taquicardia sinusal e supraventricular

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Texto de apoio ao curso de Especialização
Atividade Física Adaptada e Saúde
Prof. Dr. Luzimar Teixeira
TAQUICARDIA SINUSAL E SUPRAVENTRICULAR
DEFINIÇÃO
Taquicardia supraventicular (TSV) é uma frequência cadíaca maior do
que 100 batimentos/minuto, que se origina acima do ventrículo. Inclui
taquicardia sinusal, TSV paroxística (TSVP) e taquicardia atrial.
Taquicardia sinusal é uma frequência cardíaca maior do que 100
batimentos/minuto (em adultos), originária no nó sinusal. A frequência
geralmente não excede 160 batimentos/ minuto em adultos jovens e
crianças.
TSV paroxística é um ritmo regular, com frequência entre 160 a 220
batimentos/minuto.
CAUSAS TÓXICAS
Muitas substâncias tóxicas causam TSVs, usualmente taquicardia
sinusal. Exemplos importantes incluem:
Albuterol e outros beta-2 agonistas (taquicardia reflexa)
Anfetaminas e estimulantes relacionados
Atropina, outras drogas anticolinérgicas e plantas
Agentes beta-1 adrenérgicos
Cafeína
Monóxido de carbono
Cocaína
Cianeto
Efedrina, pseudoefedrina e outros descongestionantes
Salicilatos
Teofilina
HormÔnio tireoidiano
Antidepressivos tricíclicos
Além disso, as taquicardias supraventriculares podem ser observadas em
muitas intoxicações como resposta secundária à hipoxemia, hipertermia,
metahemoglobinemia, hipovolemia ou vasodilatação periférica.
CAUSAS NÃO TÓXICAS
Ansiedade
Abstinência de etanol ou drogas hipnótico-sedativas
Desidratação
Exercício
Febre
Hipoxemia
Doença intrínsica do sistema de condução
Dor
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Taquicardias sinusais e outras taquicardias supraventriculares são
geralmente bem toleradas e o único sintoma é a frequência cardíaca
elevada. Pacientes conscientes podem ser alertados sobre as
palpitações. Se a frequência é muito elevada, e o paciente tem algum
comprometimento cardiovascular prévio ou é hipovolêmico, o enchimento
cardíaco prejudicado pode levar à hipotensão e hipoperfusão. Nestes
casos, o paciente pode apresentar tontura, fraqueza, alteração do
estado mental, ansiedade, dor torácica ou síncope.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Fibrilação atrial
Taquicardia ventricular
INVESTIGAÇÕES RELEVANTES
Monitor cardíaco
ECG
Investigação toxicológica e níveis séricos específicos de drogas
conforme indicado
TRATAMENTO
Na maioria dos casos, o único tratamento necessário é a monitorização
cardíaca inicial, estabelecimento de acesso venoso, oxigênio
suplementar e observação clínica.
Nos casos associados com hipotensão ou hipoperfusão, fluidos
intravenosos devem ser administrados, com volume inicial de 250 a 500
ml. Se o paciente não responder a estas medidas simples, o tratamento
deve prosseguir conforme as normas descritas no guia de tratamento
sobre Choque e Hipotensão.
Raramente, drogas específicas podem estar indicadas. Exemplos incluem:
Beta-bloqueadores para drogas que causam excesssiva
estimulação adrenérgica.
Benzodiazepínicos para drogas que causam estimulação
nervosa central.
Cardioversão pode ser tentada.
EVOLUÇÃO CLÍNICA E MONITORIZAÇÃO
O paciente com taquicardia sinusal leve e assintomático, não necessita
de monitorização prolongada. Pacientes com sinais ou sintomas de
hipoperfusão e aqueles com suspeita de ingestões mais importantes,
devem ser cuidadosamente observados até a resolução da toxicidade.
COMPLICAÇÕES TARDIAS
Complicações e sequelas devido a taquicardia sinusal e taquicardia
supraventricular leve são incomuns.
AUTOR(ES)/REVISORES
Autor:
Dr Kent R. Olson, University of California,
San Francisco, USA.
Revisores: London 3/98: T. Della Puppa, T.J. Meredith, L. Murray,
A. Nantel, J. Pronczuk
Geneva 8/98, D. Jacobsen, L. Murray, J. Pronczuk.
Tradutor:
Dr Ligia Fruchtengarten, Março 99
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