Análise do poder Calorífico do ácido láurico, mirístico, palmítico

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Determinação do poder calorífico do ácido láurico, mirístico, palmítico,
esteárico, oléico e linoléico por calorimetria de combustão
Botta K. C., Oliveira L. E., Da Silva M. L. C. P.
Escola de Engenharia de Lorena, USP, SP
Objetivos
A calorimetria de combustão foi utilizada para a
determinação do poder calorífico dos ácidos
graxos: láurico, mirístico, palmítico, esteárico,
oléico e linoléico, que serão usados como
padrão para caracterização do biodiesel
produzido. Estes ácidos fazem parte da
composição química da maioria dos óleos e
gorduras que servem de matéria prima para a
produção de biodiesel, portanto, influenciando
nos seus calores de combustão. Sabe-se que
quanto maior o poder calorífico maior é a
energia do combustível [1]. Dessa forma, o
objetivo deste trabalho foi estudar os calores de
combustão
dos
seis
ácidos
graxos
comparando-os com suas estruturas e tamanho
das cadeias.
Métodos/Procedimentos
Para a análise do poder calorífico do ácido
láurico (C12:0), mirístico (C14:0), palmítico
(C16:0), esteárico (C18:0), oléico (C18:1) e
linoléico (C18:2), foi utilizado o calorímetro de
combustão IKA 200, com oxigênio 99,7%
pressurizado a 30 barr. As análises foram
realizadas em triplicata e as massas utilizadas
foram de 1g.
Resultados
Tabela 1 – Resultados do poder calorífico dos ácidos
graxos estudados
Ácido graxo
láurico (12:0)
Análises (J.g¯¹)
média Desvio
(J.g¯¹) padrão
1ª
2ª
3ª
35850 35962 35752 35854 105,08
mirístico (14:0) 37408 37433 37499 37446
47,01
palmítico(16:0) 38222 38611 38683 38505 248,00
esteárico (18:0) 39033 39011 39012 39018
12,42
oléico (18:1)
38976 38956 39009 38980
26,76
linoléico (18:2) 38717 38689 38704 38703
14,00
A Tabela 1 contém os resultados das análises
realizadas no calorímetro para os ácidos
graxos láurico (C12:0), mirístico (C14:0),
palmítico (C16:0), esteárico (C18:0), oléico
(C18:1) e linoléico (18:2).
Pode-se verificar que dentre os ácidos graxos
saturados em análise, o que apresentou maior
poder calorífico foi o ácido esteárico (C18:0)
1
com ΔHC =39018 J.g- e o menor o ácido
-1
láurico (C12:0) com ΔHC= 35854 J.g , ou seja,
o ácido graxo saturado de maior cadeia
apresentou também um maior poder calorífico.
Com base nos ácidos graxos insaturados de
mesmo tamanho de cadeia, o que apresentou
maior poder calorífico foi o ácido oléico (C18:1)
-1
com ΔHC=38980 J.g
e o menor o ácido
-1
linoléico (C18:2) com ΔHC=38703 J.g , o que
mostra que quanto maior o número de
insaturações na cadeia, menor é o poder
calorífico dos ácidos graxos insaturados, uma
vez que a quebra da ligação insaturada conduz
a um gasto de energia.
Conclusões
Os resultados indicam que o tamanho da
cadeia e o grau de insaturação são
características de grande influência no poder
calorífico de um ácido graxo. Dentre os ácidos
estudados, o ácido esteárico, foi o que mostrou
o maior poder calorífico, o que indica que óleos
com elevado percentual desse ácido graxo
devem apresentar elevada capacidade de
liberação de energia.
Referências Bibliográficas
[1] PERES, S. et al. Caracterização e
determinação do poder calorífico e do número
de cetano de vários tipos de biodiesel através
da cromatografia. Congresso da Rede
Brasileira de Tecnologia do Biodiesel, 2, 2007,
Brasília.
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