PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E DEMOGRÁFICO DOS PACIENTES

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E DEMOGRÁFICO DOS PACIENTES
INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO NORTE
DO MATRO GROSSO NO ANO DE 2012
Aquino, Leidiane Lopes De1
Bastida, Francieli Ferreira 2
INTRODUÇÃO
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma unidade complexa, onde admite
pacientes principalmente graves que necessitam de assistência individualizada, com
monitorização dos sinais vitais e observação contínua. Possui equipamentos modernos e
uma equipe de enfermagem especializada para proporcionar aos pacientes confortos,
amenizando o sofrimento do mesmo (ABRAHÃO, 2010).
É uma área destinada para a internação de pacientes críticos, que possui
ambientes individuais ou coletivos, dependendo da gravidade, faixa etária, patologia
(MOZACHI et al., 2009). Quando se fala em ambientes individuais dependendo da
patologia, quer dizer, pacientes com queimaduras graves, imunodeprimidos, doenças
infecto contagiosas por aerossóis ou gotículas, onde a assistência requer mais atenção
no uso de equipamentos de proteção individual para proteção do profissional da saúde e
paciente.
No Brasil, as primeiras Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocorreu na
década de 70, onde pacientes graves foram admitidos em uma área do hospital adequada
com improvisação de equipamentos e materiais, além da capacitação de recursos
humanos para oferecer uma assistência segura ao paciente e equipe de enfermagem.
Vinte e três anos depois surgiu a segunda maior Sociedade Mundial de Unidade de
Terapia Intensiva e Emergência, a SOBRATI (Sociedade Brasileira de Terapia
Intensiva), com características interdisciplinar, coordenando a formação de profissionais
intensivas de todas as formações, qualificando, humanizando e democratizando as
unidades emergenciais e intensivas brasileiras (ABRAHÃO, 2010).
A equipe de enfermagem deve prestar cuidado de forma holística, atentando para
os possíveis fatores que desencadeiam o agravamento das patologias decorrentes da
1
Mestranda em Terapia Intensiva pela SOBRATI, Graduada em Enfermagem pela Faculdade IngáMaringá/PR, pós-graduada em Unidade Terapia Intensiva Adulto Pela Faculdade Ingá, Docente do curso
de enfermagem da Faculdade Fasipe. Email: [email protected].
2
Mestre em Terapia Intensiva pela SOBRATI, Graduada em Enfermagem pela UNIPAR – Universidade
Paranaense, Docente do curso de Enfermagem da Faculdade FASIPE. Email: [email protected]
hospitalização em UTI, e buscar, com isso, prestar uma assistência de qualidade e isenta
de iatrogênias. (HUDACK, 2006)
O sistema de pontuação utilizado para categorizar os pacientes, contribui para
melhor compreensão de dois aspectos da terapia intensiva: a gravidade da doença e a
efetividade da terapêutica. Entretanto, essa capacidade de predição de resultados não
tem sido suficientemente consistente, sua contribuição deve ser um fator colaborativo na
tomada de decisões na unidade de terapia intensiva. (RIDLEY, 2002)
Isso o faz um setor extremamente crítico e plural em uma instituição de saúde.
Sendo amplamente utilizado para a realização de diversos estudos para analisar e
identificar as melhores práticas de cuidado a esses pacientes, já que eles estão em estado
crítico necessitando de cuidados intensivos. (PEREIRA E SILA, 2009)
Observa-se atualmente o alto índice e procura por internação em Unidades de
Terapia Intensiva, levando em consideração várias patologias, justificando a
importância deste estudo para melhor identificar as causas e procedências dessas
internações.
Objetivando esse estudo em identificar o perfil epidemiológico e demográfico
dos pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva do Norte do Mato
Grosso no ano de 2012, tendo como os objetivos específicos identificar idade e sexo dos
pacientes que foram internados; apontar as causas primárias clínicas e cirúrgicas da
internação dos pacientes e verificar o tempo médio de permanência do paciente na
Unidade no período e a procedência deste paciente.
METODOLOGIA
Para traçar o perfil demográfico e epidemiológico dos pacientes internados na
UTI foi desenvolvido um estudo descritivo, de abordagem quantitativa. Para Lakatos,
2007 um estudo descritivo apresenta, como uma das finalidades, a descrição das
características de uma determinada população ou fenômeno e estabelece relações entre
as variáveis.
Para esse autor, as pesquisas exploratórias proporcionam uma visão geral do tipo
aproximativo acerca de um determinado fato.
Para Triviños (2001), esse tipo de pesquisa permite ao investigador aumentar sua
experiência a respeito de um determinado problema.
O estudo foi realizado em uma Unidade de terapia intensiva de um hospital
filantrópico do norte do estado do Mato Grosso, um hospital de médio porte que conta
com aproximadamente 139 leitos cadastrado no Cadastro Nacional de Estabelecimento
de Saúde (CNES) e fazem em média de 959 internações mensais e 385 cirurgias
mensais
Trata-se de uma instituição de referência devido ser a única na cidade que
compõe de 10 leitos de UTI adulto e mais 10 leitos de UTI pediátrica e neonatal,
atendendo pelo Sistema Único de Saúde, particular e planos de saúde, também atende
pacientes clínicos e cirúrgicos gravemente enfermos, contando com uma ala Particular
com aproximadamente 45 leitos.
A pesquisa foi realizada através da analise do registro online Epimed monitor,
este programa já está instalado em mais de 90 UTIs do Brasil e Argentina, possibilita a
monitoração da qualidade e desempenho de UTIs através de medidas risco-ajustadas e
do cálculo de escores de prognóstico validados para UTIs Gerais e Cardiológicas. Este
programa utiliza informações clínico-epidemiológicas dos pacientes internados em UTIs
tais como: dados demográficos, fisiológicos e laboratoriais para o cálculo dos escores de
gravidade e suas respectivas estimativas da probabilidade óbito e taxas de mortalidade
padronizadas. Todos estes indicadores são calculados de modo automático após a
inserção dos dados dos pacientes gerando um painel de informações disponível em
tempo real.
O Sistema Epimed monitor é alimentado diariamente pela coordenadora de
enfermagem, com isso facilitando a obtenção dos dados como, quantidade de pacientes
internado, a idade, o sexo, convênio de saúde, motivo de internação e tempo de
internação, no ano de 2012, a pesquisa será realizada no mês de setembro de 2013.
No período estudado que é de Janeiro de 2012 à dezembro de 2012 foram
internados 463 pacientes, desses pacientes todos foram avaliados dando uma margem
de 100% da população amostra, muito significativo para a conclusão da pesquisa.
Os dados foram armazenados com aplicação da técnica de dupla digitação e
processados mediante o banco aplicativo do Microsoft Excel 7.0. Os dados relativos às
variáveis demográficas e epidemiológicas foram tratados a partir de estatística
descritiva. Este estudo atende aos preceitos éticos, conforme recomenda a Resolução
196/96 de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde. (BRASIL, 1996) O
projeto foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição
envolvida onde não se teve acesso a prontuário e nem dados particulares de paciente,
ficando assim resguardado o anonimato dos pacientes internados no período.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
Acatando aos objetivos do estudo, os resultados estão expostos na seguinte
ordem: perfil demográfico e epidemiológico. Informações sobre dados demográficos e
epidemiológicos dos pacientes são imprescindíveis para uma compreensão mais ampla e
humanística da pessoa em sua realidade social.
Ao observamos a constituição da amostragem da população em questão,
compreendeu-se 463 pacientes assistidos no período, todas numa estimativa de 100%
participaram da amostra do estudo, por estarem cadastradas no sistema da Epimed
monitor. Os mesmos foram caracterizados quanto a sexo, idade, tipo de convênio, motivo
da internação nas suas causas primárias clínicas e cirúrgicas, tempo de permanência (em
dias) na UTI e a procedência da internação.
Medronho (2003) destaca que o perfil demográfico ou demografia é o estudo do
povo/população. No estudo demográfico, engloba desde os individuais e dependentes
até projetos do governo em relação à população como, etnia, gênero, idade, natalidade
mortalidade entre outros.
Corroborando Manço (2011), o perfil epidemiológico aborda vários fenômenos
dentro
da saúde/doença,
e
seus
fatores
condicionantes
e
determinantes,
nas populações humanas. Sendo a ciência que estuda o comportamento das doenças em
uma determinada comunidade, levando em consideração diversas características ligadas
à pessoa, espaço física e também tempo, desta maneira é possível determinar as medidas
de prevenção e controle mais indicadas para o problema em questão como também
avaliar quais serão as estratégias a serem adotadas e se as mesmas causaram impactos,
diminuindo e controlando a ocorrência da doença em análise.
Este estudo avaliou as internações no período de janeiro a dezembro de 2012
dando uma totalidade de 463 pacientes internados, sendo destes 13 pacientes menores
de 18 anos, 160 pacientes com idade entre 18 a 44 anos, 150 pacientes com idade entre
45 a 64 anos, 98 pacientes com idade entre 65 a 80 anos e 42 pacientes acima de 80
anos, observa-se também no gráfico nº 01 que a média da faixa etária é de 53 anos.
Grafico nº 01 – Internação por faixa etária
Fonte: Epimed monitor, 2013
Por ser uma UTI geral onde atende variadas patologias clínicas e cirúrgicas, e
uma cidade nova com aproximadamente 34 anos de emancipação a população atendida
também é jovem, com isso justificando a faixa etária média da populçao atendida na
UTI. Comparando com o estudo feito por
Pereira e Sila (2011), em uma CTI
clínica/cirúrgica onde a idade média foi de 60 anos, levando em consideração o tipo de
atendimento e o múnicipio que tem aproximadamente 116 anos de emancipação.
No estudo realizado por Oliveira (2010) a idade média encontrada em seus
pacientes pesquisados foi de 53,8 anos, apresentando uma similaridade com o estudo
em questão.
Também foi avaliado a internação por gênero do total da amostragem dos
pacientes internado na unidade no ano de 2012 e foi identificado uma porcentagem de
51,01% dos pacientes erão do sexo masculino e 42,99% do sexo feminino, como
podemos ver no gráfico nº 02.
Gráfico nº 02 – Internações por gênero
Fonte: Epimed monitor, 2013
Vendo que a população do múnicipio estudado onde está inserido a UTI,
segundo os dados do IBGE de 2012, constituída de 123.634 habitantes sendo ela
composta pela maioria masculina, totalizando 60%, evidencia o aumento das
internações desse sexo.(IBGE, 2012)
Comprovando essa afirmação acima o estudo de Garcia (2005), também
identificou um número elevado do sexo masculino internado na UTI estudada,
totalizando 62% dos pacientes internados. Já para Oliveira (2010), a população
masculina atendida na UTI foi de 59,6%, também mostrando um índice elevado
comparando-se ao sexo feminino.
É evidenciado que a população masculina não cuida da sua saúde, estudos
comparativos entre hoemns e mulheres apontam que os homem adoecem mais que as
mulheres pois naõ buscam atendimento, muitos agravos poderiam ser evitados caso o
homem procurasse atendimento primário. (BRASIL, 2008)
O grafico nº 03 destaca que no ano de 2012 dos 463 paciente 207 foram
admitidos pelos SUS, 105 de conveniados pela Unimed, 71 pacientes optaram pelo
plano particular, 64 pacientes utilizaram outros convênios e seguradoras de saúde.
Grafico nº 03 – Internações por Convènios de saúde
Fonte: Epimed monitor, 2013
O hospital em análise é conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e a única
Unidade de Terapia Intensiva do município. Dando uma margem de 56% dos pacientes
atendido pelo sistema público de saúde e o restante 44% que também não é uma
margem pequena, ainda essa margem não é maior pois o hospital não realiza cirurgia
cardíaca e nem transplante de órgãos, tendo a necessidade de tranferir os pacientes para
este tipo de tratamento para a cidade de Cuiába que fica aproximada mente 500Km de
distância
Este estudo avaliou a procedência do paciente ao ser admitido na UTI podendo
ser visto no gráfico nº04, onde foi identificado que 31% dos pacientes veio proveniente
do bloco cirurgico, 30% veio proveniente de outra instituição de saúde, 29% veio
proveniente das enfermarias do próprio hospital e os 10% restantes vieram proveniente
da sala de emergencia. Quanto ao tempo de permanência que o paciente ficou internado
na unidade o sistema Epimed monitor só mostrou a média, totalizando uma média de
7,9 dias, também colaborando para a pesquisa a taxa de ocupação desta unidade
estudada foi de 99,48%.
O tempo médio de internação foi semelhante ao estudo de Orlando (2003), no
qual mostrava uma média de 8,2 dias de internação na UTI, mas encontra-se aumentado
em relação ao Censo Brasileiro de UTI´s, no qual cita a faixa de 1 a 6 dias de internação
na Unidades de Terapia Intensiva. Oliveira (2010), teve a mesma amostragem em
relação ao tempo médio de internação em sua pesquisa.
Grafico nº 04 – Procedência do Paciente
Fonte: Epimed monitor, 2013
Segundo Knobel (2006), a probabilidade de um indivíduo se admitido em uma
unidade de tarapia intensiva é cada vez maior, uma vez que a população está
envelhecendo cada vez mais e as intervenções médicas invasivas são muito frequentes.
Pinto (2010), argumenta que em geral, os pacientes admitidos na UTI são
proveniente de centros operatórios, pronto-socorros, hemodinâmica e unidades de
internação (clínica médica), mostrando que a realidade da UTI estudada é compatível. A
procedência do paciente de outra unidade hospitalar é devido a urgência e emergência
geral do munícipio ser centralizada no Hospital Regional onde a demanda é contituida
de pacientes conveniados ao sistema único de saúde e a emergência do hospital
estudado atende somente casos conveniado aos planos de saúde e particular,
justifiacando assim a demanda maior para a procedencia de outro hospital.
No gráfico nº 05 pode-se observar que dos 278 pacientes internados na UTI por
patologias clínicas, se subdividiram em patologias, que foram classificados em: 20%
complicações do sistema respiratório, 15% complicações do sistema cardiovascular, 9%
por complicações do sistema neurovascular e 3% por consequencia de Politraumas e
Insuficiência Renal Aguda. Colocando em evidencia o dado referente a outros na
categoria internação clínica onde o sistema não mostra outras patologias decorrente de
não serem cadastrada no sistema, colocando um ponto falho onde 50% dos pacientes
não são identificados quanto ao motivo de internação.
Grafico nº 05 – Principais Diagnósticos Clínicos
Fonte: Epimed monitor, 2013
Como esperado, a UTI estudada apresentou grande variedade de casos,
constituindo de uma infinidade de diagnósticos de base, tal fato se deu devido ao caráter
geral do mesmo. No estudo de Garcia (2005) Também teve uma amostragem
significativa referente as patologias clínicas como as do Sistema respiratório com 21,8%
dos casos internados.
Dentre dos diagnóstico apresentados no sistema respiratório entra a Insuficiência
Respiratória Aguda (IRpA) onde apresentou um grande índice em porcenteagem no
estudo, como a patologia de base que segundo Carvalho e Ferreira (2005), é uma
condição patológica primária ou secundária a outras condições não pulmonares, é a uma
causa frequente de internação hospitalar e mortalidade nas Unidade de Terapia
Intensiva, principalmente por necessitar de Ventilação mecânica.
E ainda segundo o mesmo autor acima supracitado a IRpA grave é definia como
a incapacidade
dos pulmões de exercerem suas funções básicas de ventilação e
oxigenação, resultando em prejuizo das trocas gasosas.
Outra patologia que apresentou dados significativos foi traumatismo
cranioencefálico evidenciado na pesquisa com 26 dos pacientes internado na UTI, tendo
como a amostragem os acidentes de transito ocorrido no munícipio no ano de 2012 que
foi de 1500 acidentes totalizando 764 vítimas não descrevendo se foram fatais, porem
necessitaram de atendimento. De acordo com dados divulgados pela Organização
Mundial de Saúde, os acidentes de trânsito são responsáveis pela morte de mais de 1,2
milhão de pessoas no mundo por ano. O número de feridos é ainda mais estarrecedor,
alcançando o patamar de 50 milhões de pessoas. (DATASUS, 2013)
No gráfico nº 06 demostra os principais diagnóstico de cirurgia eletiva temos
uma totalidade de 110 pacientes, sendo que 18% são pacientes em pós-operatório de
Gastroplastia, 13% são pacientes em pós operatório de Neurocirurgia por Tumor
cerebral e evidenciando novamente o dado de outros na categoria de cirurgia eletiva, o
sistema não mostra quais são estas outras cirurgias, deixando novamente uma incógnita
pois 32% dos pacientes internados em pós-operatótio de cirurgias eletivas não foram
identificados.
Grafico nº 06 – Principais Diagnósticos de Cirurgias Eletivas
Fonte: Epimed monitor, 2013
Na pesquisa realizada por Rocco (2005) mostra que 17,9% dos pacientes
admitidos na UTI foi decorrente de cirurgia do aparelho gastrointestinal, tendo uma
similaridade significativa nos estudos abordados, juntamente com a incidência de
cirurgia por Tumor cerebral que foram de 11%.
Ao observamos dentre desses 18% de gastroplastia sendo um pós-operatório
também conhecido como cirurgia bariátrica é um procedimento invasivo não muito
indicado para pessoas que apresentam um Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de
40, pois o paciente pode apresentar um alto risco de mortalidade durante o
procedimento operatório, bem como no pós-operatório imediato pois pode apresentar
instabilidade hemodinâmica de sistemas necessitando então que o pós-operatório
imediato seje na Unidade de Terapia Intensiva. (FANDIÑO et. al., 2004)
Encontramos 13% das internações evidenciados no estudo por causas de
neurocirurgicas, como tumor cerebral que tem uma prevalência maior no sexo
masculino, atingindo todas as faixas etárias, o tumor tem sido alvo de vários estudos por
não ter uma causa isolada e sim a junção de vários fatores e a cirurgia para a remoção
do tumor é o tratamento mais indicado nestes casos, o pós-operatório de cirurgia
neurológica é muito delicado e necessita de cuidados intensivos, pois o paciente pode
apresentar rebaixamento de nível de consciência, hipertensão intracraniana e necessitar
de drogas vasoativas. (SOUZA et. Al., 2007)
Ainda avaliando os principais diagnósticos de internação na UTI estudada,
vemos no Gráfico nº 07 apresenta dos 75 pacientes internados decorrentes de cirurgias
de urgência, foram subdivididos em 41% devido a cirurgia para drenagem de hematoma
subdural, extradural e intraparenquimatoso, 16% por cirurgia de politrauma, e
novamente 21% dos pacientes internado na unidade não se identifica o diagnóstico,
tendo os demais 22% das patologias cirurgicas identificadas porém em quantidades
pequenas para serem referenciada no estudo.
Grafico nº 07 – Principais Diagnósticos de Cirurgias de Urgência
Fonte: Epimed monitor, 2013
Garcia (2005), nos mostra em seu estudo 10 % dos paciente internado eram por
pós-operatório de politrauma, também colocando em evidencia a principal causa de
internação por cirurgias de urgência.
Para Smeltzer et. Al. (2009) o politrauma ou múltiplos traumas são causados por
um evento catastrófico único, que acarreta lesões com risco de vida em pelo menos dois
órgãos e sistemas. A mortalidade em pacientes politraumatizados está relacionado a
gravidade da lesão e ao número de sistema e órgãos envolvidos e o risco de um choque
hipovolêmico hemorrágico não está descartado. Referenciando então a principal causa
de cirurgia de emergência no hospital estudado.
Já as drenagens de hematomas evidenciada no estudo também é um diagnóstico
que requer cuiados intensivos, que para Silva (2010), a drenagem de hematoma
Intracerebral pode ocorrer por vários motivos tendo em vista o acidente vascualar
encefálico hemorrágico, aneurisma cerebral, malformações arteriovenosas, tumores
cerebrais e até o uso de medicamentos, todos eles podem desenvolver um hematoma
pelo sangramento no tecido cerebral, nos ventrículos e no espaço subaracnóide, levando
a gravidade do caso e a necessidade de um cuidado intensivo, tendo um índice de
mortalidade de 43%.
No Brasil conforme dados do Datasus, do ano de 2004, as doenças
cerebrosvasculares forma as principais causas de morte da população, sendo superadas
apenas pelas doençãs isquêmicas do coração nas grandes capitais. (DATASUS, 2013)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo realizado vem demonstrar a importância dos dados
epidemiológico e demográfico para melhor estruturação das Unidades de Terapia
Intensiva e dos recursos humanos para um melhor atendimento ao paciente crítico e
obter resultados satisfatórios.
Observando os dados coletados percebe-se que o maior índice de internações é
do sexo masculino e a faixa etária mais acometida é dos 18 aos 44 anos o que vem de
encontro com o numero de habitantes do município de 123.634 mil habitantes sendo
destes 60% sexo masculino.
Em relação às causas primárias clínicas e cirúrgicas da internação dos pacientes
identificam-se como maior causa clínica a insuficiência respiratória e traumatismo
crânio encefálico, já em relação às causas cirúrgicas temos a gastroplastias que se trata
muitas vezes de uma cirurgia eletiva, mas que necessita de cuidados intensivos. Ainda o
que diz respeito a cirurgias as emergências tem uma atenção maior por tratar-se de
politraumas o que se da pelo perfil da região, onde o município apresenta maior numero
de motocicletas por habitantes 1:2 e ocorrência de 1500 acidentes totalizando 764
vítimas não descrevendo se foram fatais, porem necessitaram de atendimento.
A mortalidade em pacientes politraumatizados está relacionado a gravidade da
lesão e ao número de sistema e órgãos envolvidos, e o risco de um choque
hipovolêmico hemorrágico não está descartado. Referenciando então a principal causa
de cirurgia de emergência no hospital estudado.
A pesquisa foi realizada através da análise do registro online Epimed monitor,
onde são lançadas as informações colhidas pela coordenação de enfermagem da
Unidade de Terapia Intensiva em tempo real, levando em conta que muitos dos dados
ficam sem registros, pois trata-se de uma UTI geral e o sistema não abrange todas as
patologias, a pesquisa demonstra semelhança com os dados publicados dos autores.
Quanto ao tempo de permanência que o paciente ficou internado na unidade
percebe-se que o tempo de internação, totaliza uma média de 7,9 dias, o que vai de
encontro com as literaturas utilizadas onde o tempo de internação é aproximadamente
de 8,2 dias de internação na UTI, o que vai contra o que indica o Censo Brasileiro de
UTI´s, de no máximo 6 dias de internação, sendo a procedência do paciente do centro
cirúrgico já que a causa são os politraumas.
Conclui-se que esse trabalho tem o intuito de demonstrar a importância de um
sistema que de suporte as Unidades de Terapia Intensiva, para que o estado se preocupe
em investir em unidades próprias ao atendimento de maior ocorrência e que capacite
suas equipes para um atendimento qualificado diminuindo o tempo de internação ao
qual pode agravar o quadro clinico do paciente com patologias secundarias infecções
por bactérias residentes, usos de medicações prolongadas e aumentando o número de
óbitos verticalmente.
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