2/3/2012 Considerações iniciais •Órgãos; •Proporção da distribuição de fluidos; •Equilíbrio dos gradientes de pressão: • forças de Starling. DISTÚRBIOS HIDRO E HEMODINÂMICOS Alterações Circulatórias 9 Hiperemia 9 CID 9 Congestão 9 Isquemia 9 Edema 9 Infarto 9 Hemorragia 9 Embolia 9 Trombose 9 Choque Nomenclatura CONGESTÃO HIPEREMIA E/OU CONGESTÃO Referem-se a quantidade de sangue dentro do sistema vascular (localizado ou sistêmico) ATIVA PASSIVA Hiperemia (Congestão Ativa) Aumento do fluxo sanguíneo para determinado órgão ou região (localizado*) HIPEREMIA PASSIVA HIPEREMIA Repleção sanguínea do leito capilar consequente à vasodilatação arterial ou arteriolar CONGESTÃO ATIVA *Nunca sistêmico 1 2/3/2012 Hiperemia (Congestão Ativa) Processo ativo mediado por mecanismos centrais, periféricos, hormonais Hiperemia • Macro: vermelho vivo • Micro: vasos dilatados, acúmulo de hemácias • ↑ atividade metabólica - digestão • dissipação de calor - pele • hormonal - cio • dióxido de carbono, ácido lático - exercícios • aminas vasoativas - inflamação Hiperemia Suíno: onfalite 2 2/3/2012 Congestão (Hiperemia Passiva) Acúmulo de sangue em d determinado d órgão ó ã ou região ã Congestão Generalizado: Insuficiência cardíaca congestiva Processo passivo AD AE (dificuldade de retorno venoso) VD VE •Localizado - torção, trombose, neoplasias •Generalizado - insuficiência cardíaca Congestão Passiva Crônica – Fígado e Pulmão •Hipostase, relaxamento vascular Fígado em “noz moscada” células do “vício cardíaco” Congestão Hepática Congestão pulmonar 3 2/3/2012 Órgão ou região afetada: • Macro: vermelho escuro ou azulado (cianótico) • Micro: vasos dilatados, acúmulo de hemácias Consequências da Congestão Estase Sanguínea Hemorragia e o ag a Edema Hemossiderose Hipóxia Trombose o bose Venosa Degeneração Fibrose Congestiva 4 2/3/2012 Hiperemia X Congestão Venosa Arterial • vermelho vivo • vermelho azulado (cianótico) • aumento de volume Acúmulo de sangue no interior dos vasos EDEMA Situação de Normalidade Arterial Venoso Pressão Oncótica Pressão Hidrostática Acúmulo de líquido no espaço intersticial dos tecidos ou nas cavidades corpóreas Causa maior: distribuição anormal de Drenagem linfática fluidos entre plasma e interstício Aumento da pressão hidrostática Sistêmico: Insuficiência cardíaca Localizado: Obstrução venosa Arterial Venoso AD AE VD VE ⇑ Pressão Edema pulmonar Edema generalizado (anasarca) Hidrostática Drenagem linfática 5 2/3/2012 Diminuição da pressão oncótica Aumento da permeabilidade vascular Desnutrição, hepatopatias, nefropatias, enteropatias Inflamações, toxemias, reações alérgicas agudas Arterial Arterial Venoso Venoso (⇓ PP) ⇓ Pressão Oncótica Drenagem linfática Obstrução Linfática Retenção de sódio Neoplasias, linfadenite Arterial Redução da perfusão renal Venoso Arterial Pressão Oncótica Pressão Hidrostática Drenagem linfática Venoso ⇑ sódio intersticial ⇓ Drenagem linfática EDEMA Mecanismos •↑ da Pressão hidrostática (P.H.) Localizado: obstrução venosa Generalizado: insuficiência cardíaca/fluidoterapia excessiva •↓ da Pressão Oncótica (P.O.) Desnutrição, hepatopatias, nefropatias, enteropatias •↑ da Permeabilidade vascular Inflamações (infecciosas e não infecciosas) Toxemias, reações alérgicas agudas • Obstrução linfática Neoplasias, linfangites, linfadenites, estenose/aplasia linfática 6 2/3/2012 7 2/3/2012 EDEMA Acúmulo de líquido em cavidades • Hidrotórax • Hidropericárdio p • Hidroperitônio (ascite) ⇒ Acúmulo de líquido generalizado: anasarca ⇒ Macro: brilhante, úmido, inchado (edemaciado). EDEMA TRANSUDATO NÃO INFLAMATÓRIO (⇓ PROTEÍNAS) EXSUDATO INFLAMATÓRIO (⇑ PROTEÍNAS) 8 2/3/2012 9 2/3/2012 HEMORRAGIA Saída de sangue do interior dos vasos para o interstício, cavidades ou exterior do organismo HEMORRAGIA Mecanismos Per rexis: ruptura Tipos de hemorragia Petéquias Equimoses Sufusões (pinceladas) Per diabrosis: corrosão Víbices (mucosas) Per diapedesis: aumento de permeabilidade Hematomas Diátese hemorrágica (Doenças hemorrágicas) 10 2/3/2012 11 2/3/2012 Púrpura hemorrágica 12 2/3/2012 Hemorragias Cavitárias Hemotórax Hemopericárdio Hemoperitônio p Hemartrose Gastrorragia Enterorragia Hematúria 13 2/3/2012 14 2/3/2012 Consequências da Hemorragia HEMOSTASIA Mecanismo pelo qual o organismo detém uma hemorragia Vaso comprometido FASES Local afetado ¾ Vasoconstrição rápida (⇓ fluxo) Velocidade da hemorragia ¾ Agregação Plaquetária (ativação e adesão de plaquetas) Choque Hipovolêmico ¾ Coagulação Sanguínea (ativação da cascata e tamponamento) ¾ Fibrinólise (lise do trombo e reparação) X FLUIDEZ HEMOSTASIA Parede vascular HEMOSTASIA Cascata da coagulação Iniciada por fatores presentes no plasma Via intrínseca Hemostasia atividade trombótica Fluidez atividade anti-trombótica Via extrínseca Iniciada por fatores teciduais Cascata da coagulação Formação e dissolução do trombo Vasos de pequeno e médio calibre lesão endotelial vasoconstrição adesão plaquetária Formação de trombos: protrombina → trombina ⇒ fibrinogênio → fibrina massa p plaquetária q frouxa “rolha’” 3’ cessa sangramento g Dissolução de trombos: plasminogênio → plasmina ⇒ degradação da fibrina ⇑ hemácias e fibrina 24’ ⇑ fibrina e restos plaquetários 30’ rolha compacta e coesa O fígado é a única fonte de fibrinogênio, protrombina e albumina, além da maioria das alfa e beta-globulinas. fibrinólise e reparação 15 2/3/2012 Mecanismo TROMBOSE Formação de uma estrutura sólida (trombo) no interior do sistema cárdio-vascular de um ser vivo, a partir dos constituintes normais do sangue. Ativa cascata de coagulação Lesão do endotélio Alterações do fluxo e turbulência Alterações dos componentes sanguíneos Agregação plaquetária Fatores determinantes (Tríade de Virchow): • Lesões ao endotélio vascular ↑ da viscosidade • Alterações na velocidade do fluxo e turbulência ↑ produção dos fatores de coagulação Deposição de fibrina • Alterações nos componentes sanguíneos Agregação de glóbulos brancos e vermelhos Exemplo aneurismas lesão arterial turbulência/alteração de fluxo lesão endotelial Outras situações Ativa cascata de coagulação • estase sanguínea - ⇓ fluxo • próprio trombo trombose 16 2/3/2012 TROMBOSE Causas TROMBOSE Classificação dos trombos: Quanto à composição • Traumas • Inflamações •Brancos: secos e friáveis • Bacteremias B t i • Hemólise H óli intravascular i t l plaquetas fibrina, plaquetas, fibrina leucócitos - artérias e cavidades cardíacas • Infecções virais • Aneurismas • Toxemias • Estase venosa • Pressões externas • Desidratação • Distúrbios metabólicos • Picadas consecutivas de agulhas •Vermelhos: úmidos e elásticos plaquetas, fibrina, hemácias - veias •Mistos: mais comuns Quanto à localização •Murais: artérias de grande calibre e câmaras cardíacas •Oclusivos: artérias de médio calibre e veias TROMBOSE Diferenças entre Trombos e Coágulos Consequências Dependem principalmente da localização e natureza do trombo, podendo resultar em embolia, isquemia e infarto Coágulos Trombos Evolução dos trombos post mortem ante mortem • brilhantes • opacos • superfície lisa • superfície irregular • destacam-se facilmente • aderidos à superfície de inserção • após remoção, o local de adesão mostra superfície lisa • implantados sobre superfície irregular Lise remoção completa por fibrinólise - pequenos Organização formação de tecido conjuntivo, vasos e endotelização tendência à retração, predominam colágeno e fibras elásticas Recanalização neoformação vascular através do trombo 17 2/3/2012 18 2/3/2012 Coagulação intravascular disseminada (CID) Coagulopatia de consumo Síndrome adquirida caracterizada pela ativação difusa da coagulação intravascular, levando a formação de microtrombos em capilares, arteríolas e vênulas, geralmente compostos por plaquetas e fibrina. Coagulação intravascular disseminada (CID) Mecanismos Coagulação Intravascular Disseminada Causas Lesões endoteliais; Septicemia, queimaduras, vasculites, embolia Complexos Ag-Ac circulantes; gordurosa, d di fil i dirofilariose, acidente id t ofídico, fídi pancreatite, viremias, Necrose tecidual - ⇑ da trombina circulante – CID; Combinação de mecanismos distintos; Qualquer situação que desencadeie a cascata de coagulação. Principal consequência – obstrução de circulação terminal Coagulação intravascular disseminada (CID) complicações cirúrgicas, complexos Ag-Ac, hemólise intravascular, toxemia, reações alérgicas, lesão endotelial extensa, neoplasias (vasculares, leucemias), transfusão, retenção fetal, cirrose..... ISQUEMIA Redução do fluxo sanguíneo para determinado órgão ou região – perfusão tecidual inadequada Doença Base Causas Ativação de citocinas pró-coagulantes – TNF, IL-6, FAT Trombose, embolia, neoplasias, choque, i fi iê i cardíaca, insuficiência dí anemia. i Deprimem atividade anti-coagulante (anti-trombina III) e fibrinólise Consequências dependem: Órgão afetado (cérebro, rim e coração) Calibre do vaso envolvido Grau de oclusão do vaso Eficiência da circulação colateral Aumenta deposição de fibrina CID 19 2/3/2012 EMBOLIA Tipos de Êmbolos Processo pelo qual um êmbolo é transportado de uma parte à outra do organismo através da circulação sanguínea •Fragmentos de trombos (tromboembolia pulmonar ou sistêmica) Pulmonar – trombos venosos/Sistêmica – trombos arteriais tromboendocardites •Gordura G d ( mb li gordurosa/embolia (embolia d / mb li de d medula m d l óssea) ó ) Fraturas ósseas •Gases (embolia gasosa) Consequências •Parasitas (embolia por parasitas) • Artérias terminais: infarto Spirocerca lupi, Strongylus vulgaris, Dirofilaria immitis • Veias: pulmão •Colônias de bactérias (embolia bacteriana ou séptica) INFARTO Área localizada de necrose isquêmica Causas Trombose, embolia, arterite, compressão, torção Tipos de infarto Anêmico n m Oclusão de artérias Órgãos compactos (rim, coração, baço) Hemorrágico Área isquêmica associada à hemorragia maciça Geralmente oclusão venosa Órgãos de dupla circulação (pulmão) INFARTO Consequências Organização e cicatrização Agregação leucocitária e formação de tecido conjuntivo njunti com m reendotelização. nd t li ã Invasão por bactérias Gangrena ou abscessos. Morte Infarto do miocárdio. 20 2/3/2012 Fisiopatogenia do Choque ↓ Volemia - ↓ Débito cardíaco - Vasodilatação Periférica CHOQUE Hipotensão arterial Termo clínico que se aplica a quadros onde Produção de catecolaminas Adrenalina/noradrenalina Ativação do sistema r-a-a e do ADH há falha de perfusão sanguínea tecidual súbita e generalizada (colapso circulatório) Persistência da causa Miocárdio - ↑ força e frequência ↑ retenção de sódio Vasos periféricos - constrição ↑ reabsorção de água TIPOS DE CHOQUE Hipotensão arterial Hipóxia tecidual - ↓ oxigenação • Produção de ATP via anaeróbica → acúmulo de ácido lático • ↓ metabolismo celular → retenção de catabólitos Acidose metabólica • dilatação dos esfíncteres arteriolares • estase venosa ↓ volemia, ↓ débito cardíaco Choque Choque hipovolêmico: Grande perda de sangue ou líquidos Hemorragia maciça, desidratação grave, queimaduras extensas extensas. ↓ volemia, ↓ débito cardíaco Choque cardiogênico: Débito cardíaco sistólico inadequado Miocardites, infarto agudo, moléstias valvulares, ruptura cardíaca, arritmias, tamponamento pericárdico ↓ volemia, ↓ débito cardíaco Morte 21 2/3/2012 Causas de Choque TIPOS DE CHOQUE Choque Séptico: Hipovolemia Vasodilatação periférica Septicemia, bacteremia → liberação de mediadores que promovem vasodilatação Hemorragias Traumatismos Ruptura Aneurismas Diát Diátese H Hemorrágica á i ↓ volemia, ↓ débito cardíaco Choque Neurogênico: V Vasodilatação dil t ã periférica ifé i Dor intensa, estresse, lesões no tronco encefálico vasodilatação periférica mediada pelo sistema nervoso → Perda de Líquidos Diarréia/Vômitos Desidratação Q i d Queimaduras Vasodilatação ↓ Débito Cardíaco Anafilaxia Distúrbios neurológicos Sepse Infarto Agudo Miocardites/Arritmias Rupturas valvulares Tamponamento Cardíaco ↓ volemia, ↓ débito cardíaco Choque Anafilático: Vasodilatação periférica Complexos Ag-Ac → liberação de histamina → vasodilatação periférica ↓ volemia, ↓ débito cardíaco Fim!!!!! 22