cuidados paliativos em paciente com insuficiência renal crônica.

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CUIDADOS PALIATIVOS EM
PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA
RENAL CRÔNICA
Souza L.C.M.*; Santos J.C.*; Richlin C.H.*; Barreira, M.A.*; Brum E.P**
• *Acadêmicas do Curso de Medicina da Universidade Positivo, Curitiba-PR
• ** Professor do Curso de Medicina, Clínica Médica, Universidade Positivo, Curitiba-PR.
INTRODUÇÃO
DISCUSSÃO
A insuficiência renal crônica (IRC) é um problema
de saúde pública no mundo, sendo dividida em 5
estágios conforme a taxa de filtração glomerular
(TFG), sendo o estágio 5 classificado como
terminal (1). Apesar dessa denominação, a fase
terminal pode durar um longo período de tempo, e
em casos onde o paciente se recusa realizar o
tratamento ou ele não é mais eficaz, os cuidados
paliativos devem ser discutidos.
A paciente se encontrava em IRC grau V, e por
não obter melhora em seu quadro no
internamento, foi optado por cuidados paliativos.
Os avanços tecnológicos trouxeram consigo um
aumento da expectativa de vida de pacientes
graves (2). Entretanto, trouxeram também a
possibilidade do prolongamento da vida de
pacientes sem possibilidades terapêuticas. Os
cuidados paliativos tem como pilares o controle da
dor e dos sintomas, apoio psicológico, social e
espiritual, envolvendo o paciente e seus familiares
na tomada de decisões a fim de se obter um final
da vida mais digna, como ocorreu no caso relatado
(2,3).
OBJETIVO
Relato de caso de uma paciente com IRC grau V
em hemodiálise, onde decidiu-se iniciar cuidados
paliativos.
RELATO
Sexo feminino, 35 anos, com IRC de causa
desconhecida, em diálise há 23 anos e clearance
de creatinina de 13.05mL/min. Interna por intensa
dispneia e dor torácica após realizar hemodiálise,
sendo diagnosticada com tromboembolismo
pulmonar. Ao exame físico apresentava-se
taquidispneica,
hipoxêmica,
confusa,
com
desnutrição severa, hipertensa e com edema
facial. No internamento apresentou melhora do
quadro pulmonar, porém manteve a gravidade do
quadro geral apesar do tratamento clinico intenso
e diálise. Discutido com equipe multidisciplinar
hospitalar, com familiares e paciente sobre a
limitação do quadro, foi optado em conjunto por
medidas paliativas. Manteve-se em HD, em dieta
enteral e aumentado suporte para dor e sedação.
Após 20 dias de internamento a paciente evoluiu a
óbito.
CONCLUSÃO
A IRC é uma patologia progressiva, sendo a
hemodiálise apenas uma alternativa de tratamento
a fim de aliviar os sinais e sintomas. Em casos
como o da paciente descrita, em que a
hemodiálise deixa de ser efetiva, e não há
possibilidade de nenhuma outra terapêutica, os
cuidados paliativos devem instituídos, de modo
que a morte ocorra de forma natural e minimize
sofrimento para o paciente e seus familiares.
REFERÊNCIAS
1- Diretrizes Brasileiras de Doença Renal Crônica.
J Bras Nefrol. 2004;26(Supl 1):S1-S49.
2- Deheinzelin D. Limitação e suspensão de
tratamento: é hora de agir. Rev Assoc Med Bras
(1992). 2006;52(6):378.
3- Pessini L. A filosofia dos cuidados
paliativos: uma resposta diante da obstinação
terapêutica. Mundo Saúde (1995). 2003; 27(1):
15-32.
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