Folheto Informativo

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APROVADO EM
24-01-2006
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO
Pentamina®300 mg Pó para solução injectável
(Pentamidina)
Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento. Este contém um resumo
da informação disponível sobre o Pentamina®, pó para solução Injectável. Conserve este
folheto. Pode ter necessidade de o reler. Este medicamento foi receitado para si. Não deve
dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos
sintomas. Caso precise de esclarecimentos ou conselhos, solicite os serviços do seu médico
ou farmacêutico.
O que contém Pentamina® , Pó para solução injectável?
O medicamento que o médico lhe receitou contém um fármaco chamado Isotionato de
Pentamidina, cujo pó para solução injectável, será dissolvido antes de ser administrado.
A Pentamina®, na dosagem de 300 mg, destina-se à preparação de soluções para injecção, nas
concentrações de 100 mg/ml ou 60 mg/ml, em água para preparações injectáveis.
A Pentamina®, 300 mg, pertence ao grupo Farmaco-Terapêutico 1.4.3.- medicamentos antiinfecciosos – outros antiparasitários (Despacho 21844/2004) , e com o código ATC, P01CX01
Qual o modo de acção da Pentamina®?
O mecanismo exacto da acção antiprotozoária da Pentamidina ainda não foi completamente
esclarecido. Podem estar envolvidos vários mecanismos de acção, e o papel da cada um deles
pode variar com os diferentes tipos de protozoários. (ex. tripanosoma, sporozoons). A maior parte
da informação sobre a actividade antiprotozoária da Pentamidina deriva de estudos envolvendo o
tripanosoma. Crê-se que a Pentamidina age por inibição do metabolismo da glucose, interferindo
com o DNA e a transformação do folato, e por inibição da síntese do RNA e das proteínas, bem
como o transporte intracelular dos aminoácidos no organismo.
Farmacocinética:
Absorção
Num estudo inicial sobre o produto, refere-se que a seguir à administração diária, por via I.M., de
uma dose única de 4 mg/kg de Pentamidina, a concentração plasmática do fármaco atingiu
valores médios de 0,3 a 0,5 µg/ml (intervalo de 0,3 a 1,4 µg/ml), após 1 a 10 dias de tratamento.
Nestes doentes, as concentrações plasmáticas do fármaco no sangue não variavam
apreciavelmente durante o dia, não aumentavam com doses sucessivas, e geralmente não
aumentavam imediatamente após a administração da dose.
A Pentamidina, parece sofrer absorção limitada a partir do tracto respiratório para a circulação
sistémica, a seguir à inalação após nebulização oral. Os picos de concentração plasmática
ocorrem na altura ou próximo do termo da administração por inalação a parecem ser da ordem
dos 5% ou menos relativamente aos alcançados a seguir à administração I.V. Num grupo de
adultos estudado, os picos das concentrações plasmáticas do fármaco ocorreram entre 1 a 14
dias após o início da terapêutica com doses diárias de 4 mg/kg, por inalação oral, atingindo
valores entre os 5 a 79 ng/ml. Não parece ocorrer acumulação sistémica de Pentamidina durante
a terapêutica por inalação oral.
Distribuição
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A distribuição da Pentamidina nos tecidos e fluidos orgânicos do ser humano, ainda não está bem
caracterizada, mas o fármaco parece ser rápida e extensamente distribuído e/ou fixado aos
tecidos. A seguir à administração parentérica, as concentrações mais elevadas foram
encontradas no fígado, depois nos rins , glândulas adrenais, baço, pulmões e pâncreas. Crê-se
que a administração parentérica continuada, para além da primeira semana de tratamento pode
não aumentar substancialmente a acumulação do fármaco. A Pentamidina penetra fracamente no
SNC após terapia prolongada.
In vitro a Pentamidina liga-se às proteínas séricas numa percentagem de 69%.
Desconhece-se se o Isotionato de Pentamidina atravessa a placenta ou se é distribuído no leite
materno.
Eliminação
Sabe-se pouco sobre a eliminação do fármaco em seres humanos. As concentrações plasmáticas
de Pentamidina declinam de modo bifásico a seguir a uma injecção I.M. única ou a uma perfusão
I.V., em doentes com função renal normal. A semi-vida de eliminação média determinada foi de
54 e 18 minutos na fase inicial, respectivamente, e 9,4 e 6,4 horas na fase terminal,
respectivamente. A Pentamidina parece ser eliminada muito lentamente dos tecidos onde se
acumula em maior quantidade (ex. fígado, pulmões). Elementos reduzidos sugerem que a semivida de eliminação da Pentamidina não é substancialmente alterada em doentes com disfunção
renal ligeira a moderada, mas pode ser prolongada até 2 ou mais dias em doentes com disfunção
renal grave. Em seres humanos, a Pentamidina é excretada na urina aparentemente como
substância inalterada. Desconhece-se se o fármaco é excretado nas fezes.
A maior parte da excreção urinária parece ocorrer dentro das 6 a 8 horas seguintes à
administração de uma dose do fármaco, embora quantidades decrescentes de Pentamidina
tenham sido excretadas lentamente durante 6 a 8 semanas após a interrupção da terapia em
vários doentes.
Após perfusão I.V., os níveis plasmáticos de Pentamidina caem rapidamente nas primeiras duas
horas a um vigésimo dos picos , a que se segue um declínio muito mais lento. Após injecção I.M.
profunda, os picos de concentração são mais baixos mas declinam até níveis semelhantes aos
que ocorrem após administração I.V.
Elementos limitados sugerem que a Pentamidina não é removida por hemodiálise ou por diálise
peritonial, em quantidades apreciáveis.
Microbiologia
A Pentamidina é activa in vitro e/ou in vivo contra vários protozoários, incluindo a generalidade
dos Trypanosomatidae patogénicos para o Homem; i.e. Trypanosoma e Leishmania. O fármaco é
activo contra a maior parte das estirpes de Trypanosoma (Trypanozoon) brucei gambiense, mas
só é activa contra algumas estirpes de T.(T.) b. rhodesiense.
Não foi detectada actividade contra o T.(Schizotrypanum) cruzi. A Pentamidina é activa contra a
Leishmania donovani, incluindo as estirpes antimonio-resistentes. O fármaco também é activo
contra a L.aethipica e tem alguma actividade in vitro e provavelmente in vivo contra a L.tropica. A
Pentamidina tem alguma actividade in vivo contra a L. brasiliensis incluindo (L.b.guyanensis) e
possivelmente contra a L.mexicana. A Pentamidina parece ter uma acção letal directa contra o
Pneumocystis carinii.
A Pentamidina é activa contra algumas estirpes de Candida albicans e tem revelado alguma
actividade in vitro contra vários Trichophyton, Microsporum, Cryptococcus, Blastomyces, e
Histoplasma. In vitro, a Pentamidina revela também alguma actividade antibacteriana contra a
Escherichia coli e contra o Staphylococcus aureus, além de alguma actividade anti-vírica.
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Quem é o titular da AIM?
Mayne Pharma (Portugal) Lda.
Rua Amália Rodrigues, 240
2750-288 Cascais
Para que é utilizada Pentamina®, pó para solução injectável:
a) Pneumonia devida ao Pneumocystis carinii, em doentes debilitados ou imunocomprometidos,
como por ex. doentes com SIDA. Estes doentes podem ter reacções graves ao tratamento
com o cotrimoxazol. O Isotionato de Pentamidina é particularmente válido em doentes com
história de alergia às sulfonamidas.
b) Fase precoce da doença do sono africana, devida ao Trypanosoma gambiense.
c) Tratamento da Leishmaniose (Kala-azar), visceral e cutânea.
d) O isetionato de Pentamidina é utilizado, sobretudo por via inalatória, (por aerossol com
nebulizador) para profilaxia da pneumonia por P.carinii.
Todas as indicações referidas anteriormente podem ser tratadas mediante a administração
parentérica do produto. A pneumonia por P.carinii também pode ser tratada mediante inalação
oral visando a presença destes microorganismos no espaço alveolar.
Antes de utilizar a Pentamina®, saiba que:
Pentamina®não deve ser administrada em doentes com hipersensibilidade à substância activa.
A Pentamidina não deve ser administrada em doentes grávidas ou a amamentar, a menos que tal
seja considerado essencial pelo médico.
Embora se trate de um medicamento de uso restrito a meio hospitalar, informe o seu
médico, se alguma das situações descritas abaixo for afirmativa ou verificado algum dos
efeitos referidos:
Graves:
1.
Hipotensão
2.
Hipoglicémia
3.
Pancreatite
4.
Arritmia cardíaca
5.
Leucopénia (menos de 1000/m3)
6.
Trombocitopénia (menos de 20.000/m3)
7.
Insuficiência renal aguda
8.
Hipocalcémia
9.
Hipercaliémia
10.
Síndroma de Stevens-Johnson
Os efeitos adversos anteriormente referidos podem ser graves, por vezes fatais, requerendo
medidas de correcção imediatas, e interrupção da terapêutica.
Outras reacções:
1.
Azotémia
2.
Testes de função hepática com resultados anormais
3.
Albuminúria
4.
Anemia, leucopénia e trombocitopénia
5.
Hipercalcémia
6.
Náuseas e vómitos
7.
Hiperglicémia e hipoglicémia
8.
Mal-estar e síncope
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9.
10.
11.
12.
Enrubescimento
Eritema (rash)
Perturbações do paladar
Reacções localizadas no sítio da injecção.
Adição simultânea de outros medicamentos:
Os efeitos nefrotóxicos do isotionato de Pentamidina quando administrado em concomitância ou
sequencialmente com outras drogas nefrotóxicas pode ter um efeito aditivo.
Após a reconstituição com água para injectáveis, a Pentamina® não deve ser misturada com
nenhuma solução, com excepção da solução injectável de cloreto de sódio a 0,9% e da solução
injectável de glucose a 5%.
Precauções especiais de utilização:
O isotionato de Pentamidina deve ser usado com especial cuidado em doentes com as seguintes
perturbações:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Malnutrição
hiperglicémia ou hipoglicémia
Disfunção hepática
Disfunção renal
Hipertensão ou hipotensão
Anemia, leucopénia ou trombocitopénia
Deve-se proceder à monitorização laboratorial, realizada de acordo com as indicações seguintes,
durante e após o tratamento.
1.
Azoto ureico sanguíneo e creatinina sérica, determinação diária durante o tratamento.
2.
Contagens sanguíneas completas incluindo plaquetas, determinação diária durante o
tratamento.
3.
Glucose sanguínea rápida, determinação diária durante o tratamento, e a intervalos
regulares após a conclusão do tratamento. Já ocorreu, vários meses após o termo do
tratamento, a manifestação de hiperglicémia e diabetes mellitus, com ou sem hipoglicémia
precedente.
4.
Testes da função hepática (TFH), incluindo a bilirrubina sérica, fosfatase alcalina,
aspartato aminotransferase (AST/SGOT), e alanina aminotransferase (ALT/SGPT). Se as
determinações realizadas de início estão normais e assim permanecerem durante o
tratamento, proceder à sua determinação semanalmente a partir daí. Quando houver um
aumento das determinações TFH ou quando estes valores aumentarem durante o
tratamento, continuar a monitorização semanalmente salvo se o doente estiver a tomar
outros agentes hepatotóxicos, nesse caso a monitorização deve ser efectuada cada 3-5
dias.
5.
Cálcio sérico, determinação semanal.
6.
Análise da urina e electrólitos séricos, diariamente durante o tratamento.
7.
Electrocardiogramas a intervalos regulares.
Pode ocorrer hipotensão súbita grave em doentes a que tenha sido administrada uma dose única
por via I.M. ou I.V. A droga deve ser administrada ao doente com este na posição de deitado.
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Antes de administrar a primeira dose deve-se determinar a pressão arterial inicial, e depois a
espaços de uma hora após a primeira dose até estabilizar. A pressão arterial deve ser
monitorizada 4 a 5 vezes ao dia, até à conclusão de tratamento.
Quando inalado, o isetionato de Pentamidina em aerossol pode induzir tosse ou broncoespasmos.
Este facto foi particularmente notado em alguns doentes com história de hábitos tabágicos ou de
asma. Caso esta reacção ocorra, deverá utilizar-se juntamente um broncodilatador em aerossol,
que pode ser necessário antes de futuros tratamentos.
O beneficio da terapêutica com Pentamidina em aerossol em doentes com alto risco de
pneumotórax, deve ser avaliado perante as possíveis consequências clinicas de tal manifestação.
Efeitos em grávidas, lactentes, crianças, idosos e doentes com patologias especiais:
Desconhece-se se o Isotionato de Pentamidina atravessa a barreira placentária ou causa
prejuízos fetais quando administrado a mulheres grávidas; contudo a Pentamidina só deve ser
usada durante a gravidez quando considerado estritamente necessário.
Tendo em consideração que se desconhece se a Pentamidina é distribuída no leite materno, a
droga só deve ser administrada a mães que amamentem quando considerado estritamente
necessário.
Idosos: Não se recomenda posologia especial para este grupo etário.
Relativamente à utilização em crianças, idosos e doentes com patologias especiais, ver
"Posologia".
Efeitos sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas:
Não aplicável. Receita médica restrita ao meio hospitalar.
Lista dos excipientes:
Não contém excipientes.
Posologia, modo e via de administração:
A Pentamina® é administrado sob a forma de perfusão I.V. lenta ou sob a forma de injecção I.M.
profunda. A injecção bólus directa ou a administração rápida deve ser evitada sempre que
possível a fim de reduzir a incidência de hipotensão súbita grave. Durante a administração o
doente deve permanecer deitado de costas.
Devido ao facto de os P.carinii estarem presentes no espaço alveolar, tem sido utilizada a
nebulização de Pentamina® por via oral, de que resultam elevadas concentrações do fármaco
dentro do espaço alveolar com níveis séricos baixos, comparativamente com os obtidos com o
tratamento por via parentérica.
O isotionato de Pentamidina deve ser unicamente reconstituído com água para injectáveis. Cada
300 mg de liofilizado são reconstituídos com 3 ou 5 ml de água para injectáveis, para a obtenção
de concentrações de 100 mg/ml ou 60 mg/ml respectivamente. A solução resultante pode então
ser adicionada a solução injectável de glucose a 5% ou a solução injectável de cloreto de sódio a
0,9%. Não deve ser misturada com qualquer outro tipo de solução.
Administração Intramuscular (I.M.)
O conteúdo do frasco, 300 mg, deve ser dissolvido em 3 ml de água para injectáveis.
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A dose calculada de Isotionato de Pentamidina deve ser administrada por injecção I.M. profunda,
preferencialmente na nádega.
Administração Intravenosa (I.V.)
O conteúdo do frasco, 300 mg, deve ser dissolvido em 3 a 5 ml de água para injectáveis. A dose
de Isotionato de Pentamidina pretendida deve então ser diluída até 50 a 250 ml com solução
injectável de glucose a 5% ou com solução injectável de cloreto de sódio a 0,9%. A solução
resultante contendo o isotionato de Pentamidina deve ser administrada por perfusão I.V. durante
um período de pelo menos 60 minutos, com o doente deitado de costas, sob rigorosa supervisão
médica.
PentamidinaPentamidina
Inalação
A dose de isotionato de Pentamidina por nebulização no adulto, para uso profiláctico na
pneumonia por Pneumocystis carinii é de 300 mg uma vez por mês ou 150 mg de 2 em 2
semanas.
O conteúdo de um frasco de 300 mg deve ser dissolvido em 6 ml de água para injectáveis.
O volume de 3.1 ml de solução reconstituída fornece 150 mg de isotionato de Pentamidina. A
dose calculada deve ser retirada e adicionada a água para injectáveis até perfazer 6 ml, e
colocada num nebulizador adequado.
Um volume de 6,2 ml de solução reconstituída fornece 300 mg de isotionato de Pentamidina, que
deve ser colocada directamente no nebulizador.
O isotionato de Pentamidina é administrado como aerossol, via nebulizador, que deve ser
simples, fácil de usar, com fluxo contínuo, armazenando o frasco durante a expiração. O
dispositivo deve fornecer uma dimensão média das partículas de menos de 5 microns, de
preferência igual ou inferior a 2 microns.
A administração deve ser efectuada uma vez por dia durante três semanas.
Dosagem:
Os seguintes regimes posológicos (idênticos para a administração I.V. e I.M.), são recomendados
para adultos crianças e bebés.
Pneumocystis carinii: 4 mg/kg de peso corporal de Isotionato de Pentamidina, um vez ao dia
durante pelo menos 14 dias, preferencialmente por perfusão I.V. lenta.
Leishmaníase:
a) Visceral (Kala-azar), 3-4 mg/kg de peso corporal, de Isotionato de
Pentamidina, em dias alternados até um máximo de dez injecções ,
preferencialmente por via I.M. Pode ser necessário repetir o ciclo.
b) Cutânea, 3-4mg/kg de peso corporal, de Isotionato de Pentamidina, uma ou
duas vezes por semana, via intramuscular, até á resolução da situação clínica.
Tripanosomíose: 4mg/Kg de peso corporal, de isotionato de Pentamidina diariamente ou em dias
alternados, num total de 7 a 10 Injecções. Pode ser utilizada a via intramuscular ou a perfusão
intravenosa.
Insuficiência renal (depuração de creatinina <10ml/min): em situações em que a pneumonia
por P. carinii, ponha em risco a vida, administrar 4mg/kg de peso corporal, via parentérica, uma
vez ao dia durante 7 a 10 dias, e depois 4 mg/kg de peso corporal, em dias alternados, para
completar o ciclo de pelo menos 14 doses. Em casos menos graves, administrar 4 mg/kg de peso
corporal em dias alternados, completando um ciclo de pelo menos 14 doses. Não há necessidade
de reduzir as doses na leishmaniose e na tripanosomíose.
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Insuficiência hepática: não há informação disponível.
Duração do tratamento médio:
Variável com a situação e o protocolo clínico utilizado.
Sobredosagem:
Aparentemente não existem situações de sobredosagem com Pentamidina. Espera-se que a
sobredosagem produza efeitos idênticos aos que advém da extensão dos efeitos adversos
comuns. Propõe-se para estes casos um tratamento sintomático adequado.
Instruções de utilização e manipulação e eliminação
A manipulação e reconstituição deste medicamento requer algumas precauções. As soluções
devem ser visualmente inspeccionadas para detecção de partículas em suspensão. Após
utilização, qualquer solução remanescente deve ser eliminada de acordo com os procedimentos
estabelecidos.
A solução preparada para administração por inalação deve ser usada de imediato, utilizando um
nebulizador adequado (por ex. Respisgard II), com um fluxo de 6 a 10 litros por minuto. No final
da administração, recomenda-se que o nebulizador seja desligado 2 a 5 minutos antes de se
retirar a peça bucal do doente, de modo a minimizar a possível contaminação aérea.
A administração via nebulizador deve ser efectuada num local isolado, bem ventilado e todo o
pessoal deve estar devidamente protegido com luvas, óculos e máscaras de protecção. Um
possível contacto com os olhos, pele, mucosas ou aparelho respiratório pode causar reacções
tais como, irritação ou ardor dos olhos, nariz e garganta, sabor metálico na boca, parestesias
periorais e nasais, tosse e broncoespasmo agudo. Nestes casos, devem ser ser tomadas
medidas gerais de suporte.
O sistema de exaustão de ar deve estar equipado com filtros apropriados (por ex. Filtros HEPA)
de modo a evitar a contaminação atmosférica. Deve evitar-se a exposição ao aerossol em
crianças, mulheres grávidas e pessoas com história de asma.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências
locais.
Estabilidade e prazo de validade:
As soluções reconstituídas, nas concentrações de 100 mg/ml e 60 mg/ml, são quimicamente
estáveis durante 48 horas, quando mantidas entre 2-8ºC, e temperatura ambiente sob luz
fluorescente. A Pentamina®, quando reconstituída com água para injectáveis e diluída para
1 mg/ml e 2,5 mg/ml em solução injectável de cloreto de sódio a 0,9%, e solução injectável de
glucose a 5%, conserva a sua potência durante pelo menos 48 horas, sob luz fluorescente à
temperatura de 21 ± 2ºC.
As soluções muito concentradas, como as que são usadas para administração por inalação ou
injecção intramuscular, podem cristalizar quando deixadas em repouso, pelo que devem ser
utilizadas imediatamente após a reconstituição.
Contudo, por não ter conservantes, a fim de se evitar a contaminação microbiana, as soluções
reconstituídas devem ser utilizadas num período de 24 horas.
Quando mantida na sua embalagem original, nas condições nela descritas, a Pentamina®, nas
apresentações convencionais, é estável por um período de 2 anos após a data de fabrico.
Aconselha-se a verificação do prazo de validade (VAL) inscrito na embalagem.
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Precauções particulares de conservação:
Conservar a temperatura inferior a 25ºC, proteger da luz.
Por questões de segurança microbiológica, recomenda-se que a solução reconstituída de
Pentamina® seja armazenada entre os 2-8ºC, e usada até um período de 24 horas após
reconstituição.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Folheto Informativo revisto em:
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