65 Interbio v.8 n.1 2014 - ISSN 1981-3775 ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS HIPERTENSOS BIOCHEMICAL CHANGES IN CHRONIC RENAL HYPERTENSIVE PATIENTS SILVANO, Amanda de Lima1, MARCONDES,Vanessa Menegatti2 Resumo A insuficiência renal crônica é uma doença de importância mundial com alta prevalência, gera a perda progressiva e irreversível da função renal, alterações como a hipertensão ajudam a desencadear ou agravar esta patologia. Avaliações bioquímicas são importantes em seu diagnóstico e monitoramento. Este trabalho tem como objetivo analisar o perfil bioquímico de pacientes hipertensos e renais crônicos em hemodiálise, cujo acompanhamento é feito na Clínica do Rim no município de Dourados/MS. O estudo é quantitativo, foram analisados prontuários de 50 pacientes em hemodiálise e investigados os exames de glicose, ureia, creatinina, potássio, albumina e casos de hipertensão. Os pacientes foram escolhidos de maneira aleatória, sendo o estudo composto por 52% de mulheres, idade em média acima de 60 anos, 98% são hipertensos, podendo verificar-se que esta patologia é muito comum nos pacientes renais crônicos e quando está presente acelera a perda da função renal. Todos os outros parâmetros bioquímicos analisados possuíam alterações quanto aos valores de referência, estes dados entraram em acordo com estudos e artigos encontrados na literatura. A hipertensão encontrada nestes pacientes pode ser a causa da IRC ou mais um sintoma da doença. Os exames bioquímicos são fundamentais não só para os pacientes em diálise, mas para qualquer pessoa a fim de diagnosticar ou prevenir possível doença renal, eles ajudam no conhecimento, tratamento e controle desta patologia. Ainda há a necessidade de maior monitoramento e esclarecimento à população sobre a insuficiência renal crônica, pois o desconhecimento sobre a patologia leva ao diagnóstico e tratamento tardio. Palavras-chave: insuficiência renal crônica, alterações bioquímicas, hipertensão. Abstract Chronic renal failure is a disease with a high prevalence of world importance, generates progressive and irreversible loss of kidney function, changes such as high blood pressure help trigger or worsen this condition. Biochemical assessments are important in diagnosis and monitoring. This study aims to examine the biochemical profile of hypertensive patients and chronic hemodialysis in kidney, whose monitoring is done in the clinic of the kidney in the municipality of Dourados/MS. The study is quantitative, were analyzed medical records of 50 patients in hemodialysis and investigated the glucose, urea, creatinine, potassium, albumin and cases of hypertension. The patients were randomly chosen and the study composed of 52 women, average age over 60 years, 98% are hypertensive, and can verify that this condition is very common in patients with chronic renal and when is this accelerates the loss of kidney function. All other biochemical parameters analyzed were changes in relation to reference values, these data entered in accordance with articles and studies found in the literature. Hypertension found in these patients can be the cause of IRC or more a symptom of the disease. The biochemical tests are essential not only for patients on dialysis, but for anyone to diagnose or prevent possible kidney disease, they help in the knowledge, treatment and control of this disease. There is still the need for further clarification and monitoring the population on the chronic renal failure because the ignorance about the disease leads to late diagnosis and treatment. Key words: chronic renal insufficiency, biochemical changes, hypertension. 1 Discente do curso de Biomedicina do Centro Universitário da Grande Dourados, Dourados/MS, Brasil. Email: [email protected]. 2 Docente e Supervisor (a) de Estágio do curso de Biomedicina da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde UNIGRAN, Dourados / MS, Brasil. Email: [email protected] SILVANO, Amanda de Lima, MARCONDES,Vanessa Menegatti 66 Interbio v.8 n.1 2014 - ISSN 1981-3775 Introdução Nas últimas décadas, as doenças crônicas tem sido tratadas com maior cuidado por profissionais da saúde, devido ao seu importante papel de morbimortalidade na população de todo o mundo. Entre essas doenças está a insuficiência renal crônica (IRC), que pode atingir qualquer pessoa, sem critério especifico (MARTINS; CESARINO, 2005). A IRC é um problema de saúde pública mundial, já que vários estudos vem demonstrando sua elevada prevalência. A análise do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), realizada entre 1999 e 2004 revelou que aproximadamente 13% da população dos Estados Unidos tem IRC em diferentes estágios. No Brasil, estudos com base em dados coletados em 2009 divulgaram que existiam 77.589 pacientes em terapia de diálise e aproximadamente um milhão no mundo (BASTOS; KIRSTAJN, 2011). A insuficiência renal crônica (IRC) é uma patologia cuja característica principal é a perda progressiva e irreversível da função renal, o organismo perde a capacidade de manter suas funções normais, levando a sinais e sintomas sistêmicos (RIBEIRO et al., 2009). É uma doença diagnosticada tardiamente, pois os sintomas clínicos começam a aparecer quando o número de néfrons diminui em 70 a 75%, os rins podem manter sua atividade normal com até 10% do parênquima funcionante, os néfrons que restam são capazes de se adaptarem à nova condição, multiplicando sua quantidade de trabalho, eles se tornam hiperfiltrantes e hipertrofiam-se (ARAUJO et al., 2009). A maior parte de casos de IRC está associada a grande quantidade de pacientes com diabetes mellitus, hipertensão, aumento da expectativa de vida, tabagismo, álcool e outros (SALGADO FILHO; BRITO, 2006). Uma alteração fisiológica comum e importante causa desta doença é a hipertensão arterial, que quase sempre está presente em todas as fases da doença renal e pode se desenvolver por anos sem apresentar sintomas clínicos (OLIVEIRA et al., 2008). A hipertensão sistêmica, primária ou secundária é um dos principais fatores de risco para a perda da progressividade da função renal. Conforme a função renal diminui, o paciente agrava o quadro clínico de hipertensão arterial, quanto mais aguda e resistente a hipertensão, mais grave será a lesão e impacto sobre a perda da função dos rins. Ao passo que, na diminuição da pressão arterial há o retardamento, e às vezes prevenção da insuficiência renal (PASCOAL; MION JR., 1998). Em riscos de desenvolvimento de IRC, o paciente deve procurar um médico e realizar diversos exames como aferição da pressão arterial, testes bioquímicos, entre eles os exames de ureia, creatinina, potássio, albumina, que funcionam como marcadores de função renal (National Kidney Fundaction). Os pacientes portadores de IRC tem seu tratamento baseado na hemodiálise, que é a terapêutica mais utilizada atualmente, esta terapia não cura o paciente, apenas substitui a função que o rim não é mais capaz de realizar normalmente (LINARDI et al., 2003). Este trabalho tem como objetivo analisar o perfil bioquímico de pacientes hipertensos e renais crônicos em hemodiálise, cujo acompanhamento é feito na Clínica do Rim no Município de Dourados/MS. Materiais e Métodos O estudo é de caráter quantitativo descritivo transversal, utilizando bases de dados secundárias. Os dados são analisados a partir de informações em documentos, exames e prontuários de pacientes hipertensos e renais crônicos tratados na Clínica do Rim em Dourados – MS de janeiro à dezembro de 2012. Todos os princípios éticos foram obedecidos nesta pesquisa, a coleta de dados iniciou-se a partir da aprovação do projeto nº139/12H pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP) da SILVANO, Amanda de Lima, MARCONDES,Vanessa Menegatti 67 Interbio v.8 n.1 2014 - ISSN 1981-3775 UNIGRAN, por se tratar de uma pesquisa envolvendo seres humanos e após autorização pela Clínica do Rim. Os dados analisados destes pacientes foram os exames bioquímicos e histórico de hipertensão, os parâmetros bioquímicos analisados foram: glicose, creatinina, ureia, albumina e potássio, ambos pré renal, sendo a ureia pré e pós renal. Não participaram da pesquisa os prontuários que não estavam incluídos no programa de hemodiálise e que não possuem os exames requeridos completos. Foram analisados dados de 50 pacientes, aplicandose testes de estatística descritiva. As informações são armazenadas em forma de planilha do Microsoft Excel®, tal planilha não contém os nomes dos indivíduos, no qual foram utilizados um número de protocolo correspondente a cada caso e as demais informações necessárias ao estudo. Resultados e Discussão de um total de 181 pacientes em tratamento no ano de 2012. Os pacientes foram escolhidos de maneira aleatória. No requisito sexo, evidenciou-se que a maioria da amostra foi do sexo feminino (52%) e menor número do sexo masculino (48%), esses dados estão de acordo com estudo realizado por Duarte et al. (2003), onde 60% dos pacientes da amostra eram mulheres, e com Tavares e Nascimento (2012), em que 62,5% da amostra eram do sexo feminino. Quanto à idade, houve variação de 25 a 85 anos, onde a maior faixa etária ficou entre os 61 a 70 anos (34%), fato que entra em concordância com os estudos de Mascarenhas et al. (2010), sendo 50,6% dos pacientes com idade superior a 56 anos, e com o valor de Morsch (2002), onde 37% dos indivíduos tinham idade maior que 60 anos, este achado pode se referir à ocorrência de doenças como diabetes mellitus e hipertensão arterial, que levam a perda da função renal de acordo com o passar dos anos. O estudo foi composto por 50 pacientes com IRC em tratamento dialítico, A B 170 55 160 Uréia Pós-diálise Uréia Pré-diálise 50 150 140 130 120 45 40 35 110 100 30 25-40 41-50 51-60 61-70 71-85 25-40 41-50 51-60 61-70 71-85 Figura 1 – Níveis de ureia (A) pré diálise e (B) pós diálise de pacientes renais crônicos sub-divididos em faixas etárias. A hipertensão arterial é uma circunstância muito comum nos pacientes com IRC, quando está presente acelera a perda de função renal e cria um círculo vicioso, cuja HAS (hipertensão arterial sistêmica) piora o dano renal o que leva a causar mais hipertensão. No presente estudo 98% dos pacientes apresentavam alterações na pressão arterial sistêmica, onde esteve com valores elevados em diversas aferições, considerando o valor normal de 120/80 mmHg imposto pela Sociedade Brasileira de Hipertensão. Esse dado confirma os resultados encontrados no estudo realizado por Nunes (2007), em que se afirma que os riscos para IRC terminal com necessidade de diálise ou transplante renal ou morte por IRC, são de 5,3 casos/100.000/ano para SILVANO, Amanda de Lima, MARCONDES,Vanessa Menegatti 68 Interbio v.8 n.1 2014 - ISSN 1981-3775 indivíduos com a pressão arterial menor que 120/80 mmHg. Houve aumento de incidência de acordo com o aumento da faixa de pressão arterial, de até 187,1 casos/100.000/ano em pacientes com pressão arterial sistólica ≥ 210 mmHg ou pressão diastólica ≥ 120 mmHg. Esta alteração ocorre na maioria das vezes devido à falta de informação sobre nefropatia por grande parte dos pacientes e por a HAS ser uma doença silenciosa sem manifestações clínicas por até anos portando-se esta patologia. Gera-se a dúvida se a pressão arterial elevada é uma causa ou consequência da IRC. Os valores encontrados no presente estudo também entram em concordância com o censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, de 2011, que aponta a principal doença de base para a IRC a HAS (35,1%), seguida de diabetes mellitus (28,4%). Bortolotto (2008) e Ribeiro et al. (2008) encontram este resultado igualmente em suas pesquisas. B A 6,00 3,35 3,30 5,80 5,60 3,15 Potássio Albumina 3,25 3,20 3,10 3,05 5,40 5,20 3,00 2,95 5,00 2,90 4,80 2,85 25-40 41-50 51-60 61-70 71-85 25-40 41-50 25-40 41-50 51-60 61-70 70-85 D C 145 14 140 12 135 130 Glicose Creatinina 10 8 6 125 120 115 4 110 2 105 100 0 25-40 41-50 51-60 61-70 71-85 51-60 61-70 71-85 Figura 2 – Valores de albumina (A), potássio (B), creatinina (C) e glicose (D) de pacientes renais crônicos sub divididos em faixas etárias. No organismo, a ureia é o principal metabólito nitrogenado derivado da degradação de proteínas, é um processo que ocorre no fígado e cerca de 90% da ureia é excretada pelos rins, é um marcador sensível da função destes e altera-se primeiro com qualquer disfunção renal, hepática ou por dietas. Não é específica, portanto deve ser determinada juntamente com a creatinina, a razão creatinina/ureia, se elevadas, podem determinar o grau de gravidade da IRC (SODRÉ et a., 2007). Em indivíduos normais os níveis de ureia no organismo devem estar entre 10 e 50 mg/dl (Sociedade Brasileira de Nefrologia). De acordo com a Fig. 1 A, podemos observar que todos os pacientes em estudo apresentaram aumento nos níveis séricos de ureia pré diálise, os valores mais altos foram encontrados nos pacientes com idade entre 41 e 50 anos, com o valor médio da ureia em 161,3 mg/dl. A ureia pós diálise (Fig. 1 B) demonstrou diminuição considerável em seus níveis, o valor mais alto encontrado foi a média de 50,2 mg/dl nos pacientes com idade entre 61 e 70 anos, valor este pouco acima do SILVANO, Amanda de Lima, MARCONDES,Vanessa Menegatti 69 Interbio v.8 n.1 2014 - ISSN 1981-3775 normal. Estes dados corroboram com o estudo de SOUZA et al. (2011), onde todos os indivíduos em estudo possuíam altos níveis de ureia pré diálise e entravam em normalidade no período pós hemodiálise. A albumina sérica é uma proteína importante sintetizada no fígado, é responsável pela manutenção do volume plasmático, pelo equilíbrio ácido-base, pelo transporte de substâncias fisiológicas como os hormônios e outros. A hipoalbuminemia ou queda dos níveis séricos de albumina é comum em pacientes que realizam hemodiálise, esta queda gera complicações relacionadas ao papel da albumina no organismo. Os principais motivos para a diminuição desta proteína no corpo são a acidose metabólica, ingestão insuficiente de proteínas e inflamações, fatos frequentes nestes indivíduos (SANTOS et al., 2004). Na Fig. 2 A estão expressos os valores em média dos níveis de albumina dos pacientes em estudo, observamos que em todos os indivíduos os valores ficaram abaixo do valor de referência que é de 3,5 a 4,8 g/l (Sociedade Brasileira de Nefrologia). O número que mais se aproximou da normalidade foram os dos pacientes de 25 a 40 anos e dos de 61 a 70 anos com média de albumina em 3,3 g/l, estes valores estão de acordo com a pesquisa de Lehmkuhl et al. (2009), em que 40% dos pacientes analisados apresentaram níveis séricos de albumina abaixo dos valores normais. Na Fig. 2 B estão os resultados dos exames de potássio, através dos rins ocorre a mais importante via para a excreção deste metabólito, e pacientes com IRC não realizam a eliminação correta de potássio pela urina, o que leva ao quadro de hiperpotassemia, quando os níveis séricos de potássio estão acima dos valores normais de 3,5 a 5,0 mEq/l (Sociedade Brasileira de Nefrologia). Este aumento, quando grave acima de 6 mEq/l pode enfraquecer o coração, levando a arritmias fatais. O paciente com este quadro deve através de restrição alimentar, ingerir menores quantidades de alimentos que contém potássio (BURMEISTER, 2008). Todos os indivíduos em análise apresentaram altos níveis de potássio sérico, onde o maior resultados foi visto nos pacientes de 51 a 60 anos com valor médio de 5,89 mEq/l, os dados corroboram com a análise realizada por Dipp et al. (2010) onde a média do valor para o potássio foi de 5,4 mEq/l., acima do normal. A Fig. 2 C correlaciona os valores de creatinina sérica dos pacientes em estudo, notamos que todas as médias ficaram acima dos valores normais de 0,7 a 1,5 mg/dl (Sociedade Brasileira de Nefrologia), o maior resultado encontrado foi nos pacientes de 25 a 40 anos, com a média da creatinina de 11,74 mg/dl. Estudos de Coresh et al. (2001) e Passos et al. (2003) também demonstraram valores elevados de creatinina em pacientes que realizam hemodiálise. A creatinina é formada a partir da creatina no tecido muscular, é filtrada no glomérulo, sendo muito utilizada como marcador de avaliação para a função renal, uma maneira de monitorar os pacientes em diálise é através da dosagem de creatinina, que na maioria das vezes se apresenta acima dos valores de referência. Este marcador é considerado pouco sensível por ocorrer alteração somente quando há mais de 50% de comprometimento renal, porém é específico, é importante a realização de exame adicional à dosagem de creatinina. A elevação da creatinina plasmática mostra que a função renal está alterada, indicando falência renal (DRACZEVSKI; TEIXEIRA, 2011). O diabetes mellitus é a segunda maior causa para o desenvolvimento de IRC, o nível de glicose alterado, acima dos valores normais de referência que é de 70 a 99 mg/dl (Sociedade Brasileira de Diabetes), pode levar tanto para o desenvolvimento da IRC como para o agravamento de um caso já existente, ao ponto que o controle da glicemia consegue minimizar a evolução da doença renal ou até impedir seu aparecimento. Na hiperglicemia ou aumento da glicose sérica há a indução de várias alterações bioquímicas, que levam ao SILVANO, Amanda de Lima, MARCONDES,Vanessa Menegatti 70 Interbio v.8 n.1 2014 - ISSN 1981-3775 aumento da tensão sobre as células glomerulares, produzindo alterações na função renal (TRAVAGIM et al., 2010). A Fig. 2 D mostra os resultados de glicemia nos indivíduos analisados, todos os valores se apresentam acima do normal, sendo a média mais alta encontrada nos pacientes de 51 a 60 anos com 140 mg/dl. Com os resultados encontrados não pode-se afirmar que estes pacientes são de fato diabéticos, pois mais exames seriam necessários para esta aprovação, como os valores são apenas da glicemia em jejum, estes indivíduos podem ter passado apenas por um quadro de hiperglicemia ou podem ser diabéticos já diagnosticados. Conclusão A IRC é um problema clínico com importância de âmbito mundial, afeta milhões de pessoas e gera altos custos para a manutenção do tratamento dialítico. Os pacientes nesta terapia necessitam da realização de exames bioquímicos frequentes a fim de monitorar a condição da função renal. No presente estudo a maioria dos pacientes foram mulheres, a maior média de idade foi acima de 60 anos e os parâmetros analisados de ureia, creatinina, albumina, potássio e glicose apresentaramse com valores alterados, bem como a pressão arterial, levando quase todos os pacientes ao quadro de hipertensão arterial sistêmica, apenas a ureia pós diálise mostrou-se dentro dos números de referência. A monitoração bioquímica é de extrema importância não só para os pacientes em hemodiálise, mas também para qualquer pessoa a fim de prevenir ou diagnosticar previamente uma possível doença renal. Há a necessidade de um maior monitoramento e esclarecimento à população sobre a insuficiência renal crônica, pois as causas e consequências desta doença ainda são desconhecidas por muitos. Os exames bioquímicos podem ajudar no conhecimento, tratamento e controle desta grave patologia. Referências Bibliográficas ARAUJO, E. S.; PEREIRA, L. L.; ANJOS, M. F. 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