BREJO DA MADRE DE DEUS PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR ÁGUA SUBTERRÂNEA PERNAMBUCO DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE BREJO DA MADRE DE DEUS Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral Secretaria de Desenvolvimento Energético Ministério de Minas e Energia Outubro/2005 MINIST ÉRIO DE MINAS E ENERGIA Silas Rondeau Cavalcante Silva Ministro de Estado SECRETARIA EXECUTIVA Nelson José Hubner Moreira Secret ário Executivo SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO ENERG ÉTICO Márcio Pereira Zimmermam Secret ário SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERA ÇÃO E TRANSFORMA ÇÃO MINERAL Cl áudio Scliar Secret ário PROGRAMA LUZ PARA TODOS Aur élio Pav ão Diretor SERVI ÇO GEOL ÓGICO DO BRASIL – CPRM PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ENERG ÉTICO DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS PRODEEM Luiz Carlos Vieira Diretor Agamenon S érgio Lucas Dantas Diretor-Presidente Jos é Ribeiro Mendes Diretor de Hidrologia e Gest ão Territorial Manoel Barretto da Rocha Neto Diretor de Geologia e Recursos Minerais Álvaro Rog ério Alencar Silva Diretor de Administra ção e Finan ças Fernando Pereira de Carvalho Diretor de Rela ções Institucionais e Desenvolvimento Frederico Cláudio Peixinho Chefe do Departamento de Hidrologia Fernando Antonio Carneiro Feitosa Chefe da Divisão de Hidrogeologia e Explora ção Ivanaldo Vieira Gomes da Costa Superintendente Regional de Salvador Jos é Wilson de Castro Tem óteo Superintendente Regional de Recife Hélbio Pereira Superintendente Regional de Belo Horizonte Darlan Filgueira Maciel Chefe da Resid ência de Fortaleza Francisco Batista Teixeira Chefe da Resid ência Especial de Teresina Ministério de Minas e Energia Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral Programa Luz Para Todos Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municí pios - PRODEEM Serviço Geológico do Brasil - CPRM Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR Á GUA SUBTERRÂ NEA ESTADO DE PERNAMBUCO DIAGNÓSTICO DO MUNICÍ PIO DE BREJO DA MADRE DE DEUS ORGANIZAÇÃO DO TEXTO Breno Augusto Beltrão João de Castro Mascarenhas Jorge Luiz Fortunato de Miranda Luiz Carlos de Souza Junior Manuel Julio da Trindade G. Galvão Simeones Neri Pereira Recife Setembro/2005 COORDENA ÇÃO GERAL Frederico Cláudio Peixinho - DEHID COORDENA ÇÃO T ÉCNICA Fernando Ant ônio C. Feitosa - DIHEXP COORDENA ÇÃO ADMINISTRATIVOFINANCEIRA Jos é Emílio C. de Oliveira – DIHEXP APOIO T ÉCNICO-ADMINISTRATIVO Sara Maria Pinotti Benvenuti-DIHEXP COORDENA ÇAO REGIONAL Jaime Quintas dos S. Colares - REFO Francisco C. Lages C. Filho - RESTE Jo ão Alfredo C. L. Neves - SUREG-RE Jo ão de Castro Mascarenhas – SUREG-RE Jos é Alberto Ribeiro - REFO Jos é Carlos da Silva - SUREG-RE Luiz Fernando C. Bomfim - SUREG-SA Oderson A. de Souza Filho - REFO EQUIPE T ÉCNICA DE CAMPO SUREG-RE Ari Teixeira de Oliveira Breno Augusto Beltr ão Cícero Alves Ferreira Cristiano de Andrade Amaral Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha Franklin de Moraes Frederico Jos é Campelo de Souza Jardo Caetano dos Santos Jo ão de Castro Mascarenhas Jorge Luiz Fortunato de Miranda Jos é Wilson de Castro Temoteo Luiz Carlos de Souza J únior Manoel Julio da Trindade G. Galv ão Saulo de Tarso Monteiro Pires S érgio Monthezuma Santoianni Guerra Simeones Néri Pereira Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho Vanildo Almeida Mendes SUREG-SA Edmilson de Souza Rosas Edvaldo Lima Mota Hermínio Brasil Vilaverde Lopes Jo ão Cardoso Ribeiro M. Filho Jos é Cl áudio Viegas Luis Henrique Monteiro Pereira Pedro Ant ônio de Almeida Couto Vânia Passos Borges SUREG-BH Ang élica Garcia Soares Eduardo Jorge Machado Sim ões Ely Soares de Oliveira Haroldo Santos Viana Reynaldo Murilo D. Alves de Brito REFO Ân gelo Tr évia Vieira Felicíssimo Melo Francisco Alves Pessoa J áder Parente Filho Jos é Roberto de Carvalho Gomes Liano Silva Veríssimo Luiz da Silva Coelho Rob ério B ôto de Aguiar RESTE Antonio Reinaldo Soares Filho Carlos Ant ônio Luz Cipriano Gomes Oliveira Heinz Alfredo Trein Ney Gonzaga de Souza EM DESTAQUE Almir Ara újo Pacheco- SUREG-BE Ana Cl áudia Vieiro – SUREG-PA Bráulio Rob ério Caye - SUREG-PA Carlos J. B. Aguiar - SUREG-MA Geraldo de B. Pimentel – SUREG-PA Paulo Pontes Ara újo – SUREG-BE Tom ás Edson Vasconcelos - SUREG-GO RECENSEADORES Ac ácio Ferreira Júnior Adriana de Jesus Felipe Alerson Falieri Suarez Almir Gomes Freire – CPRM Ân gela Aparecida Pezzuti Antonio Celso R. de Melo - CPRM Antonio Edílson Pereira de Souza Antonio Jean Fontenele Menezes Antonio Manoel Marciano Souza Antonio Marques Honorato Armando Arruda C. Filho - CPRM Carlos A. G óes de Almeida - CPRM Celso Viana Marciel Cícero Ren é de Souza Barbosa Cl áudio Marcio Fonseca Vilhena Claudionor de Figueiredo Cleiton Pierre da Silva Viana Cristiano Alves da Silva Edivaldo Fateicha - CPRM Eduardo Benevides de Freitas Eduardo Fortes Cris óstomos Eliomar Coutinho Barreto Emanuelly de Almeida Le ão Emerson Garret Menor Emicles Pereira C. de Souza Ér ika Peconnick Ventura Erval Manoel Linden - CPRM Ewerton Torres de Melo F ábio de Andrade Lima F ábio de Souza Pereira F ábio Luiz Santos Faria Francisco Augusto A. Lima Francisco Edson Alves Rodrigues Francisco Ivanir Medeiros da Silva Francisco Jos é Vasconcelos Souza Francisco Lima Aguiar Junior Francisco Pereira da Silva - CPRM Frederico Antonio Araújo Meneses Geancarlo da Costa Viana Genivaldo Ferreira de Ara újo Gustavo Lira Meyer Haroldo Brito de Sá Henrique Cristiano C. Alencar Jamile de Souza Ferreira Jaqueline Almeida de Souza Jeft é Rocha Holanda Jo ão Carlos Fernandes Cunha Jo ão Luis Alves da Silva Joelza de Lima Enéas Jorge Hamilton Quidute Goes Jos é Carlos Lopes - CPRM Joselito Santiago Lima Josemar Moura Bezerril Junior Julio Vale de Oliveira K ênia Nogueira Di ógenes Marcos Aurélio C. de G óis Filho Matheus Medeiros Mendes Carneiro Michel Pinheiro Rocha Narcelya da Silva Ara újo Nic ácia Débora da Silva Oscar Rodrigues Acioly Júnior Paula Francinete da Silveira Baia Paulo Eduardo Melo Costa Paulo Fernando Rodrigues Galindo Pedro Hermano Barreto Magalh ães Raimundo Correa da Silva Neto Ramiro Francisco Bezerra Santos Raul Frota Gon çalves Saulo Moreira de Andrade -CPRM S érvulo Fernandez Cunha Thiago de Menezes Freire Valdirene Carneiro Albuquerque Vicente Calixto Duarte Neto - CPRM Vilmar Souza Leal – CPRM Wagner Ricardo R. de Alkimim Walter Lopes de Moraes Junior TEXTO ORGANIZA ÇÃO Breno Augusto Beltr ão Jo ão de Castro Mascarenhas Jorge Luiz Fortunato de Miranda Luiz Carlos de Souza Junior Manuel Julio da Trindade G. Galv ão Simeones Neri Pereira CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICIPIO E DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS Breno Augusto Beltr ão Jo ão de Castro Mascarenhas Luiz Carlos de Souza J únior ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS Breno Augusto Beltr ão Liliane Assunção Serra Ramos Campos Maria L úcia Acioli Beltr ão FIGURAS ILUSTRATIVAS Aloízio da Silva Leal Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino Jaqueline Pontes de Lima N úbia Chaves Guerra Waldir Duarte Costa Filho MAPAS DE PONTOS D’ ÁGUA Felipe Jos é Alves de Albuquerque Robson de Carlo Silva Silas César de Castro Junior BANCO DE DADOS Desenvolvimento dos Sistemas Josias Barbosa de Lima Ricardo César Bustillos Villafan Coordena ção Francisco Edson Mendonça Gomes Administração Eriveldo da Silva Mendon ça EDITORA ÇÃO ELETR ÔNICA Aline Oliveira de Lima Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino Jaqueline Pontes de Lima Miviam Gracielle de Melo Rodrigues SUPORTE T ÉCNICO DE EDITORA ÇÃO Claudio Scheid Jos é Pessoa Veiga Junior Manoel J úlio da T. Gomes Galv ão ANALISTA DE INFORMA ÇÕE S Dalvanise da Rocha S. Bezerril CPRM - Serviç o Geoló gico do Brasil Projeto cadastro de fontes de abastecimento por á gua subterrâ nea. Diagnó stico do municí pio de Brejo da Madre de Deus, estado de Pernambuco / Organizado [por] Joã o de Castro Mascarenhas, Breno Augusto Beltrão, Luiz Carlos de Souza Junior, Manoel Julio da Trindade G. Galvã o, Simeones Neri Pereira, Jorge Luiz Fortunato de Miranda. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005. 11 p. + anexos “ Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrâ nea, estado de Pernambuco” 1. Hidrogeologia – Pernambuco - Cadastros. 2. Água subterrâ nea – Pernambuco - Cadastros. I. Mascarenhas, Joã o de Castro org. II. Beltrã o, Breno Augusto org. III. Souza Jú nior, Luiz Carlos de org. IV. Galvã o, Manoel Julio da Trindade G. org. V. Pereira, Simeones Neri org. VI, Miranda, Jorge Luiz Fortunato de org. VII Tí tulo. CDD 551.49098134 Permitida a reprodução desde que mencionada a fonte APRESENTAÇÃ O A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundir conhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável do Brasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia, ações visando o aumento da oferta hí drica, que estão inseridas no Programa de Água Subterrânea para a Região Nordeste, em sintonia com os programas do governo federal. Executado por intermédio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial, desde o iní cio o programa é orientado para uma filosofia de trabalho participativa e interdisciplinar e, atualmente, para fomentar ações direcionadas para inclusão social e redução das desigualdades sociais, priorizando ações integradas com outras instituições, visando assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular, dos recursos hí dricos subterrâneos, de forma compatí vel com as demandas da região nordestina. É neste contexto que está sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, localizado no semi-árido do Nordeste, que engloba os estados do Piauí , Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí ba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espí rito Santo. Embora com múltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades do PRODEEM, no que se refere à indicação de poços tubulares em condições de receber sistemas de bombeamento por energia solar. Assim, esta contribuição técnica de significado alcance social do Ministério de Minas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral e com o Serviço Geológico do Brasil, servirá para dar suporte aos programas de desenvolvimento da região, com informações consistentes e atualizadas e, sobretudo, dará subsí dios ao Programa Fome Zero, no tocante às ações efetivas para o abastecimento público e ao combate à fome das comunidades sertanejas do semi-árido nordestino. José Ribeiro Mendes Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial CPRM – Serviço Geológico do Brasil SUMÁ RIO APRESENTAÇÃO 1. INTRODUÇÃO 1 2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA 1 3. METODOLOGIA 2 4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍ PIO DE BREJO DA MADRE DE DEUS 2 4.1 4.2 4.3 4.4 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO - ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS - ASPECTOS FISIOGRÁFICOS - GEOLOGIA 5. RECURSOS HÍ DRICOS 5.1 - ÁGUAS SUPERFICIAIS 5.2 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 5.2.1 - DOMÍ NIOS HIDROGEOL ÓGICOS 6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS 6.1 - ASPECTOS QUALITATIVOS 2 3 3 4 4 5 5 5 5 8 7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES 10 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS 11 ANEXOS 1 - PLANILHAS DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO 2 - MAPA DE PONTOS DE ÁGUA 3 - ARQUIVO DIGITAL - CD ROM Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco 1. INTRODU ÇÃO O Polígono das Secas apresenta um regime pluviom étrico marcado por extrema irregularidade de chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cen ário, a escassez de água constitui um forte entrave ao desenvolvimento socioecon ômico e, at é mesmo, à subsist ência da popula ção. A ocorr ência cíclica das secas e seus efeitos catastr óficos s ão por demais conhecidos e remontam aos prim órdios da hist ória do Brasil. Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regi ões, através de uma gest ão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterr âneos. Entretanto, a car ência de estudos de abrang ência regional, fundamentais para a avaliação da ocorr ência e da potencialidade desses recursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando uma gest ão eficiente. Al ém disso, as decis ões sobre a implementa ção de a ções de conviv ência com a seca exigem o conhecimento b ásico sobre a localiza ção, caracteriza ção e disponibilidade das fontes de água superficiais e subterr âneas. Para um efetivo gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente num contexto emergencial, como é o caso das secas, merece aten ção a utilização das fontes de abastecimento de água subterr ânea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no suprimento hídrico da população e dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante é o desconhecimento generalizado, em todos os setores, tanto do n úmero quanto da situação das captações existentes, fato este agravado quando se observa a grande quantidade de captações de água subterr ânea no semi- árido, principalmente em rochas cristalinas, desativadas e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casos passíveis de serem solucionados com a ções corretivas de baixo custo. Para suprir as necessidades das institui ções e demais segmentos da sociedade atuantes na regi ão nordestina, no atendimento à popula ção quanto à garantia de oferta hídrica, principalmente nos momentos críticos de estiagem, a CPRM est á executando o Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea em conson ância com as diretrizes do Governo Federal e dos prop ósitos apresentados pelo Minist ério de Minas e Energia. Este Projeto tem como objetivo a realiza ção do cadastro de todos os po ços tubulares, po ços 2 amazonas representativos e fontes naturais, em uma área de 722.000 km da regi ão Nordeste do Brasil, excetuando-se as áreas urbanas das regi ões metropolitanas. 2. ÁREA DE ABRANG ÊNCIA A área de abrang ência do projeto de cadastramento (figura 1) estende-se pelos estados do Piauí, Cear á, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Figura 1 – Área de abrang ência do Projeto 1 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco 3. METODOLOGIA O planejamento operacional para a realização desse projeto teve como base a experi ência da CPRM nos projetos de cadastramento de po ços dos estados do Cear á e Sergipe, executados com sucesso em 1998 e 2001, respectivamente. Os trabalhos de campo foram executados por microrregi ão, com áreas variando de 15.000 a 2 25.000 km . Cada área foi levantada por uma equipe coordenada por dois t écnicos da CPRM e composta, em m édia, de seis recenseadores, na maioria estudantes de nível superior dos cursos de Geologia e Geografia, selecionados e treinados pela CPRM. O trabalho contemplou o cadastramento das fontes de abastecimento por água subterrânea (po ço tubular, poço escavado e fonte natural), com determinação das coordenadas geogr áficas pelo uso do Global Positioning System (GPS) e obten ção de todas as informa ções passíveis de serem coletadas atrav és de uma visita t écnica (caracterização do poço, instalações, situa ção da captação, dados operacionais, qualidade da água, uso da água e aspectos ambientais, geol ógicos e hidrológicos). Os dados coletados foram repassados sistematicamente á Divis ão de Hidrogeologia e Explora ção da CPRM, em Fortaleza, para, ap ós rigorosa an álise, alimentarem um banco de dados. Esses dados, devidamente consistidos e tratados, possibilitaram a elabora ção de um mapa de pontos d’ água, de cada um dos municípios inseridos na área de atua ção do Projeto, cujas informa ções s ão complementadas por esta nota explicativa, visando um f ácil manuseio e compreens ão acessível a diferentes usu ários. Na elabora ção dos mapas de pontos d‘ água, foram utilizados como base cartogr áfica os mapas municipais estatísticos em formato digital do IBGE (Censo 2000), elaborados a partir das cartas topogr áficas da SUDENE e DSG – escala 1:100.000, sobre os quais foram colocados os dados referentes aos po ços e fontes naturais contidos no banco de dados. Os trabalhos de arte final e impress ão dos mapas foram realizados com o aplicativo CorelDraw. A base estadual com os limites municipais foi cedida pelo IBGE. H á municípios em que ocorrem alguns casos de poços plotados fora dos limites do mapa municipal. Tais casos ocorrem devido à imprecis ão nos traçados desses limites, seja pela pequena escala do mapa fonte utilizado no banco de dados (1:250.000), seja por problemas ainda existentes na cartografia estadual, ou talvez devido a informa ções incorretas prestadas aos recenseadores ou, simplesmente, erro na obten ção das coordenadas. Al ém desse produto impresso, todas as informa çõe s coligidas est ão disponíveis em meio digital, através de um CD ROM, permitindo a sua contínua atualiza ção. 4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍPIO DE BREJO DA MADRE DE DEUS 4.1 - Localiza ção e Acesso O município de Brejo da Madre de Deus est á localizado na mesorregi ão Agreste e na Microrregi ão Vale do Ipojuca do Estado de Pernambuco, limitando-se a norte com Sta.Cruz Capibaribe e Taquaritinga do Norte, a sul com Belo Jardim, Tacaimb ó e S ão Caitano, a leste com Caruaru e Toritama, e a oeste com Jata úba. A área municipal ocupa 779,3 km2 e representa 0.79 % do Estado de Pernambuco. est á inserido nas Folhas SUDENE de Santa Cruz do Capibaribe e Belo Jardim na escala 1:100.000. A sede do município tem uma altitude aproximada de 627 metros e coordenadas geogr áficas de 08 Graus 08 min. 45 seg de latitude sul e 36 Graus 22 min. 16 seg de longitude oeste, distando 202,2 km da capital, cujo acesso é feito pela BR-232/l04, e PE-145. 2 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco Figura- 2 Mapa de acesso rodovi ário 4.2 - Aspectos Socioecon ômicos O município foi criado em 20/06/1893, pela Lei Estadual nº 52, sendo formado pelos distritos: Sede e Fazenda Nova e pelos povoados: Barra do Farias, Caldeir ões, Logradouro, Mandaçaia, S ão Domingos e Fazenda Velha.. De acordo com o censo 2000 do IBGE, a popula ção residente total é de 38 109 habitantes sendo 24 713 (64,8) na zona urbana e 13 396 (35,2) na zona rural. Os habitantes do sexo masculino totalizam 18 873 (49,5) %, enquanto que do feminino totalizam 19 236 (50,5) %, resultando numa densidade demogr áfica de 48,9 hab/km2. A rede de sa úde se comp õe de 02 Hospitais, 81 Leitos, 22 Ambulat órios, e 48 Agentes Comunit ários de Sa úde P ública. A taxa de mortalidade infantil, segundo dados da DATASUS é de 86,95 para cada mil crian ças. Na área de educação, o município possui 58 estabelecimentos de ensino fundamental com 9759 alunos matriculados, e 05 estabelecimentos de ensino m édio com 585 alunos matriculados. A rede de ensino totaliza 175 salas de aula, sendo 28 da rede estadual, 118 da municipal e 29 particulares. Dos 9 654 domicílios particulares permanentes, 6133 (63,5)% s ão abastecidos pela rede geral de água, 717 (7,4)% s ão atendidos por po ços ou fontes naturais e 2804 (29,0)% por outras formas de abastecimento. A coleta de lixo urbano atende 4212 (43,6)% dos domicílios. Os gastos sociais per capita s ão R$ 26,00 em educa ção e cultura, R$ 01,00 em habita ção e urbanismo, R$ 09,00 em sa úde e saneamento e R$ 12,00 em assist ência e previd ência social (2000). Os setores de atividade econ ômica formais s ão: Ind ústria de transformação, gerando 85 empregos em 08 estabelecimentos, Com ércio com 56 em 33, Servi ços com 55 em 08, Administração p ública com 690 em 03 , Construcao civil com 1 em 1, e Agropec., extr vegetal, ca ça e pesca com 23 em 07. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal-IDH-M é de 0,579. Este índice situa o o o município em 151 no ranking estadual e em 4998 no nacional. O Índice de Exclus ão Social, que é construído por 07 (sete) indicadores (pobreza, emprego formal, desigualdade, alfabetiza ção, anos de estudo, concentra ção de jovens e viol ência) é de 0,301, º º ocupando a 166 coloca ção no ranking estadual e a 5.246 no ranking nacional. 4.3 - Aspectos Fisiográficos O município de Brejinho, est á inserido na unidade geoambiental da Depress ão Sertaneja, que representa a paisagem típica do semi- árido nordestino, caracterizada por uma superfície de pediplana ção bastante mon ótona, relevo predominantemente suave-ondulado, cortada por vales estreitos, com vertentes dissecadas. Elevações residuais, cristas e/ou outeiros pontuam a linha do horizonte. Esses relevos isolados testemunham os ciclos intensos de eros ão que atingiram grande parte do sert ão nordestino. A vegeta ção é basicamente composta por Caatinga Hiperxer ófila com trechos de Floresta Caducif ólia. 3 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco O clima é do tipo Tropical Semi- Árido, com chuvas de ver ão. O período chuvoso se inicia em novembro com t érmino em abril. A precipita ção m édia anual é de 431,8mm. Com respeitos aos solos, nos Patamares Compridos e Baixas Vertentes do relevo suave ondulado ocorrem os Planossolos, mal drenados, fertilidade natural m édia e problemas de sais; Topos e Altas Vertentes, os solos Brunos n ão C álcicos, rasos e fertilidade natural alta; Topos e Altas Vertentes do relevo ondulado ocorrem os Podzólicos,drenados e fertilidade natural m édia e as Eleva ções Residuais com os solos Lit ólicos, rasos, pedregosos e fertilidade natural m édia. 4.4 - Geologia O município de Brejo da Madre de Deus encontra-se inserido, geologicamente, na Província Borborema, estando constituído pelos litotipos dos complexos Salgadinho, S ão Caetano e Vertentes, das suítes Serra de Taquaritinga e M áfica, dos granit óides Indiscriminados e de Quimismo Indiscrinadose das suítes Intrusiva Shoshonítica Salgueiro/Terra Nova, Peraluminosa Xingo e Calcialcalina de M édio a Alto Pot ássio Itaporanga, como pode ser observado na figura 3. Figura 3- Mapa Geol ógico 4 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco 5. RECURSOS HÍDRICOS 5.1 - Águas Superficiais O município de Brejo da Madre de Deus encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrogr áfica do Rio Capibaribe. Seus principais tributários s ão: o Rio Capibaribe e os riachos: Boi Manso, Doce ou Mulungu, das Barracas, da Jurema, A çudinho, dos Po ços, Tabocas, Quixabeira, Fundo, do Brejo da Madre de Deus, Mandacaru do Norte, Jacar é, da Cachoeira, Mandacaru do Sul, da On ça, Santana, Santo, Betume e Veado Podre. Os principais corpos de acumula ção s ão os 3 3 a çudes: Machado (1.228.340m ) e Oitís (3.020.159m ). Todos os cursos d’ água no município t êm regime de escoamento intermitente e o padr ão de drenagem é o dendrítico. 5.2 - Águas Subterrâneas 5.2.1 - Domínios Hidrogeol ógicos O município de Brejo da Madre de Deus est á totalmente inserido no Domínio Hidrogeol ógico Fissural. O Domínio Fissural é composto de rochas do embasamento cristalino que englobam o subdomínio rochas metam órficas constituído do Complexo Bel ém do S ão Francisco,Complexo Vertentes, Complexo S ão Caetano, Suite Serra de Taquaritinga e do Complexo Salgadinho e o sub-domínio rochas ígneas da Suite calcialcalina Itaporanga, Suite peraluminosa Xing ó, Suite shoshonítica Salgueiro-Terra Nova, Granit óides e da Suite M áfica. 6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS O levantamento realizado no município registrou a existência de 35 pontos d’ água, sendo um n ão definido e 34 poços tubulares, conforme mostra a fig.6.1. Poços tubulares 97% Indefinidos 3% Indefinidos Poços tubulares Fig.6.1 – Tipos de pontos d’ água cadastrados no município Com rela ção à propriedade dos terrenos onde est ão localizados os pontos d’ água cadastrados, podemos ter: terrenos p úblicos, quando os terrenos forem de serventia p ública e, particulares, quando forem de uso privado. Conforme ilustrado na fig.6.2, existem 05 pontos d’ água em terrenos p úblicos e 30 em terrenos particulares. 5 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco Particulares 86% Públicos 14% Particulares Públicos Fig.6.2 – Natureza da propriedade dos terrenos onde existem po ços tubulares. Quanto ao tipo de abastecimento a que se destina a água, os pontos cadastrados foram classificados em: comunit ários, quando atendem a várias famílias e, particulares, quando atendem apenas ao seu propriet ário. A fig.6.3 mostra que 05 ponto d’ água destina-se ao atendimento comunit ário e 30 pontos ao atendimento particular. Co munitário 14% Particular 86% Particular Comunitário Fig.6.3 – Finalidade do abastecimento dos po ços. Quatro situa ções distintas foram identificadas na data da visita de campo: poços em opera ção, paralisados, n ão instalados e abandonados. Os poços em operação s ão aqueles que funcionavam normalmente. Os paralisados estavam sem funcionar temporariamente devido a problemas relacionados à manutenção ou quebra de equipamentos. Os n ão instalados representam aqueles po ços que foram perfurados, tiveram um resultado positivo, mas n ão foram ainda equipados com sistemas de bombeamento e distribuição. E por fim, os abandonados, que incluem po ços secos e po ços obstruídos, representam os po ços que n ão apresentam possibilidade de produ ção. A situa ção dessas obras, levando-se em conta seu car áter p úblico ou particular, é apresentada em n úmeros absolutos no quadro 6.1 e em termos percentuais na fig.6.4. Quadro 6.1 – Situa ção dos po ços cadastrados conforme a finalidade do uso Natureza do Abandonado Em Opera ção Não Instalado Paralisado Po ço Comunit ário 2 1 2 Particular 13 7 4 6 Indefinido Total 15 8 4 8 6 Indefinido - Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco Paralisados 23% Abandonados 43% Não Instalados 11% Em Operação 23% Abandonados Não Instalados Em Operação Paralisados Fig.6.4 – Situa ção dos po ços cadastrados Em rela ção ao uso da água, 04% dos pontos cadastrados s ão destinados ao uso dom éstico prim ário ( água de consumo humano para beber); 53% são utilizados para o uso dom éstico secund ário ( água de consumo humano para beber e uso geral); e 43% para dessedenta ção animal, conforme mostra a fig.6.5. Animal 43% Domésticos Secundários 53% Domésticos Primários 4% Animal Domésticos Secundários Domésticos Primários Fig.6.5 – Uso da água A fig.6.6 mostra a rela ção entre os poços tubulares atualmente em opera ção e os po ços inativos (paralisados e n ão instalados) que s ão passíveis de entrar em funcionamento. Verificou-se a exist ência de 10 poços particulares e 02 p úblicos n ão instalados ou paralisados e, portanto, passíveis de entrar em funcionamento, podendo vir a somar suas descargas àquelas dos 08 poços que est ão em opera ção. 10 8 6 4 2 0 Em Operação Paral/N. Instalados Particulares 7 10 Públicos 1 2 Fig.6.6 – Rela ção entre po ços em uso e desativados 7 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco Com rela ção à fonte de energia utilizada nos sistemas de bombeamento dos poços, a fig.6.7 mostra que 09 po ços utilizam energia el étrica, sendo 07 particulares e 02 p úblicos, enquanto 05 po ços utilizam outras formas de energia, sendo 04 particulares e 01 p úblico. 7 6 5 4 3 2 1 0 Energia Elétrica Outras Fontes Particulares 7 4 Públicos 2 1 Fig. 6.7 – Tipo de energia utilizada no bombeamento d’ água 6.1 - Aspectos Qualitativos Com relação à qualidade das águas dos pontos cadastrados, foram realizadas in loco medidas de condutividade el étrica, que é a capacidade de uma subst ância conduzir a corrente el étrica estando diretamente ligada ao teor de sais dissolvidos sob a forma de íons. Na maioria das águas subterr âneas naturais, a condutividade el étrica multiplicada por um fator, que varia entre 0,55 a 0,75, gera uma boa estimativa dos s ólidos totais dissolvidos (STD) na água. Para as águas subterr âneas analisadas, a condutividade el étrica multiplicada pelo fator 0,65 fornece o teor de s ólidos dissolvidos. o Conforme a Portaria n 1.469/FUNASA, que estabelece os padr ões de potabilidade da água para consumo humano, o valor m áximo permitido para os s ólidos dissolvidos (STD) é 1000 mg/l. Teores elevados deste par âmetro indicam que a água tem sabor desagrad ável, podendo causar problemas digestivos, principalmente nas crian ças, e danifica as redes de distribui ção. Para efeito de classifica ção das águas dos pontos cadastrados no município, foram considerados os seguintes intervalos de STD (S ólidos Totais Dissolvidos): 0 501 a 500 mg/l água doce a 1.500 mg/l água salobra > 1.500 mg/l água salgada Foram coletadas e analisadas amostras de 13 pontos d’ água. Os resultados das an álises mostraram valores oscilando de 1514,50 e 9750,00 mg/l, com valor m édio de 4737,00 mg/l. Observando o quadro 6.2 e a fig.6.8, que ilustra a classifica ção das águas subterrâneas no município, verifica-se a predomin ância total de água salina (100%) em todos os po ços amostrados. Quadro 6.2 – Qualidade das águas subterr âneas no município conforme a situa ção do po ço Qualidade da Não Em Uso Paralisado Indefinido Total água Instalado Doce 0 Salobra 0 Salina 8 3 2 13 Total 8 3 2 0 13 8 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco Salina 100% Salina Fig. 6.8 – Qualidade das águas subterr âneas do município. 9 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco 7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES A an álise dos dados referentes ao cadastramento de pontos d´ água executado no município permitiu estabelecer as seguintes conclusões: • A situa ção atual dos po ços tubulares existentes no município é apresentada no quadro 7.1 a seguir: Quadro 7.1 – Situa ção atual dos poços cadastrados no município. Natureza Abandonad Em Não Paralisado do Po ço o Opera ção Instalado P úblico 2 (40%) 1 (20%) 2 (40%) Particular 13 (43%) 7 (23%) 4 (13%) 6 (20%) Indefinido Total 15 (43%) 8 (23%) 4 (11%) 8 (23%) • • • • • • • • Indefinido Total - 5 (14%) 30 (86%) 0 (0%) 35 (100%) Os 35 pontos d’ água cadastrados est ão assim distribuídos: 01 po ço n ão definido e 34 po ços tubulares, sendo que 08 (23,00%) encontram-se em opera ção e 15 foram descartados (abandonados) por estarem secos ou obstruídos (43,00%). Os 12 pontos restantes (34,00%) incluem os n ão instalados e os paralisados, por motivos os mais diversos. Estes po ços representam uma reserva potencial substancial, que pode vir a reforçar o abastecimento no município se, ap ós uma an álise t écnica apurada, forem considerados aptos à recupera ção e/ou instala ção. Cabe à administra ção municipal promover ou articular o processo de an álise desses po ços, podendo aumentar substancialmente a oferta hídrica no município. Foram feitos testes de condutividade em 13 amostras d’ água (37,14% dos po ços cadastrados), das quais, todas apresentaram água salina (100,00%). Po ços paralisados ou n ão instalados em fun ção da alta salinidade e que possam ter uso o comunit ário, tamb ém devem ser analisados em detalhe (vaz ão, an álise físico-química, n de famílias atendidas, etc), para verifica ção da viabilidade da instalação de equipamentos de dessaliniza ção. Deve ser analisada a possibilidade de treinamento de moradores das proximidades dos po ços, para manuten ção de bombas em caso de pequenos defeitos, ou ainda, para serem os respons áveis por fazer a comunica ção à Prefeitura Municipal, em caso de problemas mais graves, para que sejam tomadas ou articuladas as medidas cabíveis. Importante chamar a aten ção para o lan çamento inadequado dos rejeitos dos dessalinizadores (geralmente direto no solo). É necess ário o empenho das prefeituras no sentido de dotar os po ços equipados com dessalinizadores, de recept áculos adequados, evitando a polui ção dos aq üíferos e a salinização do solo. Todos os po ços deveriam sofrer manuten ção peri ódica para assegurar o seu pleno funcionamento, principalmente em tempos de estiagem prolongada; por manuten ção peri ódica entende-se um período, no mínimo anual, para retirada de equipamento do po ço e sua manuten ção e limpeza, al ém de limpeza do po ço como um todo, possibilitando a recupera ção ou manuten ção das suas vaz ões originais. Para assegurar a boa qualidade da água, do ponto de vista bacteriol ógico, devem ser implantadas em todos os po ços ativos e paralisados, passíveis de recupera ção, medidas de proteção sanit ária tais como: selo sanit ário, tampa de proteção, limpeza permanente do terreno, cerca de proteção, etc. O que pode ser articulado entre a Prefeitura Municipal e a pr ópria popula ção benefici ária do po ço. Quanto aos po ços abandonados, devem ser tomadas medidas de conten ção, como a coloca ção de tampas soldadas ou aparafusadas, visando evitar a contamina ção do lençol fre ático por queda acidental de pequenos animais e introdu ção de corpos estranhos, especialmente por crian ças, fato muito comum nas áreas visitadas. 10 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco 8. REFER ÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS ANU ÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2000. Brasília: DNPM, v.29, 2000. 401p. BRASIL. MINIST ÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. Secretaria de Minas e Metalurgia; CPRM – Servi ço Geol ógico do Brasil [CD ROM] Geologia, tect ônica e recursos minerais do Brasil, Sistema de Informa ções Geográficas SIG. Mapas na escala 1:2.500.000. Brasília: CPRM, 2001. Disponível em 04 CD’s FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Geografia do Brasil. Regi ão Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. Disponível em 1 CD. FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Mapas Base dos municípios do Estado de Pernambuco. Escalas variadas. In édito. RODRIGUES E SILVA, Fernando Barreto; SANTOS, José Carlos Pereira dos; SILVA, Ademar Barros da et al [CD ROM] Zoneamento Agroecol ógico do Nordeste do Brasil: diagn óstico e progn óstico. Recife: Embrapa Solos. Petrolina: Semi-Árido, 2000. Disponível em 1 CD 11 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco ANEXO 1 PLANILHA DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Ág ua Subterrânea Diagn óstico do Município de Brejo da Madre de Deus – Estado de Pernambuco C ÓDIGO PO ÇO HI460 LOCALIDADE LATITUDE S LONGITUDE W PONTO DE ÁGUA NATUREZA DO TERRENO PROF. (m) VAZ ÃO (L/h) SITUA ÇÃO DO PO ÇO EQUIPAMENTO DE BOMBEAMENTO FONTE DE ENERGIA FINALIDADE DO USO STD (mg/L) 075924,0 362117,3 Poço tubular Particular 50 Em Opera ção Catavento Doméstico Secund ário, Animal, 6994 075950,3 362135,0 Poço tubular Particular 51 Em Opera ção Compressor de ar Dom éstico Secund ário, Animal, 4160 075806,9 362102,4 Poço tubular Particular 60 Abandonado HI463 SITIO BARRACAS FAZ. NOSSA SENHORA APARECIDA ASSENTAMENTO DO POCO COMPRIDO ASSENTAMENTO DO POCO COMPRIDO 075809,1 362102,6 Poço tubular Particular 30 Paralisado HI464 SITIO CONTADOR 075814,8 362147,4 Poço tubular Particular 41 Em Opera ção Bomba submersa HI465 SITIO RIACHO FUNDO 080143,6 362250,3 Poço tubular Particular 50 Paralisado Catavento HI466 SITIO RIACHO FUNDO 080206,5 362240,8 Poço tubular Particular 55 Abandonado HI484 SITIO BOI MANSO 075617,5 362249,7 Poço tubular Particular 46 Em Opera ção Bomba submersa HI485 SITIO BOI MANSO 075651,6 362331,3 Poço tubular Particular 45 Paralisado Catavento HJ630 FAZENDA MAQUINE 080631,8 362152,1 Poço tubular Particular 60 Abandonado , HJ631 SITIO BAIXINHA 080650,7 362113,6 Poço tubular Particular 36 Abandonado , HJ632 SITIO PARIDA 080630,2 362017,1 Poço tubular P úblico 42 Paralisado HJ633 SITIO BREJINHO 080530,1 361838,5 Poço tubular Particular N ão Instalado HJ634 SITIO BREJINHO 080438,6 361903,0 Poço tubular Particular Paralisado HJ635 SITIO NAVIO 080344,1 361609,4 Poço tubular Particular 52 Abandonado , HJ636 GRANDE HOTEL FAZENDA NOVA 081010,9 361141,8 Poço tubular Particular 90 HJ637 GRANDE HOTEL FAZENDA NOVA 081004,5 361142,6 HJ638 GRANDE HOTEL FAZENDA NOVA 081003,2 361137,1 HJ639 GRANDE HOTEL FAZENDA NOVA 081012,5 HJ640 DISTRITO DA FAZENDA NOVA HJ641 RIACHO DO PEDRO HJ642 HJ643 HI461 HI462 , Trifásica , 5720 Doméstico Secund ário, 9750 , , Bomba injetora Trifásica Doméstico Secund ário, Animal, 7137 , Monof ásica Doméstico Secund ário, Animal, , Catavento Doméstico Secund ário, Animal, 1527,5 3900 Abandonado , Particular Abandonado , Poço tubular Particular Abandonado , 361136,2 Poço tubular Particular N ão Instalado , 7930 081028,0 361143,9 Poço tubular Particular Em Opera ção Doméstico Secund ário, 3185 080841,2 361405,5 Poço tubular Particular Abandonado SITIO CURTUME 080953,3 362015,6 Poço tubular Particular Abandonado , POVOADO BARRA DE FARIAS 080812,0 361827,5 Poço tubular Particular 50 N ão Instalado , HJ644 SITIO SAO PAULO 080649,5 361614,5 Poço tubular Particular 52 N ão Instalado , 5694 HJ645 SITIO CACHOEIRA (MANDACAIA) 080437,8 361235,1 Poço tubular Particular 53 Em Opera ção Bomba injetora Monof ásica Doméstico Secund ário, Animal, 1937 HJ646 SITIO CACHOEIRA (MANDACAIA) 080437,4 361235,8 Poço tubular Particular 28 Em Opera ção Bomba injetora Monof ásica , 2132 HJ647 SITIO MOURAO 080424,8 361202,7 Poço tubular Particular Paralisado Bomba injetora Monof ásica Doméstico Secund ário, Animal, HJ648 DISTRITO DE SAO DOMINGOS 075750,0 361221,8 Poço tubular P úblico Paralisado Bomba injetora Monof ásica Doméstico Secund ário, Animal, 100 50 Bomba submersa Monof ásica , Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco C ÓDIGO PO ÇO LOCALIDADE LATITUDE S LONGITUDE W PONTO DE ÁGUA NATUREZA DO TERRENO PROF. (m) 50 VAZ ÃO (L/h) SITUA ÇÃO DO PO ÇO Catavento FONTE DE ENERGIA FINALIDADE DO USO HJ649 DISTRITO DE SAO DOMINGOS 075803,9 361234,1 Poço tubular P úblico HJ650 DISTRITO DE SAO DOMINGOS 075735,9 361251,7 Poço tubular P úblico Abandonado , HJ651 SITIO LOGRADOURO 080235,8 361824,1 Po ço tubular Particular Abandonado , HJ652 SITIO CALDEIRAO 080328,7 362058,9 Poço tubular Particular Abandonado HJ653 SITIO TAMBOR 080406,6 362230,9 Poço tubular Particular Paralisado HJ654 SITO OITIS 080517,7 362313,0 Poço tubular Particular HJ655 SITIO ACUDINHO 080548,5 362502,4 Poço tubular P úblico 54 Abandonado EQUIPAMENTO DE BOMBEAMENTO , , Catavento Doméstico Secund ário, Animal, Catavento , Dom éstico Prim ário, Dom éstico Secund ário, Animal, Abandonado Em Opera ção STD (mg/L) 1514,5 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Brejo da Madre de Deus Estado de Pernambuco ANEXO 2 MAPA DE PONTOS D’ Á GUA