13h30 as 15h30_Leandro Godoy_Oficina de Interpretação de ECG

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Oficina de Interpretação de ECG
Dr. Leandro Dias de Godoy Maia
Estratégias educacionais para
desenvolvimento de habilidades
APRESENTAÇÃO da habilidade
DEMONSTRAÇÃO da habilidade
PRÁTICA da habilidade
FEEDBACK
o

Ao examinar um ECG não inspecione
somente curvas e intervalos, relacione sua
interpretação com a história clínica do
paciente e verá como cresceu a importância
do método.

O ECG é um método de grande utilidade,
de fácil obtenção, de baixo custo, mas não
exija dele o impossível: o diagnóstico de
cardiopatia é exclusivamente feito por um
clínico.
O registro do ECG básico é feito em 12
derivações
6 periféricas
-Unipolares: AVL, AVR, AVF
-Bipolares: DI, DII, DIII

6 precordiais
-V1,V2,V3,V4,V5,V6

Regiões cardíacas
Parede lateralDI, AVL, V5, V6
 Parede inferiorDII, DIII, AVF
 Parede septalV1, V2
 Parede anteriorV3, V4
 Parede antero septalV1, V2, V3, V4
 Parede antero lateralV3, V4,V5,V6,DI,AVL
 Anterior extensoV1 a V6, DI, AVL

ECG em 15 derivações
V4R - ventrículo direito.
 V7,V8 - parede posterior do coração.


Deve ser feito em todos os pacientes com
quadro
compatível
com
Síndrome
Coronariana Aguda Angina Instável, IAM.
Padronização Universal
Papel quadriculado
-1 quadrado menor=1 mm
-1 quadrado maior=5 mm

Linhas horizontais
registram a duração do impulso elétrico:
-1 mm=0,04 segundos
-5 mm=0,2 segundos

Linhas verticais
registram a amplitude do impulso elétrico:
-1 mm=0,1 mv

Calibragem do ECG
1 mv=10 mm
 N=25 mm/s


É importante sempre verificar a calibragem
do ECG antes de interpretá-lo, pois todos os
valores normais das ondas/intervalos são
referentes à sua calibração.

Em cada derivação a inscrição é feita de acordo
com o vetor formado pelas correntes elétricas:
-se a corrente elétrica vem no sentido do eletrodo,
aproximando-se do mesmo, ocorrerá uma deflexão
positiva.
-se a corrente elétrica vem no sentido contrário do
eletrodo, afastando-se do mesmo, ocorrerá uma
deflexão negativa.
-se a corrente elétrica é perpendicular ao plano,
ocorrerá uma deflexão bifásica.
ONDAS P





Representa a despolarização de ambos os átrios.
Duração: 0,06 a 0,10 segundos.
Amplitude: até 2,5 mm.
Eixo: 0 - 90 graus.
Morfologia: arredondada e simétrica.
**As ondas P devem ser positivas em DI, DII e
AVF, além de negativa em AVR para que o
ritmo seja considerado sinusal (normal).
 Nas demais derivações, a onda P é variável
(pode ser positiva ou negativa).
INTERVALO PR
- Medida do início da onda P até o início do
complexo QRS.
- Duração de 0,12 até 0,20 segundos.
- Corresponde à despolarização atrial+atraso da
passagem do impulso elétrico pelo nodo AV.
Segmento PR
- Intervalo entre o final da onda P e o início
do complexo QRS.
- Corresponde ao atraso da passagem do
impulso elétrico pelo nodo AV.
- Por ser isoelétrico é um bom indicador
para marcar o início do ponto J (início do
segmento ST).

 Complexo
QRS
- Corresponde à despolarização dos ventrículos.
- Q,R,S não aparecem em todas as derivações.
- Duração menor que 0,12 segundos.
- A Amplitude varia de acordo com a derivação, eixo
elétrico, biotipo, idade do paciente.
- Eixo elétrico: entre 0° e +90°(alguns autores
admitem entre -30° e +100°).
- É predominantemente negativo em precordiais
direitas (V1,V2)-S>R.
- É predominantemente positivo em precordiais
esquerdas (v5,v6) - R>S.
- Em v3 ou v4, ocorre a chamada zona de
transição, onde a onda R começa a
predominar sobre a onda S.
A onda R, corresponde à primeira deflexão
positiva do QRS.
 A onda Q, corresponde à deflexão negativa
que antecede o QRS.
 A onda S, corresponde à deflexão negativa
que aparece após o QRS.


Quando existem 2 deflexões positivas,
denominamos a primeira como R e a
segunda como R’.

Quando não existe onda R (apenas ondas
negativas), denominamos o complexo como
QS.

ATENÇÃO

As ondas do complexo QRS, também podem
ser identificadas com letras maiúsculas (se as
ondas forem amplas) ou minúsculas (se as
ondas forem pequenas).

SEGMENTO ST
-Linha isoelétrica que vai do final do complexo QRS
até o início da onda T.
-Representa o início da repolarização ventricular.
-Desnivelamento normal: até 1 mm em derivações
periféricas, e até 2 mm em derivações precordiais.
Ponto J
- Ponto que marca o encontro do final do
QRS e o início do segmento ST.

- Através dele identificamos as alterações de
desnivelamento do segmento ST (supra e
infra de ST).
-Como já foi dito anteriormente, o
segmento pr, deve ser tomado como
ponto de referência quando analisamos os
desnivelamentos do ponto J.

Ondas T
-Correspondem à repolarização dos ventrículos.
-Morfologia ligeiramente assimétrica, vem sempre
após o QRS.
-Amplitude: cerca de 30 a 60% da onda R.
** deve ser positiva em DI, DII,V3 a V6.
** e negativa em AVR.
** variável (positiva ou negativa) em DIII, AVL, AVF.




ECG normal
T + em DI, DII, V3 a V6/- em AVR/variável em
AVL,AVF,VI,V2.
P + em DI, DII, AVF/- em AVR.
QRS predominantemente negativo em V1 e V2 e
predominantemente positivo em V5 e V6.

Intervalo QT
- Representa a atividade elétrica ventricular total
(ou seja, despolarização + repolarização
ventricular).
- É medido do início do QRS até o final da onda T.
- Duração normal de 0,30 a 0,46.
- É influenciado pela FC, portanto em bradicardia
ou taquicardia, devemos utilizar o QT corrigido
(existem tabelas e fórmulas para obtenção do
mesmo).

Onda U
- Corresponde à onda que ocorre após a
onda T, positiva e em menor amplitude
(cerca de 10 a 20% da onda T).
- Nem sempre está presente no ECG, é mais
comum em ritmos bradicárdicos.
- Pouca importância clínica.
EXERCÍCIO 1
Eixo elétrico
Representa o vetor resultante da somatória
dos vários vetores elétricos que ocorrem
em determinada fase do ciclo cardíaco.
Projeção dos 4 vetores de
despolarização ventricular
4
avR
avL
D1
1-TERÇO MÉDIO DO SEPTO
2 - TERÇO INFERIOR DO SEPTO
1
D3
3 -PAREDE LIVRE DO VENTRÍCULO
2
F
D2
3
4 - Regiões basais dos ventrículos
e Terço superior do septo

Simplificadamente, podemos determinar o eixo
elétrico através de 2 linhas perpendiculares:
-a horizontal: representa DI, sendo positiva à
direita e negativa à esquerda.
-a vertical: representa AVF, sendo positiva na
região inferior e negativa na região superior.

Desta forma, também podemos dividir em
4 quadrantes as áreas formadas por estas 2
linhas:
QSE=quadrante superior esquerdo
QSD=quadrante superior direito
QID=quadrante inferior direito
QIE=quadrante inferior esquerdo
***os eixos normais das ondas de importância
clínica (QRS,P), situam-se entre 0 e +90°, ou seja,
no QIE.
 Na prática, olhamos o QRS e a onda P em DI e
AVF, e as mesmas devem ser predominantemente
positivas nestas derivações.
ECG normal
eixo entre 0 e 90°

Quando o eixo encontra-se no QSE, ou
seja, DI é positivo e AVF é negativo, o eixo
está desviado para a esquerda (como por
exemplo na sobrecarga do VE).
- Desvio do eixo p/ esquerda (cerca de – 30°).
- Sinais de HVE, além de alterações da
regularização
ventricular
tipo
isquemia
subepicárdica.

Quando o eixo encontra-se no QID, ou seja,
DI é negativo e AVF é positivo, o eixo está
desviado para a direita (como ocorre por
exemplo na SVD).
- Eixo desviado para a direita (+110°).
- QRS predominantemente positivo em V1,V2.
- SVD.

Se quisermos calcular com mais precisão o
eixo do QRS, podemos procurar em qual
derivação o mesmo é isoelétrico. A linha que é
perpendicular (ou seja, forma um ângulo de
90°) a linha desta derivação indicará o eixo do
QRS no quadrante correspondente.
Exemplo :
-QRS + DI,+AVF, isoelétrico em AVL=eixo + 60°
Muito Obrigado!!!
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