XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS NA ÁREA DE INFLUENCIA DO EMISSÁRIO SUBMARINO DE SANTOS, SP Luciana L. Guimarães1; Camilo Dias S. Pereira1,2; Fernando S. Cortez1; Walber Toma1; Rodrigo B.Choueri1,2; Fábio H. Pusceddiu 1; Aldo R. Santos1; Augusto Cesar1,2 1 [email protected] (UNISANTA, Santos, SP) [email protected] (UNISANTA e UNIFESP, Santos, SP) 1 [email protected] (UNISANTA, Santos, SP) 1 [email protected] (UNISANTA, Santos, SP) 1,2 [email protected] (UNISANTA e UNIFESP, Santos, SP) 1 [email protected] (UNISANTA, Santos, SP) 1 [email protected] (UNISANTA, Santos, SP) 1,2 [email protected] (UNISANTA e UNIFESP, Santos, SP) 1,2 Nas últimas duas décadas, especial atenção tem sido dada a contaminação ambiental relacionada aos fármacos, pois estes poluentes, denominados – emergentes, podem representar risco biológico-ecológico, especialmente em ecossistemas aquáticos. A presença desses múltiplos compostos no ambiente implica também em múltiplas vias de ação, podendo interferir significativamente na fisiologia, no metabolismo e no comportamento das espécies. No Brasil, país considerado um dos líderes do mercado farmacêutico emergente, embora todos os medicamentos devam ser obrigatoriamente submetidos a uma série de testes farmacológicos e clínicos previamente a sua comercialização, o mesmo rigor não é adotado para a avaliação do comportamento dos mesmos no meio ambiente. Este problema se agrava pela inexistência de uma política pertinente ao monitoramento/controle dos níveis de fármacos que são liberados no ecossistema marinho. O presente trabalho teve como objetivo a quantificação de diferentes classes de fármacos em água superficial e de fundo na área de descarte do efluente do emissário submarino de Santos/SP, através de análises por Cromatografia Líquida acoplada a Espectrometria de massas (LC/MS/MS). A etapa de coleta foi realizada em fase única, no mês de maio de 2012, a partir de seis pontos no entorno do emissário de Santos, além do ponto controle, fora da influência do emissário. Para cada ponto foram coletados 2 litros de água do mar, em duas profundidades (1 e 8 metros), com o auxílio de uma garrafa de Van Dorn, e as amostras foram acondicionadas em garrafa âmbar, sob baixa temperatura até o momento do processamento no laboratório. As amostras foram então filtradas, purificadas por extração líquido-líquido e analisadas por LC/MS/MS. Os espectros MS/MS resultantes foram processados e a identificação foi realizada a partir da detecção das transições MRM’s (Multiple Reaction Monitoring) da biblioteca de espectros de fragmentação (MS/MS), considerando os valores de tempo de retenção. Após as análises foram observados os fármacos Paracetamol, Diclofenaco, AAS, Losartan, Valsartan e Cafeína, a concentração desses fármacos variou de 0,01 a 2,5 µg/L. A Cafeína estava presente em todas as amostras e foi predominante quando comparado com os demais, atingindo concentrações superiores a 2 µg/L. O fármaco Diclofenaco foi detectado em dois pontos no entorno do emissário, sendo que em um deles atingiu concentrações acima de 1µg/L. Em vista destes fatos, tornam-se essenciais a implementação de programas regulares que visem o monitoramento dos níveis de fármacos em Estações de Tratamento de Efluentes, buscando soluções que propiciem a redução/eliminação da emissão desses compostos no ambiente aquático. Palavras-chave: fármacos, efluente doméstico, ambiente aquático Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 187