Caso clínico

Propaganda
Benchmark de antro maxilar
Robson Ferrigno
Roberto Sakuraba
Hospital Israelita Albert Einstein
Caso clínico
•
•
•
•
•
•
Feminino, 85 anos
História de parestesia e diminuição da acuidade
auditiva direita mesmo com aparelho de surdez e
diminuição da acuidade visual direita
Retirada de catarata em 2004
Sem antecedentes familiares
Nunca fumou
G8P8A0
Caso clínico
•
Exame Físico
•
BEG, Karnosfsky de 100%
•
Pele sem alterações
•
Ligeira exoftalmia direita
•
Sem lesões em cavidade oral
•
Gânglios linfáticos cervicais não palpáveis
•
Exame neurológico normal
•
Ligeira diminuição das acuidades auditiva e visual
Caso clínico
•
Tomografia de face: Lesão inespecífica em seio
maxilar direito
Caso clínico
•
Biópsia da lesão: carcinoma epidermóide
moderadamente diferenciado
•
Radiografia de tórax: normal
•
Exames bioquímicos: normais
Caso clínico
Ressonância magnética nuclear de face
•
Lesão sólida e infiltrativa, envolvendo o teto e as
paredes anterior e posterior do seio maxilar direito,
com extensão para o trabeculado etmoidal e assoalho
da órbita
Resumo
•
Feminino, 85 anos, portadora de carcinoma
epidermóide de seio maxilar direito, estádio
T3N0M0,
com
envolvimento
de
seios
etmoidais, soalho de órbita direita e fossa
ptérigo palatina direita
Conduta
•
Radioterapia associada à quimioterapia com
cetuximabe oral (Erbitux)
•
Técnica de modulação da intensidade do
feixe de radiação (IMRT)
•
Dose de 66 Gy em 30 frações de 2,2 Gy no
tumor primário e de 60 Gy nas margens do
tumor em 30 frações de 2 Gy (SIB)
Simulação
Volumes
•
GTV = Tumor primário
•
GTV + 3mm = CTV com dose total de 66 Gy em 30
frações de 2,2 Gy
•
CTV + 3mm = PTV com dose total de 60 Gy em 30
frações de 2 Gy
•
PRV nervos óptico esquerdo e direito (Nervos
ópticos + 2mm)
•
PRV Quiasma (quiasma + 2mm)
•
PRV Hipófise (hipófise + 2mm)
Contorno
Contorno
Contorno
Contorno
Planejamento técnico
IMOBILIZADOR
IMOBILIZAÇÃO
ATENUAÇÃO
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
-
-
Alinha-se o paciente e colocase BBs
Aquisição de imagens
IMAGENS CT
TOMOGRAFIA
TOMOGRAFIA
ARTEFATOS
TOMOGRAFIA
ARTEFATOS
REMOVER ARTEFATOS
 DESENHO DE
ESTRUTURAS NAS
REGIÕES DE INTERESSE
 COLOCAR VALORES
ADEQUADOS DA ESCALA
HOUNSFIELD
AR (-1000)
TECIDO (0)
OSSO (1000)
Composição de campos
MESMOS PRINCÍPIOS DE CONFORMADA
-MENORES PROF.
-NÃO OPOSTOS
-BEV + O.R
ISODOSE 20%
POSICÃO DO ISOCENTRO
OTIMIZAÇÃO PERCURSO DA LÂMINA
ok
Lâmina alvo +
orgão de risco
Lâmina no
limite do alvo
VOLUMES ACESSÓRIOS
CORPO –PTV 2.0
VOLUMES ACESSÓRIOS
PTV2.0
3mm da superfície
VOLUMES ACESSÓRIOS
PTV1 –PTV2
PLANEJAMENTO INVERSO
Nós definimos o HDV, e a dose de cobertura no PTV
e o ECLIPSE define os mapas de intensidade de radiação
DOSE NOS VOLUMES ALVOS
PTV2.0
30x2Gy = 60Gy
PTV2.2
30X2,2Gy= 66Gy
Restrições na Radioterapia de CABEÇA E PESCOÇO
(doses de irradiação de volumes máximos recomendados)
ÓRGÃO
VOLUME MÁXIMO / DOSE MÁXIMA
CASO ATUAL
NERVOS ÓPTICOS
Dmáx: 50Gy
Dir: Dmáx: ____Gy
Esq: Dmáx: ____Gy
AP. AUDITIVO
≤50%: 45Gy
Dmáx: 54Gy
Dir: ____%: 45Gy
Dmáx: ____Gy
Esq: ____%: 45Gy
Dmáx: ____Gy
RETINA (OLHOS)
Dmáx: 54Gy
Dir: Dmáx: ____Gy
Esq: Dmáx: ____Gy
CRISTALINO
Dmáx: 10Gy
Dir: Dmáx: ____Gy
Esq: Dmáx: ____Gy
PARÓTIDAS (sem PTV)
≤100%: ≥ 24Gy
≤50%: ≥ 26Gy
≤25%: ≥ 45Gy
Dir: ____%: ≥ 24Gy
____%: ≥ 26Gy
____%: ≥ 45Gy
Esq: ____%: ≥ 24Gy
____%: ≥ 26Gy
____%: ≥ 45Gy
HEMISF. CEREBRAL (sem
PTV)
Dmáx: 60Gy
Dmáx: ____Gy
ATM
≤66%: ≥ 60Gy
≤30%: ≥ 65Gy
Dmáx: 70Gy
____%: ≥ 60Gy
____%: ≥ 65Gy
Dmáx: ____Gy
QUIASMA ÓPTICO
Dmáx: 50Gy
Dmáx: ____Gy
HIPÓFISE
Dmáx: 54Gy
Dmáx: ____Gy
TRONCO CEREBRAL
Dmáx: 54Gy
Dmáx: ____Gy
MED. ESPINHAL (C1 – C2)
Dmáx: 50Gy
Dmáx: ____Gy
MED. ESPINHAL (C3 E
ABAIXO)
Dmáx: 45Gy
Dmáx: ____Gy
LARINGE
≤50%: 50Gy
Dmáx: 70Gy
≤50%: ____Gy
Dmáx: ____Gy
PLEXO BRAQUIAL
Dmáx: 54Gy
Dmáx: ____Gy
- PLANEJAMENTO INVERSO
- OTIMIZAÇÃO
COLOCAÇÃO DAS RESTRIÇÕES E PRIORIDADES ORGÃOS DE RISCO
EXEMPLO
PARÓTIDAS (sem
PTV)
≤100%: ≥ 24Gy
≤50%: ≥ 26Gy
≤25%: ≥ 45Gy
Dir: ____%: ≥ 24Gy
____%: ≥ 26Gy
____%: ≥ 45Gy
Esq: ____%: ≥
24Gy
____%: ≥ 26Gy
____%: ≥ 45Gy
COLOCAÇÃO DAS RESTRIÇÕES E PRIORIDADES PTV
RESTRIÇÕES OTIMIZAÇÃO
RESTRIÇÕES OTIMIZAÇÃO
OTIMIZAÇÃO INTERATIVA
FUNÇÃO OBJETIVA
Fobj - diferença entre a dose prescrita
e a dose conseguida
Nt
Fobj ( j )   (d i  p)
i 1
-Solução ótima
Quando a função objetiva atinge
o mínimo
Fobj ( j )  0
2
LEAF MOTION CALCULATION
CONVERSÃO DE MOVIMENTO DE LÂMINA
Distribuição de dose
CORREÇÃO DE HETEROGENEIDADE ?
ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO
DA DOSE
APROVAÇÃO DO PLANO DE
TRATAMENTO
Distribuição de dose
Volume de 60 Gy
Volume de 66 Gy
Distribuição de dose
Avaliação qualitativa
DVH – Avaliação quantitativa
PTV 2.2
PTV 2.0
Cristalino D
NOE
NOD
Cristalino E
Medula
CONTROLE DE QUALIDADE
PLANO APROVADO QA
QA
QA
QA
DOSE PUNTUAL
DIFERENÇA
DOSE CÂMARA
0,007cc
NOSSAS PADRÕES
Medida da fluência relativa

EPID – Portal Vision
 Avaliar
mapas de fluência
 Forma de campo de IMRT
100cm
PORTAL DOSIMETRY
ANÁLISE QUANTITATIVA
ANÁLISE PERFIL
ANÁLISE GAMMA
ANÁLISE GAMMA
IGRT
ANÁLISE DO POSICIONAMENTO
TRATAMENTO
23EX
UM
DOSE RATE
SISTEMA DE GERENCIAMENTO
ARIA – Varian
Disponibiliza todos os campos de forma sequencial e
automática
Registra os dados de cada campo de radiação
tratados.
O ARIA gerencia desde o planejamento, controle
qualidade
Imagens de IGRT
SISTEMA DE GERENCIAMENTO
EVOLUÇÃO CLÍNICA
Evolução
25/06/2008
26/04/2011
Paciente está atualmente bem, sem queixas e sem alterações de
acuidade visual ou auditiva. Pares cranianos íntegros e exames de
imagens sem evidência de doença. Trocou os dois cristalinos por lentes
LITERATURA
Literatura
•
•
Três estudos de comparação de séries não mostraram
diferença em sobrevida e controle local com IMRT (nível IV)
•
Hoppe BS et al. Red J 67: 2007
•
Duthoy W et al. Cancer 104: 2005
•
Chen AM et al. Red J 69: 2007
Uma série mostrou diminuição significativa de toxicidade
ocular e auditiva (nível IV)
•
•
Chen AM et al. Red J 69: 2007
Um estudo retrospectivo recente
sobrevida livre de doença com IMRT
•
Dirix P et al. Red J 78:2010
mostrou
aumento
de
CRT Vs IMRT
Conclusões
•
A IMRT é a melhor técnica de distribuição de dose
para tumores de antro maxilar e de outros seios da
face, permitindo uma adequada distribuição dose,
contornando estruturas normais
•
Possibilita a estratégia de liberação de diferentes
doses por dia em estruturas alvos distintas (SIB)
•
A literatura mostra em estudos retrospectivos
diminuição de toxicidade e aumento de sobrevida
livre de doença
•
Esta técnica deve ser oferecida sempre que
disponível nos casos de tumores dos seios da face
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