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XXIII Seminário de Iniciação Ciéntifica da UFOP
Estudo da solubilidade em equilíbrio da furosemida utilizando meios biorrelevantes
Adriana Cotta Cardoso Reis Indicado Em 01/01/2014 (Autor), Jacqueline De Souza (Orientador), Neila
Marcia Silva Barcellos (Co-Orientador), Patrícia Fernanda Monteiro (Co-Orientador)
A solubilidade de um fármaco nos líquidos biológicos é fator primordial para sua absorção e atividade
terapêutica. A busca pelo desenvolvimento de métodos in vitro que possibilitem mimetizar os fenômenos
in vivo, tais como a solubilidade de fármacos, é crescente e necessária. Visando obter dados de
solubilidade em meios biorrelevantes, o método da agitação orbital em frascos (MET) é o procedimento
mais recomendado. Para que os estudos de solubilidade sejam padronizados, é necessário estabelecer
controles de alta e baixa solubilidade para serem utilizados durante a aplicação dos procedimentos. Neste
trabalho, a furosemida foi selecionada como fármaco de baixa solubilidade. Para quantificação da
furosemida, foi desenvolvido e validado um método analítico por cromatografia a líquido de alta eficiência
(CLAE) com detecção ultravioleta (UV) utilizando os meios biorrelevantes: fluido gástrico simulado sem
enzimas pH 1,2 (M1); tampão acetato pH 4,5 (M2) e suco entérico simulado sem enzimas pH 6,8 (M3).
Posteriormente, foi avaliada a solubilidade em equilíbrio da furosemida pelo MET nos meios tamponados,
nas condições de 100 rpm, 37°C ± 1°C, excesso de matéria prima de 300 mg para M1 e M2 e de 600 mg
para M3 em 10 mL de meio. Alíquota de 2 mL de cada meio foram coletadas, filtradas e quantificadas por
CLAE-UV. Como resultados, o método CLAE-UV foi validado mostrando-se seletivo, linear na faixa de
concentração: 1,0 a 25,0 μg/mL para M1; 5,0 a 35,0 μg/mL para M2 e 5,0 a 40,0 μg/mL para M3, preciso e
exato. A avaliação da solubilidade em equilíbrio confirmou que a furosemida apresenta solubilidade pH
dependente, sendo esta superior no M3 em relação aos meios M1 e M2; apesar da determinação da
solubilidade ter sido comprometida pela baixa estabilidade do fármaco nos meios avaliados. Logo, a
furosemida não cumpre os requisitos necessários para ser o padrão de baixa solubilidade na padronização
do MET. Agradecimentos: CNPq/UFOP/MS/Anvisa/CiPharma.
Instituição de Ensino: UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto
ISSN: 21763410
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