Microsoft PowerPoint - c\363rtex cerebral [Modo de

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Elementos do
córtex cerebral
Antonio C. Roque
Universidade de São Paulo
Ribeirão Preto, SP
Baseado no capítulo 1 do livro de Moshe Abeles,
Corticonics: Neural Circuits of the Cerebral Cortex,
Cambridge University Press, 1991
Córtex Cerebral: Secção horizontal
através do cérebro humano.
“Em formas inferiores de vertebrados,
peixes, anfíbios e répteis, a parte anterior
do cérebro (o prosencéfalo) é
relativamente sub-desenvolvida. Nesses
animais o prosencéfalo parece estar
relacionado ao sistema olfatório. Ele é,
portanto, chamado de rinencéfalo
(cérebro do cheiro). Apenas nos mamíferos
o prosencéfalo se desenvolveu a ponto de
constituir a maior parte da massa do
sistema nervoso central. (...) Nos
mamíferos, costuma-se chamar aquelas
partes do córtex que também podem ser
reconhecidas em vertebrados inferiores de
arquipálio (velho manto) e as partes que
se desenvolveram principalmente nos
mamíferos de neopálio, ou neocórtex”.
Fonte: Corticonics, M. Abeles, 1991
The sniffing brain
Córtex – alguns fatos:
• A estrutura interna varia
muito pouco de espécie
para espécie;
• Embora o cérebro
humano seja 3400 vezes
maior que o cérebro do
camundongo, o seu
córtex é apenas 3 vezes
mais grosso.
Fonte: Corticonics,
M. Abeles, 1991
Córtex – alguns fatos:
• Organização laminar: camadas diferem em
termos de densidades e tipos de células.
“O mesmo padrão de laminação é visto nas diferentes áreas corticais de uma
dada espécie, assim como nos neocórtices de diferentes mamíferos. Isso
sugere que todas as peças de córtex executam basicamente os mesmos
tipos de transações sobre a informação que elas recebem e que as
diferenças entre os cérebros residem principalmente nos números de
transações que podem ser feitas concomitantemente”. M. Abeles, 1991
As células corticais podem ser
classificadas em termos de:
-
Anatomia (forma, alvo axonal, lisas ou com espinhas);
Fisiologia (forma do spike, padrão de disparos);
Neuroquímica (neurotransmissor liberado);
Densidades de neurônios corticais
K/mm3
142,5
Região no
humano
Coelho
43,8
Visual
106
Gato
30,8
Somatossensorial
60
Cachorro
24,5
Auditivo
43
Macaco
21,5
Motor
30
Humano
10,5
Baleia
6,8
Camada de V1
(gato)
K/mm3
I
20
II
82
III
62
IV
67
V
61
VI
77
Córtex Motor do:
K/mm3
Camundongo
Fonte: Corticonics, M. Abeles, 1991
A densidade varia segundo a
camada, a região, a espécie e
o autor.
Distribuições de tipos de neurônios corticais
~70-90% de neurônios piramidais (presumivelmente excitatórios) e
~10-20% de neurônios estrelados (presumivelmente inibitórios).
Animal
Região
Piramidais
Estrelados
Fusiformes
Gato
Visual
62%
34%
4%
Somatossensorial
63%
35%
2%
Motor
85%
10%
5%
Visual
52%
46%
2%
Motor
74%
22%
4%
Humano
Pré-frontal
72%
26%
2%
Animal
Região
Piramidais
Estrelados lisos
Outros
Coelho
Auditivo
86.7%
9.5%
3.8%
Rato
Visual II + III
87%
IV
90%
V
89%
VI
97%
Macaco
Fonte: Corticonics, M. Abeles, 1991
Densidade sináptica
Camada III do
camundongo
impregnada com
um corante que
marca
preferencialmente
as sinapses.
v: vasos
sanguíneos;
g: células gliais.
Densidade Sináptica
Animal
Idade
Região
Humano
Humano
Humano
Adulto
16-72 anos
74-90 anos
Frontal
Frontal
Densidade
(x 109/mm3)
0,6
1,1
0,96
Gato
Coelho
5 semanas
Adulto
Camundongo
4-6 meses
Visual
Visual
Motor
Visual
Pré-motor
Frontal
0,79
0,7
0,67
0,75-0,81
0,67-0,74
0,64-0,71
~
8.108
sinapses/mm3
Fonte: Corticonics, M. Abeles, 1991
Conectividade Cortical
• Organização Colunar:
– Axônios orientados verticalmente (conexões
inter-laminares);
– Árvores dendríticas de curto alcance
(conexões intra-laminares locais);
• Conexões Laterais:
– Conexões horizontais dentro de uma
camada (principalmente camadas II/III)
atingindo grandes distâncias (conexões
intra-laminares de longo alcance).
Colunas Corticais
• Em muitas regiões do córtex, as propriedades
das respostas dos neurônios a estímulos são
relativamente similares (constantes) se o
eletrodo de registro se mover
perpendicularmente à superfície do córtex,
mas variam se o eletrodo se mover em uma
direção paralela a da superfície do córtex.
• Essa organização colunar é particularmente
evidente no sistema visual, na forma de
colunas de dominância ocular e de
orientação.
Conectividade Cortical
(esquema geral)
Camada
Tipos
principais
de células
Aferências
principais
Eferências
principais
I
Não
piramidais
e
GABAérgicas
Dendritos
apicais de
células
piramidais
Camadas II/III
(GABA-érgicas)
II/III
Piramidais,
bursting
Axônios da
camada IV
Camadas V/VI
IV
Piramidais,
estreladas
Aferentes
talâmicos
Camadas II/III
V
Piramidais
Axônios das
camadas II/III
Camada VI,
outras áreas do
cérebro
VI
Piramidais
Axônios da
camada V
Camada IV,
Tálamo
Áreas Corticais
Mapas Corticais
Mapas somatotópico e motor em S1 e M1
Mapas Corticais
G. Ehret, J. Comp. Physiol. A, 181: 547-557, 1997.
As freqüências características dos neurônios (CF) estão organizadas
tonotopicamente em A1 (caudal para rostral). Outros tipos de respostas
neuronais (1-6) também são arranjadas topograficamente, superpostas
sobre as bandas de isofreqüência.
Mapas Corticais
Plasticidade dos Mapas Corticais
Os mapas corticais não são estáticos, mas podem ser
alterados durante a vida de um indivíduo: eles são plásticos.
Mapas corticais podem ser alterados por:
Lesões: periféricas, e.g. amputações, ou
corticais, e.g. derrames. Escalas de
tempo: dias, meses, anos;
Efeitos comportamentais e contextuais:
treinamento, condicionamento,
adaptação. Escalas de tempo: segundos,
minutos, horas.
Seletividade a Orientação (SO)
• Muitos neurônios de V1 têm respostas que
dependem da orientação do estímulo
apresentado em seu campo receptivo;
• Os neurônios talâmicos, porém, não têm
preferência por orientações;
Mecanismos de SO
• Influência de aferências talâmicas;
• Conexões intra-corticais (recorrentes).
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