VIDAPufa - Uniquímica

Propaganda
VIDA Pufa
Informativo Bimestral
ACOMPANHE NESTA EDIÇÃO: Análise sobre o potencial nutritivo dos Ovos
Enriquecidos com PUFA Ômega 3.
O Informativo VIDA PUFA traz nesta edição uma série
de informações que vai esclarecer sobre a importância
do consumo de Ovos Enriquecidos PUFA com Ômega 3.
Em uma série de entrevistas, nutricionistas dão o seu
“aval” sobre este importante alimento e a União
Brasileira de Avicultura também aborda o tema.
Acompanhe nesta edição as novas exigências da
Anvisa sobre a produção de Ovos Enriquecidos.
Editorial
VIDA Pufa
A informação como
ferramenta para uma
boa nutrição
O Jornal Vida PUFA chega a mais uma edição repleto
de informações que esclarecem sobre o potencial
nutritivo dos Ovos Enriquecidos com PUFA Ômega 3.
É uma grande satisfação para nossa equipe a
evolução demonstrada por este mercado. Este
desenvolvimento é a marca de um produto que
cresce no conceito dos Nutricionistas, como
apresentamos nesta edição através das entrevistas
feitas com exclusividade. Elas apontam como a
informação é importante para o esclarecimento
do potencial nutritivo dos Ovos Enriquecidos com
PUFA Ômega 3.
Publicamos também um material esclarecedor
sobre as diferenças, inclusive legais, sobre os
alimentos enriquecidos e os alimentos funcionais.
Ainda há muitas dúvidas e esperamos que
possamos esclarecê-las. Outro destaque são as
novas exigências da Anvisa - Agência Nacional de
Vigilância Sanitária sobre a informação nutricional
complementar (INC) contida nos rótulos, incluindo
as marcas, dos alimentos embalados produzidos e
comercializados no território dos Estados que fazem
parte do MERCOSUL, o comércio entre eles e as
importações extrazonas, embalados na ausência
dos clientes e prontos para oferta aos consumidores.
Pág. 02
Lembro que estaremos à sua mais inteira disposição
para novos esclarecimentos!
Conte com esse nosso canal de Comunicação, o Vida
PUFA, e também com nosso site, www.pufa.com.br.
Grande abraço e ótima leitura!
Sonia Bazan
Gerente de Produtos PUFA - Uniquímica.
VIDA Pufa
Evolução do mercado e tendências
para alimentos saudáveis
A atual preocupação com alimentação saudável tem
suas raízes algumas décadas atrás, quando surgiram
os alimentos diet. Dênis Ribeiro, diretor de economia
da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação
(ABIA), conta que a difusão de informações
nutricionais, cadernos de saúde e relacionamento
direto entre alimentação e bem-estar fizeram surgir
essa preocupação. “Os alimentos diet, inicialmente,
eram direcionados aos diabéticos e não tinham açúcar.
Depois, evoluíram para um sentido de prevenção, a fim
de evitar problemas de saúde no futuro”.
A partir daí vieram os alimentos light, com menos
calorias; os fortificados, com mais vitaminas, ferro,
Ômega 3 etc.; e os funcionais, que contribuem para a
manutenção da saúde de diversas maneiras, reduzem
colesterol, ativam funções intestinais e outros
benefícios. “Só que para fazer uma alegação dessas
publicamente, você precisa prová-las cientificamente
perante a Anvisa, o que leva mais de ano”, afirma
Ribeiro.
Lívia Barbosa, diretora do Centro de Altos Estudos
de Propaganda e Marketing da Escola Superior de
Propaganda e Marketing (CAEPM-ESPM), acrescenta
dois outros fatores que contribuíram para aumentar
a preocupação com alimentação saudável. “Há um
aumento global de doenças cardiovasculares e de
obesidade, sejam ligadas ao sedentarismo ou à
alimentação, e o envelhecimento da população; cada
vez mais interessa às pessoas viver melhor”, afirma. Ela
ressalta a centralidade que os temas saúde e comida
assumiram na sociedade contemporânea.
O mercado brasileiro de alimento funcional ou
nutracêutico já movimenta R$ 350 milhões por
semestre, segundo dados divulgados pela Abenutri
(Associação Brasileira das Empresas de Produtos
Nutricionais). A preocupação com a alimentação e um
envelhecimento saudável são os principais fatores que
fortalecem a indústria de alimentos funcionais em todo
o mundo. Os Alimentos Funcionais compartilham
com o mercado de orgânicos diversos aspectos em
comum: Um mercado relativamente jovem, com alto
potencial de crescimento e diversificação, composto
por consumidores mais exigentes e informados.
A constante manutenção da imagem de segurança e
alta qualidade dos produtos. A necessidade de uma
comunicação eficiente e honesta com o consumidor. A
necessidade de apoio científico, que prove os benefícios
alegados, justificando o preço diferenciado destes
produtos. Segundo o Euromonitor, Órgão Internacional
de Pesquisa, o mercado global de alimentos funcionais
deve crescer 72% até 2012
Apesar de muitas discussões sobre o conceito
atribuído ao alimento funcional, a real definição é:
“Todo aquele alimento ou ingrediente que, além das
funções nutricionais básicas, quando consumido como
parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou
fisiológicos e/ou efeitos benéficos á saúde, devendo
ser seguro para consumo sem supervisão médica”,
segundo a Portaria nº 398 de 30/04/99 da Secretaria
de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.
Pág. 03
VIDA Pufa
ANVISA
Novas Exigências
Através das evidências científicas que comprovam os
benefícios dos ácidos graxos Ômega 3, as autoridades
reguladoras estão gradualmente estabelecendo quais
são os níveis de ingestão diária recomendada, bem
como a partir de quais níveis de incorporação um
produto poderá reivindicar alegações com relação a
benefícios para a saúde. E, mais importante ainda,
também estão prestando atenção à diferenciação entre
ALA e DHA/EPA.
A ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
está elaborando um documento específico e muitas
mudanças estão por vir após a aprovação do
Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional
Complementar que se encontra em Consulta Pública nº
21, de 6 de abril de 2011 D.O.U de 12/04/2011
O presente Regulamento Técnico se aplica à informação
nutricional complementar (INC) contida nos rótulos,
incluindo as marcas, dos alimentos embalados
produzidos e comercializados no território dos Estados
Partes do MERCOSUL, ao comércio entre eles e as
importações extrazonas, embalados na ausência dos
clientes e prontos para oferta aos consumidores.
O presente Regulamento Técnico se aplica à INC
realizada nos anúncios veiculados por meios de
comunicação e em toda mensagem transmitida
de forma oral ou escrita, dos alimentos que sejam
comercializados prontos para oferta ao consumidor
Art.1º Fica aberto, a contar da data de publicação(D.O.U
de 12/04/2011) desta Consulta Pública, o prazo de 60
(sessenta) dias para que sejam apresentadas críticas
Pág. 04
e sugestões relativas à proposta de Resolução que
dispõe sobre o Regulamento Técnico sobre Informação
Nutricional Complementar, em Anexo.
Art. 2º A proposta de Resolução está disponível, na
íntegra, no sítio da ANVISA no endereço eletrônico:
http://www.anvisa.gov.br
DEFINIÇÕES ANVISA.:
2.4. Ácidos graxos ômega 3: são os ácidos graxos
poliinsaturados nos quais a primeira dupla ligação se
encontra no terceiro carbono a partir do grupo metil
(CH3) do ácido graxo. Para fins deste Regulamento
Técnico, se consideram como ácidos graxos ômega
3 o ácido alfa-linolênico, o ácido eicosapentaenóico
(EPA), e o ácido docosaexaenóico (DHA
PROPOSTA ANVISA.:
Ácidos graxos ômega 3
Fonte
Atributo
Condições
Mínimo de
300 mg de
ácido alfalinolênico ou
Mínimo de
40 mg da
soma de EPA
e DHA; e
Por 100 g
ou 100 ml
em pratos
preparados
conforme o
caso.
VIDA Pufa
Por porção
Caso o alimento não atenda às condições estabelecidas para o atributo “baixo” ou “reduzido” em gorduras saturadas,
deve ser declarada no rótulo junto à INC, conforme o caso com o mesmo tipo de letra da INC, com pelo menos 50%
do tamanho da INC, de cor contrastante ao fundo do rótulo e que garanta a visibilidade e legibilidade da informação.
Alto conteúdo
Mínimo de 600 mg de ácido alfa-linolênico ou
Mínimo de 80 mg da soma de EPA e DHA; e
Por 100 g ou 100 ml em pratos
preparados conforme o caso.
Por porção
Caso o alimento não atenda às condições estabelecidas para o atributo “baixo” ou “reduzido” em gorduras saturadas,
deve ser declarada no rótulo junto à INC, conforme o caso com o mesmo tipo de letra da INC, com pelo menos 50%
do tamanho da INC, de cor contrastante ao fundo do rótulo e que garanta a visibilidade e legibilidade da informação.
Estudos Sobre Ômega 3
Há muitos anos cientistas descobriram o porquê
dos esquimós de uma certa região sofriam pouco
de doenças cardíacas mesmo tendo uma dieta rica
em gorduras. Isso acontecia porque estes esquimós
comiam muito peixes de água gelada, os quais eram
ricos em Ômega 3. O Ômega 3 mantém os triglicerídeos
estáveis. Os triglicerídeos em alta são normalmente
associados ao aumento de risco de doença cardíaca.
Segundo um estudo recente do Dr. Fernando GómezPinilla, professor de neurocirurgia e ciências fisiológicas
da Universidade da Califórnia (UCLA), que passou os
últimos anos a estudar os efeitos da alimentação,
exercício físico e sono sobre o cérebro.
O Dr. Gómez analisou mais de 160 estudos sobre a
o impacto que a alimentação tem sobre o cérebro e
os resultados da sua análise pode ser lida no jornal
Nature Reviews Neuroscience.
Uma das conclusões refere a importância dos ácidos
gordos (ácidos graxos) Ômega 3.
O Ômega-3 contribui com alguns benefícios para o
nosso cérebro, incluindo melhorias de aprendizagem,
uma melhor memória, ajuda a combater alguns
transtornos mentais como a depressão, transtornos
de humor, esquizofrenia e demência.
Segundo o Dr. Gómez as sinapses no cérebro ligam
os neurónios e proporcionam algumas funções
essenciais, a aprendizagem e a memória ocorre a nível
das sinapses. Os ácidos gordos Ômega 3 apoiam a
plasticidade sináptica que parece afectar positivamente
a função de algumas moléculas relacionadas com a
aprendizagem e com a memória.
“Os ácidos gordos Ômega 3 são essenciais para um
normal funcionamento do cérebro”
Dr. Fernando Gómez-Pinilla
Pesquisa realizada pelo Hospital da
Mulher de Boston, nos Estados Unidos, o
Ômega 3 aparece também como excelente
fonte de prevenção a endometriose. A
endometriose é um problema hormonal que
afeta mulheres no mundo inteiro e pode
trazer infertilidade. Pouco se sabe sobre a
prevenção do problema e sua cura, mas os
estudos relatam que o consumo da chamada
boa gordura do salmão ou atum, que contêm
Ômega 3, podem representar uma espécie
de prevenção.
Assim como o corte na dieta de gordura hidrogenada
também pode ser de grande benefício.
Pág. 05
VIDA Pufa
O Dr Alex Richardson, pesquisador senior em
psicologia da Mansfield College, Oxford University
e Madeleine Portwood, colocou da seguinte forma:
“Ômega 3 pode melhorar as funções cerebrais
pelo nível mais simples, através da melhora do
fluxo sanguíneo melhora concentração, memória e
performance do cérebro: Uma parte significativa do
cérebro, nervos e retina dos olhos é composta de
cadeias longas poliinsaturadas de Ômega-3 como
as encontradas no óleo de peixe. As cadeias longas
poliinsaturadas de Ômega-3 são essenciais para um
ótimo desenvolvimento do cérebro, olhos e sistema
nervoso. Estudos demonstraram que se a dieta
não fornecer quantidade suficiente de Ômega 3, a
função destes órgãos é prejudicada”.
Ômega 3 tem efeito antidepressivo, mostra estudo
Os resultados de um amplo estudo relacionando a
depressão e as taxas de Ômega 3 na alimentação
mostram que esses ácidos graxos têm um efeito
antidepressivo. Mas, para os cientistas, ainda é cedo
para se pensar em se tratar depressão e desordem
bipolar apenas com o nutriente. O estudo foi publicado
no “Journal of Clinical Psychiatry”.
Segundo o médicos do Hospital da Universidade de
Medicina da China em Taiwan, outros estudos serão
necessários para determinar a dosagem apropriada
e a melhor composição dos suplementos de Ômega
3, além de se determinar que tipo de paciente seria
beneficiado com a terapia.
Peixes, como o salmão, e alguns grãos são fontes de
dos ácidos graxos poliinsaturados Ômega 3. Como
nas regiões onde seu consumo é alto a incidência de
depressão é baixa, os médicos se interessaram em
pesquisar seu uso como antidepressivo.
Eles apostam particularmente no uso de Ômega 3 para
depressão resistente, nas crianças e no pós-parto.
Os médicos analisaram dez estudos clínicos com um
mínimo de quatro semanas de duração que usaram
dois tipos de Ômega 3 – ácido eicosapentaenóico
ou docosahexaenóico – para tratar depressão ou
desordem bipolar. Quando os pesquisadores reuniram
todos os dados, encontraram efeitos antidepressivos
significativos.
Como o Ômega-3 é seguro e oferece muitos outros
benefícios , o nutriente poderia ser interessante para
pacientes depressivos com problemas cardíacos,
diabéticos ou mulheres durante a gravidez e a
amamentação.
Pág. 06
VIDA Pufa
Ômega 3 protege neurônios contra epilepsia
Entenda a relação entre cérebro, corpo, saúde e bemestar
nervosas) durante as crises epilépticas e ajudar na
regeneração do tecido cerebral”
A pesquisa coordenada por Fulvio Scorza, Ricardo
Pesquisa foi coordenada por cientistas da Universidade
Arida, Esper Cavalheiro da Unifesp e
Federal de São Paulo (Unifesp). Este
Roberta Cysneiros da Universidade
é o primeiro estudo realizado no
Mackenzie, mostrou um papel
mundo sobre a ação do Ômega-3
Ômega-3
neuroprotetor do Ômega-3 em
no tecido cerebral
animais com epilepsia. Nesta
é capaz de
pesquisa, após dois meses de
O Ômega 3, um precioso lipídio
minimizar a morte
tratamento com Ômega-3, ratos com
que promove a saúde cardíaca,
de
neurônios
epilepsia apresentaram uma menor
pode ajudar nosso cérebro.
perda de neurônios na região do
Estudos experimentais e clínicos
(células nervosas)
hipocampo (área central do cérebro
apontam que os ácidos graxos
durante
as
crises
que desempenha papel fundamental
poliinsaturados
(Ômega-3)
epilépticas e ajudar
na memória e aprendizado) em
são
importantes
para
o
relação aos animais com epilepsia
desenvolvimento e manutenção
na regeneração do
sem tratamento.
das funções do sistema nervoso
tecido
cerebral.
central.
A próxima etapa será repetir o
“Pesquisa foi publicada mês
experimento com seres humanos.
Este é o primeiro estudo realizado no
passado na Revista Epilepsy and
mundo sobre a ação do Ômega-3 no tecido cerebral e
Behavior* revelou que o Ômega-3, forma de gordura
pode ser um grande passo para ajudar a minimizar os
presente em algumas espécies de peixe, pode ajudar
no combate à epilepsia. Em experimentos com
danos causados pelas crises epilépticas nos neurônios
e, com isso, melhorar a qualidade de vida do indivíduo
animais, os pesquisadores verificaram que o Ômega-3
com epilepsia.
é capaz de minimizar a morte de neurônios (células
“
”
Pág. 07
VIDA Pufa
Benefícios do consumo de Ovos
Enriquecidos com Ômega 3 são
analisados por nutricionistas
Os Ovos Enriquecidos com Ômega 3 são uma fonte
de boa alimentação. O VIDA PUFA entrevistou
algumas nutricionistas sobre o consumo do
produto e veja, abaixo a opinião das
profissionais da área de nutrição.
Vanessa Portella, consultora,
formada pela UFRJ, empresária,
com
experiência
também
em centros e instituições de
pesquisa como o Fiocruz e
Lanagro.
“
e antiinflamatória.
Pesquisas recentes demonstram inclusive
associação que o consumo de Ômega
3 e melhora da memória e de quadros
de depressão, justamente por atuar a
nível cerebral. Ou seja, se o consumo de
ovos já trazia benefícios nutricionais, o
enriquecimento favorece ainda mais a
saúde de indivíduos. Apesar da gema ser
fonte de colesterol, cerca de 200mg por
unidade, o consumo de ovos não é fator
determinante no aumento do índice de
.
colesterol total do organismo, ou seja,
não podemos associar a ingestão de ovos
à dislipidemias e doenças cardiovasculares.
Existem outros fatores envolvidos que influenciam
muito mais nos índices de colesterol, como obesidade
e baixo consumo de fibras alimentares. Sou portanto
favorável ao consumo de ovos como fontes protéicas
riquíssimas e, de baixo custo para a população.
Creio que
grande parte
da população não
consuma Ovos
Enriquecidos
por falta de
informação
“Os
ovos
estão
sendo
desvinculados da ideia de serem
vilões da saúde. E os ovos
enriquecidos correspondem, sem
dúvida, a uma excelente alternativa para uma
alimentação nutricionalmente rica e, portanto,
saudável. Os ovos são excelentes fontes de
proteínas, vitaminas e minerais, além de colina,
um componente essencial para a saúde do cérebro
e, isso já seria suficiente para incluí-los na dieta
alimentar. Ter o enriquecimento com Ômega 3 só
favorece mais, até porque precisamos lembrar que
o Ômega 3 é uma gordura do tipo poliinsaturada
que é benéfica ao nosso organismo. O aumento da
ingestão de Ômega 3 pode, inclusive, diminuir os
Pág. 08
índices de colesterol e triglicerídeos sanguíneos,
além de ter atividades antitrombótica,vasodilatadora
”
Os ovos já são naturalmente ricos em nutrientes, pois
é fato serem fontes valiosas de vitaminas, como as do
complexo B, A, E, K, e minerais, como ferro, fósforo,
selênio, zinco, além de possuírem proteínas que
chamamos de alto valor biológico. O enriquecimento
com Ômega 3 só vem a acrescentar no valor nutricional
VIDA Pufa
deste alimento. Hoje, pesquisas tem demonstrado que
a quantidade de colesterol presente na gema do ovo
não é fator determinante nos
níveis de colesterol sanguíneos
do indivíduo e, portanto, o
consumo deste alimento já tem
sido desassociado do índice
de doenças cardiovasculares.
A presença do Ômega 3
enriquece ainda mais este
alimento,
favorecendo
a
qualidade
das
gorduras
presentes na gema, sendo
ainda um fator positivo na saúde
do consumidor. Apesar do Ômega 3 estar disponível
em outras fontes alimentares, ovos enriquecidos são
uma alternativa à ingestão deste nutriente.
Creio que grande parte da população não consuma
ovos enriquecidos por falta de informação. Infelizmente
a maioria da população desconhece sobre os benefícios
do Ômega 3 e, o quanto pode ser favorável a presença
deste componente em ovos.
“
inclusive, ser tão importante na alimentação de muitas
pessoas.
Seria interessantíssimo campanhas
publicitárias que informassem em
uma linguagem simples e clara,
tanto na mídia falada e escrita,
quanto em postos de saúde e de
atenção à população. A tecnologia
garante avanços na alimentação,
mas é essencial que esteja
disponível a todos”.
Que seu remédio
seja seu alimento,
e que seu alimento
seja seu remédio.
Claro que os ovos enriquecidos acabam sendo mais
baratos do que outras fontes alimentares de Ômega 3,
como pescados, mas em função do não conhecimento
sobre os benefícios e o quanto isso poderia influenciar
na saúde de cada um, os consumidores acabam optando
por alternativas mais baratas. Creio que campanhas
nacionais que possam informar ao cidadão favoreceriam
o maior consumo destes ovos. A informação deveria
ser veiculada pela mídia e também em postos de venda
através da distribuição de materiais informativos.
Hoje sabemos que não basta consumir alimentos
que garantam um aporte calórico necessário para
fornecimento de energia e assim manutenção das
funções básicas do organismo, o que chamamos
nutrição clássica. O conceito de nutrição funcional
insere-se na necessidade nutricional individual de
acordo com o histórico, rotina, hábitos, enfermidades
e complicações. Esta tendência tem sido a chave para
a solução de muitas questões físicas e orgânicas,
pois a preocupação maior está não na quantidade e
sim na qualidade dos alimentos ingeridos. Os ovos
enriquecidos contribuem para condutas deste tipo, pois
podem ser fontes preciosas de Ômega 3, que sabemos,
”
Mariana Catta-Preta, Nutricionista – UniRio.
“O consumo de Ovos Enriquecidos deveria ser
estimulado, visto que esse ácido graxo possui grande
importância na prevenção e tratamento de muitas
doenças.
Há mais de dez anos fala-se dos benefícios dos ácidos
graxos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico
(DHA).
A população precisa ser mais bem informada a respeito
disso e jornais como o VIDA PUFA servem como
excelente veiculo para a disseminação da informação.
É preciso divulgação e o maior esclarecimento em
relação a sua produção.
Algumas pessoas ainda pensam que alimentos de
origem animal enriquecidos são produtos alterados
industrialmente e que trarão algum malefício futuro. A
partir do momento que a população entende o objetivo
e a produção deste alimento ela passa a consumir mais,
pois acredita no consumo consciente que acarreta no
aumento da ingestão de um nutriente muito importante
para a saúde humana, principalmente quando falamos
especificamente dos ácidos EPA e DHA, onde seu
consumo é bastante reduzido na população brasileira.
Não vejo como alimentação funcional e sim como
alimentação preventiva e de tratamento. Hipocrates já
dizia “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu
alimento seja seu remédio” .
Pág. 09
VIDA Pufa
Alexandra Marinho, Nutricionista.
“Enriquecer alimentos com nutrientes saudáveis é
válido na busca de uma alimentação mais saudável e
prática. A alimentação do brasileiro, em geral, é bem
pobre em Ômega 3 e muitas vezes quando se ingere
o Ômega 3, ingere-se junto algum tipo de gordura
saturada ou trans, que são gorduras que fazem mal
ao organismo. Essa ingestão simultânea, na maioria
das vezes faz com que o Ômega 3, não consiga
ser transformado e absorvido normalmente pelo
organismo. A proposta do enriquecimento do ovo com
Ômega 3 parece ser boa, assim, confirmando a real
existência desta gordura benéfica no ovo, será muito
interessante para a saúde da população em geral sua
ingestão diária.
A alimentação funcional é bem complexa e exige uma
série de hábitos alimentares saudáveis. Quando se
enriquece um alimento com nutriente supostamente
funcional, a tendência é, cada vez mais, estarmos mais
próximos de uma alimentação equilibrada e necessária.
O ovo é um excelente alimento e não aumenta o
colesterol ruim, muito pelo contrário, aumenta sim
o HDL que é o colesterol bom, isso diminui risco
de doenças cardiovasculares por exemplo. O ovo
alimenta a memória e diminui a ansiedade, na última
década, algumas pesquisas também demonstraram
que a colina, uma substância nutritiva encontrada em
alguns alimentos, é importantíssima para melhorar a
memória e a capacidade cognitiva e para a formação
de novos neurônios. Logo, o consumo desse nutriente
é de grande importância para prevenir doenças
neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson”.
E o que diz a União Brasileira de Avicultura sobre
o consumo de ovos com Ômega 3?
“O ovo é uma proteína de alta qualidade, acessível, de excelente
digestibilidade e indispensável em qualquer dieta. Agregar valor ao
produto, como o enriquecimento com Ômega 3, é vantajoso para o
produtor e para o consumidor, que passa a contar com um produto
com diferenciais nutritivos”.
Ariel Antônio Mendes, diretor de
Produção e Técnico Científico da
UBABEF.
Pág. 10
Alimentos Funcionais ou Enriquecidos?
VIDA Pufa
Ainda é grande a dúvida. O que é classificado
como alimento funcional ou enriquecido?
Inúmeros fatores afetam a qualidade da vida moderna,
de forma que a população deve conscientizar-se da
importância de alimentos contendo substâncias que
auxiliam a promoção da saúde, trazendo com isso uma
melhora no estado nutricional. A incidência de muitas
doenças pode ser minimizada através de bons hábitos
alimentares.
Os alimentos funcionais fazem
parte de uma nova concepção de
alimentos, lançada pelo Japão
na década de 80, através de um
programa de governo que tinha
como objetivo desenvolver
alimentos saudáveis para uma
população que envelhecia
e apresentava uma grande
expectativa de vida.
Sanitária (ANVISA), considera-se alimento enriquecido,
todo alimento ao qual for adicionada substância
nutriente, com o objetivo de reforçar o seu valor
nutritivo, seja repondo quantitativamente os nutrientes
destruídos durante o processamento do alimento, seja
suplementando-os com nutrientes em nível superior ao
seu conteúdo normal.
“
Os vários fatores que
têm contribuído para
o desenvolvimento dos
alimentos funcionais
são inúmeros, sendo
um deles o aumento
da consciência dos
consumidores.
Os
vários
fatores
que
têm contribuído para o
desenvolvimento dos alimentos
funcionais são inúmeros, sendo
um deles o aumento da consciência dos consumidores,
que desejando melhorar a qualidade de suas vidas,
optam por hábitos saudáveis.
Os alimentos funcionais devem apresentar propriedades
benéficas além das nutricionais básicas, sendo
apresentados na forma de alimentos comuns. São
consumidos em dietas convencionais, mas demonstram
capacidade de regular funções corporais de forma a
auxiliar na proteção contra doenças como hipertensão,
diabetes, câncer, osteoporose e coronariopatias.
Alimentos funcionais são todos os alimentos ou bebidas
que, consumidos na alimentação cotidiana, podem
trazer benefícios fisiológicos específicos, graças à
presença de ingredientes fisiologicamente saudáveis.
Enriquecidos
A suplementação do alimento com
vitamina e/ou sais minerais, obedecerá
o critério de correlação entre o consumo
médio diário recomendado de um
certo alimento e a necessidade diária
recomendada desses nutrientes.
De acordo com a Nutricionista Funcional,
Karen Levy Delmaschio, alimentos
funcionais são aqueles que produzem
efeitos metabólicos ou fisiológicos
através da atuação de um nutriente
ou não nutriente no crescimento,
desenvolvimento, manutenção e em
outras funções normais do organismo
humano. Com propriedades funcionais, além de atuar
em funções nutricionais básicas, irá desencadear efeitos
benéficos à saúde e deverá ser também seguro para o
consumo sem supervisão médica.
”
E, completando a explicação, a também Nutricionista,
Mariana Catta-Preta, aponta que os alimentos
funcionais são alimentos enriquecidos, entretanto, nem
todo alimento enriquecido é considerado funcional.
“Considera-se alimento fortificado/enriquecido ou
simplesmente adicionado de nutrientes todo alimento
ao qual for adicionado um ou mais nutrientes essenciais
contidos naturalmente ou não no alimento, com o
objetivo de reforçar o seu valor nutritivo e ou prevenir
ou corrigir deficiência(s) demonstrada(s) em um ou mais
nutrientes, na alimentação da população ou em grupos
específicos da mesma”.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância
Pág. 11
Download