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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA
ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA E
DESPORTIVA
RHOBYSSON MARTINS DE OLIVEIRA BRITO
RESULTADOS DA TÉCNICA DE ENERGIA MUSCULAR NA
EXTENSIBILIDADE E NA FLEXIBILIDADE: REVISÃO DE
LITERATURA
Goiânia
2012
RHOBYSSON MARTINS DE OLIVEIRA BRITO
RESULTADOS DA TÉCNICA DE ENERGIA MUSCULAR NA
EXTENSIBILIDADE E NA FLEXIBILIDADE: REVISÃO DE
LITERATURA
Artigo apresentado ao curso de Especialização em
Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Desportiva do
Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada,
chancelado pela Pontifícia Universidade Católica de
Goiás.
Orientador: Prof. Ms. Adroaldo José Casa Jr.
Goiânia
2012
RESUMO
Resultados da técnica de energia muscular na extensibilidade e na
flexibilidade: revisão de literatura
Rhobysson Martins de Oliveira Brito
Adroaldo José Casa Junior
Introdução: A Técnica de Energia Muscular (TEM) desenvolvida por Fred Mitchell,
é um método de terapia manual que utiliza a contração muscular voluntária para
restituir a mobilidade articular, alongando músculos encurtados, contraturados ou
hipertônicos e reduzindo quadros álgicos decorrentes de espasmo muscular, mas os
estudos dessa técnica relacionados com o ganho de flexibilidade e extensibilidade
da musculatura estão escassos. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura para
verificar a eficácia dessa técnica para o ganho de flexibilidade e extensibilidade na
musculatura do ser humano. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão literária,
cujos artigos utilizados foram obtidos por meio de uma pesquisa bibliográfica nas
bases de dados Medline, Lilacs, Pubmed e Cochrane, considerando o período de 1997
a 2011. Discussão: A flexibilidade dos músculos, principalmente dos isquiotibiais,
melhorou consideravelmente em vários estudos, sendo que nos estudos utilizados não
houve diferença significativa em termos de eficácia entre 20% e 100% da contração
isométrica. Em outras palavras, contrações isométricas submáxima são adequadas
para a melhoria da extensibilidade muscular. Aplicação das contrações sub-máximas
podem ser uma abordagem mais segura além de causar relaxamento muscular que
facilita o alongamento posterior. Considerações finais: A TEM, independentemente
da intensidade da contração realizada pelo sujeito, mostra-se efetiva na melhora da
flexibilidade muscular. Este recurso terapêutico manual mostra-se como um dos mais
positivos no que diz respeito ao ganho de flexibilidade articular e extensibilidade
muscular.
Palavras-chave: Flexibilidade; extensibilidade; técnica de energia muscular.
INTRODUÇÃO
A prática dos exercícios de alongamento é muito difundida entre atletas e
pessoas envolvidas em atividades físicas, além de procedimento rotineiro em clínicas
de fisioterapia. O aumento na Amplitude de Movimento (ADM), a redução no risco de
lesões musculoarticulares e a melhora no desempenho físico são alguns dos principais
motivos relacionados à sua inclusão como forma de tratamento, mas, o desempenho é
melhorado apenas com uso de sessões periódicas de alongamento, não ocorrendo em
sessões únicas1.
O alongamento antes do treinamento físico tem sido uma prática comum em
todos os níveis do desporto. Contudo, tem-se demonstrado que o alongamento préexercício não reduz as taxas de lesões e, em alguns casos, pode predispor a lesão, ou
seja, é provável que haja pouco ou nenhum benefício na prevenção de lesões quando o
atleta é submetido ao exercício de alongamento antes da sessão de treinamento 2.
Um importante componente da aptidão física relacionada à saúde é a
flexibilidade. Basicamente, ela é resultante da capacidade da elasticidade demonstrada
pelos músculos e tecidos conectivos, combinados à mobilidade articular3.
Fatores endógenos tais como o sexo, a idade, o somatótipo e a individualidade
biológica, influenciam a flexibilidade. Esta, por sua vez, comporta-se de forma diferente
em crianças, adolescentes e adultos, e tende a diminuir com o aumento da idade 3.
A flexibilidade, especificamente, até a puberdade, diminui e tende a aumentar,
posteriormente, até atingir um platô e na idade adulta, tende diminuir. Difere, ainda, em
função do sexo, sendo que as mulheres possuem maior flexibilidade comparada com os
homens4.
Os programas de exercícios, geralmente, incluem a força e a flexibilidade como
componentes do treinamento5. O treinamento da flexibilidade pode ser feito na forma
submáxima (alongamento) e na forma máxima (flexionamento). O aprimoramento da
flexibilidade desenvolve-se por diferentes técnicas, dentre as quais estão: o alongamento
dinâmico ou balístico, alongamento estático ou passivo e a Facilitação Neuromuscular
Proprioceptiva (FNP)6.
O alongamento estático é o método mais comum para o ganho de flexibilidade
e oferece vantagens quando comparado as outras duas formas de alongamento devido a
facilidade de execução e ao baixo potencial de dano tecidual7.
A Técnica de Energia Muscular (TEM) desenvolvida por Fred Mitchell,
é um método de terapia manual que utiliza a contração muscular voluntária para
restituir a mobilidade articular, alongando músculos encurtados, contraturados ou
hipertônicos e reduzindo quadros álgicos decorrentes de espasmo muscular. Classificase entre as técnicas estruturais ativas, em que o indivíduo participa aplicando sua
força muscular e dosificando à técnica8. Essa técnica aplica-se com uma contração
isométrica da musculatura antagonista da que pretende alongar durante um período de
6 a 10 segundos e um alongamento de 20 a 30 segundos. Assim esse processo ativa
os órgãos tendinosos de golgi e inibe os fusos musculares, promovendo um ganho de
flexibilidade.
Os métodos mais usados pela TEM são a isolítica, a inibição recíproca e
o Relaxamento Pós-Isométrico (RPI). O RPI refere-se ao relaxamento muscular
após a realização da contração isométrica do agonista. Esse relaxamento deve-se à
resposta neurológica que envolve os órgãos tendinosos de golgi, em que a contração
isométrica excita o órgão tendinoso de golgi, através da fibra aferente Ib, estimulando
o interneurônio, este por sua vez, libera o mediador inibitório, que, através do neurônio
motor, cessa a descarga na placa motora, promovendo o relaxamento muscular9.
A TEM é um método manipulativo no qual o individuo utiliza ativamente
seus músculos a partir de uma posição controlada em uma direção específica contra
uma força contrária. Pode ser aplicado para alongar músculos encurtados, fortalecer
músculos enfraquecidos e mobilizar articulações com mobilidade restrita 10.
Embora sob o amplo guarda-chuva da terapia manual, a TEM não se enquadra
nas categorias da manipulação ou mobilização. Essa é uma técnica ativa, em que o
paciente, ao invés de prestador de cuidados, fornece a correção da força. Wilson et al.11
definem essa técnica como um tratamento da medicina manual que envolve a contração
muscular voluntária do paciente em um controle preciso de direção, em diferentes níveis
de intensidade, contra uma resistência contrária aplicada pelo operador11.
É indicada a pacientes com sintomatologia dolorosa do sistema locomotor,
que apresentem atividades articulares normais, porém musculatura encurtada ou com
espasmo8.
A TEM baseia-se no fato de que, após uma contração pré-alongamento de
um músculo irá relaxar como resultado da inibição autogênica e será alongado mais
facilmente. A contração antes do alongamento também leva a um relaxamento reflexo,
acompanhado por uma diminuição na atividade eletromiográfica no músculo retraído 12.
Embora tenha havido uma abundância de pesquisa advogando o uso da
manipulação em geral, poucos são os artigos publicados sobre o tema da TEM
relacionando com o ganho de flexibilidade e extensibilidade11.
O presente estudo tem como objetivo verificar, por meio da literatura, os efeitos
da TEM no ganho da flexibilidade muscular e extensibilidade articular.
MÉTODOS
Para a realização dessa revisão de literatura, foi realizada uma pesquisa dos
artigos indexados nas bases de dados Medline, Lilacs, Pubmed e Cochrane,
considerando o período de 1997 a 2011. A busca foi realizada com as palavras-chave:
(flexibilidade, extensibilidade e técnica de energia muscular). Foram encontrados 25
artigos em toda busca, no idioma português e inglês, mas após a leitura destes, foram
excluídos 10 artigos, sendo, portanto, utilizados 15 artigos referentes a este tema e 2
livros. Os artigos foram excluídos por serem publicados antes do ano de 1997 e também
por não terem o assunto do artigo em questão como prioridade. A pesquisa no banco de
dados foi realizada no período de Novembro de 2009 até Março de 2011.
DISCUSSÃO
A contração muscular prolongada tem como resposta alterações circulatórias
e metabólicas locais que ocorrem quando o músculo está em contração continua,
tornando-a autoperpetuante8.
Durante a última década, diversos estudos têm avaliado alterações na
flexibilidade com alongamentos de diversas técnicas. No entanto, a eficácia clínica e a
aplicação destas técnicas ainda são controversas entre pesquisadores13. São poucos os
estudos que comprovam a eficácia da TEM relacionada com o ganho de flexibilidade.
Costa et al.13, observaram que o aumento da flexibilidade com o uso dessa
técnica foi significativo, onde o ganho médio, em graus, foi de 18,150 (± 8,647) em
Membro Inferior Esquerdo (MIE) e de 20,000 (± 10,005) em Membro Inferior Direito
(MID). Neste estudo, Costa et al.13, evidenciaram a maior eficácia da TEM quando
comparada com a técnica de alongamento estático mantido, para o ganho imediato de
flexibilidade.
As respostas do alongamento com a TEM (RPI) foram semelhantes às descritas
no estudo de Salvador et al. em que o ganho de flexibilidade em isquiotibiais do MID
foi – em graus – de 8,93 (± 13,98) e em MIE 7,64 (± 14,03), tendo como amostra nove
indivíduos apresentando lombalgia associada ao encurtamento muscular. Além do
ganho de flexibilidade, houve também redução do quadro álgico desses indivíduos, que
foi analisada através da escala analógica visual da dor9.
Estudos recentes verificaram diminuição da rigidez, nos músculos isquiotibiais
de humanos, com cinco repetições de alongamento de 30 segundos. Foi observado
também que o alongamento em isquiotibiais encurtados, realizados por quatro semanas,
duas vezes ao dia, 10 minutos de cada vez, não mostrou diferença na extensibilidade e
sim um aumento na tolerância ao alongamento9.
Os efeitos, em longo prazo, do alongamento estático na (ADM) tem sido
estudados por diversos autores14. Karloh et al.7 reportam que indivíduos do grupo teste
(12 indivíduos não atletas e saudáveis) submetidos a sessões diárias de alongamento
através da TEM, compostas por 10 repetições de 15 segundos, com 15 segundos de
repouso entre as repetições, por um período de três semanas, demonstraram incremento
de 13,4° na ADM de flexão do quadril. Ainda, Karloh et al.
7
relatam o aumento de
12,5° e 10,05°, respectivamente, na ADM de flexão do quadril após um programa
de flexibilidade através de alongamentos com a mesma técnica com duração de seis
semanas (três repetições de 30 segundos).
Schenk et al.15 realizaram um estudo randomizado para determinar a eficácia
da TEM para aumento da extensão lombar em indivíduos assintomáticos. Cada sessão
durou menos de cinco minutos com cada sujeito a receber quatro repetições da TEM
duas vezes por semana durante quatro semanas. Enquanto os autores não mencionam
o tratamento do grupo controle, relataram uma diferença estatisticamente significativa
(P> 0,05) no aumento da extensão lombar no grupo experimental.
Shadmehr et al.16 observaram que a TEM com uma contração isométrica de 50%
e tempo de espera de 10 segundos pode melhorar significativamente a flexibilidade
de isquiotibiais. Feland & Marin17 estudaram o efeito de diferentes intensidades de
contração isométrica (20%, 60%, 100%), utilizando a técnica de TEM. Os resultados
demonstraram que a flexibilidade dos isquiotibiais melhorou consideravelmente em
todos os grupos e não houve diferença significativa em termos de eficácia entre 20% e
100% da contração isométrica.
Contrações isométricas submáxima são adequadas para a melhoria da
flexibilidade muscular. Aplicação das contrações submáximas pode ser uma abordagem
mais segura além de causar relaxamento posterior isométrico que facilita o alongamento
posterior. Contrações isométricas superiores a 70% podem reduzir o oxigênio do
músculo, o que impede o relaxamento muscular ideal e aumenta o risco de cãibras
musculares. Por esta razão, no estudo de Shadmehr et al.16, foi utilizada uma contração
muscular isométrica de 50%.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo verificou-se que na última década diversas pesquisas têm
avaliado as influências de diversas técnicas fisioterápicas na flexibilidade e
extensibilidade, mas existem controvérsias entre os pesquisadores.
Alguns estudos descrevem aumento da flexibilidade e da extensibilidade dos
músculos na aplicação da TEM, inclusive, com significância estatística, especialmente
na comparação com o alongamento estático mantido.
Nos trabalhos revisados não se observou diferença significativa em termos de
eficácia da melhora da flexibilidade dos músculos encurtados quanto à intensidade da
contração, mas em alguns casos (em que se utilizou força superior a 70%) houve o
aparecimento de cãibras musculares em alguns dos estudados.
Sugere-se que novos estudos sejam realizados para ratificar a real eficácia da
TEM no tratamento de músculos encurtados e estabelecer um consenso para verificar a
melhor forma de aplicação desta técnica.
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ABSTRACT
Results of muscle energy technique on extensibility and flexibility: a
literature review
Rhobysson Martins de Oliveira Brito
Adroaldo José Casa Junior
Introduction: The muscle energy technique (TEM) developed by Fred Mitchell, is
a method of manual therapy that uses voluntary muscle contraction to restore joint
mobility, stretching shortened muscles, contractures or hypertonic and reducing
painful picture due to muscle spasm, but studies of related technical with increased
flexibility and extensibility of muscles are scarce. Objective: Conduct a literature
review to verify the effectiveness of this technique to gain flexibility and extensibility
in the muscles of the human being. Methods: This study is a literature review, whose
articles used were obtained through a literature search in Medline, Lilacs, Pubmed and
Cochrane, in the period 1997 to 2011. Discussion: The flexibility of muscles, especially
hamstrings, improved considerably in several studies, and studies used no significant
difference in efficacy between 20% and 100% of the isometric contraction. In other
words, submaximal isometric contractions are adequate to improve muscle extensibility.
Application of sub-maximal contractions can be a safer approach in addition to
causing muscle relaxation that facilitates the subsequent stretching. Conclusion: TEM,
regardless of the intensity of contraction performed by the subject, proves effective in
improving muscular flexibility. This therapeutic resource guide shows itself as one of
the most positive with regard to gaining muscle joint flexibility and extensibility.
Keywords: flexibility, extensibility and muscle energy technique.
Pesquisadores:
Rhobysson Martins de Oliveira Brito
Fisioterapeuta
Adroaldo José Casa Junior
Fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Saúde e Docente do CEAFI PÓSGRADUAÇÃO
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