CUSTOS DE PRODUÇÃO CUSTOS DE PRODUÇÃO Q CT ANÁLISE DE CUSTOS (EM R$) CV CF CMe CVMe CFMe CMg 1 350 50 300 350 50 300 50 2 390 90 300 195 45 150 40 3 420 120 300 140 40 100 30 4 450 150 300 112,5 37,5 75 30 5 490 190 300 98 38 60 40 6 540 240 300 90 40 50 50 Curva/Fronteira de Possibilidades de Produção Curva/Fronteira de Possibilidades de Produção DEMANDA CURVA DE DEMANDA Preço do quilo do tomate (R$) 1,80 1,90 2,00 2,10 2,20 2,30 2,40 Quantidade de quilos por semana 350 310 280 250 210 180 150 1 Movimentos e Deslocamentos OFERTA Preço do quilo do tomate (R$) 1,80 1,90 2,00 2,10 2,20 2,30 2,40 CURVA DE OFERTA EQUILÍBRIO DE MERCADO Preço do Quantidade quilo do Ofertada tomate por semana (R$) 1,80 150 1,90 180 2,00 210 2,10 250 2,20 280 2,30 310 2,40 350 EQUILÍBRIO DE MERCADO Quantidade de quilos por semana 150 180 210 250 280 310 350 Quantidade Demandada por semana Diferenças (kg) 350 310 280 250 210 180 150 -200 -150 -70 0 70 150 200 EXERCÍCIOS 1. O modelo básico da oferta e da demanda é utilizado para analisar os mais variados problemas econômicos. Com base nesse modelo, julgue os itens seguintes. (2) Se a demanda por serviços bancários for inelástica, a informatização crescente desse setor conduzirá à redução do emprego dos bancários. (3) A elasticidade-preço de longo prazo da curva de oferta, para determinado bem, é superior à elasticidade de curto prazo, porque, no longo prazo, os fatores de produção podem ser ajustados. (4) No Brasil, a redução do preço do petróleo e a recente valorização do real frente ao dólar deslocam a curva de oferta de gasolina para cima e para a esquerda. (5) O crescimento da indústria turística no Nordeste brasileiro explica-se, em parte, pelas elevadas elasticidades-renda que caracterizam esses serviços. 2 EXERCÍCIOS 2. “O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela procura. Colocando em um único gráfico as curvas de oferta e procura de um bem ou serviço qualquer, a intersecção das curvas é o ponto de equilíbrio E, ao qual correspondem o preço p0 e a quantidade q0. Este ponto é único: a quantidade que os consumidores desejam comprar é exatamente a quantidade que os produtores querem vender. Ou seja, não há excesso ou escassez de oferta ou de demanda. Existe coincidência de desejos.” (Trecho extraído do livro “Economia: micro e macro” de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, São Paulo. Atlas, 2.000 p. 66) EXERCÍCIOS Indique a opção correta. a) 1) p0 = $ 2; 2) q0 = 16 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 4 un. b) 1) p0 = $ 2; 2) q0 = 16 un.; 3) excesso de demanda e 4) q = 4 un. c) 1) p0 = $ 4; 2) q0 = 12 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 8 un. d) 1) p0 = $ 4; 2) q0 = 12 un.; 3) excesso de demanda e 4) q = 8 un. e) 1) p0 = $ 6; 2) q0 = 10 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 6 un. EXERCÍCIOS (3) Se a demanda de produtos agrícolas for perfeitamente inelástica em relação ao preço, então, uma supersafra agrícola aumentará, substancialmente, a renda dos agricultores. (4) O desenvolvimento de inseticidas mais eficazes para combater gafanhotos que ataquem as lavouras de milho desloca a curva de oferta desse produto, para baixo e para a direita, aumentando, assim, a oferta desse produto. EXERCÍCIOS Dadas a função de demanda (D = 20 – 2p) e a função de oferta (S = 12 + 2p), pede-se: 1) determinar o preço de equilíbrio (p0); 2) determinar a respectiva quantidade de equilíbrio (q0); 3) identificar se existe excesso de oferta ou de demanda, se o preço for $ 3; e 4) definir a magnitude desse excesso (q). Indique a opção correta. EXERCÍCIOS 6. A teoria da oferta e demanda, que estuda as interações entre vendedores e compradores em uma economia de mercado, constitui o cerne do estudo dos fenômenos econômicos. Utilizando os conceitos essenciais dessa teoria, julgue os itens abaixo. (1) Supondo-se as elasticidades da oferta e da demanda finitas, quando o preço da gasolina cai, a demanda de óleo de motor aumenta e isso provoca, ceteris paribus, uma alta no preço do óleo de motor, se esse produto for um bem normal. (2) A preocupação recente com a boa forma física multiplica o número de academias de ginástica, contribuindo, assim, para deslocar a demanda de equipamentos de musculação para baixo e para a esquerda. EXERCÍCIOS 7. Utilizando os conceitos básicos da teoria microeconômica, julgue os itens seguintes. (1) A magnitude das elasticidades preço da demanda de mercado dos diferentes bens depende da disponibilidade de bens substitutos. (2) Supondo-se que a expansão do efetivo policial conduza a um aumento da necessidade de melhor equipá-lo, por exemplo, com armamentos e viaturas, então as exigências em termos de pessoal e equipamentos são bens substitutos no que diz respeito à provisão dos serviços de segurança pública. (3) Levada a cabo, recentemente, por alguns governos estaduais, a redução do ICMS que incide sobre automóveis pode ser vista como um deslocamento para cima e para a esquerda da curva de oferta desse produto. (4) Análises da demanda de farinha de mandioca, no Brasil, indicam que uma expansão da renda dos consumidores reduz a demanda por esse produto. Caso essas análises estejam corretas, então a farinha de mandioca é um bem inferior. 3 EXERCÍCIOS Agente Branco 2004 – 26/09/2004 111. O binômio escassez/escolha, que permeia o problema econômico correlato, ocorre somente quando, dentro do processo produtivo, não existe possibilidade de substituição entre insumos. 112. Em alguns provedores de Internet, a cobrança de uma mensalidade fixa pelo uso ilimitado do serviço faz que os consumidores utilizem esse serviço até o ponto em que o benefício marginal se anula. 114. Alocações eficientes, no sentido de Pareto, além de não serem socialmente justas, situam-se aquém da fronteira de possibilidades de utilidades da economia. 115. Caso a Receita Federal deseje maximizar a arrecadação tributária derivada de um imposto ad valorem, esse tributo deverá ser colocado sobre produtos transacionados em mercados competitivos e cuja elasticidade preço da demanda seja extremamente elevada. EXERCÍCIOS Escrivão Branco 2004 – 26/09/2004 111. Quando os custos de oportunidade para os recursos produtivos são crescentes — a curva de possibilidades de produção é uma linha reta — um aumento dos gastos públicos não conduz à redução das despesas dos agentes privados. 113. Pelo fato de o critério de eficiência de Pareto não levar em consideração questões distributivas, ele não permite uma ordenação inequívoca das alocações que se encontram na fronteira de possibilidades de utilidade. EXERCÍCIOS Grupo Votorantim GABARITO: Hejoassu Conselho de Administração Conselho de Família EXERCÍCIO 01. (2) C, (3) C, (4) E, (5) C. EXERCÍCIO 02. A EXERCÍCIO 06. (1) C, (2) E, (3) E, (4) C. EXERCÍCIO 07. (1) C, (2) E, (3) E, (4) C. EXERCÍCIOS AGENTE BRANCO 2004: 111. E, 112. C, 114. E, 115. E. EXERCÍCIOS ESCRIVÃO BRANCO 2004: 111. E, 113. C. RACIONALIDADE ECONÔMICA DO GOVERNO Questão 37: Acerca da intervenção do Estado na economia, assinale a opção correta. a) A existência de bens públicos, tais como as escolas públicas e privadas, justifica a presença do Estado na economia. b) Setores econômicos com monopólio natural não justificam por si só a necessidade de intervenção econômica do Estado. c) A presença de externalidade positiva ou negativa não justifica uma intervenção do Estado na economia. d) O livre funcionamento dos mercados pode ocasionar problemas como inflação e desemprego, o que justifica a necessidade de intervenção do Estado na economia. Votorantim Participações Holding Conselho Executivo Votorantim Industrial Votorantim Negócios Votorantim Finanças Votorantim Energia Diretoria Corporativa Votorantim Votorantim Votorantim Votorantim Votorantim Votorantim Votorantim Votorantim Novos Negócios Banco Votorantim Votorantim Energia Votorantim Ventures Cimentos Celulose e Papel Internacional Agroindústria Química Filmes Flexíveis Metais RACIONALIDADE ECONÔMICA DO GOVERNO Questão 38: No que se refere à racionalidade econômica do governo, assinale a opção correta. a) A função alocativa do governo obriga-o a fornecer bens públicos à sociedade, e o financiamento da produção desses bens ocorre por meio da obtenção voluntária de recursos. b) A função distributiva do governo leva-o a impor tributos, subsídios ou transferências na consecução de tal função. c) Com base na função alocativa, o governo pode impor alíquotas de impostos mais altas para indivíduos de alta renda. d) A função estabilizadora do governo se justifica pela crença de que o mercado tem capacidade de se autoajustar ao nível de pleno emprego da economia. 4 RACIONALIDADE ECONÔMICA DO GOVERNO Agente Branco, 2004 - 119. O efeito das despesas públicas sobre a atividade econômica varia com as modificações na estrutura funcional dos gastos. Escrivão Branco 2004 - 112. A função redistributiva do governo está associada à provisão de bens e serviços que, em virtude da existência de falhas de mercado, não são ofertados adequadamente pelos mercados privados. Incidência de um Imposto Específico S2 Preço P2 A B P1 D C t P3 Q2 IMPOSTOS INDIRETOS 3. Suponha que a demanda por cigarros seja quase que totalmente inelástica, que a oferta seja positivamente inclinada e o mercado competitivo. Considere as afirmações abaixo referentes à introdução de um imposto sobre a venda de cigarros: I. A incidência econômica deste imposto deverá recair sobre os vendedores de cigarro. II. A medida é ineficaz se pretende reduzir significativamente o consumo de cigarros. III. O imposto provoca um aumento de preços praticamente igual ao tamanho do imposto. É correto afirmar: (A) I, II e III; (B) I e II, apenas; (C) I e III, apenas; (D) III, apenas; (E) II e III, apenas. Q1 Quantidade IMPOSTOS INDIRETOS 5. Suponha um mercado de bens de luxo em que a demanda é relativamente mais elástica que a oferta. Caso o governo coloque um imposto sobre o bem em questão, ocorrerá o seguinte: (A) a incidência jurídica do imposto determina que o excedente do produtor diminuirá mais do que o excedente do consumidor e, por esta razão, vale a pena tributar bens como bebidas alcoólicas de luxo. (B) o peso-morto do imposto será mínimo. (C) a incidência econômica do imposto será igual para produtores e consumidores (D) a incidência econômica do imposto será diferente entre produtores e consumidores e o peso-morto do imposto será máximo. (E) a incidência econômica do imposto será maior sobre os produtores. Política de Preços Mínimos Política de Preços Mínimos Preço S1 Os compradores perdem A + B, os vendedores perdem D + C e o governo arrecada A + D . O peso morto é B + C. P2 é o preço (incluindo o imposto) pago pelos compradores. P3 é o preço que os vendedores recebem, com lucro líquido. D Preço S Dg P1 A P0 S Para manter um preço P1 o governo compra a quantidade Dg . A variação no excedente do consumidor é –(A+ B), e a variação no excedente do produtor é A + B + D D B Dg P1 A P0 O custo do governo é representado pelo retângulo pontilhado P1(Q1-Q2) D B D + Dg D + Dg D Q2 Q0 Q1 D Quantidade Q2 Q0 Q1 Quantidade 5 Quotas de Produção • Oferta restringida em Q1 • Oferta desloca-se para S’ em Q1 S’ Preço S P1 A B P0 • EC reduzido em A + B • Variação no EP = A - C • Peso morto = B+C C D Q0 Q1 Quantidade QUOTAS DE PRODUÇÃO Uma camiseta pendurada numa dessas dezenas de lojas de suvenires espalhadas por Manhattan traz uma frase curiosa: "sobrevivi a uma corrida de táxi em Nova York". O preço da licença de um táxi em Nova York bateu recorde este ano: US$ 600 mil. Isso quer dizer que para comprar um taxi é preciso desembolsar o equivalente a R$ 1,2 milhão. Há três anos, eram necessários US$ 500 mil. A valorização avança mais e mais a cada ano porque desde a década de 1950 a cidade tem basicamente o mesmo número de licenças concedidas pelo governo: uma frota de 13 mil carros. "Quem quer comprar um táxi precisa ir ao mercado paralelo, porque não há novas licenças", diz Andrew Murstein, presidente da Medallion Financial Corp., a maior financiadora de táxis de Nova York. PREÇOS MÍNIMOS, QUOTAS DE PRODUÇÃO E SUBSÍDIOS Subsídios Preço S S + Sg P1 1. O modelo básico da oferta e da demanda é utilizado para analisar os mais variados problemas econômicos. Com base nesse modelo, julgue os itens seguintes. (1) No Brasil, a política de fixação de preços mínimos para determinados produtos agrícolas provoca excesso de demanda, permitindo, assim, o escoamento da produção dessas mercadorias. Sub. P0 6. A teoria da oferta e demanda, que estuda as interações entre vendedores e compradores em uma economia de mercado, constitui o cerne do estudo dos fenômenos econômicos. Utilizando os conceitos essenciais dessa teoria, julgue os itens abaixo. (5) A implementação de uma política de controle de aluguéis contribui para aumentar a demanda e a quantidade disponível de imóveis para alugar. P2 D Q0 Q1 Quantidade PREÇO MÁXIMO Preço Máximo Preço Suponha que o governo imponha um preço máximo de Pmax abaixo do preço de mercado P0. S Peso Morto O ganho dos consumidores é a diferença entre o retângulo A e o triângulo B. B P0 A C Escrivão Branco 2004 - 115. Políticas de fixação de preço máximo, como o controle de aluguéis, que tenham o objetivo de controlar inflação e melhorar o poder aquisitivo da renda das famílias carentes, contribuem para a redução das disparidades de renda e conduzem a níveis mais elevados de eficiência produtiva da economia. A perda dos produtores é a soma do retângulo A e do triângulo C. Os triângulos B e C, em conjunto, medem o peso morto. Pmax D Q1 Q0 Q2 Quantidade 6 CARGA FISCAL E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA 12. Um sistema tributário regressivo caracteriza-se por: (A) elevar as alíquotas à medida que a renda aumentar (B) incidir sobre a renda e a riqueza (C) apresentar crescimento da relação entre carga tributária e renda com o aumento do nível de renda (D) exercer um controle automático sobre a demanda agregada (E) onerar os segmentos sociais de menor poder aquisitivo GABARITO 37- Alternativa D 38- Alternativa B 119 - Certo 112 - Errado 03 - Alternativa E 05 – Alternativa E 01 – (1) Errado 06 – (5) Errado 115 - Errado 12 – Alternativa E ANTECEDENTES REGULAÇÃO ECONÔMICA DUAS FORMAS DE REGULAÇÃO • Primeira (originária nos EUA): Controle dos monopólios privados das indústrias de rede. • Segunda (Europa): Constituição de grandes empresas estatais. • Modelos básicos norte-americano e europeu. • No início do século XX houve o surgimento de empresas de telefonia, gás, eletricidade, água que se desenvolveram e levaram a inovações tecnológicas. CASO AT&T. • RESULTADO: monopólios territoriais e integração vertical, levando as empresas que dominavam a oferta destes serviços. REFORMA DOS ANOS 80 E NOVA FASE DE REGULAÇÃO 1 – Desverticalização dos diferentes segmentos de atividade da cadeia produtiva dos serviços de infraestrutura. 2 – Introdução da concorrência em diferentes segmentos de atividade das indústrias de rede. 3 – Abertura do acesso de terceiros às redes. 7 REFORMA DOS ANOS 80 E NOVA FASE DE REGULAÇÃO 4 – Estabelecimento de novas formas contratuais. 5 – Privatização das empresas públicas. 6 – Implementação de novos mecanismos de regulação e criação de novos órgãos reguladores. NOVO PAPEL DO ESTADO REGULAMENTAR AS ATIVIDADES, PROCURANDO REDUZIR AS BARREIRAS À ENTRADA E CRIAR UM AMBIENTE MAIS CONCORRENCIAL. EM INDÚSTRIAS DE REDE PREVALECE O MONOPÓLIO NATURAL. DEVE-SE PERMITIR O ACESSO DAS EMPRESAS AS REDES. EX: TELEFONIA. MISSÃO DA REGULAÇÃO • • • • Supervisionar o poder de mercado dos operadores e evitar práticas anticompetitivas. Organizar a entrada de novos operadores e promover a competição. Zelar pela implementação de um novo modo de organização industrial. Defender e interpretar as regras, arbitrando os eventuais conflitos entre atores. MISSÃO DA REGULAÇÃO • • • • Complementar o processo de regulamentação. Estimular a eficiência e a inovação, estimulando a repartição dos ganhos de produtividade registrados na indústria com os consumidores. Zelar pelas condições de operação coordenada das redes. Assegurar o cumprimento das missões de serviço público. MUDANÇAS NO BRASIL REGULAÇÃO NO BRASIL • Além dos fatores que levaram os países centrais a adotarem este novo padrão de regulamentação, a crise financeira do Estado intensificou as mudanças. • Argumento central: falta de capacidade de financiamento das empresas estatais. Caberia aos capitais privados a missão de recuperar o nível de investimentos em infra-estrutura, eliminando os gargalos de crescimento dos demais setores da economia. 8 AGENDA DE REFORMAS INSTITUCIONAIS SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA OBJETIVO: eliminação progressiva dos focos de incerteza. 1. Definir o modo de organização da indústria com o objetivo de suprimir as barreiras institucionais e fixar os espaços de atuação dos capitais privados e públicos. 2. Redefinir os mecanismos de regulação. 3. Analisar as questões dos direitos de propriedade. LEI 8.884/1994 Art. 54, § 6º. Após receber o parecer técnico da Seae, que será emitido em até trinta dias, a SDE manifestar-se-á em igual prazo, e em seguida encaminhará o processo devidamente instruído ao Plenário do Cade, que deliberará no prazo de sessenta dias. LEI 8.884/1994 Art. 20. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados: I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; II - dominar mercado relevante de bens ou serviços; III - aumentar arbitrariamente os lucros; IV - exercer de forma abusiva posição dominante. LEI 8.884/1994 Art. 1º Esta lei dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico. LEI 8.884/1994 § 1º A conquista de mercado resultante de processo natural fundado na maior eficiência de agente econômico em relação a seus competidores não caracteriza o ilícito previsto no inciso II. § 2º Ocorre posição dominante quando uma empresa ou grupo de empresas controla parcela substancial de mercado relevante, como fornecedor, intermediário, adquirente ou financiador de um produto, serviço ou tecnologia a ele relativa. § 3º A posição dominante a que se refere o parágrafo anterior é presumida quando a empresa ou grupo de empresas controla 20% (vinte por cento) de mercado relevante, podendo este percentual ser alterado pelo Cade para setores específicos da economia. 9 LEI 8.884/1994 Da Medida Preventiva e da Ordem de Cessação Art. 52. Em qualquer fase do processo administrativo poderá o Secretário da SDE ou o Conselheiro-Relator, por iniciativa própria ou mediante provocação do Procurador-Geral do Cade, adotar medida preventiva, quando houver indício ou fundado receio de que o representado, direta ou indiretamente, cause ou possa causar ao mercado lesão irreparável ou de difícil reparação, ou torne ineficaz o resultado final do processo. LEI 8.884/1994 Do Controle de Atos e Contratos Art. 54. Os atos, sob qualquer forma manifestados, que possam limitar ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência, ou resultar na dominação de mercados relevantes de bens ou serviços, deverão ser submetidos à apreciação do Cade. § 1º O Cade poderá autorizar os atos a que se refere o caput, desde que atendam as seguintes condições: LEI 8.884/1994 § 3o Incluem-se nos atos de que trata o caput aqueles que visem a qualquer forma de concentração econômica, seja através de fusão ou incorporação de empresas, constituição de sociedade para exercer o controle de empresas ou qualquer forma de agrupamento societário, que implique participação de empresa ou grupo de empresas resultante em vinte por cento de um mercado relevante, ou em que qualquer dos participantes tenha registrado faturamento bruto anual no último balanço equivalente a R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais). LEI 8.884/1994 § 1º Na medida preventiva, o Secretário da SDE ou o Conselheiro-Relator determinará a imediata cessação da prática e ordenará, quando materialmente possível, a reversão à situação anterior, fixando multa diária nos termos do art. 25. § 2º Da decisão do Secretário da SDE ou do Conselheiro-Relator do Cade que adotar medida preventiva caberá recurso voluntário, no prazo de cinco dias, ao Plenário do Cade, sem efeito suspensivo. LEI 8.884/1994 I - tenham por objetivo, cumulada ou alternativamente: a) aumentar a produtividade; b) melhorar a qualidade de bens ou serviço; ou c) propiciar a eficiência e o desenvolvimento tecnológico ou econômico; II - os benefícios decorrentes sejam distribuídos eqüitativamente entre os seus participantes, de um lado, e os consumidores ou usuários finais, de outro; III - não impliquem eliminação da concorrência de parte substancial de mercado relevante de bens e serviços; IV - sejam observados os limites estritamente necessários para atingir os objetivos visados. NOVO SBDC (PROJETO DE LEI 3.937/2004) 10 ILUSTRAÇÃO Cade deve analisar fusão entre Americanas e Submarino Folhapress, de Brasília, 09/10/2007 O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deve analisar amanhã a fusão entre a Americanas.com e o Submarino, criando a maior companhia de comércio eletrônico do país, a B2W Companhia Global de Varejo. A operação foi anunciada em novembro do ano passado e o negócio é avaliado em aproximadamente de R$ 7 bilhões. ILUSTRAÇÃO Em seu parecer, a Seae afirma que o comércio eletrônico no Brasil vem crescendo e que "para os agentes que já atuam no comércio varejista tradicional não há barreiras representativas à entrada e que estas entradas inibiriam o exercício de poder de mercado". Além disso, a secretaria alega que atuam nesse ramo companhias de marcas estabelecidas, como Ponto Frio e Magazine Luiza, que são "concorrentes capazes de contestar um possível exercício de poder de mercado" por parte da nova companhia. REGULAÇÃO DA INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA Lei 9.074, 07/07/1995: • Estabelece regras para tarifas, licitação, autorização e permissão de concessão, assim como as cláusulas presentes nos contratos de concessões. • Viabiliza a abertura industrial ao capital privado, sinalizando o setor com o fim da integração vertical dividindo-o nos segmentos de geração, transmissão e distribuição. ILUSTRAÇÃO Tanto a Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), do Ministério da Justiça, quanto a SDE (Secretaria de Direito Econômico), do Ministério da Fazenda, deram parecer favorável à operação. Os dois órgãos são responsáveis por instruir o Cade nesses processos, mas o Conselho nem sempre segue as recomendações. CONCESSÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS Marco Inicial: Lei das Concessões (Lei 8.987, 13/02/1995) • Estabelece regras para tarifas, licitação, autorização e permissão de concessão, assim como as cláusulas presentes nos contratos de concessões. CRIAÇÃO DA ANEEL (LEI 9.427, 26/12/1996) • Disciplina o regime das concessões de serviços públicos de energia elétrica, estabelecendo princípios básicos para o processo de descentralização e delegação de atividades para as UFs. • A função da ANEEL é regular e fiscalizar as atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. • É uma autarquia vinculada ao MME, com autonomia financeira e decisória. 11 ATRIBUIÇÕES DA ANEEL 1. Resolver conflitos e divergências entre concessionárias, permissionárias, autorizadas, produtores independentes e autoprodutores, bem como entre esses agentes e seus consumidores. 2. Assegurar a entrada de novos agentes no mercado. DEFINIÇÃO DA TARIFA Os consumidores de energia elétrica pagam por meio da conta recebida da sua empresa distribuidora de energia elétrica, um valor correspondente a quantidade de energia elétrica consumida, no mês anterior, estabelecida em kWh (quilowatthora) multiplicada por um valor unitário, denominado tarifa, medida em R$/kWh (reais por quilowatt-hora). DEFINIÇÃO DA TARIFA REVISAO TARIFARIA PERIODICA: • Objetivo: analisar, após um período previamente definido no contrato de concessão (geralmente de 4 anos), o equilíbrio econômico-financeiro da concessão. • Calculado pela receita necessária para cobertura dos custos operacionais eficientes e a remuneração adequada sobre os investimentos realizados, com prudência. Reposicionamento tarifário e estabelecimento do Fator X. ATRIBUIÇÕES DA ANEEL 3. Definição e aplicação dos novos princípios de regulação de tarifas. 4. Defesa das condições de concorrência, estabelecendo regras que limitam o poder de mercado das empresas concessionárias. 5. Definição dos padrões técnicos e normativos de qualidade e desempenho das empresas. DEFINIÇÃO DA TARIFA REAJUSTE TARIFÁRIO ANUAL: • Objetivo: restabelecer o poder de compra da receita obtida por meio das tarifas praticadas pela concessionária. • Calculado mediante a aplicação do Índice de Reajuste Tarifário sobre as tarifas homologadas na data de referência anterior (inclui reajuste dos encargos setoriais, encargos de transmissão e compra de energia para revenda, despesas com operação e manutenção, despesas de capital). REGULAÇÃO DAS TELECOMUNICAÇÕES LEI 9.295, 19/07/1996: Estabelece regras para concessão dos serviços de telecomunicações: Fixo, Móvel Celular, Serviço Limitado e Serviço de Transporte de Sinais de Telecomunicações por Satélite. 12 REGULAÇÃO DAS TELECOMUNICAÇÕES LEI 9.472, 16/07/1997: • Estabelece as atribuições do poder público. • Estabelece o conteúdo do contrato de concessão. • Organização das redes de telecomunicações. • Autoriza a reestruturação e a desestatização das empresas controladas, pela União, e supervisionadas pelo Min. das Comunicações. • Cria o órgão regulador: ANATEL (autarquia vinculada ao Min. Comunicações). ATRIBUIÇÕES DA ANATEL 5. Atuar na defesa e proteção dos direitos dos usuários. 6. Exercer as competências legais em matéria de controle, prevenção e repressão das infrações da ordem econômica, ressalvadas as pertencentes ao CADE. 7. Promover interação com administrações de telecomunicações dos países do Mercado Comum do Sul – MERCOSUL. REGULAÇÃO DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL • Recursos naturais não renováveis: manutenção da titularidade da União dos direitos de propriedade das reservas de petróleo e de gás natural. • Art. 4º. Constituem monopólio da União, nos termos do art. 177 da Constituição Federal, as seguintes atividades: ATRIBUIÇÕES DA ANATEL 1. Rever, periodicamente, os planos geral de outorgas e de metas para universalização dos serviços. 2. Celebrar e gerenciar contratos de concessão e fiscalizar a prestação do serviço. 3. Controlar, acompanhar e proceder à revisão de tarifas, bem como homologar reajustes. 4. Solucionar conflitos de interesses entre prestadoras de serviço de telecomunicações REGULAÇÃO DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL • Lei 9.478, 06/08/1997: institui-se o Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, vinculado à presidência e a ANP (Agência Nacional do Petróleo). • O CNPE é o órgão de assessoramento do Presidente da República destinado à formulação de políticas e diretrizes energéticas. • A ANP tem autonomia financeira e decisória e acumula as responsabilidades de poder concedente e de regulação. Autarquia vinculada ao MME. REGULAÇÃO DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL I - a pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos; II - a refinação de petróleo nacional ou estrangeiro; III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores; 13 ATRIBUIÇÕES DA ANP IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem como o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e de gás natural. A Petrobrás tem direito de propriedade sobre as áreas de produção, refinarias e seus equipamentos de transporte dutoviário/marítimo e do seu complexo portuário/armazenagem. • • • ATRIBUIÇÕES DA ANP • • • • Estruturar e controlar os royalties e demais participações governamentais. Estabelecer os critérios para a movimentação e comercialização do petróleo, derivados e gás natural. Estabelecer a regulação do acesso aos dutos. Garantir o suprimento de derivados em todo o território nacional. DEFINIÇÃO DE PREÇO Para incentivar a entrada de empresas estrangeiras: “O preço mínimo do petróleo extraído de cada campo será fixado pela ANP com base no valor médio mensal de uma cesta-padrão composta de até quatro tipos de petróleo similares cotados no mercado internacional, nos termos deste artigo.” (Art. 7º, § 5º, Decreto 2.705, 03/08/1998.) Implementar a política nacional de petróleo e gás natural. Fiscalizar diretamente ou mediante convênios as atividades integrantes da indústria do petróleo. Promoção de licitações de blocos petrolíferos, a fim de consolidar o processo de entrada de novas empresas. ATRIBUIÇÕES DA ANP • • • Fazer cumprir as boas práticas de conservação e uso racional do petróleo e seus derivados e do gás natural e de preservação do meio ambiente. Manter base de dados e difusão das informações geológicas das bacias sedimentares brasileiras. Proteger o interesse dos consumidores quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos. EXERCÍCIOS 8. Conceituar regulação não é tarefa fácil. Assim como a noção de serviço público, a de regulação deve levar em conta o tratamento diferenciado imposto por circunstâncias de tempo e de espaço. Isso porque os ordenamentos jurídicos de diferentes Estados, ou do mesmo Estado em diferentes momentos, ou ainda os de unidades federativas de um mesmo Estado, poderão ter, em relação à regulação ou às atividades reguladas, tão diversas visões que não seja possível afirmar a priori que tal ou qual atividade se conforme ou não dentro de sua noção. 14 EXERCÍCIOS Corolário lógico dessa realidade, a noção de regulação é naturalmente dependente da forma como o sistema jurídico a contemple, ou seja, é o respectivo sistema jurídico que dirá que gama ou elenco de atividades se incluem no seu âmbito. Pedro Henrique Poli de Figueiredo. “Uma contribuição para o conceito de regulação do serviço público no Brasil”. In: Marco regulatório, n.º 1 (com adaptações). Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir, a respeito da regulação de mercados. EXERCÍCIOS (3) A regulação visa corrigir a ocorrência de externalidades, como contaminação, utilização de recursos naturais e efeitos da poluição. (4) Um aspecto que não precisa ser contemplado pela regulação é a assimetria de informação, que consiste em o produtor ter mais informação que o consumidor e não a transferir, pois o Estado deve deixar que o mercado encontre seu ponto de equilíbrio. (5) Uma política adequada de regulação deve ter objetivos claros quantificáveis, tendo presente que regulação não é apenas fixar preço. EXERCÍCIOS (1) Regulação de mercados poderia ser definida como o conjunto de ações públicas que busca melhorar a eficiência da alocação dos recursos no mercado, ou aumentar o bem-estar social dessa alocação. (2) A regulação visa criar sistemas de competição em setores que tendem a funcionar sob o regime de monopólios naturais, que provocam a existência de custos fixos importantes, grande proporção de investimentos irreversíveis, gerando barreiras à entrada de novos investidores. EXERCÍCIOS Questão 39: Acerca da regulação de mercados, assinale a opção correta. (A) Os principais objetivos da regulação de mercados são o bem-estar do consumidor e a melhoria da eficiência alocativa, distributiva e produtiva da indústria envolvida. (B) Todo tipo de monopólio natural deve ser coibido pelo regulador a fim de que se promova a concorrência por meio da quebra desse monopólio. (C) A prática de preços baixos deve ser incentivada pelo regulador e devem ser utilizados todos os instrumentos necessários para que os preços baixem, independentemente das conseqüências sobre o setor produtivo regulado. (D) Cabe ao regulador promover a concorrência entre empresas de um mesmo setor, o que permite a formação de barreiras à entrada de novas empresas no setor em questão. GABARITO 08. C, C, C, E, C 39. Alternativa A 15