tecidos vegetais

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Profa Soraia
TECIDOS VEGETAIS
Nas briófitas e pteridófitas, os tecidos são pouco especializados. Mas, nas
gimnospermas e angiospermas, durante o desenvolvimento embrionário, células
indiferenciadas formam os tecidos meristemáticos. Estes originam os demais tecidos,
os tecidos permanentes.
TECIDOS PERMANENTES
São os tecidos adultos que se originaram dos meristemas (tecidos embrionários).
As células têm funções definidas e pouca ou nenhuma capacidade de divisão. São
tecidos de revestimento, parenquimáticos, de sustentação, de condução e de secreção.
Os tecidos de revestimento cobrem o vegetal, controlam as trocas com o ambiente e
dão proteção. Podem ser dois tipos: epiderme e súber.
EPIDERME
A epiderme cobre toda a superfície extrema do vegetal, inclusive flores, frutos e
sementes.
As células são aclorofiladas, com vacúolos grandes, poliédricas e justapostas em uma
camada (uniestraftificadas). A epiderme é responsável pela defesa biológica contra o
ataque de microrganismos e pelo controle da perda da água. Para isso, é dotada de
anexos epidérmicos como cutícula acúleos, pêlos, escamas, hidatódios e estômatos.
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CUTÍCULA: Fina camada de cutina (lipídio) que recobre a epiderme e
impermeabiliza-a; evita desidratação protege contra excesso de luz.
CÚLEO: Estruturas que atuam como elementos de defesa. Não confundir com
espinhos, que são ramos de caules ou folhas modificadas.
PÊLOS ou TRICOMAS: Expansões de epiderme que matem a umidade. Têm
função de aumentar a superfície de captação da água e dos sais minerais, conter
substâncias irritantes para a proteção, auxiliar na disseminação pelo vento,
produzir secreções oleosas ou enzimas.
ESCAMAS: Pêlos modificados que, unidos à epiderme, absorvem água em
orquídeas e avencas.
HIDATÓDIOS: Pequenas aberturas nas extremidades das folhas para eliminar
o excesso de água e sais minerais absorvidos na forma de pequenas gotas
(sudação ou gutação).
ESTÔMATOS: Estruturas presentes em folhas e caules que regulam a entrada e
a saída de gases e vapor de água. São formados por duas células-guarda ou
estomáticas, ricas em cloroplastos. Por uma abertura central, o ostíolo, são
realizadas as trocas e gases e evaporação. O tamanho do ostíolo, a câmara
subestomática facilita a difusão dos gases. Externamente célula anexas,
epidérmicas, estão justapostas às células-guarda.
SÚBER
O súber ou cortiça é um tecido morto impregnado de suberina, um lipídio. No lugar de
células restam espaços vazios, como Robert Hooke viu. Reveste troncos e raízes.
TECIDOS PARENQUIMÁTICOS OU PARÊNQUIMAS
São tecidos de preenchimento. As células são vivas, de paredes finas, e comunicam-se
entre si. Também realizam síntese e armazenamento. Os tecidos de síntese são
parênquimas clorofilianos e os de armazenamento, parênquimas de reserva.
O parênquima clorofiliano ou clorênquima está entre as epidermes superior e inferior
da folha, o mesófilo. As células são ricas em cloroplastos com clorofila. É dividido em
parênquima clorofiliano paliçádico e lacunoso.
Parênquima
clorofiliano
paliçadico
Parênquima
clorofiliano
lacunoso
Fica sob a epiderme superior da folha.
Tem Células paralelas como uma paliçada
(cerca) e, além da fotossíntese, filtra
excessos de luz e ajuda a reduzir perda de
água.
Fica entre o parênquima clorofiliano
paliçádico e a epiderme inferior. Possui
menos cloroplastos. Entre suas células
formam-se lacunas que permitem
arejamento da folha
Os parênquimas de reserva possuem células sem cloroplastos, adaptadas para
armazenar substâncias. São parênquimas de reserva aqüífero, aerífero e amilífero.
Parênquima
de reserva
aqüifero
Parênquima de
reserva aurífero ou
aerênquima
Parênquima de
reserva amilífero
Armazena água dentro de grandes
vacúolos. Está presente, principalmente,
em plantas como cactos, mandacaru e
epífitas.
Armazena ar entre as células. Em vegetais
aquático, como no aguapé e na elódea,
torna esponjosas as estruturas facilitando a
flutuação.
Armazena principalmente amido proteínas
e óleos no interior dos leucoplastos.
Desenvolvido em raízes e caules, como
batata, cará inhame, mandioca e frutos,
como banana, maçã e pêra.
TECIDOS DE SUTENTAÇÃO
Oferecem suporte mecânico à planta. São de dois tipos: colênquima e esclerênquima.
Colênquima
Tecido flexível, localizado sob a
epiderme, com células vivas com
cloroplasto e grosso revestimento de
celulose nas paredes. Dá sustentação e faz
fotossíntese. Ocorre em caules jovens,
nervuras e pecíolos das folhas.
Esclerênquima
Tecido não-fexível, formado de células
mortas com lúmen reduzido por depósito
de lignina, um carboidrato rígido e
impermeável a água. Por isso, suas células
são retorcidas e, muitas vezes, formam
feixes de fibras. Está presente em plantas
fibrosas como sisal, juta, rami, linho,
algodão, caroços de frutos, casca e polpa
de nozes.
TECIDOS DE CONDUÇÃO
Ocorrem nos vegetais superiores e nutrem os tecidos com rapidez. São tubos compostos
pela superposição de células. São vasos lenhosos e vasos liberianos.
Vasos lenhosos
Também chamados lenho ou xilema, são formados por células mortas, cilíndricas e ocas
como paredes reforçadas por celulose e lignina. Conduzem a seiva bruta ou inorgânica
(água e sais minerais) absorvida pelas raízes, levando-a até as folhas. Compostos por
traquéias ou elementos de vaso, traqueídes, células parenquimatosas e fibras.
Traquéias ou elementos de Células ocas que perderam paredes transversais,
vasos
núcleos e citoplasma, e permitem que a seiva
bruta possa fluir por seu interior.
Traqueídeos ou traqueídes
Células mortas que, embora preservem as
paredes transversais, mantêm aberturas, as
pontuações, por onde a seiva passa de uma
célula a outra.
Células parenquimatosas
Células vivas que envolvem os traqueídes e
armazenam substâncias.
Vasos liberianos
Também chamados líber ou floema, transportam seiva elaborada (ou orgânica), produto
da fotossíntese, das folhas para as raízes. São formados por elementos crivados, células
companheiras, células parenquimatosas e fibras.
Elementos crivados
Constituídos por células sem núcleo, cujas
paredes transversais perfuradas são as
placas crivadas.
Células vivas e nucleadas, posicionadas na
periferia dos vasos liberianos ao lado dos
elementos crivados.
Células vivas que envolvem os vasos
liberianos.
Células mortas que dão sustentação.
Células companheiras
Células parenquimatosas
Fibras
TECIDOS DE SECREÇÃO
Diversas substâncias produzidas pelas células ficam retidas no citoplasma e outras são
liberadas, como secreções, hormônios, enzimas, odores e outros compostos.
Os tecidos de secreção são pêlos secretores, nectários e vasos lactíferos.
Pêlos secretores
Nectários
Vasos lactíferos
Liberam secreções urticantes, como na urtiga, digestivas,
como na drósera, e lubrificantes, como no alecrim.
Presentes em flores, produzem néctar, solução adocicada
importante na polinização por atrair insetos, aves e outros.
Produzem o látex, líquido branco e viscoso com funções
cicatrizantes extraído comercialmente da seringueira.
TECIDOS MERISTEMÁTICOS OU MERISTEMAS
São tecidos embrionários, que se diferenciam nos demais tecidos da planta. Suas células
são pequenas, com alta capacidade de divisão, parede celular delgada, núcleo central e
volumoso e vacúolos pequenos. Os meristemas podem ser primários e secundários.
MERISTEMAS PRIMÁRIOS
Estão localizados nas extremidades da planta, nas gemas ou brotos. As gemas são
apicais ou laterais.
As gemas apicais estão no ápice de caules e raiz, promovendo o alongamento do
vegetal. O caule cresce em altura e a raiz aprofunda-se no solo. Esse crescimento em
extensão é do crescimento primário.
As gemas laterais, localizadas nas laterais do caule, dão origem aos ramos, as folhas e as
flores.
Há quatro tipos de meristema primário dermatogênio, periblema, pleroma e
caliptrogênio.
Os dermatogênios origina a epiderme. O periblema formará os parênquimas. O pleroma
dará origem ao cilindro central, estrutura que contém os vasos condutores da planta. O
caliptrogênio , meristema exclusivo da raiz, formará a coifa ou caliptra.
MERISTEMAS SECUNDÁRIOS
Promovem o crescimento em espessura do caule e da raiz, o crescimento secundário,
São dois: câmbio e felogênio.
O câmbio está na parte interna de troncos e raízes de gimnospermas e dicotiledôneas, e
origina os vasos de condução. Forma vasos lenhosos, em direção ao centro da planta, e
vasos liberianos, em direção ao lado externo da planta, É o maior responsável pelo
crescimento em espessura da planta.
O felogênio, localizado no córtex de dicotiledôneas e de forma difusa em
monocotiledôneas, produz súber, para fora, e feloderme (preenchimento) para dentro.
Súber, felogênio e feloderme formam à periderme.
As pteridófitas e a maioria das monocotiledôneas apresenta, apenas crescimento
primário. As gimnospermas e a maioria das dicotiledôneas têm crescimentos primário e
secundário.
FONTE: CHEIDA, L.E.2003.Biologia Integrada.Volume Único.FTD.
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