeu o que é uma equação e consegue reconhecer seus termos, chegou a hora de aprender a calcular a raiz da equação de 1º grau. Como a equação é uma igualdade, você aprenderá a calcular, de forma prática, o valor que torna essa igualdade verdadeira. 1 – RESOLVENDO EQUAÇÕES DO 1º GRAU: O processo para a resolvermos a equação do 1º grau está baseado nas propriedades das igualdades. 1ª Propriedade: Podemos somar ou subtrair um mesmo número dos dois membros da igualdade, tornando a sentença equivalente, ou seja, deixando os dois membros com o mesmo valor. Vamos ver os exemplos abaixo: a) x – 4 = 7 → No 1º membro devemos deixar somente as incógnitas. Para isso, devemos eliminar os números que aparecem neste membro, utilizando os seus inversos. Neste exemplo, o número que aparece no 1º membro é o 4. Para eliminarmos o 4, devemos utilizar o seu inverso (+4) nos dois membros. x–4+4=7+4 x=7+4 x = 11 b) x + 5 = 12 → Agora, o número que aparece no 1º membro é o +5. Para eliminarmos o +5, devemos utilizar o seu inverso (-5) nos dois membros. x + 5 - 5 = 12 - 5 x = 12 - 5 x=7 11 Baseados nessa propriedade, concluímos que podemos passar um termo de um membro para outro, desde que o sinal desse termo seja trocado. EXEMPLO 01: a) x – 4 = 7 → Passaremos o 4 para o 2º membro, com sinal (+). x=7+4 x = 11 b) x + 5 = 12 → Passaremos o +5 para o 2º membro, com sinal (). x = 12 - 5 x=7 2ª Propriedade: Podemos multiplicar ou dividir ambos os membros de uma igualdade por um número diferente de zero, obtendo assim uma sentença equivalente. Veja nos exemplos abaixo: Exemplo1: 4 x = 20 → Observe que no 1º membro, a incógnita está sendo multiplicada por 4. Então devemos dividir (operação inversa da multiplicação) os dois membros por 4 e assim, obtermos o valor de x. = x = 20 ÷ 4 x=5 EXEMPLO 02: = 7 → Observe que no 1º membro, a incógnita está sendo dividida por 3. Então devemos multiplicar (operação inversa da divisão) os dois membros por 3 e assim, obtermos o valor de x. .3 =7.3 x=7.3 x = 21 12 Considerando esta propriedade, concluímos que para acharmos o valor de x, podemos passar um termo de um membro para outro, desde que o sinal desse termo seja trocado pela sua operação inversa. EXEMPLO 03: 4x = 20 → Como o número 4 está multiplicando o x, ele irá para o 2º membro, realizando a operação inversa da multiplicação, ou seja, a divisão. x = 20 ÷ 4 x=5 EXEMPLO 04: = 7 → Como o número 3 está dividindo a variável x, ele irá para o 2º membro, realizando a operação inversa da divisão, ou seja, a multiplicação. x=7.3 x = 21 2 – MÉTODO PRÁTICO PARA RESOLVER EQUAÇÕES: Para resolver equação do primeiro grau através do método prático, você deverá seguir algumas etapas. 1ª Etapa: Isolar no 1º membro as incógnitas (os termos que usam letras) e no 2º membro os membros que não apresentam letras. Não esquecendo que quando um termo muda de um membro para outro, inverte-se a operação! 2ª Etapa: Depois que os termos foram isolados, você deverá reduzir os termos semelhantes, ou seja, realizar as operações matemáticas de cada membro. 3ª Etapa: Devemos dividir ambos os membros pelo coeficiente de x, ou seja, pelo número que está multiplicando x no 1º membro. 13 EXEMPLO 05: 6x – 8 = 4 x + 16 1ª etapa: 6x – 4x = 16 + 8 2ª etapa: 2x = 8 3ª etapa: x=8÷2 x=4 EXEMPLO 06: 8x – 3 + 5 = 11 + 5x 1ª etapa: 8x – 5x = 11 + 3 - 5 2ª etapa: 3ª etapa: 3x = 9 x=9÷3 x=3 EXEMPLO 07: 4 . (x + 5) = 12 Antes de realizarmos a 1º Etapa, precisaremos eliminar os parênteses: 4x + 20 = 3 1ª etapa: 2ª etapa: 3ª etapa: 4x = 12 20 4x = 8 x=8÷4 x=2 2.1 – EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS: Quando a equação apresentar denominadores, a primeira coisa a ser feita antes de darmos início às etapas, é eliminarmos os denominadores. Observe o exemplo para que você possa aprender como fazer esta operação: + =5 Iremos dividir todos os denominadores por 6, que é o valor do m.m.c. entre 3 e 2. Não devemos esquecer que mesmo quando não estamos vendo, o denominador 1 está lá. 14 + = 6 6 → Após a divisão, iremos multiplicar seus resultados por cada numerador. 6 + = → Agora podemos eliminar os denominadores e dar início as etapas. 2x + 3x = 30 5 x = 30 x = 30 ÷ 5 x=6 Chegou a hora de ver se você entendeu direitinho tudo que acabamos de estudar nesta aula. Vamos realizar nossas atividades? Atividade 2 01. Ache a raiz de cada uma das equações abaixo: a) 16 + 8m = 81 + 3m b) 12x = 5x + 49 c) 20 – 8z = -19 – 21z d) 5a – 6 = 2(a + 9) e) + = 02. Observe o quadro abaixo e assinale o valor da incógnita que é solução de cada uma das equações: 15 Equação 7a – 15 = a – 3a – 15 -2 . (y – 5) + 3y = –7y – (2 – 4y) 2 Solução da Equação 0 0,5 10 12 4 2 1,4 3 03. Sabendo que o perímetro da figura abaixo é 26 metros, calcule a medida do lado x. 04. Determine um número real “a” para que as expressões algébricas e sejam iguais. 05. Sendo os dois triângulos abaixo semelhantes, calcule as medidas dos lados representados por x e 2x. 16 Aula 3: Problemas Envolvendo Equações do 1º Grau. Agora que você já aprendeu a calcular a raiz de uma equação do primeiro grau, chegou a hora de resolver problemas que envolvam essas equações. Você estudará nesta aula como as equações de 1º grau estão diretamente ligadas ao nosso cotidiano e como podemos utilizá-las para a resolução de muitos desses problemas. Mas, para isso, você irá precisar seguir alguns passos. Então, vamos vê-los através do nosso primeiro exemplo? EXEMPLO 01: Em uma turma, dos alunos fazem aula de natação e 24 alunos treinam atletismo. Quantos alunos há, ao todo, nessa turma? 1º Passo: Ler com atenção todo o problema e levantar dados. O problema pede para encontrar um número que represente o quantitativo total de alunos. 2º Passo: Traduzir o enunciado do problema para linguagem matemática. Usaremos letras e símbolos. Indicaremos o número procurado pela letra “x” e escrever a equação correspondente usando a incógnita “x” onde for necessário indicar o número desconhecido. Como o problema está querendo saber quantos alunos há ao todo na turma, então, chamaremos o número de alunos da turma de “x” 3º Passo: Resolver a equação encontrada. Resolvendo a equação , temos: 17 5 5 5 4º Passo: Analisar o resultado obtido e responder ao problema. Nessa turma há ao todo 30 alunos. EXEMPLO 02: Um carpinteiro irá cortar uma tábua de 100 centímetros em duas partes. O comprimento da parte maior deverá ser o triplo do comprimento da tábua menor. Determine o comprimento de cada uma das partes. 1º Passo: O problema pede para encontrar o comprimento de cada parte da tábua, sendo um o triplo do outro. Vamos representar o comprimento da parte menor por y e o comprimento da parte maior por 3y. 2º Passo: Escrevendo a equação correspondente, teremos: 3º Passo: Resolver a equação y + 3y = 100, temos: y + 3y = 100 4y = 100 18 y= y = 25 → parte menor. 3y = 3 . 25 = 75 → parte maior. 4º Passo: Os comprimentos das partes da tábua são 25 cm e 75 cm. EXEMPLO 03: No estacionamento de um colégio há carros e motos num total de 38 veículos e 136 rodas. Quantos carros e quantas motos há neste estacionamento? 1º Passo: O problema pede para encontrarmos dois números (carros e motos). Vamos chamar de x o número de carros. Então, o número de motos será 38 – x. 2º Passo: Como cada carro tem 4 rodas e cada moto tem 2 rodas, escrevemos a equação 4 . x + 2 . ( 38 – x ) = 136 3º Passo: Resolvendo a 4x + 2(38 – x) = 136, temos: 4x + 76 – 2x = 136 4x – 2x = 136 – 76 2x = 60 x= = 30 Número de carros = x Número de carros = 30 Número de motos = 38 – x Número de motos = 38 – 30 = 8 19 4º Passo: No estacionamento do colégio há 30 carros e 8 motos. Que tal treinar os passos que você acabou de aprender e começar a resolver alguns problemas? Então vamos lá! Atividade 3 01 . Calcule a base e a altura do retângulo abaixo, sabendo que o perímetro da figura tem 70 cm e a sua altura mede da medida da base. 02. Somando 5 pontos ao dobro da nota de um aluno, o aluno fica com média 85. Quantos era a nota do aluno? 03. Um aluno ganhou uma certa quantia da sua mãe. Gastou lanche e da quantia na compra do na compra de material para realizar uma pesquisa. Depois das compras percebeu que ainda havia sobrado R$ 25,00. Qual a quantia que o aluno ganhou da sua mãe? 20 04. Uma escola recebeu 1.350 matrículas para o 6º, 7º e 8º Anos do Ensino Fundamental. Foram 450 para o 6º Ano e para o 7º Ano, recebeu o dobro das matrículas do 8º Ano. Quantos alunos se matricularam em cada Ano do Ensino Fundamental? 05. Num show de mágicas, um mágico chama uma pessoa da plateia e pede para que essa pessoa pense em três números consecutivos cuja soma seja 1083. A pessoa pensa, e num truque de telepatia o mágico afirma que os números pensados foram 360, 361 e 362. O mágico acertou? Prove. 06. Rodrigo e Matheus estão preparando as figuras para ilustrar um trabalho. Rodrigo já recortou 12 vezes a quantidade recortada por Matheus. Se cada um recortar mais 225 figuras, Rodrigo terá o triplo do que terá Matheus. Quantas figuras cada um já recortou? 21 Aula 4: Triângulos Agora que já viu o conteúdo voltado de álgebra deste bimestre, que tal estudar um pouco de geometria? Vamos começar com os triângulos. Nesta aula, você irá relembrar o que é um triângulo e suas classificações. Irá também calcular perímetro dos triângulos e realizar cálculos envolvendo seus ângulos. Então, vamos lá? Aproveite e bom estudo! 1 – DEFINIÇÃO: Como você já sabe, triângulo é um polígono de três lados. Ele é formado por três retas que se encontram duas a duas e nunca passam pelo mesmo ponto, formando assim, três ângulos. Observando o triângulo acima, podemos identificar alguns dos seus elementos: A, B e C são os vértices; Os lados do triângulo são simbolizados pelos segmentos de retas ou pelas letras minúsculas a, b, e c; Os ângulos podem ser representados de duas formas: ou . 22 2 – PERÍMETRO DE UM TRIÂNGULO: Para realizar o cálculo do perímetro de um triângulo, basta fazer a soma da medida de todos os seus lados. Perímetro = 10 + 8 + 14 = 32 cm. 3 – TIPOS DE TRIÂNGULOS: Os triângulos podem ser classificados de acordo com as medidas dos seus dados ou com as medidas dos sem ângulos internos. 4 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS LADOS: Considerando as medidas dos lados de um triângulo, temos: TRIÂNGULO EQUILÁTERO: É o triângulo que tem os três lados congruentes, ou seja, os três lados têm a mesma medida. 23 TRIÂNGULO ISÓSCELES: É o triângulo que tem apenas dois lados congruentes. TRIÂNGULO ESCALENO: É o triângulo que apresenta os três lados com medidas diferentes. 5 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS ÂNGULOS: Considerando as medidas dos ângulos internos de um triângulo, temos: TRIÂNGULO ACUTÂNGULO: É o triângulo que tem os três ângulos internos agudos, ou seja, menores que 90o. 24 TRIÂNGULO RETÂNGULO: É o triângulo que tem um ângulo interno reto, ou seja, igual a 90o e os outros dois ângulos internos agudos, ou seja, menores que 90o. TRIÂNGULO OBTUSÂNGULO: É o triângulo que tem um ângulo interno obtuso, ou seja, maior que 90o e os outros dois ângulos internos agudos, ou seja, menores que 90o. 6 – CONDIÇÕES PARA A EXISTÊNCIA DE UM TRIÂNGULO: Para construir um triângulo não podemos utilizar qualquer medida, tem que seguir a condição de existência, ou seja, para construir um triângulo é necessário que a medida de qualquer um dos lados seja menor que a soma das medidas dos outros dois e maior que o valor absoluto da diferença entre essas medidas. Observe: 25 7 – RELAÇÃO ENTRE OS ÂNGULOS INTERNOS DE UM TRIÂNGULO: Em qualquer triângulo, a soma das medidas dos ângulos internos é igual a 180 o. Se as medidas dos três ângulos internos forem expressas pelas letras a, b e c, teremos: a + b + c = 180o. EXEMPLO 01: Vamos exercitar um pouco sobre o que você acabou de aprender? Resolva as atividades a seguir e qualquer dúvida retome os exemplos acima! Atividade 4 01. Utilizando uma régua, faça as medidas necessárias nos triângulos abaixo e classifiqueos quanto à medida dos seus lados: 26 02. Agora classifique os mesmos triângulos, quanto à medida de seus ângulos internos: 03. Calcule o perímetro dos triângulos abaixo: 04. De acordo com a condição de existência de um triângulo, verifique se o triângulo abaixo é verdadeiro: 05. Dois ângulos internos de um triângulo medem 35o e 55o. Qual a medida do terceiro ângulo? 27 Aula 5 : Quadriláteros. Na aula anterior, estudamos os triângulos, nesta atividade vamos aprender um pouco sobre os quadriláteros. Você irá relembrar o que é um quadrilátero, como calcular o perímetro e realizar cálculos envolvendo seus ângulos internos. Então, vamos lá? Aproveite e bom estudo! 1 – DEFINIÇÃO: Quadrilátero é um polígono de quatro lados. É uma figura limitada por quatro retas que formam entre si quatro ângulos. Observando o quadrilátero acima, podemos identificar alguns dos seus elementos: Os pontos A, B, C e D são os vértices; Os lados do quadrilátero são simbolizados pelos segmentos de retas Os ângulos podem ou ser representados de duas formas: . 28 2 – PERÍMETRO DE UM QUADRILÁTERO: Para realizar o cálculo do perímetro de um quadrilátero, basta fazer a soma das medidas de todos os seus lados. Observe o exemplo abaixo: Perímetro = 12 + 3 + 10 + 5 = 30. 3 – QUADRILÁTERO CONVEXO E CONCAVO: No quadrilátero ABCD a seguir, as retas não cortam nenhum lado do quadrilátero, então temos que ABCD é um quadrilátero convexo. 29 No quadrilátero ABCD abaixo, a reta corta o lado e a reta corta o lado ABCD é um quadrilátero côncavo. 4 – QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS: Os quadriláteros notáveis são aqueles que têm pelo menos um par de lados paralelos. Observe as características abaixo e veja como identificá-los. PARALELOGRAMOS: É quadrilátero que tem lados opostos paralelos. 30 LOSANGO: Ele tem 4 lados congruentes, ou seja lados com a mesma medida. Na figura: RETÂNGULO: É o quadrilátero que tem 4 ângulos de 90° graus. QUADRADO: É o quadrilátero que possui quatro lados congruentes e quatro ângulos retos. 31 TRAPÉZIO: O trapézio é o quadrilátero que tem apenas dois lados opostos paralelos. Eles recebem os nomes de acordo com os triângulos que tem características semelhantes, veja os triângulos e em seguida os trapézios e faça a relação no esquema abaixo. A TRAPÉZIO RETÂNGULO: Tem dois ângulos retos, e um par de lados paralelos . Como no triângulo acima, podemos notar que a uma certa semelhança entre o triângulo e o trapézio. B TRAPÉZIOS ISÓSCELES: Os lados não paralelos são congruentes . 32 C TRAPÉZIO ESCALENO: É um trapézio não tem lados congruentes, . 5 – RELAÇÃO ENTRE OS ÂNGULOS INTERNOS DE UM QUADRILÁTERO: Em qualquer quadrilátero, a soma das medidas dos ângulos internos é igual a 360o. Se as medidas dos quatros ângulos internos forem expressas pelas letras, teremos: = 360o. , Observe o desenho abaixo para que você possa compreender melhor. Para que possamos entender melhor a soma dos ângulos internos dos quadriláteros vamos ver acima, que se traçarmos uma diagonal, nós teremos dois triângulos. Como a soma dos ângulos internos do triângulos é 180°, tendo dois vamos ter: 180° + 180° = 360° 33 EXEMPLOS 01: Vamos exercitar um pouco sobre o que você acabou de aprender? Resolva as atividades a seguir e qualquer dúvida retome os exemplos acima! Atividade 5 01. Classifique os quadriláteros de acordo com as informações acima: 34 02. Determine os perímetros dos quadriláteros abaixo: 03. Se o perímetro do quadrilátero abaixo for 40 cm, encontre o valor de x na figura. 04. Sabendo que a soma dos ângulos internos dos quadriláteros é 360°. Encontre o valor de x nas figuras: a) 35 b) c) 36 Aula 6: Áreas de figuras planas. Caro aluno, nessa aula nós iremos fazer uma breve revisão sobre áreas e, acrescentaremos algumas novas áreas para ampliarmos nosso conhecimento. Também iremos ver a importância deste assunto em nossas vidas, vamos aprender a sua importância e conhecer algumas aplicações em nosso cotidiano. No entanto, temos que ler todas as informações abaixo com muita atenção e tentar resolver todos os desafios. Boa aula!! 1 – RECORDANDO ÁREAS: Como já foi dito acima, vamos fazer uma breve revisão das áreas de retângulo e quadrado . Você se lembra como calculá-las? Qualquer que seja o retângulo ou quadrado nós iremos usar essas fórmulas para encontrar a região limitada por essas figuras. EXEMPLO 01 : Calcule as áreas das figuras abaixo: a) Resolução: Área = b x h, substituindo os valores na fórmula, teremos: Área = 12 x 2 = 24 cm² 37 b) Área = a², substituindo. Área = 5² = 5 x 5 = 25 m² 2 – ÁREA DO PARALELOGRAMO: Considere o paralelogramo ABCD: Qualquer segmento perpendicular a uma base, com uma extremidade nela e a outra extremidade na reta suporte da base oposta, é chamada de altura do paralelogramo. Vamos considerar os segmentos paralelos e como bases. E o segmento a altura do paralelogramo. Observe que a área do paralelogramo é calculada como a do retângulo. 38 EXEMPLO 02 : Resolução: Para calcular a área do paralelogramo basta substituir os valores indicados como base e altura. Observe os cálculos: Área = b x h Área = 15 x 6 = 90 cm² 3 – ÁREA DO TRIÂNGULO: Observe triângulo abaixo ABC, veja como encontrar a sua área. Qualquer segmento de reta com as extremidades em um vértice e na reta de suporte do lado oposto a esse vértice, e que é perpendicular a essa reta, é chamada de altura do triângulo. No triângulo acima considere o segmento como a base e a altura do triângulo. Veja em seguida como calcular a sua área. 39 Com base na área do paralelogramo podemos ver que com esses dois triângulos podemos formar um paralelogramo. Assim para encontrar a área do triangulo basta multiplicar a base b pela altura h e dividir por 2. EXEMPLO 03: Resolução: Vamos observar nesse exemplo que como feito acima nos anteriores, basta substituir na formula a base e a altura, mas nesse caso temos que depois que multiplicar dividir por dois. Área = Área = Área = = 12 cm² 40 4 – ÁREA DO LOSANGO: Considere o losango abaixo: Nesse losango indicamos D a diagonal maior e d a menor. Para calcular a superfície da figura acima vamos analisar o esquema abaixo e descobrir. Se analisarmos bem essa representação, podemos ver que o losango formado acima é a metade do retângulo, e suas diagonais estão no mesmo lugar que a base e a altura. Por isso temos a formula acima. EXEMPLO 04: Resolução: Área = , substituindo os valores indicados pelas diagonais, vamos ter. Área = Área = Área = 12 m² 41 5 – ÁREA DO TRAPÉZIO: Considere o trapézio ABCD abaixo. Nele, os lados paralelos e , são as bases do trapézio sendo a maior e a menor. Qualquer segmento que tem extremidades em uma das bases e na reta suporte da outra, e é perpendicular a elas, é chamado de altura do trapézio. Observe que o segmento é a altura do trapézio ABCD. Agora veja como encontramos a formula do trapézio. Para calcular a fórmula do trapézio temos que somar as bases, em seguida multiplicar pela altura e no fim dividir por dois. EXEMPLO 05: Resolução: Substituindo os valores indicados na fórmula vamos ter. Área = Área = Área = Área = = 15 cm² 42 Atividade 6 01. Calcule a área das regiões abaixo: a) b) c) d) e) 43 f) 02. A área do paralelogramo abaixo é de 40 m², então qual é o valor de x na figura. 03. A área do quadrado abaixo é 25 cm², então calcule o lado do quadrado e em seguida calcule o perímetro. 04. No triângulo a área é calculada da seguinte forma A = , sendo assim qual é a base do triângulo que a área é de 20 cm² e altura 5 cm. 44 Avaliação Caro aluno, chegou a hora de avaliar tudo o que nós estudamos nas aulas anteriores. Leia atentamente cada uma das questões e faça os cálculos necessários. Vamos lá, vamos tentar? 01. Determine o número real "a" que torna as expressões 3a + 8 e a + 12 iguais: 02. A Ache a raiz de cada uma das equações abaixo: a) 8 + 4m = 40 + 2m b) 10x = 5x + 50 03. Somando 5 anos ao dobro da idade de um aluno obtemos 35. Quantos anos tem esse aluno? 04. Dois ângulos internos de um triângulo medem 30o e 60o. Qual a medida do terceiro ângulo? 45 05. Sabendo que a soma dos ângulos internos do quadrilátero é 360°, calcule x na figura abaixo: 06. Encontre o perímetro das figuras abaixo: 46 07. Calcule as áreas das figuras planas: a) b) c) d) 47 Pesquisa Caro aluno, agora que já estudamos todos os principais assuntos relativos ao 3° bimestre, é hora de discutir um pouco sobre a importância deles na nossa vida. Então, vamos lá? Iniciamos este estudo, conhecendo a equação do 1° grau e suas aplicações. Depois, trabalhamos com perímetros, soma de ângulos internos e propriedades de triângulos e quadriláteros. Em seguida vimos áreas de figuras planas. Agora, leia atentamente as questões a seguir e através de uma pesquisa responda cada uma delas de forma clara e objetiva. ATENÇÃO: Não se esqueça de identificar as Fontes de Pesquisa, ou seja, o nome dos livros e sites nos quais foram utilizados. I – Apresente alguns exemplos de situações reais nas quais podemos encontrar a equação do 1° grau, e explique em que este exemplo irá nos ajudar a entender esse conceito? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ II – Agora que estudamos o conteúdo de áreas de figuras planas, faça uma planta baixa da casa em que você mora, para em seguida calcular a área de cada cômodo dessa planta utilizando essas medidas. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ( ATENÇÃO: Fazer esta parte da atividade em uma folha separada! ) 48 Referências [1] Bianchini, Edwaldo. Matemática. 6 ed. São Paulo: Moderna, 2006. [2] Bosquilha, Alessandra. Mini-manual compacto de matemática: teoria e Prática. 2 ed. São Paulo: Rideel, 2003. [3] Dante, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. Volume 1, 3ed. São Paulo: Ática, 2003. [4] Ferreira, Marcus Vinicius Reis. Geometria Analítica e Espacial. 1 ed. Rio de Janeiro, 2004. [5] Giovanni, José Ruy, 1937 – A conquista da matemática. Volume 1, Edição renovada. São Paulo: FTD, 2007. [6] Matemática e realidade: 7° ano/ Gelson Iezzi, Osvaldo Dolce, Antonio Machado. – 6. ed. – São Paulo: Atual, 2009. [7] Bianchini, Edwaldo. Matemática: Bianchini/ Edwaldo Bianchini – 7. Ed. – São Paulo: Moderna, 2011. 49 Equipe de Elaboração COORDENADORES DO PROJETO Diretoria de Articulação Curricular Adriana Tavares Mauricio Lessa Coordenação de Áreas do Conhecimento Bianca Neuberger Leda Raquel Costa da Silva Nascimento Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva Ivete Silva de Oliveira Marília Silva COORDENADORA DA EQUIPE Raquel Costa da Silva Nascimento Assistente Técnico de Matemática PROFESSORES ELABORADORES Ângelo Veiga Torres Daniel Portinha Alves Fabiana Marques Muniz Herivelto Nunes Paiva Izabela de Fátima Bellini Neves Jayme Barbosa Ribeiro Jonas da Conceição Ricardo Reginaldo Vandré Menezes da Mota Tarliz Liao Vinícius do Nascimento Silva Mano Weverton Magno Ferreira de Castro Revisão de Texto Isabela Soares Pereira 50