VI CONGRESSO BRASILEIRO DE TRIAGEM NEONATAL / XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE GENÉTICA MÉDICA SALVADOR – BA, 07 A 10 DE SETEMBRO DE 2010 Estudo dos polimorfismos dos genes GSTT1, GSTM1 em indivíduos portadores de Hanseníase GRAÇA, Carla Renata1 ; GAUCH, Camila Ravazzi1; PASCHOAL, Vânia Del´Arco1; SOUBHIA, Rosa Maria Cordeiro1; NARDI, Susilene Maria Tonelli 2,3 ; KOUYOUMDJIAN, João Aris1; ROSSIT, Andréa Regina Baptista4 (1) Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São Paulo – FAMERP; (2) Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru, São Paulo; (3) Centro de laboratórios Regionais – Instituto Adolfo Lutz, São José do Rio Preto-SP; (4) Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro. Resumo A hanseníase é uma doença infecciosa de curso crônico causada pelo patógeno Mycobacterium leprae (M. leprae). A maior defesa contra a infecção pelo M. leprae é o sistema macrofágico, cuja ação está associada à produção de moléculas e radicais livres chamadas de espécies reativas de oxigênios (ROS). Enquanto cerca de 90% da população desenvolve imunidade protetora contra a infecção; outras exibem manifestações clínicas ligadas a resposta imunológica deficiente ao patógeno; além de outros fatores ainda não totalmente elucidados. Desta forma, tem se buscado marcadores genéticos que explicariam a menor suscetibilidade de determinados indivíduos à doença. A presença das Glutationa -S- Transferases (codificadas pelos genes GSTT1 e GSTM1), aumenta a capacidade do organismo em detoxificar as ROS, cuja possível conseqüência é a diminuição da capacidade de inibição da proliferação bacilar. O objetivo deste trabalho foi verificar a possível associação entre os polimorfismos dos genes GSTT1 e GSTM1 na modulação da suscetibilidade genética a hanseníase. Para tanto, foi conduzido um estudo caso-controle composto por 380 indivíduos (218 casos e 165 controles). Os polimorfismos foram genotipados pela técnica de PCR e as comparações entre as freqüências dos genes de ambas as populações foram realizadas por meio do teste de regressão logística com ajuste para as variáveis sexo, idade e etnia. Os resultados obtidos indicam que a análise das freqüências de deleção de ambos os genes GSTT1 e GSTM1 não mostram diferenças estatisticamente significantes quando comparados casos e controles (OR = 1,58; IC 95% 0,95-2,61; p = 0,08 / OR = 1,14; IC 95% 0,74 - 1,75; p = 0,55, respectivamente). Assim, estes resultados não demonstram uma associação entre os genes GSTT1 e GSTM1 e hanseníase. Análises futuras deverão incluir outros marcadores genéticos que codificam proteínas envolvidas em vias distintas na tentativa de elucidar a suscetibilidade genética a essa importante nosologia. Palavras-chave: Hanseníase, Glutationa Transferase, polimorfismo genético, suscetibilidade genética. Apoio financeiro: Fundação Paulista contra à Hanseníase