1 Efeitos sistêmicos da drenagem linfática Lohaina Benson C. A. de Melo Cortez1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia2 Pós-graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional – Faculdade Ávila Resumo O corpo humano é composto por sistemas que trabalham em conjunto para garantir o seu correto funcionamento, bem como a total utilização em diversas tarefas diárias. Neste trabalho focamos no sistema linfático que faz parte do sistema imunológico. Este sistema possui inúmeras funções, entre as quais destacam-se: remoção dos fluidos dos tecidos corporais, absorção dos ácidos graxos e produção de células imunes, tais como: linfócitos, monócitos e plasmócitos. Para o melhor funcionamento deste sistema e a otimização de suas atividades é possível a utilização de técnicas manuais. A técnica manual mais popular é a drenagem linfática que é uma técnica de massagem composta por manobras suaves, lentas, monótonas e rítmicas, feita com as mãos, que obedecem ao trajeto do sistema linfático superficial e que tem por objetivos a redução de edemas e linfedemas. Neste trabalho apresentamos um estudo sobre a técnica de drenagem linfática e os efeitos sistêmicos causados pela mesma. Além disso, foi realizado um extenso levantamento bibliográfico comparando todas as diferentes abordagens recentemente publicadas na literatura. Através deste estudo é possível concluir que a utilização de drenagem linfática é capaz de promover recuperação clínicas com menos complicações e mais rápida se aplicada a diferentes pacientes. Palavras-chave: Fisioterapia; Sistema Linfático; Drenagem Linfática; Sistema Imunológico. 1. Introdução Diferentes sistemas existentes no corpo humano são responsáveis por regular as funções vitais do organismo. O bom funcionamento individual de cada sistema, assim como o seu funcionamento em conjunto é essencial para a realização das mais simples atividades na qual o corpo humano possa ser submetido. Dentre estes sistemas existentes, destaca-se o sistema imunológico, que como o próprio nome já explica, é responsável pela imunização do organismo. De forma genérica, as células que compõem o sistema imunológico podem ser vistas como um exército, dado que cada tipo de célula é responsável por exercer uma determinada função para proteger e imunizar o organismo. Um dos principais componentes do sistema imunológico é o sistema linfático que é o sistema de drenagem do organismo. O sistema linfático exerce as seguintes funções: remover fluidos dos tecidos corporais, absorver ácidos graxos e levá-los para o sistema respiratório e produzir células imunes. Para exercer estas importantes funções o sistema linfático é formado por órgãos linfáticos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, linfoides, capilares linfáticos e vasos linfáticos. Cada uma das partes que forma o sistema linfático é responsável por diferentes tarefas que visam exercer a drenagem e a manter o organismo regulado. A Figura 1 apresenta o sistema linfático. 1 2 Pós-graduando em Dermato-Funcional Orientadora, Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e Direito em Saúde 2 Drenagem é uma palavra de origem inglesa e pertence ao léxico da hidrologia: consiste em evacuar um pântano do seu excesso de água por meio de caneletas que desembocam em um poço ou em um curso de água. A analogia é clara. Na drenagem linfática manual, as manobras são suaves e superficiais, não necessitando comprimir os músculos, e sim mobilizar uma corrente de líquido que está dentro de um vazo linfático em nível superficial e acima da aponeurose (GODOY, BELCZAK, GODOY, 2005, 110). Fonte: http://esteticangelaseixas.blogspot.com.br/2011/01/sistema-linfatico.html Figura 1 - Ilustração do sistema linfático 3 Dentro das fundamentações gerais sobre a drenagem linfática manual, para a aplicação desse recurso de maneira adequada, deve-se respeitar a anatomia e a fisiologia do sistema linfático, além da integridade dos tecidos superficiais. Para tanto, a drenagem linfática manual precisa ser realizada de forma suave, lenta e rítmica, sem causar dor, danos ou lesões aos tecidos do paciente (TACANI & TACANI, 2008). Para Godoy (2004), o objetivo da drenagem linfática é criar diferenciais de pressão para promover o deslocamento da linfa e do fluido intersticial, visando à sua recolocação na corrente sanguínea. Segundo Soares et al (2005), o efeito sistêmico da drenagem linfática pode ser observado em um pós-operatório em que os sintomas podem ser reduzidos pelo atendimento da fisioterapia através da drenagem linfática manual ou mecânica. Observa-se rapidamente diminuição do edema e hematomas, com favorecimento da neoformação vascular e nervosa, além de prevenir ou minimizar a formação de cicatrizes hipertróficas, retrações e queloides. Fonseca et al (2009), cita como principais benefícios da drenagem linfática manual e atividade física, conjunta ou isolada, em mulheres no terceiro trimestre de gravidez a melhora da circulação, alívio da dor, diminuição de edemas, melhora da postura, melhora da autoestima, diminuição de ganho de peso corporal extra, melhor disposição e relaxamento. Fisioterapia tem um papel importante no manejo do linfedema, tanto na prevenção quanto no tratamento (MARUCCI, 2004). A importância da Fisioterapia Dermato-Funcional na prevenção e reabilitação funcional, como bem citado por Borges (2006,) descreve a Fisioterapia DermatoFuncional como a área que tem o objetivo de prover a recuperação físico- funcional dos distúrbios endócrino/ metabólitos, dermatológicos e músculo-esqueléticos. 2. Contextualização geral sobre anatomia e fisiologia do sistema linfático Como é possível notar na Figura 1, o corpo humano é formado por inúmeras linfas. A formação da linfa descrita por Leduc & Leduc (2006), indica que a hipótese de Sterling explica o equilíbrio existente entre os fenômenos de filtragem e de reabsorção no nível das terminações capilares. A água carregada de elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas deixa a luz do capilar arterial, chega ao meio intersticial e banha as células. Estas retiram desse líquido os elementos necessários a seu metabolismo e eliminam os produtos de degradação celular. Em seguida, o líquido intersticial é, pelo jogo sutil das pressões, retomado pela rede de capilares venosos. Dentre as pressões existentes que são responsáveis pela troca através do capilar sanguíneo, Guirro e Guirro (2002),cita a pressão hidrostática e oncótica que em estados fisiológicos tais pressões do liquido intersticial são relativamente constantes, quando o volume de líquido intersticial excede a capacidade de drenagem dos linfonodos, haverá um excesso de líquido intersticial nos tecidos subcutâneos sendo denominado edema. Canais linfáticos do corpo: Quase todos os tecidos corporais têm canais linfáticos especiais que drenam o excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais. As exceções incluem as porções superficiais da pele, o sistema nervoso central, o endomísio dos músculos e os ossos (GUYTON & HALL, 2006). Capilares linfáticos: Formam uma rede coletora de líquidos carregados de dejetos do metabolismo celular. Em caso de edema, o capilar linfático se dilata favorecendo a passagem da linfa por meio de pressão da pulsação de uma artéria ou a contração muscular. O fluxo sanguíneo 4 se dá de forma intermitente, por isso é chamado de vasomotilidade. Possui células endoteliais e pode ser encontrada em quase todos os órgãos do corpo. Pré-coletores e coletores: Os vasos linfáticos pré-coletores recebem a linfa coletada pelos capilares para levá-la à rede dos coletores. Os pré-coletores são valvulados: a porção situada entre duas válvulas é denominada linfângio e seu percurso é sinuoso. Eles desembocam nos coletores, onde uma válvula impede qualquer possibilidade de refluxo (LEDUC & LEDUC, 2007). Os capilares linfáticos drenam para os coletores linfáticos, onde as junções abertas diminuem até desaparecer, a camada muscular média aparece e as valvas intralinfáticas ficam mais frequentes. Surge também a camada adventícia. Dos coletores linfáticos, a linfa vai para os ductos linfáticos e retorna à circulação sangüínea (NETO et al, 2004). 3. Drenagem linfática Desde a criação da técnica de drenagem linfática manual pelo biólogo dinamarquês Emil Vodder e sua esposa Estrid Vodder, em 1936, vários adeptos passaram a difundi-la, tornando-a um dos principais pilares no tratamento do linfedema (GODOY & GODOY, 2004). A drenagem linfática manual é uma técnica de massagem composta por manobras suaves, lentas, monótonas e rítmicas, feita com as mãos, que obedecem ao trajeto do sistema linfático superficial e que tem por objetivos a redução de edemas e linfedemas (de causas pós-traumáticas, pós-operatórias, de distúrbios circulatórios venosos e linfáticos de diversas naturezas, dentre outras) e a prevenção ou melhoria de algumas de suas consequências (TACANI, 2003; GODOY, BELCZACK & GODOY, 2005). As Figuras 2, 3 e 4 demonstram a utilização da técnica de drenagem linfática manual em diferentes partes do corpo humano. A Figura 2 demonstra o tratamento sendo utilizado na região das costas. A Figura 3 mostra que a drenagem linfática também pode ser aplicada a região facial. Por fim, a Figura 4 ilustra a utilização da drenagem linfática em grávidas. Com estas figuras é possível notar que a drenagem linfática manual é um tratamento genérico e eficaz dado que a mesma é capaz de alcançar todas as regiões linfáticas do corpo humano se adequando a diferentes necessidades de cada paciente. Segundo Elwing e Sanches (2010), a drenagem linfática manual se destaca sobre outros tipos de terapias, é indicada principalmente, como já se sabe, para os efeitos antiedema e a terapêutica antilinfedemas. As ações, ou efeitos que a drenagem linfática manual exerce sobre o organismo humano são amplos e variados: Efeito drenante, efeito neural, efeito muscular, efeito defensivo. EFEITO DRENANTE: Na drenagem linfática, realiza-se a drenagem da linfa, que está dentro do linfático; assim, facilita-se a entrada do fluido intersticial por meio do desenvolvimento de diferentes pressões (GODOY & GODOY, 2004). EFEITO NEURAL: Para Soares (2005), um grupo de pacientes submetidos a DLM obteve maior satisfação promovido principalmente pelo toque que trouxe melhoras do aspecto clínico, não relacionados com a cirurgia como é o caso da diminuição da ansiedade e a melhora na qualidade do sono. Esses achados confirmam dados da literatura que mostram outras indicações além da contenção do edema, na redução da dor, fibrose, e para realçar o relaxamento, e os sentimentos de bem estar, tudo isso devido ao toque proporcionado pela DLM. EFEITO MUSCULAR: As manobras de drenagem linfática manual, não visam especificamente a musculatura esquelética, mas, a exemplo de outros tipos de massagem, tem influência sobre a capacidade funcional do músculo ( RIBEIRO, 2006). 5 Fonte: http://www.brasilescola.com/saude/drenagem-linfatica.htm Figura 2 – Foto da aplicação da drenagem linfática manual as costas Fonte: http://esteticalealjardins.com.br/?page_id=63 Figura 3 - Foto da aplicação da drenagem linfática manual ao resto 6 Fonte: http://www.esteticapulse.com.br/drenagem-linfatica-gestante-copacabana-rj Figura 4 - Foto da aplicação da drenagem linfática manual em grávidas 4. Metodologia Este trabalho trata-se de uma revisão da literatura existente. Para a realização desta revisão, foi consultada a literatura especializada em drenagem linfática, mais especificamente: Drenagem Linfática Manual Corporal, Drenagem Linfática Teoria & Prática e artigos científicos nos bancos de dados da biblioteca digital Scielo, Portal Biocursos e Google acadêmico, dentre outros trabalhos publicados entre 2003 a 2013. As palavras-chave utilizadas na busca foram: Drenagem Linfática, drenagem linfática no pós operatório, benefícios da drenagem linfática, dermato-funcional, linfedema. Todos os artigos encontrados e utilizados aqui neste trabalho estão em Português. Os dados encontrados foram criteriosamente analisados e estudados para servir como base para este trabalho com formato de artigo que está organizado da seguinte forma: título do artigo, metodologia do trabalho, anatomia e fisiologia do sistema linfático, drenagem linfática, resultados obtidos e discussão e por fim, conclusão e referências bibliográficas. 5. Resultados e Discussão A Tabela 1, apresentada a seguir, contempla os principais trabalhos publicados na literatura recente que abordam os efeitos sistêmicos da drenagem linfática. É importante salientar que 7 tabela pode ser vista como um quadro resumo, dado que a mesma não só lista os trabalhos mais relevantes, como inclui uma breve descrição de cada trabalho. Autores Título Descrição Ano Descreve aspectos Drenagem Linfática RIBEIRO, D. R. Manual e Corporal os gerais sobre as funções fisiológicas e a 2004 prática manual da Drenagem Linfática facial e corporal. GUYTON, A. C., Tratado HALL, J. E. ELWING de Fisiologia Médica A. SANCHES O. , Trata da fisiologia humana de forma geral. Faz uma abordagem geral Drenagem Linfática sobre o sistema Manual – Teoria e linfático e aborda a prática 2006 prática 2010 da drenagem linfática global. LEDUC LEDUC O. A. Descreve a anatomia e , Drenagem Linfática fisiologia do – Teoria e Prática sistema linfático e a prática 2007 da Drenagem linfática. GODOY, J.M.P. , Drenagem Linfática Um novo conceito GODOY, M.F.G. Manual: Um novo do método da 2004 8 conceito. drenagem linfática manual. FERREIRA, J. J. , MACHADO, A. F. P. , TACANI, R. ,SALDANHA, M. E. S. , TACANI, P. M. , LIEBANO, R. E. Estudo de caso Drenagem Linfática relatando Manual a nos efetividade sintomas da da drenagem linfática síndrome pré- manual na menstrual: estudo diminuição dos piloto. sintomas 2010 pré- menstruais. Estudo NETO, H. J. G. dos etiológico linfedemas ,NETO, F. T. S. , baseado na JUNIOR, de R. F. classificação ,JUNIOR, V. C. , Kinmonth, CAFFARO, R. A. modificada por Estudo sobre formas as mais comuns de 2004 linfedema Cordeiro. Explica sobre as GODOY, J. M. P. , doenças BELCZAK, C. E. Q. Reabilitação , GODOY, M. F. G. linfovenosa. linfovenosas e sua 2005 reabilitação, inclusive método com o de drenagem linfática. TACANI, TACANI, P. R. Drenagem linfática Fundamentações , manual terapêutica gerais da drenagem ou estética: existe linfática e diferença diferença? nos parâmetros de aplicação da 2008 9 técnica. Estudo comparativo da eficácia da SOARES, L. M. A., drenagem linfática SOARES, S. M. B. manual e mecânica ,SOARES, A. K. A. no pós –operatório de dermolipectomia. Fez um estudo de caso comparando o uso da drenagem linfática manual e mecânica, sendo os dois eficientes, no pós-operatório de dermolipectomia. Comparou os benefícios eficácia FONSECA, F. M. ,PIRES, J. L. V. R. , MAGALHÃES, G. M. , PAIVA, F. A. , SOUSA, C. T. , BASTOS, V. P. D. 2005 e de a cada Estudo comparativo método, sendo que entre a drenagem o uso da drenagem linfática manual e linfática com a atividade física em atividade física em mulheres 2009 no conjunto foi o que terceiro trimestre de proporcionou gestação. melhores resultados nas mulheres no terceiro trimestre de gravidez. Tabela 1 - Pesquisa comparativa entre diversos trabalhos existentes na literatura O linfedema é um edema difuso de uma determinada região do corpo que tem como etiologia uma disfunção do sistema linfático superficial e, apenas em raras ocasiões, atinge o sistema linfático profundo (NETO et al, 2004). Os edemas podem surgir de forma funcional ou orgânico, sendo que o funcional se dá por passar muito tempo sem movimentar a área afetada, temperaturas elevadas e transtornos reversíveis no sistema linfático, portanto, o edema desaparece quando o sistema linfático retorna a normalidade. E o orgânico é uma alteração anatômica do sistema linfático, podendo ser congênito, ou seja, 10 desde o nascimento, pós-infecção por bactérias ou vírus, neoplásicos, pós-cirúrgico, pósradioterapia. Elwing (2010) cita que o organismo responde à formação de edemas com mecanismos compensatórios: neoformação de vasos linfáticos; formação de anastomoses linfático-venosas; aumento de absorção pelo capilar sanguíneo, levando proteínas pelo aumento da pressão tissular; mantém a difusão através da membrana do capilar sanguíneo, dificultando o aparecimentos de úlceras ou necrose. A drenagem linfática manual faz parte das técnicas utilizadas para favorecer a circulação dita "de retorno". Se somos levados, por dados laboratoriais e resultados clínicos, a mostrar a legitimidade de nossas técnicas, é lógico acreditar que a drenagem linfática manual poderá encontrar um campo de aplicação nas muitas áreas onde a circulação "de retorno" encontra-se impedida ou alentecida (LEDUC & LEDUC, 2007). Pode-se fazer uma analogia com a drenagem linfática manual, onde as manobras são suaves e superficiais, sem necessidade de comprimir os músculos, mobilizando apenas uma corrente de líquido que está nos tecidos mais superficiais e nos vasos linfáticos localizados entre a pele e a aponeurose (camada que recobre os músculos) (GODOY, BELCZAK & GODOY, 2005). Para Ribeiro (2004), os principais efeitos das manobras da drenagem linfática manual estão fundamentados no aumento circulatório provocado pela compressão externa dos tecidos. Segundo Lacerda (2007), uma drenagem linfática bem feita é capaz de alcançar os mais diversos resultados que vão de estéticos como cura anti-estresse, anti-celulite, anti-envelhecimento, pré e pós-parto a terapêuticos como otimização dos resultados pós-operatórios, tratamentos e preparação para todas as cirurgias estéticas, tratamento de cicatrizes recentes, retenção de líquido, linfedema, má circulação e dismenorreia. Ferreira (2010), usou a drenagem linfática no tratamento dos sintomas pré-menstruais como sensibilidade mamária, enxaqueca e dor pélvica, dizem respeito à retenção hídrica5. A técnica de DLM consiste em direcionar o líquido do espaço intersticial para os centros de drenagem mediante manobras especializadas, estimulando a drenagem do local afetado15. Assim, a hipótese inicial era de que a DLM auxiliaria a melhora da sintomatologia física e somática da SPM. Para Salvalagio & Rosas (2006) O protocolo curto (7 dias) adotado para um tratamento com drenagem linfática manual facial no P.O. de rinoplastia em dias consecutivos mostrou que, em poucas sessões realizadas, foi eficaz nos transtornos causados pela cirurgia. Ceolin (2006), relata que após os 15 atendimentos de DLM no abdome, mostrou-se que houve diminuição significativa do edema e do hematoma, assim como redução da dor no local lipoaspirado. A fisioterapia através da drenagem linfática manual tende a prevenir e diminuir o edema, melhorando o efeito estético, aumentando a satisfação dos pacientes quanto ao resultado do procedimento cirúrgico. 6. Conclusão Através deste estudo, vimos que o sistema imunológico e o sistema linfático possuem papel importantíssimo no organismos humano. Por isso, manter o bom funcionamento do sistema linfático é uma tarefa muito importante para a garantia do bem estar. A técnica manual mais eficaz no auxílio das função do sistema linfático é a drenagem Linfática. A drenagem linfática é um recursos bastante utilizado na fisioterapia em uma série de patologias, pois tem efeitos, por exemplo, relaxante, analgésico, redução de edemas. A literatura é vasta 11 quanto ao uso da Drenagem Linfática Manual, explorando seus benefícios no tratamento pós operatório de cirurgias plástica, doenças do sistema linfático, gravidez, podendo ser usada unicamente ou associada ao exercício físico, por exemplo. A fisioterapia dermato-funcional, através da drenagem linfática, pode promover ao paciente uma recuperação com menos complicações e mais rápida, uma diminuição do quadro álgico. Sendo assim, a drenagem linfática é uma área com muitas possibilidades para estudos futuros. Referências ALENCAR, Tatiana P., MEJIA, Dayana P. M. A influência da drenagem linfática manual no pós-operatório imediato de cirurgia vascular de membros inferiores. Amazonas, 2009. BORGES, Fábio S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. CEOLIN, Mariana M. Efeitos da drenagem linfática manual no pós-operatório imediato de lipoaspiração no abdome. Santa Catarina, 2006. ELWING, Ari, SANCHES, Orlando C. Drenagem linfática manual – teoria e prática. São Paulo: Senac, 2010. FERREIRA, Juliana J. F. et al, Drenagem linfática manual nos sintomas da síndrome pré-menstrual: estudo piloto. São Paulo, 2010. FONSECA, Floripes M. et al. 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