folheto informativo

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APROVADO EM
02-06-2006
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO
NORADRENALINA LABESFAL
Solução injectável para administração intravenosa, 1 mg/ml
Composição:
NORADRENALINA LABESFAL 1mg/ml
Bitartarato de L-Noradrenalina ..................... 1 mg
(eq. a 0,5 mg de L-Noradrenalina base)
Excipiente q.b.p. ...........……………............ 1 ml
Ampolas de 1 ml, 4 ml, 5 ml e 10 ml.
NORADRENALINA LABESFAL 2mg/ml
Bitartarato de L-Noradrenalina ..................... 2 mg
(eq. a 1 mg de L-Noradrenalina base)
Excipiente q.b.p. ...........……………............ 1 ml
Ampolas de 4 ml.
Forma farmacêutica e apresentação:
Solução injectável para administração intravenosa (perfusão).
NORADRENALINA LABESFAL 1mg/ml:
Embalagens de 10, 12 e 100 ampolas de 1 ml.
Embalagens de 10, 50 e 100 ampolas de 4, 5 e 10 ml.
NORADRENALINA LABESFAL 2mg/ml:
Embalagens de 10, 50 e 100 ampolas de 4 ml.
Categoria fármaco-terapêutica:
IV-3 - Aparelho cardiovascular. Simpaticomiméticos com acção cardíaca e vascular.
Titular autorização de introdução no mercado:
LABESFAL – Laboratórios Almiro S.A.
Campo de Besteiros
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Propriedades farmacológicas:
Propriedades farmacodinâmicas:
A L-Noradrenalina actua predominantemente por um efeito directo nos receptores α-adrenérgicos.
Também estimula directamente os receptores β-adrenérgicos do coração (receptores β1-adrenérgicos),
mas não os dos bronquios ou dos vasos sanguíneos periféricos (receptores β2-adrenérgicos). Contudo, a
L-Noradrenalina tem menos efeito nos receptores β1 do que a adrenalina ou o isoproterenol. Acredita-se
que os efeitos α-adrenérgicos resultam da inibição da produção da adenosina-3',5' - monofosfato ciclica
(AMP) por inibição da enzima adenil-ciclase, enquanto que os efeitos β-adrenérgicos resultam da
estimulação da actividade da adenil-ciclase.
Os principais efeitos da L-Noradrenalina em doses terapêuticas são a vasoconstricção e a estimulação
cardíaca.
Propriedades farmacocinéticas:
Absorção:
Quando administrada oralmente, a L-Noradrenalina é destruída no tracto gastro-intestinal e o fármaco
possui uma absorção fraca após injecção sub-cutânea. Após administração intravenosa, ocorre
rapidamente uma resposta pressora. O fármaco possui uma duração de acção curta e a acção pressora para
em 1-2 minutos após a suspensão da infusão.
Distribuição:
A L-Noradrenalina localiza-se principalmente no tecido nervoso simpático. O fármaco atravessa a
placenta mas não atravessa a barreira hemato-encefálica.
Eliminação:
Os efeitos farmacológicos da L-Noradrenalina são determinados principalmente pela tomada e
metabolismo nas terminações nervosas simpáticas. O fármaco é metabolizado no fígado e outros tecidos
por uma combinação de reacções envolvendo as enzimas catecol-O-metiltransferase (COMT) e
monoamino oxidase (MAO). Os principais metabolitos são a normetanefrina e o ácido 3-metoxi-4hidroxi mandélico (ácido vanilmandélico, VMA), ambos inactivos. Outros metabolitos inactivos são o 3metoxi-4-hidroxifenilglicol, o ácido 3,4-dihidroximandélico e o 3,4-dihidroxifenilglicol. Os metabolitos
da L-Noradrenalina são excretados na urina principalmente sob a forma de sulfo-conjugados e numa
extensão menor sob a forma de glucurono-conjugados. Só pequenas quantidades de L-Noradrenalina são
excretadas na forma inalterada.
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Indicações terapêuticas:
Noradrenalina utiliza-se no restabelecimento de emergência de tensão arterial em situações de hipotensão
aguda.
Adjuvante no tratamento de paragem cardíaca e hipotensão profunda.
Contra-indicações:
Não administrar a doentes com trombose vascular periférica ou mesentérica pelo risco de agravamento
das lesões isquémicas.
A utilização de L-Noradrenalina durante anestesia com ciclopropano ou anestésicos gerais halogenados é
geralmente contra-indicada devido ao risco de indução de arritmias cardíacas. O uso do fármaco em
doentes com hipóxia profunda ou hipercapnia pode estar contra-indicado pela mesma razão. Em
conjunção com anestésicos locais, a L-Noradrenalina é contra-indicada para utilização em dedos, orelhas,
nariz e orgãos genitais.
Efeitos indesejáveis:
A L-Noradrenalina pode causar dor de cabeça, fraqueza, vertigens, tremor, palidez dificuldade
respiratória ou apneia e dor precordial.
Sistema Endócrino: Tumefacção e congestão da tiróide; de causa desconhecida.
Sistema Nervoso: Agitação, ansiedade e insónia.
Sistema Cardiovascular: Palpitação e bradicardia assim como arritmias cardíacas potencialmente fatais,
incluindo taquicardia ventricular, ritmo bigémico, ritmo nodal, dissociação atrioventricular e fibrilhação.
A bradicardia pode ser tratada pela administração de atropina. As arritmias são particularmente prováveis
em doentes com infracção miocárdica aguda, hipóxia ou hipercapnia, ou doentes que recebem outros
fármacos que podem aumentar a irritabilidade cardíaca, como o ciclopropano ou anestésicos gerais
halogenados.
A L-Noradrenalina aumenta o consumo de oxigénio no miocárdio e o trabalho do coração. O rendimento
cardíaco pode ser diminuído após o uso prolongado do fármaco ou a administração de doses elevadas
pelo facto do retorno venoso para o coração poder estar diminuído devido ao aumento da resistência
vascular periférica. A diminuição do
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rendimento cardíaco pode ser particularmente perigosa nos doentes idosos ou em doentes com circulação
cerebral e coronária fraca.
Sistema Respiratório: Dificuldade respiratória.
Pele e Anexos: Necrose tecidual no local da injecção como resultado da vasoconstrição local. A
insuficiência circulatória e a lesão dos tecidos podem também ocorrer sem extravasamento óbvio. A
gangrena das extremidades foi referida muito raramente e ocorreu nas pequenas extremidades.
Corpo como um todo: Vasoconstrição grave periférica ou visceral, redução do fluxo sanguíneo nos
órgãos vitais, diminuição da perfusão renal e, consequentemente, diminuição da perfusão urinária,
hipóxia tecidual e acidose metabólica. Estes efeitos são mais prováveis nos doentes hipovolémicos.
- Sobredosagem ou administração de doses usuais a doentes que são hipertensivos aos efeitos da LNoradrenalina (ex. doentes hipertiroidicos), pode resultar em fotofobia, palidez, sudação intensa,
vómitos, dor retrosternal ou faringea, hipertensão grave, hemorragia cerebral, convulsões e dor de cabeça
forte. A dor de cabeça pode ser um sintoma de hipertensão.
- Uso prolongado: pode causar deplecção do volume plasmático o que pode resultar no prolongamento do
estado de choque ou regressão da hipotensão quando o fármaco é suspenso.
Interacções medicamentosas e outras:
Bloqueadores α- e β -adrenérgicos:
Em animais, a maior parte da resposta pressora à L-Noradrenalina é eliminada pela pré-administração de
um bloqueador α-adrenérgico como a fentanolamina.
No homem, contudo, a adição de 5-10 mg de fentanolamina a cada litro de fluído de infusão contendo LNoradrenalina pode prevenir a lesão dos tecidos se correr extravazamento, sem alterar os efeitos
pressores da L-Noradrenalina.
Em animais, a pré-administração de bloqueadores β-adrenérgicos como o propranolol bloqueia os efeitos
de estimulação cardíaca da L-Noradrenalina. O propranolol pode ser utilizado para tratar arritmias
cardíacas que ocorram durante a administração de L-Noradrenalina.
Anestésicos locais:
A administração de L-Noradrenalina a doentes que recebem ciclopropano ou anestésicos gerais
halogenados, os quais aumentam a irritabilidade, pode resultar em arritmias.
Outros fármacos:
O sulfato de atropina bloqueia a bradicardia reflexa causada pela L-Noradrenalina e incrementa a
resposta pressora à L-Noradrenalina.
Os antidepressores tricíclicos (ex. imipramina), alguns anti-histamínicos (especialmente difenidramina,
triplenamina e dexclorfeniramina), alcalóides da ergotamínicos parenterais, guanetidina ou metildopa,
podem potenciar os efeitos pressores da L-Noradrenalina, resultando em hipertensão grave prolongada. A
L-Noradrenalina deve ser administrada com precaução e em doses pequenas a doentes que recebem estes
fármacos.
É recomendada precaução na administração de L-Noradrenalina a doentes que recebem um inibidor
MAO pelo facto de poder resultar hipertensão grave prolongada.
A administração de furosemida ou outros diuréticos pode diminuir a resposta arterial a fármacos
pressores como a L-Noradrenalina.
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Precauções especiais de utilização:
O tratamento pressor com L-Noradrenalina não é substitutivo para a reposição do sangue, plasma, fluídos
e/ou electrólitos. A depleção do volume deve ser corrigida quanto possível antes de ser instituída a
terapia com L-Noradrenalina. Numa emergência, o fármaco pode ser utilizado como adjuvante na
reposição do volume ou como uma medida de suporte temporária para manter a perfusão arterial
coronária e cerebral até o tratamento de reposição do volume poder ser completado. Contudo, a LNoradrenalina não deve ser usada como terapia única em doentes hipovolémicos. Pode ser necessário a
reposição adicional do volume durante ou após a administração do fármaco, especialmente, quando a
hipotensão regride. A monitorização da pressão venosa central ou da pressão ventricular esquerda pode
permitir detectar e tratar a hipovolémia; em adição, a monitorização da pressão venosa central ou da
pressão diastólica arterial pulmonar, é necessária para evitar a sobrecarga do sistema cardiovascular e a
insuficiência cardíaca congestiva.
A hipóxia, hipercapnia e acidose que podem também reduzir a eficácia da L-Noradrenalina e/ou aumentar
a incidência dos efeitos adversos, devem ser identificadas e corrigidas antes ou durante a administração
do fármaco.
Devido á gravidade dos efeitos adversos locais, o extravasamento da L-Noradrenalina deve ser evitado. O
local de infusão deve ser verificado frequentemente. A injecção nas veias das pernas, especialmente em
doentes idosos ou doentes com doenças vasculares oclusivas, arteriosclerose, diabetes mellitus ou doença
de Burger, deve ser evitada. Pode ser conveniente a mudança periódica do local de injecção se o
tratamento for prolongado.
As reacções adversas à L-Noradrenalina podem ocorrer mais facilmente em doentes hipertensos
hipertiroideus e o fármaco deve ser administrado com precaução a estes doentes.
A solução injectável de bitartarato de L-Noradrenalina contém metabissulfito de sódio, que pode causar
reacções alérgicas incluindo sintomas anafiláticos e em determinados casos de maior susceptibilidade,
episódios asmáticos com alguma gravidade.
Gravidez e aleitamento:
Não foram realizados estudos de reprodução em animais com a L-Noradrenalina e também não é
conhecido o seu efeito no feto quando administrada durante a gravidez. A L-Noradrenalina só deve ser
administrada durante a gravidez quando for claramente necessária.
Não é conhecida a extensão da distribuição da L-Noradrenalina no leite materno. È recomendada
precaução na utilização de L-Noradrenalina durante o aleitamento.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas:
Não estão referenciados.
Excipientes:
NORADRENALINA LABESFAL 1 mg/ml
Cloreto de sódio.
Metabissulfito de sódio 0,25 mg/ml.
Água para preparações injectáveis.
NORADRENALINA LABESFAL 2 mg/ml
Cloreto de sódio.
Metabissulfito de sódio 0,46 mg/ml.
Ácido cítrico anidro.
Citrato de sódio dihidratado.
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Água para preparações injectáveis.
Posologia e modo de administração:
Nos estados hipotensivos agudos, a L-Noradrenalina é administrada sob a forma de tartarato por infusão
intravenosa de uma solução contendo o equivalente a 4 µg de base por ml em glucose a 5% ou cloreto de
sódio 0,9% e glucose 5%.
É geralmente administrada inicialmente a uma velocidade de 2 a 3 ml por minuto (8 a 12 µg por minuto)
e ajustada de acordo com a resposta, que é no sentido e manter a pressão sanguínea desejada. A pressão
sanguínea deve ser inicialmente controlada de 2 em 2 minutos e a velocidade de infusão deve ser
continuamente monitorizada. A dose média de manutenção é de 0,5 a 1 ml por minuto (2 a 4 µg por
minuto), mas existe uma grande variação e podem ser necessárias doses mais elevadas. A concentração
da solução de infusão pode ser alterada de acordo com as necessidades clínicas. Alternativamente, pode
ser administrada uma solução contendo o equivalente a 40 µg de base por ml, a uma velocidade inicial de
0,16 a 0,33 ml por minuto. A infusão não deve ser parada de repente, mas deve ser gradualmente
suspensa para evitar falhas na pressão sanguínea desastrosas.
São administradas doses similares para restabelecer a pressão sanguínea após paragem cardíaca. Em
doentes com paragem cardíaca, podem ser administradas soluções mais concentradas de tartarato
equivalente a 100 µg de base por ml em injecção intravenosa ou intracardíaca rápida.
Em preparações para anestesia local, a L-Noradrenalina pode ser utilizada em concentrações de 1 para 80
000.
Sobredosagem:
A sobredosagem pode resultar em fotofobia, palidez, sudação intensa, vómitos, dor retrosternal ou
faringea, hipertensão grave, hemorragia cerebral, convulsões e dor de cabeça forte. A dor de cabeça pode
ser um sintoma de hipertensão.
O tratamento recomendado para o tratamento da intoxicação pela noradrenalina inclui:
- suspensão gradual da administração;
- reposição adequada de líquidos e electrolíticos;
- para os efeitos hipertensivos, administração intravenosa de um bloqueador alfa adrenérgico – 5 a 10
mg de fentolamina.
Qualquer efeito indesejável detectado que não conste deste folheto informativo deve ser comunicado ao
seu médico ou farmacêutico.
Validade:
O medicamento não deverá ser utilizado findo o prazo de validade indicado na embalagem.
Precauções particulares de conservação:
Conservar a temperatura inferior a 25º C e ao abrigo da luz.
Novembro/2003
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