Fosfoetanolamina ou Cálcio-EAP – Dai a Cesar o que é de Cesar Jose de Felippe Junior Primeiramente é importante frisar que o tratamento do câncer deve ser feito por médicos e em segundo lugar, não se encontra na literatura médica de bom nível o uso da fosfoetanolamina no câncer humano. A sua síntese não foi descoberta no Brasil e sim em 1965 por Franz Khler. Entretanto, a vitamina K2 aumenta a síntese de fosfoetanolamina na membrana celular e esta vitamina é descrita em inúmeros trabalhos científicos de bom nível, como provocando diminuição da proliferação celular neoplásica e aumento da apoptose em vários tipos de câncer. Mas, dai a Cesar o que é de Cesar. A fosfoetanolamina é substancia conhecida do mundo científico desde 1939 quando o famoso bioquímico alemão Dr. Erwin Chergoff mostrou que tal substancia é componente essencial da estrutura de todas as membranas celulares. Quimicamente é o Ca-EAP ou Etanol Amina Phosphato de cálcio. Estudos posteriores do cientista Suísso DR. Buchi em 1952 colaboraram com os achados de Chergoff, enfatizando a importante função da etanolaminafosfato na fisiologia da membrana celular e das organelas, principalmente a mitocondrial. Hans Niepper , presidente da Sociedade Alemã de Cancerologia sabendo da importância da substância em questão pediu em 1965 para o químico Franz Kohler preparar o sal cálcico de fosfoetanolamina para estudo clínico. No estudo Niepper descobriu que a fosfoetanolamina era um eficaz transportador de minerais e eletrólitos e diminuía a permeabilidade da membrana selando poros lipídicos defeituosos. Desta forma, o Ca-EAP diminuía o risco de infecções por bactérias, vírus e toxinas (Agressologie-1967 e 1968). Em 1972 Moenninghoff usando microscopia eletrônica confirmou os resultados de Niepper. O primeiro estudo clínico com a fosfoetanolamina foi realizado na esclerose múltipla. Em 35 anos de uso clínico Niepper observou bons resultados em 68% dos 3150 pacientes que usaram o medicamento. O estudo na esclerose múltipla foi confirmado nos Estados Unidos por George Morisette em 300 casos. O autor observou resultados positivos em 82% dos casos e quando se administrava o fármaco na fase inicial da doença a melhora se elevava para 92%. Outras doenças tratadas na Alemanha com a fosfoetanolamina foram osteoporose, Diabetes mellitus, retinopatia diabética, neuropatia diabética e Diabetes tipo I onde verificou- se alguns casos de regressão parcial ou total da doença. A ingestão de vitamina C aumenta a eficácia terapêutica nas doenças elencadas. Junto com sais de magnésio, potássio e selênio melhora a função miocárdica , sendo útil na hipertensão arterial e nas arritmias. Recentemente descobriu-se que a vitamina K2 aumenta a síntese de fosfoetanolamina na membrana celular e sabe-se o grande valor desta vitamina na prevenção e tratamento do câncer. Diante da angústia de pacientes e familiares que convivem com doença grave como o câncer, e que desejam usar a fosfoetanolamina, não comprovada no tratamento do câncer, saibam que a vitamina K2 está disponível no mercado, faz parte da farmacopeia nacional e é enorme a quantidade de trabalhos que mostram benefícios consistentes em quem a utilizam. A vitamina K2 provoca diminuição da proliferação neoplásica e aumento da apoptose na maioria dos tumores sólidos mais frequentes dos adultos: mama, próstata, pulmão, gliomas, glioblastoma, ovário, gástrico, colo-retal, etc... A vitamina K2 provoca algo de muito importante a diferenciação celular (sonho de todos os médicos): transformação das células neoplásicas em células normais. Esta é a busca incansável de Felippe Jr e colaboradores há mais de 14 anos Para o pesquisador células cancerosas não são malignas e sim células doentes que necessitam de tratamento e não extermínio. Quando uma célula entra em sofrimento por vírus, bactérias, metais carcinogênicos como flúor, níquel mercúrio, cádmio, elas entram em “estado de quase morte”. Neste momento colocam em ação mecanismos anciões de sobrevivência celular, os mesmos que nos mantiveram vivos durante a Evolução no planeta, e para manter o patrimônio gênico adquirido nos últimos 3,8 bilhões de anos, começam a proliferar. O crucial no tratamento é afastar o fator causal, pois como em Física não existe efeito sem causa, em biologia não existe doença sem causa. Jose de Felippe Junior Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo Livre-docente em Clínica-Médica setor Medicina Intensiva pela Univ. Federal do Rio de Janeiro. Fundador e atual Presidente da Associação Brasileira de Medicina Biomolecular e Nutrigenômica www.medicinabiomolecular.com.br