educação para o pensar: uma experiência na educação

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EDUCAÇÃO PARA O PENSAR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO.
INFANTIL
Jéssica Bortolotto1*, Yara M. S. Daniele²
Yara Marcia Silva Daniele, Dra. Professora SOCIESC. Marquês de Olinda . Curso de Pedagogia. E-mail:
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INTRODUÇÃO
Se existe uma educação que pode ser considerada adequada com os novos tempos e que permite ao
aluno o pensar, esta educação está vinculada a educação para o pensar que vai muito além de uma simples
reflexão, isto é, não apenas permite, mas sim estimula e abre possibilidades para o aluno experimentar e
desenvolver conceitos e novas ideias. Afirmando isso, o presente trabalho terá como principal objetivo
investigar e compreender a natureza da educação para o pensar e como esta pode estimular o pensar da
criança na Educação Infantil. Este estudo estará ancorado nas concepções filosóficas de Matthew Lipman
(1990 e 1995) e Angélica Sátiro (2000).
Matthew Lipman(1995), afirma que a possibilidade de educar o pensamento desde cedo, ainda criança
e que este deve ser reflexivo, dialógico e criativo, deve oportunizar uma aprendizagem significativa em todos
os conteúdos e não limitado a uma matéria. Como diz Lipman (1995, p.11) “[...] o fortalecimento do pensar
na criança deveria ser a principal atividade das escolas e não somente uma consequência casual.”
Frente a isso Lipman (1990), traz consigo a concepção de que as escolas devem ser espaços de
investigação-diálogo, sendo denominada como “comunidade de investigação”, ao invés de serem salas de
demonstrações, as mesmas tornaram-se espaços de pensamento, reflexão, diálogo e criatividade.
FILOSOFIA PARA CRIANCAS
Para que a investigação filosófica aconteça, a escola deverá passar por quebra de paradigmas,
pois, como explica Lipman, (1990), A filosofia impõe que a classe se converta numa comunidade
investigação, na qual estudantes e professores interajam entre si como membros da mesma comunidade;
onde possam ler juntos, apossar-se das ideias conjuntamente, construir sobre as ideias dos outros; onde
possam pensar independentemente, procurar razões para seus pontos de vistas, explorar suas pressuposições;
e possam trazer para suas vidas uma nova percepção de o que é descobrir, inventar e criticar. É necessário
que aconteça a troca de saberes e experiências, onde todos aprendem e ensinam de forma dialógica.
Constata-se que com o passar dos anos, as crianças vão aprimorando seus pensamentos e adquirindo
habilidades. Na comunidade de investigação cooperativa, todos são democraticamente autorizados a serem
ouvidos, uns aprendem com os outros num único diálogo entre os membros da classe. Nesse processo ocorre
o desenvolvimento do pensamento do sujeito. São desenvolvidas, As “habilidades de julgamento crítico,
criativo, reflexivo, comungando com a capacidade de diálogo, poderão levar o educando ao exercício da
cidadania”. (DALRI; JUNCKES, 2003 p.22)
Observa-se que muitas crianças ao aprimorar sua capacidade cognitiva ao mesmo tempo acabam por
bloqueá-la, não argumentando suas opiniões ou simplesmente não as fazendo. Diante desse fato é importante
a mediação do professor, com a iniciação de debates e investigações de temas relevantes a sua realidade e
que oportunizará a todos um vasto pensamento crítico e reflexivo, ampliando suas habilidades.
METODOLOGIA
O presente trabalho tem característica exploratória, respaldando-se principalmente nas pesquisas
bibliográficas cujo principal referencial teórico é de Matthew Lipman e a Educação do Pensar. Assim este
estudo pretende investigar e compreender a natureza da educação para o pensar e como essa pode estimular o
pensar das crianças na Educação Infantil. O estudo proporcionará uma compreensão mais ampla da proposta
de Lipman, sabendo da importância do desenvolvimento de um ser humano mais reflexivo e criativo, o
professor poderá modificar suas estratégias de ensino tornando-as mais interativas e no caso da educação
infantil serão mais lúdicas e proveitosas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação tradicional, precisa avançar a um ensino de mediação, pesquisa, debate, opinião e
orientação ao aluno, que este consiga buscar informações necessárias para entendimento do seu contexto
social.
Pode-se afirmar então que a implementação deste projeto de comunidade de aprendizagem
investigativa nas escolas é algo que deve estar em discussão em nosso contexto atual, e de alguma forma
deve ser inserido também nas escolas públicas visto que essa atividade atualmente vem funcionando,
basicamente nas escolas privadas.
REFERÊNCIAS
DALRI, Emanuelle S.; JUNCKES, Rosane S. Comunidade de aprendizagem investigativa: estratégia
para aulas reflexivas. Coleção: Educador para Educador. Florianópolis SC. Editora: SOPHOS, 2003.
LIPMAN, Matthew. A filosofia vai à escola?Tradução de Prestes, Maria Elice de Brzezinski e Lucia Maria
silva Kremer. São Paulo. Editora Summus vol.39. 1990.
SÁTIRO, Angélica e PÜIG, Irene. Brincar de Pensar com Histórias: livro de orientação para o
professor. São Paulo. Editora: Callis, 2000.
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