Moment of Battle The Twenty Clashes That Changed the World

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Manuel António Domingues Carvalho Mateus
Major de Engenharia
Aluno do CEMC 2014-15
Instituto de Estudos Superiores Militares
Lisboa, Portugal
[email protected]
1. Dados da bibliografia da obra
Autor: James Lacey e Williamson Murray.
Data: 21 de maio de 2013.
Título: Moment of Battle – The Twenty Clashes That Changed the World;
Estrutura: O livro encontra-se organizado em 20 capítulos, nos quais os autores descrevem
20 batalhas que consideram serem marcos na História pelas repercussões que tiveram na
Moment of Battle The Twenty Clashes That Changed the World — Recensão Literária
Moment of Battle
The Twenty Clashes That Changed
the World
evolução das civilizações, detalhando os acontecimentos e a forma como foram atingidos os
resultados daqueles confrontos.
Local de Publicação: Estados Unidos da América (EUA).
Editora: Bantam Books.
2. Dados biográficos dos autores1
James Lacey foi oficial do Exército dos EUA, servindo 12 anos de serviço na 82nd e 101st
Airborne Division. É o autor e co-autor de várias obras, das quais se destaca o livro “The
First Clash” (Bantam, 2011), sobre a vitória Grega na batalha de Maratona e o seu impacto na
civilização ocidental e escreve regularmente para a revista Military History. Trabalhou para
a revista Time como jornalista embedded2 durante a invasão do Iraque, onde acompanhou a
101st Airborne Division.
É atualmente analista no Institute of Defense Analyses, professor de Estratégia, Guerra e
Política no Marines War College e professor adjunto do Programa de Segurança Nacional na
Universidade Johns Hopkins. Trabalha ainda como consultor em diversos projetos das Forças
Armadas dos EUA.
1
2
(Amazon.com Inc, 2014).
Termo sem tradução direta, aplicado para indicar que o jornalista integrava uma determinada Unidade.
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Williamson Murray serviu como oficial na Força Aérea dos EUA durante 5 anos, nos
quais fez uma comissão de serviço no Sudeste Asiático no 314th Tactical Airlift Wing (C-130s).
É autor e co-autor de várias obras relevantes, das quais se destaca a mais recente “Military
Adaptation in War: With Fear of Change” (Cambridge University Press, 2011). Lecionou em
várias instituições académicas e militares, das quais se destacam o Air War College, a United
States Military Academy e o Naval War College.
Presentemente é consultor no Institute of Defense Analyses, onde tem trabalhado no
Iraqi Perspectives Project, e é professor convidado de História e Herança na United States
Naval Academy em Annapolis.
3. A ideia que fica do texto
O livro aborda a História Ocidental, descrevendo 20 batalhas selecionadas pela
importância que tiveram e por terem constituído momentos decisivos que determinaram os
acontecimentos que se lhes seguiram. As batalhas enquadram-se entre o Período Clássico
e 2ª Invasão do Iraque (Maratona - Grécia, em 490 a.C. e Objetivo Peach - Iraque, em 2003),
sendo apresentadas por sequência cronológica.
Antes da descrição de cada batalha é feito um enquadramento histórico do respetivo
período, apresentando os antecedentes do evento, bem como os aspetos sociais e
económicos necessários a uma melhor compreensão do contexto da respetiva época. A
narrativa dos eventos é rica em pormenores, sendo ainda incluído em cada capítulo um
mapa com o posicionamento das forças em confronto e o esquema da sua manobra, que
auxiliam a perceção da movimentação das tropas no terreno.
Da leitura do livro sobressai a ideia central que as guerras e as batalhas tiveram um
impacto direto e massivo no curso da História, uma vez que o desfecho de alguns destes
eventos condicionaram a forma como o Mundo evoluiu. Também salienta que as grandes
vitórias registadas pela História resultaram muitas vezes de eventos fortuitos que, sendo
acontecimentos imponderáveis, não decorreram do planeamento das batalhas. No entanto,
a experiência e arte dos Comandantes para explorar as oportunidades criadas foi decisiva
para o resultado atingido.
4. Resumo do texto
A batalha de Maratona teve lugar em 490 a.C. Neste confronto, o exército Ateniense de
hoplitas derrotou o poderoso exército Persa na planície de Maratona, a Nordeste de Atenas.
Após ter fechado a saída do local do desembarque Persa, defendendo no estrangulamento à
saída da planície, que conduzia à estrada para Atenas, os gregos aguardaram que os persas
reembarcassem para desferir um golpe decisivo, destruindo as forças de elite persas. Se o
resultado da batalha tivesse sido outro, o resto da Grécia seria de seguida subjugado pelo
império Persa, alterando o ambiente em que nasceram a cultura e os valores das sociedades
ocidentais.
A batalha de Gaugamela ocorreu em 311 a.C., em plena expansão do império Macedónio.
Apesar de uma esmagadora vantagem numérica, o exército Persa era menos experiente que
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o conceito de armas combinadas. Explorando as falhas na frente Persa, Alexandre conseguiu
penetrar no dispositivo e colocou Dário em fuga, ao que se seguiu a destruição do exército
Persa. Se Alexandre tivesse sido derrotado, a Grécia teria ficado à mercê de Dário, que teria
procurado eliminar todos os vestígios da civilização Grega. O legado de Alexandre influenciou
a cultura Romana que moldou a sociedade onde nasceu o Cristianismo.
Em 204 a.C., Cipião desembarcou a sua força no Norte de África. Tendo derrotado as
forças cartaginesas que defendiam Cartago, impôs termos duros para um tratado de paz,
obrigando Aníbal a regressar da Península Itálica, onde se encontrava com o seu exército
veterano. Após a violação das tréguas por Cartago, em 202 a.C., romanos e cartagineses
enfrentaram-se na batalha de Zama, onde Cipião esmaga o exército de Aníbal. Considerada
como a guerra mais difícil na história de Roma, a 2ª Guerra Púnica terminou com a batalha
de Zama, materializando a queda do maior rival de Roma e o início da expansão do Império
Romano no Mediterrâneo.
Por altura do ano 6 d.C., com a maioria do território conquistado, o governador da
Germânia, Públio Varo, começou o processo de integração da região no império. Em 9 d.C.,
na sequência de uma revolta, Varo marchou com três legiões para esmagar a rebelião, sendo
flagelado e desgastado pelas forças germânicas na floresta de Teutoburgo, acabando por ser
destruído. Este acontecimento marcou o fim da expansão do Império Romano. Se a Germânia
tivesse sido conquistada, Roma poderia nunca ter tido de enfrentar as invasões de bárbaros
germânicos, mantendo uma região tampão para lidar com a ameaça proveniente das estepes
Asiáticas, o que poderia ter prolongado a hegemonia do Império Romano do Ocidente.
A batalha de Adrianápolis, em 378 d.C., assinalou o fim da supremacia Romana, na
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o exército Macedónio, força treinada, altamente disciplinada e sincronizada, que empregava
sequência do ataque do Imperador Romano do Oriente, Flávio Júlio Valente, à força Goda
que havia atravessado o Danúbio. Com falta de provisões, água e após uma marcha de
aproximadamente dez quilómetros em armadura completa, o exército Romano chegou ao
encontro da força Goda exausto e desorganizado, sendo chacinado. A destruição do exército
do Oriente representou a destruição das reservas militares romanas. Quando as hordas
bárbaras se abateram sobre o Império Romano do Ocidente, no séc. V d.C., não houve reserva
de tropas no Oriente que apoiassem Roma, o que levou à queda do Império do Ocidente.
Quando o imperador Bizantino Heráclio percebeu que os árabes representavam mais
que uma ameaça local, ordenou o levantamento do exército imperial. A 15 de agosto de 636
dá-se a batalha de Yarmuk, na planície com o mesmo nome junto aos Montes Golan. O
combate prolongou-se por vários dias, ao fim dos quais, vendo que o espírito ofensivo dos
bizantinos estava quebrado, o comandante Árabe – Khalid organizou a sua força para um
último assalto, saindo vitorioso. Ocorrida num momento particular, em que nem o império
Bizantino nem o império Sassânida tinham capacidade para enfrentar a força Árabe, a
vitória em Yarmuk originou a expansão do Islão.
A batalha de Hastings, ocorrida em 1066 no sudeste de Inglaterra, representou a última
invasão bem-sucedida neste país, tendo resultado numa vitória do exército Normando de
Guilherme sobre o exército Saxão de Haroldo. Apesar de ocupar uma posição vantajosa,
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Haroldo falhou ao não ordenar um ataque geral pelas suas forças, aproveitando um momento
em que estava a obter vantagem. Guilherme atuou decisivamente e, batendo o exército de
Haroldo por partes, provocou quebras na formação das linhas saxãs. Após a vitória de
Guilherme, Inglaterra adquiriu um dinamismo Normando. Foi a fusão das culturas Normanda
e Anglo-saxã, ao longo dos séculos, que permitiu à Inglaterra atingir a sua grandeza, o que
não teria acontecido se Guilherme não tivesse saído vencedor.
A 30 de maio de 1588, a Invencível Armada fez-se ao mar, encontrando a frota Inglesa
na baía de Plymouth. Apesar de menos robustos, os navios ingleses eram mais modernos,
velozes e tinham um maior poder de fogo. Esta batalha marcou o início do declínio de
Espanha, tendo Inglaterra emergido como uma das maiores potências na Europa e a maior
potência marítima. Se a Armada Invencível tivesse saído vitoriosa, Inglaterra teria caído sob o
domínio Espanhol, nunca tendo surgido o Império Britânico, alterando a dinâmica de poderes
e dando lugar a uma onda de fervor católico na Europa, que teria atrasado o Iluminismo.
Consequentemente, nunca teria havido oportunidade para o desenvolvimento das bases que
conduziram à Revolução Industrial.
No início do séc. XVII, Gustavo Adolfo da Suécia liderou uma revolução dos assuntos
militares. A 26 de junho de 1630, o exército Sueco que desembarcou na Pomerânia era uma
força militar treinada, eficaz e coesa. O exército do Sacro Império Romano e o exército Sueco
confrontaram-se a 17 de setembro de 1631, em Breitenfeld. A tática do terço Espanhol do
exército imperial foi esmagada pela flexibilidade, velocidade e poder de fogo do exército
Sueco. A batalha apresentou um novo modelo de exército, que viria a ser copiado pelos
maiores exércitos europeus. Se os Habsburgos tivessem vencido a batalha, o seu apoio à
Igreja Católica Romana teria refreado a investigação científica, que encontrou assim abrigo
nos territórios Protestantes no Norte da Europa.
O ano de 1759 foi considerado pelos britânicos como Annus Mirabilis, ano milagroso,
devido ao sucesso obtido na Guerra dos Sete Anos contra os franceses. Neste ano destacamse a batalha do Quebec e a batalha naval da baía de Quiberon. A batalha do Quebec traduziuse na conquista daquela cidade. A batalha naval da baía de Quiberon resultou na destruição
da capacidade naval Francesa pelo restante da Guerra. A vitória na Guerra dos Sete Anos
iniciou um período de supremacia marítima Britânica que duraria mais de um século e
meio. A posição de potência mundial dominante teve impacto na capacidade de alimentar a
Revolução Industrial, no domínio Britânico da Índia e determinou que seria o inglês a tornarse a língua dominante no mundo.
A 7 de Setembro de 1777 as tropas da milícia Norte-americana marcharam para Norte de
Albany e construíram uma posição próximo de Saratoga. A 7 de outubro o exército Britânico,
comandado pelo General Burgoyne, conduziu um reconhecimento em força. Atuando em
terreno favorável às suas táticas, a milícia esmaga o exército britânico e obriga Burgoyne
a render-se. A rendição britânica em Saratoga teve uma rápida repercussão no conflito,
inviabilizando quaisquer possibilidades dos britânicos controlarem a rebelião. Os americanos
ganharam o apoio formal da França, o que por seu lado levaria à situação de instabilidade
política que culminou com o derrube da monarquia e subsequente guerra na Europa.
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portos, estando sujeita aos bloqueios britânicos. A 28 de setembro de 1805, Lord Nelson
juntou-se ao bloqueio do porto de Cádis. A 19 de outubro a frota Franco-espanhola faz-se
ao mar, sendo intercetada pela frota Britânica junto ao cabo Trafalgar. A intrépida manobra
de Nelson, a sua ascendência sobre as tropas e a superioridade do poder de fogo britânicos
obtiveram uma vitória que iria inviabilizar a intenção de Napoleão em invadir a Grã-Bretanha.
Apesar do sucesso continental de Napoleão, a batalha de Trafalgar preservou a GrãBretanha como um país livre e independente, confirmando o seu estatuto de maior potência
marítima.
Em janeiro de 1863, o General Grant assumiu o comando do exército do Tennessee. A
cidade fortificada de Vicksburg, que permitia o controlo sobre o rio Mississípi encontravase na posse da Confederação. Após ter derrotado as unidades confederadas na região
envolvente, Grant isolou a área e preparou-se para avançar sobre a cidade. Num combate
de encontro, Grant derrotou as forças confederadas do General Pemberton, que não tiveram
outra alternativa senão ficar confinadas a Vicksburg. O cerco prolongou-se até 4 de Julho, data
da rendição de Pemberton. Apesar de não ter determinado o fim da Guerra Civil, Vicksburg
conduziu ao colapso da Confederação no Oeste e aos posteriores eventos que levaram à
vitória da União, do que resultou a formação dos EUA.
No início de setembro de 1914, os três exércitos que constituíam a ala direita Alemã
aproximaram-se de Paris. Quando o 1º Exército tentou contornar Paris por Este, deu-se a
batalha do Marne. Os franceses, possuindo uma força substancial em Paris e apoiados
pela BEF3, atacaram o flanco Alemão, criando uma brecha entre o 1º e o 2º Exército. A 7
de setembro, sem ligação e com os seus flancos ameaçados, os exércitos alemães retiraram,
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No período das guerras napoleónicas, a frota Francesa encontrava-se dispersa por vários
culminando a ofensiva Alemã para Oeste. O desfecho da batalha garantiu que os alemães não
saíssem vencedores da 1ª Guerra Mundial.
A 1 de setembro de 1939 os exércitos da Alemanha Nazi invadiram a Polónia. A 17 de
junho de 1940, Hitler obteve a capitulação da França, estendendo o seu controlo sobre grande
parte da Europa. A batalha de Inglaterra, que decorreu entre julho e setembro de 1940, foi
uma batalha aérea pela supremacia aérea sobre o Canal da Mancha, condição que os alemães
necessitavam para procederem à travessia marítima e, posteriormente, à invasão terrestre
da Grã-Bretanha. A vitória britânica assegurou a sua sobrevivência e levou os alemães
reorientaram o seu esforço para a frente soviética, nunca mais recuperando a capacidade da
Luftwaffe.
Em meados de 1942 o Estado-Maior Japonês preparava a conquista de Midway e a
destruição da frota Norte-americana. Desconhecendo a localização da frota dos EUA, os
japoneses foram surpreendidos enquanto executavam a ação sobre a ilha de Midway. Após
um ataque aéreo sem sucesso, os bombardeiros de voo picado norte-americanos começaram
a atingir os porta-aviões japoneses, com aviões abastecidos e municiados a descoberto,
exponenciando os danos infligidos. Com parte da frota destruída, os japoneses retiraram. O
resultado da batalha de Midway teve impacto não só no decurso da 2ª Guerra Mundial, mas
3
British Expeditionary Force.
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também na Guerra Fria que se seguiu, tendo impedido os soviéticos de controlarem território
japonês.
Na primavera de 1943, a guerra na Rússia estava no seu segundo ano. A manobra Alemã
para conquistar a região de Kursk consistiu num ataque em forma de tenaz, com o 9º Exército
a Norte, o 4º Exército Panzer e o Destacamento de Exércitos Kempf4 a Sul. Após vários dias
de combate, o ataque a Norte foi repelido mas a investida a Sul esteve próxima de ter sucesso,
tendo os soviéticos empenhado a sua reserva. A vitória soviética pôs fim à ofensiva alemã na
frente Este, tendo o exército vermelho passado à ofensiva. Uma vitória alemã teria levado a
uma paz frágil com os soviéticos, permitindo balancear as forças da frente Este para França,
alterando drasticamente os acontecimentos que se seguiram, nomeadamente o desembarque
na Normandia.
A operação OVERLORD, em 6 de junho de 1944, consistiu na invasão da Normandia
pelas forças aliadas, com o desembarque de seis divisões e o lançamento de três divisões
aerotransportadas no norte de França, o que permitiu aos aliados consolidar posição no
continente Europeu. No final de agosto, a França e a Bélgica tinham sido libertadas. O sucesso
do desembarque na Normandia foi decisivo para a derrota da Alemanha Nazi. Permitiu ainda
estender a influência inglesa e norte-americana ao centro da Europa, garantindo que os
países libertados por estas forças não ficassem sob controlo soviético.
Em novembro de 1953, os franceses iniciaram a projeção de tropas paraquedistas para o
vale onde se situava a vila de Dien Bien Phu. Em março de 1954, a relação de forças presente
era de 11.000 franceses contra 47.000 soldados do Viet Minh que tinha, literalmente, arrastado
pela selva peças de artilharia e um elevado número de munições, que posicionou nas encostas
envolventes da vila. Apesar da resistência oferecida pelos franceses, no início de maio o Viet
Minh conquistou a posição, contabilizando-se pesadas baixas para ambas as partes. Dien
Bien Phu marcou o surgimento de um novo tipo de conflito, que se projetaria para o séc. XXI
– a subversão.
A 19 de março de 2003, a 3ª Divisão de Infantaria atravessou a fronteira entre o Iraque e
o Kuwait. O Objetivo Peach consistia numa ponte sobre o rio Eufrates e o último obstáculo
antes de Bagdade. O comandante do II Corpo da Guarda Republicana, Tenente-General
Hamdani, colocou forças a guardar a ponte e mandou preparar a sua demolição. Do lado
Norte-americano, o Batalhão Blindado 3-69 atravessou o rio e segurou a ponte, inativando as
cargas e permitindo a passagem das restantes unidades. Entretanto, Sadam ordenou às suas
unidades que orientassem o dispositivo para Norte de Bagdade. Apesar das tentativas de
destruir a ponte e contrariar o avanço, a superioridade aérea dos EUA revelou-se fundamental
ao destruir as unidades iraquianas referenciadas. Após a conquista do Objetivo Peach, pouca
resistência mais foi encontrada, tendo o regime de Sadam colapsado.
Unidade comandada pelo General Werner Kempf, constituída pelo 3ºCorpo Panzer, 11º Corpo de Exército e 42º Corpo
de Exército.
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Numa apreciação inicial, o livro apresenta como ponto forte o currículo dos seus autores,
que constituem personalidades de referência nos EUA na área, levantando as expectativas
sobre o tema. O título da obra é sugestivo do seu conteúdo e o formato do livro é apelativo.
A qualidade editorial é elevada, correspondendo ao nível científico que se exige a uma
obra que pretende ser uma referência na matéria. A narrativa baseia-se na descrição de factos
históricos, após o que os autores fundamentam a sua tese, apresentando o “so what” que
justifica a escolha daquele evento específico, com um argumento válido e percetível.
A descrição das batalhas é bastante detalhada, permitindo a compreensão tática e
operacional dos acontecimentos, focando pormenores que podem ser considerados
sem relevância para o tema, mas que acabam por colorir a narrativa. Ainda de salientar a
acessibilidade da narrativa, que torna a leitura do livro interessante e motivante.
O tema apresentado não é novo, dado que o primeiro livro sobre este assunto5 data de
1851. No entanto, vem acrescentar uma perspetiva diferente a um tema abordado por vários
autores desde o final do séc. XIX até aos dias de hoje, tendo recebido críticas extremamente
positivas por parte de várias personalidades de referência na área6.
Tratando-se de factos históricos, será seguro defender que se o rumo dos acontecimentos
tivesse sido outro, a nossa realidade presente poderia ser totalmente diferente. Face à
dimensão dos eventos analisados, pode concluir-se que essas alterações seriam de facto
profundas, o que nos conduz à tese inicial dos autores – as guerras e as batalhas tiveram um
impacto direto e massivo no curso da História.
Como menos positivo, salienta-se a aparente parcialidade com que os eventos ligados à
cultura Norte-americana são tratados, no que deixa transparecer a incapacidade dos autores
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5. Pontos fortes e fracos do argumento apresentado pelo autor
se distanciarem dos acontecimentos descritos, deixando o típico sentimento nacionalista
influenciar a narrativa.
Referências Bibliográficas
Amazon.com Inc, 2014. Amazon. [Online] Acessível em: www.amazon.com [Acedido em
março 2014].
Creasy, S. E. S., 1851. The Fifteen Decisive Battles of the World: from Marathon to Waterloo.
Londres: s.n.
Lacey, J. & Murray, W., 2013. Moment of battle - The Twenty Clashes that Changed the World.
Nova Iorque: Bantam Books.
5 The Fifteen Decisive Battles of the World: from Marathon to Waterloo (Sir Edward Shepherd Creasy, Londres, 1851).
6
(Amazon.com Inc, 2014).
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