Cuidados Paliativos no Paciente Crítico Definição: Cuidado paliativo é uma forma de abordagem que visa a melhoria da qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam doenças ameaçadoras à vida. Princípios: Beneficência, não maleficência, autonomia e justiça Avaliação do paciente: Eficácia do tratamento proposto O benefício, que diz respeito ao que o PACIENTE ou seu representante percebem como sendo de valor. A onerosidade da intervenção Critérios que auxiliam na definição do status de terminalidade História natural da doença Reversibilidade Fatores de mau prognóstico (choque refratário, piora clínica apesar da otimização terapêutica. Conceitos: Eutanásia, ortotanásia e distanásia. Aspectos éticos / jurídico: 2006 – Resolução 1805 Art. 1º É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamento que prolonguem a vida do doente, em fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal. Parágrafo primeiro: O médico tem obrigação de esclarecer ao doente ou responsável legal as modalidades terapêuticas adequadas a cada situação. Parágrafo segundo: A decisão referida no caput deve ser fundamentada e registrada no prontuário. Parágrafo terceiro: É assegurado ao doente ou a seu representante legal o direito de solicitar uma segunda opinião médica. 2006 – Resolução 1805 O doente continuará a receber todos os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, assegurada a assistência integral, o conforto físico, psíquico, social, espiritual, inclusive assegurando a ele o direito de alta hospitalar. 2009 – Código de Ética médica XXII – Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados. 2012 – Resolução 1995 Dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade do paciente. Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se ou de expressar de maneira livre e independe suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade. Fases da assistência intensiva: Primeira fase: Maior possibilidade para a recuperação (morte pouco provável). Segunda fase: Falta de respostas ou uma resposta insuficiente aos recursos utilizados, com crescente tendência ao desfecho morte/irreversibilidade (morte prevista para dias, semanas ou meses). Terceira fase: Identificação da irreversibilidade (morte prevista para horas ou dias). Fluxograma de atendimento do paciente crítico Em todas as fases: Privilegiar • A tomada individualizada de decisão. • O controle dos sintomas (dor, desconforto, dispnéia, boca seca, etc;) Fase II • • • • • • • • • • Estimular medidas de comunicação empática Estimular atitudes de solidariedade Facilitar a presença de familiares Avaliar o melhor local para fornecer os cuidados paliativos Possibilitar alta da UTI Estabelecer a prioridade entre os cuidados paliativos e/ou curativos Priorizar o conforto do paciente Evitar intervenções fúteis Adequar estratégias de sedoanalgesia, suporte ventilatório e nutrição Readequar as monitorizações e os cuidados multiprofissionais Em todas as fases: Propiciar apoio psíquico e espiritual • Respeitar a existência ou não de crenças • Permitir cerimônias de despedida (adequadas ao ambiente) • Proporcionar apoio psicológico para: paciente/família/equipe Fase III • • • • • • • Intensificar medidas de comunicação empática Intensificar atitudes de solidariedade Facilitar a presença dos familiares de uma maneira permanente Privilegiar o conforto do paciente Retirar terapia fútil (nutrição, drogas vasoativas, métodos dialíticos, etc.) Adequar estratégias sedoanalgésicas, suporte ventilatório, etc. Readequar as monitorações e os cuidados multiprofissionais