Trabalho de Iniciação Científica A ATUAÇÃO DA APEX

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
FERNANDA BRUDER PIOVEZAN
Trabalho de Iniciação Científica
A ATUAÇÃO DA APEX-BRASIL NAS
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
ITAJAÍ
2012
FERNANDA BRUDER PIOVEZAN
Trabalho de Iniciação Científica
A ATUAÇÃO DA APEX-BRASIL NAS
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
Trabalho de Iniciação Científica
desenvolvido
para
o
Estágio
Supervisionado
do
Curso
de
Comércio Exterior do Centro de
Ciências Sociais Aplicadas – Gestão
da Universidade do Vale do Itajaí.
Orientador: Prof. MSc. Julio César
Schmitt Neto
ITAJAÍ
2012
Agradeço primeiramente a Deus
pelo caminho que a mim foi
reservado, pela saúde concedida
para seguir adiante, transformando
erros em acertos, dúvidas em
certezas e iluminando minha
essência como ser humano.
Agradeço aos meus pais, que são as
pessoas mais importantes de minha
vida, pelo carinho e dedicação a mim
dados, fundamental para atravessar
mais essa etapa em minha vida. Aos
meus amigos queridos agradeço
pelos momentos de alegria, pela
compreensão nas ocasiões de
ausência e principalmente pelo
apoio, incentivo e confiança
depositados em mim. Agradeço ao
meu professor e orientador Julio
César Schmitt Neto pela paciência e
sabedoria, essenciais para a
conclusão desse trabalho. E por fim,
agradeço a todas as pessoas que
sempre me cercam de amor e
atenção em todos os instantes da
minha vida.
“Há muros que só a paciência
derruba. Há pontes que só o amor
constrói.” (Cora Coralina)
EQUIPE TÉCNICA
a) Nome da estagiária
Fernanda Bruder Piovezan
b) Área de estágio
Exportação
c) Orientador de conteúdo
Prof. MSc. Julio César Schmitt Neto
d) Responsável pelo Estágio
Prof. MSc. Natalí Nascimento
RESUMO
Com a intensificação do comércio internacional e a globalização, as trocas comerciais entre países
estão em ritmo acelerado. Os meios mais conhecidos para a realização das trocas comerciais são a
importação e exportação. Sendo os mercados de destino exigentes e altamente competitivos, se faz
necessário a preparação das companhias e indústrias no momento de inserção em novos mercados.
Nota-se a necessidade de auxílio à empresas que são novatas, ou que pretendem buscar novos
mercados externos, não trabalhados anteriormente na atividade do comércio exterior. O Brasil apoia
essas empresas de diversas maneiras, com vários incentivos, sendo alguns deles, fiscais, financeiros
e na promoção dos produtos brasileiros. No segmento de promoção dos produtos e serviços do Brasil
foi desenvolvida uma agência de fomento às exportações do País, a Agência Brasileira de Promoção
de Exportações e Investimentos – APEX-Brasil. Nesse contexto, o presente estudo visou relatar a
atuação da agência nas exportações do país. Diante disso foi necessário demonstrar o cenário atual
do comércio internacional, as cifras do comércio internacional do Brasil dos últimos dez anos, a
exportação, seus tipos até os incentivos dados a essa atividade, o histórico da agência, programas de
incentivo, mercados mundias e setores econômicos do Brasil apoiados pela APEX-Brasil e casos de
empresas que utilizam ou já utilizaram algum serviço da agência. Quanto à metodologia utilizada
nesse trabalho, esta teve caráter qualitativo, realizada de forma descritiva, através da pesquisa
bibliográfica. Por meio da pesquisa realizada, verificou-se que efetivamente há relevância na
existência de uma agência de incentivo às exportações, especializada na promoção dos produtos e
das marcas das empresas brasileiras, porque realmente há muitas empresas com potencial para
atuar no mercado internacional, entretanto demandam apoio financeiro e know how para tal atividade.
Palavras-chave: APEX-Brasil. Promoção Comercial. Incentivo.
LISTA DE SIGLAS
ABEF - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos
ABEST - Associação Brasileira dos Estilistas
ABEXA - Associação Brasileira de Exportação de Artesanato
ABF - Associação Brasileira de Franchising
ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café
ABICAB - Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim,
Balas e Derivados
ABICALÇADOS - Associação Brasileira das Indústrias de Calçados
ABIEC - Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne
ABIGRAF - Associação Brasileira da Indústria Gráfica
ABIMO - Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos,
Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios
ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
ACC - Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio
ACE - Adiantamentos sobre Cambiais Entregues
ANIB - Associação Nacional da Indústria de Biscoitos
APEX-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
APL - Arranjos Produtivos Locais
ASSINTECAL - Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro,
Calçados e Artefatos
BB - Banco do Brasil
BBA - Brazilian Business Affairs
BBC Brasil - British Broadcasting Corporation
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CAMEX - Câmara de Comércio Exterior
CD - Centros de Distribuição
CECOMPI - Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista
CICB - Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil
CN - Centros de Negócios
CNI - Confederação Nacional da Indústria
COUROVISÃO - Feira Internacional de Componentes, Couros, Produtos Químicos,
Equipamentos e Acessórios para Calçados e Artefatos
CRM - Customer Relationship Management – Gerenciamento de Relações com
Clientes
EAU - Emirados Árabes Unidos
EUA - Estados Unidos da Ámerica
EXIM Brasil - Agência de Crédito à Exportação do Brasil S.A.
FIMEC - Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes,
Equipamentos e Máquinas para Calçados e Curtumes
IBGM - Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos
IBRAF - Instituto Brasileiro de Frutas
IBRAVIN - Instituto Brasileiro do Vinho
IC - Unidade de Inteligência Comercial
MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
NOVOEX - Siscomex Exportação Web
OMC - Organização Mundial do Comércio
PEIEX - Programa Extensão Industrial Exportadora
PIB - Produto Interno Bruto
PS - Projetos Setoriais
PSI - Projetos Setoriais Integrados
SEBRAE Nacional - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SGP - Sistema Geral de Preferências Comerciais
SIAESP - Sindicato da Indústria Cinematográfica do Estado de São Paulo
SIMERS - Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio
Grande do Sul
SINDMEC - Sindicato da Indústria Mecânica do Estado de Minas Gerais
UBABEF - União Brasileira de Avicultura
UE - União Europeia
UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí
8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9
1.1
Objetivo geral ................................................................................................. 10
1.2
Objetivos específicos ...................................................................................... 10
1.3
Justificativa para realização do estudo ........................................................... 11
1.4
Aspectos metodológicos ................................................................................. 11
1.5
Técnicas de coleta e análise dos dados ......................................................... 12
2 COMÉRCIO INTERNACIONAL ......................................................................... 13
2.1
Evolução do Comércio Internacional .............................................................. 13
2.2
Comércio Exterior do Brasil ............................................................................ 18
2.3
Exportação ..................................................................................................... 24
3 AGÊNCIA BRASILEIRA DE PROMOÇÃO DE EXPORTAÇÕES E
INVESTIMENTOS ..................................................................................................... 27
3.1
Histórico.......................................................................................................... 27
3.2
Programas de Incentivo às empresas ............................................................ 30
3.2.1
Informação .................................................................................................. 30
3.2.2
Qualificação para Exportação ..................................................................... 31
3.2.3
Promoção Comercial................................................................................... 33
3.2.4
Posicionamento e Imagem .......................................................................... 37
3.2.5
Apoio à Internacionalização ........................................................................ 38
3.3
Mercados e Setores de Atuação .................................................................... 40
4 CASOS DE EMPRESAS .................................................................................... 49
4.1
Calçados Bibi.................................................................................................. 49
4.2
Pizzato Vinhas e Vinhos ................................................................................. 50
4.3
Showcolate ..................................................................................................... 52
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 54
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ...................................................................... 60
9
1
INTRODUÇÃO
O comércio internacional está presente na economia de todos os países, e
vem aumentando rapidamente. Devido à necessidade das nações de realizar trocas
entre si, visando suprir as deficiências em seus mercados internos, as exportações e
importações estão em crescente expansão.
O Brasil, um país em pleno desenvolvimento econômico, vem alçando as
empresas brasileiras, tanto de grande porte, como de médio e pequeno porte ao
mercado externo, assim elevando suas exportações com diversidade nos produtos e
serviços exportados, e nos mercados de destino.
Nesse processo de entrada no mercado externo, muitas vezes as empresas
se deparam com dificuldades, seja de burocracia ou complexidade de realizar os
primeiros contatos e/ou de participar de eventos e feiras, tendo em vista não possuir
experiência na exportação. Dessa maneira, tornou-se indispensável uma assistência
especializada a essas empresas que tem a intenção de estender seus negócios ao
mercado externo.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - ApexBrasil foi criada com esse objetivo de apoiar as empresas nesse contexto de
inserção das mesmas no comércio exterior. Inicialmente, funcionava como uma
Gerência Especial do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEBRAE Nacional, entretanto em 2003 foi criada a Apex- Brasil, uma agência do
governo do Brasil, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior - MDIC. A Apex-Brasil apoia empresas de todos os portes, porém com foco
principal nas pequenas e médias, dado o maior nível de dificuldade.
Baseado na relevância do tema e na necessidade constante de apoio à
empresas que pretendem alcançar o mercado externo, este trabalho tem como
objetivo apresentar a forma como a Apex-Brasil atua no auxílio à empresas que
almejam sua entrada no comércio internacional, bem como relatar os setores e
mercados em que a Apex- Brasil exerce sua atividade, seus programas de incentivo
a essas organizações, além de descrever casos de empresas que conseguiram
alcançar o mercado externo com os recursos deste órgão governamental.
E, para a realização dos objetivos citados, esse trabalho está dividido em
capítulos. No primeiro capítulo, é abordada uma introdução, os objetivos, a
10
metodologia empregada e as técnicas de coletas e análise de dados utilizados
nesse trabalho. No segundo capítulo é apresentada a evolução do comércio
internacional, o cenário atual do comércio internacional do Brasil e ainda sobre a
exportação e os incentivos dados a mesma. No terceiro capítulo é tratado a respeito
da APEX-Brasil, seu histórico, seus programas de incentivo e seus mercados e
setores da economia brasileira de atuação, para obter uma visão abrangente das
ações da agência na atividade exportadora.
No quarto e último capítulo são relatados casos de empresas brasileiras que
utilizam ou já utilizaram algum serviço da APEX-Brasil para aumentar sua atividade
exportadora, inserindo-se no mercado internacional, aumentando sua carteira de
clientes, dando valor agregado ao seu produto e o fortalecendo nesse mercado
exigente.
1.1
Objetivo geral
Demonstrar a forma de atuação da Apex-Brasil no auxílio na inserção das
empresas brasileiras no comércio internacional.
1.2
Objetivos específicos
•
Apresentar os programas de incentivo da Apex-Brasil no auxílio das
empresas no mercado externo.
•
Relacionar os mercados e setores que a Apex-Brasil atua.
•
Relatar casos de empresas que alcançaram o sucesso com o auxílio da
Apex-Brasil.
11
1.3
Justificativa para realização do estudo
O comércio internacional está implícito no cotidiano dos países, e nos últimos
tempos seu valor econômico, social e político têm apresentado um contínuo
crescimento. Dada a importância do comércio internacional, as organizações
desejam cada vez mais a inserção de seus negócios no mercado mundial.
Com a inserção em novos mercados, as empresas necessitam de ajuda para
a etapa de promoção comercial de seus produtos e/ou serviços nestes mercados.
Dessa forma, esse trabalho de iniciação científica justifica-se por apresentar os
incentivos da Apex-Brasil como recursos de auxílio para as empresas nesta etapa
considerada primordial para a entrada em mercados que se apresentam
desconhecidos.
A relevância para a acadêmica deste trabalho de iniciação científica será de
obter conhecimento mais abrangente sobre incentivos, mercados e setores atuantes
da Apex-Brasil, para a possibilidade de uso próprio do mesmo ou como informação a
serem disponibilizadas a quaisquer outros interessados.
Entende-se que, para a Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI e para o
curso de Cómercio Exterior, este trabalho será relevante por ser uma pesquisa
fundamentada em informações obtidas em livros, artigos, sites, e dados secundários
de uma agência do governo, e que porventura possa se tornar em fonte de dados
para acadêmicos e para a sociedade.
O trabalho foi viável devido ao fácil acesso às informações fornecidas pela
própria Apex-Brasil, além de artigos publicados sobre o tema e livros para
fundamentar a pesquisa.
1.4
Aspectos metodológicos
Este item da pesquisa tem como propósito expor a metodologia a ser utilizada
neste trabalho de iniciação científica, isto é, a caracterização do estudo, os
12
processos apropriados para coleta e análise dos dados e a apresentação dos
mesmos.
O método de pesquisa deste trabalho de iniciação científica teve caráter
qualitativo,
que segundo Pereira (2004, p.21 e 22): “[...] à chamada pesquisa
qualitativa, que também se ocupa da investigação de eventos qualitativos mas com
referenciais teóricos menos restritivos e com maior oportunidade de manifestação
para a subjetividade do pesquisador.”.
Em relação aos meios de pesquisa, foi utilizada neste trabalho a pesquisa
bibliográfica, que conforme Gil (2007, p.44): “[...] é desenvolvida com base em
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.”.
Quanto aos fins foi utilizada a pesquisa descritiva, pois é um fator essencial
para o estudo da atuação da Apex-Brasil nas exportações do país.
A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou
fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com a precisão
possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão
com outros, sua natureza e características. (CERVO; BERVIAN, 1996, p.49)
Dessa maneira o trabalho descreveu o procedimento usado no apoio da
Apex-Brasil às empresas, por meios bibliográficos e citações da execução dessa
assistência.
1.5
Técnicas de coleta e análise dos dados
Os dados para a construção deste trabalho de iniciação científica foram
coletados por meio de materias bibliográficos como livros, sites e artigos publicados
sobre o tema, todos considerados dados secundários.
A análise e apresentação dos dados foram realizadas através de textos
descritivos de informações relevantes sobre o assunto abordado.
13
2
COMÉRCIO INTERNACIONAL
Neste capítulo do trabalho é abordado inicialmente o histórico do comércio
internacional, em seguida o cenário atual encontrado pelas empresas que se
dispõem a explorá-lo, os números do comércio internacional do Brasil dos últimos
dez anos e por fim a exportação, desde os seus tipos até os incentivos dados a essa
atividade.
2.1
Evolução do Comércio Internacional
O comércio internacional surgiu para suprir necessidades e/ou desejos a
humanidade, e sofreu várias mudanças no decorrer do tempo, para se tornar o que
se conhece dele nos dias atuais. Segundo Labatut (1994, p.93), “[...] o comércio
internacional objetiva o bem-estar dos povos através do aumento de sua renda real
propiciada pelo comércio.”.
Comércio Internacional é, conforme Maluf (2000, p. 23), “[...] o intercâmbio de
bens e serviços entre países, resultante das especializações na divisão internacional
do trabalho e das vantagens comparativas dos países.”.
O comércio internacional teve seus primeiros indícios na pré-história, através
das trocas realizadas pelos agrupamentos formados na época, que evoluíram com
seu método de produção inicial, e que buscavam o necessário para sua própria
subsistência ou para contentar as ambições dos mesmos. Mesmo essas trocas
sendo realizadas através da ostentação e da utilização de força, da guerra, foram os
primeiros sinais de comércio externo. (CAMPOS, 1990).
Desta forma, o comércio internacional surge e se fortalece na Antiguidade
Clássica, com alguns grupos famosos que realizam atividades comerciais nesse
período, como os egípcios, gregos, persas, babilônios, fenícios, entre outros. A
Cidade de Babilônia foi o mais notável centro de comércio internacional, que
originou da Antiguidade. Após o empobrecimento da Babilônia, que efetuava o
comércio por meio terrestre, surge o comércio internacional marítimo a princípio feito
14
no Mar Mediterrâneo, que perpetua até os dias de hoje, entretanto em todos os
mares. (CAMPOS, 1990).
Roma também foi uma importante figura no desenvolvimento do comércio,
apesar de sua grande autoridade e sua grande expansão de território,
principalmente pelas constantes guerras, onde qualquer sociedade que tentasse
contra seu império, era dominado pelos mesmos, que utilizavam esse método para
manter sua supremacia na política e da mesma forma, na economia, ainda assim
manteve sua diligência comercial. (CAMPOS, 1990).
Os Fenícios, no comércio internacional, tiveram destaque pela expressiva
evidência na propagação da utilização de embarcações, que alimentaram rotas
comerciais que asseguravam o giro de vários produtos, por conseqüência
estimularam o lucro na classe mercante na época. (SOUSA, 2012).
No final da Antiguidade e no começo da Idade Média, o comércio
internacional passou por um processo transitório, quando o fim do império romano
passa a ser substituído pelo sistema de economia feudal dos estados, ou seja, um
regime que expressamente vê seu poder na autoridade e grandes propriedades de
terras, afetando e fortificando o comércio internacional, nas trocas comerciais.
(CAMPOS, 1990).
Após a Idade Média, nasce o Mercantilismo, que se caracteriza através do
enriquecimento por meio de metais preciosos, onde o principal metal explorado era o
ouro. Foi por esse recurso essencial que conseguiu desenvolver e armar o exército e
a marinha, melhorando o comércio e o trânsito das mercadorias. Como os
pagamentos na época eram feitos com o ouro, os estados tinham de aumentar as
exportações e diminuir as importações, para manter uma economia estável e ampliar
sua fortuna e regular o mercado interno. (SILVA, 1999).
A relevância do comércio internacional é explícita com o início da era
mercantilista, no momento que foi notório que através do mesmo os países podiam
aumentar sua renda, melhorar sua produção, entre outros benefícios. Assim a figura
do comércio internacional, permanece nesse período, com ênfase na exportação.
(SILVA, 1999).
Na Idade Contemporânea, com o fim do mercantilismo, teve o início a era
capitalista e a aceitação do livre-comércio.
15
Desde meados do século XVIII, [...] os países começaram a adotar a
chamada doutrina do Livre-Cambismo – que defende a tese de que o livre
comércio internacional possibilitaria uma melhor utilização dos recursos de
cada país, propiciando o crescimento econômico generalizado, com ganhos
para todos nele envolvidos. Para tanto, todos os governos deveriam se
preocupar em eliminar todas as barreiras tarifárias e outros obstáculos ao
comércio internacional, bem como estimular por todas as formas a liberdade
de comércio. (SILVA, 1999, p.42).
Campos (1990) complementa a idéia de Silva (1999) quando afirma que, após
o fim do mercantilismo, as barreiras que restringiam o comércio foram extintas,
assim os negócios no mercado mundial tiveram um expressivo progresso, utilizando
de uma maneira mais produtiva recursos naturais, que viabilizaram o surgimento de
diferentes ramos mercantis, como o industrial.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento da
comercialização internacional de bens reduziu-se por causa do perigo existente no
transporte marítimo na época. O resultado dessa guerra foi à restrição ao comércio
internacional por quase quarenta anos, que começou uma reação um longo tempo
depois. Com o final da guerra, os governantes sentiram a necessidade de dar
existência à organizações e entidades mundias, que regulassem a economia e o
comércio internacional. (JAKOBSEN, 2005).
Após a Segunda Guerra Mundial, depois da recuperação econômica dos
países, a criação da Organização Mundial do Comércio - OMC, em 1995, teve como
objetivo de desenvolver e aprimorar a ordem multilateral do comércio internacional,
regulando o mesmo, para assegurar o livre-comércio, para as empresas terem
condições mais favoráveis para a negociação com organizações de todos os países,
desenvolvendo a economia mundial. (MINISTÉRIO, 2004).
Dos anos 90 até hoje, foi a época em que o comércio internacional mais se
desenvolveu, muito devido à globalização e ao avanço da tecnologia, tornando o
comércio internacional muito mais dinâmico. A necessidade da troca, hoje também
de tecnologia, não somente de produtos para a sobrevivência, como foi no início dos
tempos, permanece. Segundo Jakobsen (2005, p.6), “[…] os países vendem seus
produtos para obter os recursos para comprar aquilo de que necessitam, inclusive
para fomentar seu desenvolvimento, como máquinas, tecnologia, etc.”.
A troca entre os países é necessária, pelo fato das nações não serem
autossuficientes, e de serem dependentes para adquirir alguns produtos e serviços
de que tenham carência para sua sobrevivência e seu desenvolvimento econômico.
16
Essa necessidade de realizar as permutas entre os países deriva de alguns
elementos, que conforme Ratti (2000, p.339 e 340) são: “desigualdade na
distribuição geográfica dos recursos naturais, as diferenças de clima e de solo e as
diferenças de técnicas de produção.”. Então o comércio internacional, segundo
Maluf (2000, p.18), “é o principal instrumento com que o mundo capitalista busca
implantar a ordem econômica liberal, do ideal de integração e internacionalização da
economia mundial.”.
Mesmo com o intenso crescimento do comércio internacional nos últimos 20
anos, em 2008, com o começo da forte crise econômica internacional que se iniciou
com o desquilíbrio na principal potência econômica mundial, os Estados Unidos, e
mais recentemente teve continuidade com a crise da Europa, afetou a economia
mundial e consequentemente o comércio entre os países. Alguns defendem a tese
de que o comércio entre os países está vivendo um processo retrocessivo, voltando
a implantar barreiras ao mercado externo, para proteger sua economia, dessas
constantes crises financeiras.
Estamos começando a viver um perigoso estado de "desglobalização". O
que parecia ser um consenso quase que universalmente aceito - as
vantagens do livre-comércio e da crescente integração entre os países começa a ser debatido num tom perigosamente emocional. Conceitos tidos
como em completa obsolescência no mundo globalizado como
nacionalismo, xenofobia e protecionismo, ameaçam se reerguer e colocar
em xeque o mundo como o conhecemos hoje. (BONATTO, 2009).
Alguns acontecimentos da crise financeira estão ligados diretamente ou
inderetamente nessa freada do comércio internacional, são elementos responsáveis
sobre a repressão do comércio mundial.
Os Estados Unidos estavam gastando para financiar suas guerras e
importando mais do exportando, ou invés de conter seus gastos receberam ajuda do
exterior, através de injeção de divisas por parte de outros países. Com crédito
sobrando, as taxas de juros diminuíram e, consequentemente, o consumo
aumentou, principalmente na parte imobiliária, onde houve uma súbita valorização
nos imóveis, pois havia uma crescente procura. O crédito fornecido, a baixas taxas
de juros, custeou essa compra desenfreada de imóveis. Entretanto, quando essas
mesmas taxas de juros voltaram a subir, a facilidade de adquirir o crédito diminuiu,
por conseguinte a demanda por imóveis caíram e seus preços também. Com isso
explodiu a inadimplência, pois os consumidores já não queriam pagar por
17
empréstimos ou financiamentos tão altos, se os imóveis estavam desvalorizados.
(OREIRO, 2012; SATO, 2012).
Primeiramente, houve uma medida de apoio por parte do governo dos
Estados Unidos a essas instituições de crédito que estavam com carência de
dinheiro. Todavia, teve uma repressão para com o governo por tomar essa posição a
frente do problema, então diante disso o governo recuou sua ajuda aos bancos. O
marco dessa crise acreditasse que foi o fechamento de um relevente banco,
conforme a British Broadcasting Corporation Brasil (Corporação Britânica de
Radiodifusão) - BBC Brasil (2012), “O Lehman Brothers, quarto maior banco de
investimentos dos Estados Unidos, pediu concordata após incorrer em perdas
bilionárias em decorrência da crise financeira global.”. Com o encerramento dessa
importante instituição fornecedora de crédito, instalou-se uma insegurança total,
barrando o crédito, afetando bolsa de valores e investimentos. Assim instalou-se a
crise, afetando a economia mundial e, portanto o comércio mundial. (ONLINE, 2012).
Há pouco tempo, a Europa começou a enfrentar uma crise financeira, por
causa de dificuldades no controle de suas contas fiscais. A Grécia, um dos paísesmembros da União Européia, entrou em um grande endividamento. A desconfiança
por parte dos investidores fez com que intimidassem eles a possuir ações no
mercado europeu, por descrédito depositado nos governantes por parte dos
mesmos, que acreditavam que o país não pagaria suas dívidas, fazendo com que
agravasse o momento de crise. (VEJA, 2012).
Isso também foi um elemento que afetou o comércio internacional, pois como
a Europa tem que se concentrar em reverter à situação da Grécia e de outros
países-membros da União Européia que se encontram em crise financeira, a mesma
está usando seus recursos para amparar a economia desses países e recuperar a
confiança dos investidores, assim diminuindo seus negócios no mercado mundial.
18
2.2
Comércio Exterior do Brasil
As trocas comerciais do Brasil nos últimos dez anos apresentaram uma
crescente, exceto nos momentos onde o cenário mundial era de crises, havendo
uma desaceleração. Em 2011 o comércio internacional brasileiro apresentou um
aquecimento novamente. Segundo o MDIC, a participação do Brasil nas exportações
mundiais em 2010 foi de 1,36% e em 2011 esse número passou para 1,44% e nas
importações sua atuação cresceu de 1,25% para 1,29%. Conforme o ministério, a
previsão da OMC para o ano de 2012 é que haja um crescimento de 3,7% no
volume do comércio mundial de bens, porém esse número está abaixo da média dos
últimos 20 anos, devido ao atual cenário mundial, em que as fraquezas e as dúvidas
pernanecem. (AUMENTA, 2012). Os dados da balança comercial do Brasil dos
últimos 20 anos estão dispostos na Tabela 1.
Tabela 1 – Dados da Balança Comercial
FONTE: Associação de Comércio Exterior do Brasil (2012, p. 4).
A partir de 2000, o comércio internacional brasileiro se expande numa
proporção maior, comparada com anos anteriores. E alguns fatores proporcionaram
esse maior desenvolvimento do comércio internacional do Brasil, são eles, conforme
19
Exterior (2010, p.227), “o crescimento econômico mundial, o aumento dos preços
internacionais de produtos básicos, a diversificação dos mercados importadores e a
maior produtividade da indústria nacional.”.
Em 2001, o total das exportações brasileiras alcança a cifra de US$ 58,2
bilhões, e os principais produtos que mais contribuíram para a expansão das
exportações foram minérios de ferro e seus derivados, aviões e soja. Entre seus
principais parceiros estavam à Argentina, Estados Unidos e Países Baixos
(Holanda). E as importações nesse ano fecham no nível de US$ 55,6 bilhões, sendo
que os principais países vendedores para o Brasil foram Estados Unidos, Argentina
e Alemanha e os principais produtos comprados foram o petróleo em bruto e partes
e peças para veículos automóveis. O país nesse ano, apesar das crises nacionais e
as internacionais, como a crise energética do Brasil, a alta do dólar, o ataque
terrorista de 11 de setembro aos Estados Unidos, a crise da Argentina, o embargo à
carne brasileira, ainda fechou sua balança comercial com superávit. Como houve
uma significativa entrada de divisas no país e também investimentos estrangeiros,
esses fatores influenciaram a cobrir o déficit na economia do Brasil nesse mesmo
ano.
Em 2002, as importações brasileiras fecharam com o número aproximado de
US$ 47,2 bilhões, tendo o petróleo bruto e motores, geradores e transformadores
elétricos e suas partes como os produtos mais importados, dos Estados Unidos,
Argentina e Alemanha. Prontamente, a exportação atinge cerca de US$ 60,3
bilhões, permanecendo com os mesmos produtos mais vendidos do ano anterior e
entre seus parceiros neste ano, estavam Estados Unidos, Países Baixos (Holanda) e
Alemanha. No ano de 2002, houve muitas disputas comerciais do Brasil com outros
países no âmbito da OMC, por isso a economia brasileira, devido à situação externa
do país que melhorou somente ao final do ano, foi se desenvolvendo
gradativamente, visto que a balança comercial fecha com um superávit novamente.
Entretanto mesmo sendo um cenário vantajoso, no meio do ano, é apontada uma
instabilidade financeira pelo Brasil, devido aos resultados da forte crise da Argentina,
um país parceiro comercialmente.
Já em 2003, as exportações alcançam uma cifra de US$ 73,0 bilhões, entre
os consideráveis produtos vendidos estão à soja, os minérios de ferro e os
automóveis de passageiros, para os Estados Unidos, Argentina e China. As
importações fecham em US$ 48,2 bilhões com o petróleo em bruto e partes e peças
20
para veículos automóveis os produtos mais negociados, de origem dos Estados
Unidos, Argentina e Alemanha. Nesse ano a balança comercial fecha novamente
com um superávit. Um dos fatores que influenciou esse resultado foi à ampliação e a
diversificação da atividade exportadora. As vendas do Brasil alcançam mercados
tradicionalmentes não compradores de produtos e serviços brasileiros, como em
países da Ásia e do Oriente Médio, além do aumento de negócios com a China.
Em 2004, as importações têm um relevante aumento, chegando em US$ 62,7
bilhões, tendo os produtos e países de origem principais iguais ao ano anterior. E as
exportações têm um expressivo crescimento, atingindo os US$ 96,4 bilhões,
vendendo principalmente para os Estados Unidos, a Argentina e os Países Baixos
(Holanda), sendo os mesmos principais produtos exportados no ano anterior. Nesse
ano, a economia do mundo é aquecida mais uma vez. A balança comercial do Brasil
repetidamente fecha em superávit, alcançando uma cifra recorde nas exportações. O
mercado externo proporcionou uma busca maior por bens e crescimento dos preços
internacionais de commodities, devido ao aquecimento da economia mundial.
No ano de 2005, as exportações atingem um total de US$ 118,3 bilhões,
chagando a uma expressiva quantidade. Ainda permanecendo como os principais
produtos
vendidos
os
mesmos
aos
dois
anos
anteriores,
comercializado
principalmente para os Estados Unidos, Argentina e China. As importações chegam
a uma soma aproximada de US$ 73,5 bilhões, o país comprou especialmente
petróleo em bruto e circuitos eletrônicos da Argentina, Alemanha e Estados Unidos.
Essa alta no comércio internacional brasileiro aquece muito a economia e o
consumo do país.
Em 2005, o inacreditável provento alcançado na balança comercial e o
pagamento da dívida externa foram evidenciados na economia do Brasil, que
registrou um saldo comercial com superávit de US$ 44,8 bilhões, como um grande
progresso no comércio exterior brasileiro. Os negócios com países não tradicionais
compradores de produtos brasileiros, como a África, América Latina, Ásia, Europa
Oriental e Oceania e ainda o crescimento de negócios com compradores já
tradicionalmente conhecidos do Brasil, como a Argentina, União Europeia e Estados
Unidos são fatores que influenciaram esse aumento no saldo comercial.
No ano seguinte, em 2006, as importações atingem um total de US$ 91,3
bilhões, tendo os Estados Unidos, a China e a Argentina como os principais países
de origem dos produtos comprados. E entre os produtos mais negociados nas
21
importações neste ano estão o petróleo em bruto e circuitos eletrônicos. As
exportações alcançam a cifra de US$ 137,4 bilhões. Sendo os produtos do país mais
vendidos os minérios de ferro, os óleos brutos de petróleo e a soja. Entre os
principais parceiros nesse comércio estão os Estados Unidos, a Argentina e a China.
A economia mundial nesse ano de 2006 manteve um andamento sólido de
crescimento e desenvolvimento, beneficiada pelo desempenho da economia dos
Estados Unidos e ainda pelo rápido progresso das economias emergentes, com
ressaltos para a China e a Índia. O Brasil realiza diversos acordos comerciais com
vários países, em particular com a China, devido aos preços baixos praticados pelo
país, que afeta a concorrência de mercado.
Em 2007, as exportações atingem o número de US$ 160,6 bilhões, vendendo
principalmente os mesmos produtos do ano anterior, os minérios de ferro, os óleos
brutos de petróleo e a soja. E da mesma forma os países parceiros permanecem os
mesmos do ano antecedente, Estados Unidos, Argentina e China. Já as importações
obtem o número de US$ 120,6 bilhões. O Brasil vendeu principalmente petróleo em
bruto, partes e peças para veículos automóveis e medicamentos. Comercializaram
essencialmente para os Estados Unidos, a China e a Argentina. No ano de 2007,
segundo Exterior (2010, p.232), “[...] a valorização do euro dá perspectivas de
ganhos aos exportadores brasileiros, que tentam ganhar o mercado europeu,
aproveitando a atratividade dos preços dos produtos nacionais.”. Nesse mesmo ano,
o mundo começa observar a probabilidade de uma nova crise financeira nos Estados
Unidos, o centro da economia mundial, devido aos primeiros indicativos de
atribulações com os empréstimos dados como garantia hipotecas imobiliárias de
forte risco. Além disso, ainda continuaram os pedidos das empresas brasileiras
quanto às medidas de defesa aos produtos da China, que eram ofertados a preços
baixos e desleais ao mercado interno. Outro fato marcante da época foi a
descoberta da camada do Pré-sal.
Em 2008, as importações fecham o número de US$ 173,1 bilhões. Essa cifra
é alcançada principalmente pela compra de petróleo em bruto e automóveis de
passageiros. Esses bens tiveram como origem principal os Estados Unidos, a China
e a Argentina. As exportações chegam à cifra de US$ 197,9 bilhões, os minérios de
ferro, os óleos brutos de petróleo e a soja foram os principais produtos exportados,
com destino para os Estados Unidos, a Argentina e a China. Nesse ano, a balança
comercial fecha outra vez com um superávit, de US$ 24,8 bilhões, mesmo com a
22
crise financeira internacional iniciada e a desvalorização do dólar, apesar de ter
decaído em comparação com os anos anteriores. Um fator que ajudou a chegar a
essa cifra foi à autorização dada novamente a parte das fazendas brasileiras
embargadas no ano anterior a vender carne a União Europeia. Nesse ano a Rodada
de Doha é paralisada por ausência de acordos entre as partes envolvidas, que tinha
sido iniciada em 2001, com o objetivo de obter uma maior liberalização e
desburocratização no comércio internacional. Nesse período, a economia brasileira
estava em pleno desenvolvimento e nos mercados externos o cenário aparentava
ser bom e estável, exceto pela dúvida na área financeira. Então naquele mesmo
ano, na metade do segundo semestre, se inicia a crise financeira global, iniciada nos
Estados Unidos.
No ano de 2009, as exportações fecham na cifra de US$ 152,9 bilhões, que
apresenta uma diminuição em relação ao ano anterior devido ao resultado do
cenário econômico mundial. Foi exportado principalmente os minérios de ferro, a
soja e os óleos brutos de petróleo, com os mesmos destinos do ano passado, a
China, os Estados Unidos e a Argentina. As importações da mesma maneira tiveram
uma queda em comparação ao ano anterior chagando a um total de US$ 127,6
bilhões. Os bens mais comprados pelo país neste ano foram o petróleo em bruto, os
automóveis de passageiros e os medicamentos, provenientes dos Estados Unidos,
da China e da Argentina. No ano de 2009, com a crise financeira instalada no
mundo, os Estados Unidos, que é o centro econômico mundial, dá posse a um novo
presidente, com promessas ao combate a crise. O Brasil continua tomando medidas
para controlar os reflexos da crise, como exemplar, conforme Exterior (2010, p.236),
“Determina que empresas estatais aumentem seus gastos e investimentos e
assumam a liderança na promoção do crescimento e do aumento da demanda.”.
Apesar das expectativas negativas, devido à crise, o país encerrou o ano com uma
balança comercial positiva aproximada em US$ 25 bilhões, muito pela queda das
importações.
Em 2010, as importações se elevam novamente fechando um total
aproximado de US$ 181,6 bilhões. Os produtos em maior número importados foram
o petróleo em bruto, os automóveis de passageiros e os medicamentos, procedentes
dos Estados Unidos, da China e da Argentina, que permanecem como os principais
parceiros comerciais do Brasil. As exportações do país neste ano, que as
mercadorias tiveram como destinos principais a China, os Estados Unidos e a
23
Argentina, alcançam a cifra de US$ 201,9 bilhões, vendendo essencialmente os
minérios de ferro, os óleos brutos de petróleo e a soja, igualmente ao ano
antecedente. O ano de 2010 se inicia com dúvidas sobre o andamento da crise
financeira mundial, que se tornaram maior devido ao aparecimento do caso da
Grécia. O Brasil, nesse ano, negocia acordos comerciais com o México e ainda o
governo cria uma agência de crédito e fundo de garantia para a atividade
exportadora, a EXIM – Brasil.
Ela se destina ao fomento das exportações, por meio de operações de
crédito não cobertas pelo mercado, como é o caso de contrato de prazo
mais longo, crédito para comprador no exterior e algumas operações pósembarque. A maior parte dessas operações era desempenhada pelo
BNDES e agora passam a ter uma agência exclusiva. (EXTERIOR, 2010,
p.237).
Uma mudança ocorrida em 2010, a ser citada foi à implementação do
Siscomex Exportação Web – NOVOEX.
Foi implantado o novo módulo do Sistema Integrado de Comércio Exterior
(Siscomex), denominado Siscomex Exportação Web (Novoex). O Novoex
substituiu o módulo Siscomex Exportação, lançado em 1993. A
modernização do sistema se fez necessária diante do expressivo aumento
das exportações brasileiras, do surgimento de novas tecnologias de
comunicação e informação, além da defasagem tecnológica do sistema
atual. No novo sistema, são efetuadas apenas as operações comerciais
(Registro de Exportação-RE e Registro de Operação de Crédito-RC), sendo
que todas as operações aduaneiras continuam a ser realizadas da mesma
forma nos sistemas da Receita Federal. (EXTERIOR, 2010, p.238).
No ano de 2011, batendo um número recorde, as exportações alcançam um
total de US$ 256 bilhões, vendidos basicamente em minérios de ferro, óleos brutos
de petróleo e soja, para os mesmos países de destino do ano passado. As
importações da mesma forma apresentaram um relevante crescimento, fechando no
número de US$ 226,2 bilhões, alcançado pela compra de petróleo em bruto e
automóvel de passageiros, provenientes dos Estados Unidos, da China e da
Argentina. A balança comercial fecha com um número positivo de US$ 29,8 bilhões,
não tão expressivos como de anos anteriores, devido à crescente das importações.
Entende-se que esses números mostram que o Brasil está com o comércio
internacional aquecido e favorável para sua economia, em um constante
24
crescimento, mesmo com alguns acontecimentos inesperados, como a crise
financeira mundial.
2.3
Exportação
A exportação é usada como uma estratégia de entrada das empresas no
comércio internacional, consequentemente elevando o comércio entre os países.
Conforme Vazquez (2009, p. 181), “a exportação é a atividade que proporciona a
abertura do país para o mundo.”. Segundo Fosquete (1999, p. 58), “a exportação
consiste na remessa de bens e serviços de um país para outro.”.
As exportações são divididas em duas modalidades, a exportação direta e
indireta. Alguns fatores influenciam na decisão da empresa em exportar diretamente
ou indiretamente, conforme Castro (2003, p. 57 e 58), são eles: “as características
do produto, o conhecimento do mercado-alvo, as prioridades comerciais, as
estratégias e a estrutura administrativa da empresa.”.
A exportação direta consiste na venda direta do produtor ou da indústria para
o comprador do exterior, sem nenhum intermediador na negociação. Uma situação
aflitiva considerável dessa modalidade de exportação é reconhecer os potenciais
importadores do produto fabricado. Para obter esse reconhecimento desses
possíveis compradores do exterior, tem-se algumas possibilidades como participar
de feiras internacionais, agendar visitas internacionais com possíveis clientes
estrangeiros, divulgar a empresa e o produto, analisar o mercado de interesse, entre
outras medidas, que podem ser executadas para a realização efetiva da venda ao
exterior. (CASTRO, 2003). Bortoto (2004, p. 225) complementa a idéia de Castro
(2003) quando afirma que, “a exportação direta consiste na operação em que a
mercadoria exportada é faturada pelo próprio produtor/comerciante ao importador.”.
Prontamente, a exportação indireta segue o raciocínio contrário da exportação
direta. Essa modalidade demanda a atuação de um intermediador entre produtor e
comprador. Esse mediador adquire o produto das indústrias e/ou produtores, com a
finalidade de exportá-los futuramente. Existem alguns benefícios em exportar por
essa modalidade, entre eles o conhecimento e a experiência desse intermediador na
25
atuação no comércio exterior, a diminuição dos riscos do produtor, redução de
custos e investimentos do produtor, maior concentração da indústria e/ou produtor
apenas na fabricação do produto final, entre outros. (CASTRO, 2003). Bortoto (2004,
p.226) complementa a idéia de Castro (2003) quando declara que “a exportação
indireta é aquela realizada por intermédio de empresas estabelecidas no Brasil, que
adquirem produtos para exportá-los.”.
Essas empresas que trabalham como intermediadoras nessa modalidade de
exportação pode ser trading companies, empresas comerciais exportadoras e
empresas comerciais que operam tanto no mercado externo quanto no interno.
(BORTOTO, 2004).
O crescimento das exportações no Brasil tem se dado principalmente pelo
aquecimento do consumo mundial e também por incentivos oferecidos aos
empresários, produtores, indústrias a exportarem mais, com uma freqüência regular.
Entre os principais incentivos que se pode notar partem do governo do país, alguns
deles como isenção ou redução de impostos para determinados produtos que serão
exportados, diversos tipos de financiamentos, com taxas de juros especiais, que
fomentam o processo de exportação, desde a produção até o embarque dessa
mercadoria, a criação de agências que auxiliam no processo de inserção no
mercado externo ou que financiam essas vendas externas.
Com o propósito de dispor os produtos brasileiros no mercado internacional e
de torná-los mais competitivos nesse mercado tão disputado e exigente, o governo
brasileiro isenta os exportadores do pagamento de tributos relacionados a atividade,
para haver um incentivo a mesma, aquecendo as vendas a países estrangeiros.
(CRUZ, 2010).
Existem outras maneiras de incentivo a exportação do governo do país como
o regime de drawback integrado, que segundo Abreu e Marinho (2011), “constitui-se
como uma renúncia de arrecadação fiscal pelo governo, de modo a incentivar as
exportações e promover o desenvolvimento econômico do País. É a desoneração de
impostos na importação vinculada a um compromisso de exportação.”.
Em relação aos financiamentos, existe uma gama de diferentes modalidades
para custear, incentivar a exportação, através dessa medida. Eles têm o objetivo de
expandir a base exportadora e essas linhas de crédito são destinadas propriamente
ao fomento das exportações, proporcionando recursos as empresas e indústrias
26
exportadoras, para a produção e comercialização de seus produtos e serviços que
serão vendidos ao mercado externo. (FINANCIAMENTO, 2012).
Entre as variadas modalidades, os Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio
- ACC e Adiantamentos sobre Cambiais Entregues - ACE são formas de
financiamentos efetuados pré e pós-embarque, respectivamente. O ACC é o
financiamento à produção da mercadoria exportada e o ACE será recebido mediante
entrega das cambiais ao banco. (FINANCIAMENTO, 2012).
Ainda tem a possibilidade de financiamentos serem realizados pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, como o BNDES-Exim,
que custeia a produção ou a venda do produto ou serviço com destino ao mercado
internacional e de programas de custeamento à exportação através do Banco do
Brasil - BB, que auxiliam na inserção de empresas, produtores e indústrias no
comércio exterior. (FINANCIAMENTO, 2012).
E, por fim, ainda existe outro tipo de auxílio oferecido nesse processo de
entrada no mercado internacional por meio da exportação: as agências de fomento a
atividade de vender ao exterior. Essas agências atuam tanto na área financeira,
como outras atuam na área de promoção comercial, ambas com o propósito de
desenvolver a competitividade dessas empresas perante o mercado externo. A
Agência de Crédito à Exportação do Brasil S.A - EXIM Brasil, criada pelo governo
brasileiro em conjunto com o BNDES, com o objetivo de apoiar o setor de
exportação do Brasil, é uma agência de crédito à exportação. (GOVERNO, 2010).
A APEX Brasil, uma agência de promoção a empresas exportadoras,
igualmente às demais medidas, tem o objetivo de incentivar e apoiar a exportação
do país e buscar investimentos estrangeiros para o país. A agência auxilia na
inserção das empresas no mercado externo, aumentando a capacidade da empresa
exportadora e a diversificação da relação dos produtos a serem comercializados no
exterior, abrindo novos mercados a serem explorados pela companhia, além de
firmar as parcerias com os países que já são compradores do Brasil. (A SUA, 2012).
Os incentivos apresentados são apenas alguns propostos e realizados pelo
governo do país, que apóiam os produtores e indústrias a exportarem cada vez
mais. Pode-se observar que no item anterior, quando tratado o comércio
internacional do Brasil, os números apresentados indicam que esse auxílio dado foi
de suma relevância para o crescimento da exportação nos últimos dez anos.
27
3
AGÊNCIA BRASILEIRA
INVESTIMENTOS
DE
PROMOÇÃO
DE
EXPORTAÇÕES
E
Neste capítulo do trabalho será abordado primeiramente o histórico da
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, em seguida os
programas de incentivo da APEX – Brasil no apoio às empresas para a entrada no
mercado externo, os mercados mundias trabalhados pela agência e os setores da
economia brasileira auxiliados pela APEX-Brasil.
3.1
Histórico
Em 1997, através do Decreto de número 2.398 de 21 de novembro de 1997,
foi criada a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos –
APEX-Brasil. Na época funcionava como uma Gerência Especial do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE Nacional e tinha
como objetivo executar a estratégia de promoção comercial das exportações
estipuladas pela Câmara de Comércio Exterior – CAMEX, com a incumbência de
incentivar a atividade exportadora no Brasil principalmente em empresas e
produtores de pequeno porte. (MINISTÉRIO, 2004).
No ano de 2003, o Decreto de número 2.398/97 foi revogado pelo Decreto
4.584, de 05 de fevereiro de 2003, que definiu a APEX-Brasil como um Serviço
Social Autônomo que está vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior – MDIC, tendo a função de supervisionar a gestão da agência.
Compete à APEX-Brasil a execução de políticas de promoção de
exportações, em cooperação com o Poder Público, em conformidade com
as políticas nacionais de desenvolvimento, particularmente as relativas às
áreas industrial, comercial, de serviços e tecnológica. A APEX-Brasil deverá
dar enfoque às atividades de exportação que favoreçam as empresas de
pequeno porte e a geração de empregos. (MINISTÉRIO, 2004, p.82).
Nesse mesmo ano de 2003, conforme Caixeta (2006, p.28), “[...] a Agência,
que tem a atribuição de coordenar e executar a política de promoção comercial do
28
país viabilizou a participação de empresários brasileiros em 410 eventos promovidos
ao redor do mundo.”.
A agência, atráves da união com associações de classe que representam os
interesses das companhias dos diversos setores da economia do país, criou os
Projetos Setorias – PS, que auxiliavam na expansão da tarefa de promover
comercialmente essas empresas. A APEX-Brasil, para prover uma presença maior e
com mais excelência no mercado externo do conceito da marca de produtos e
serviços brasileiros, passou a atuar com mais veemência por meio da qualificação
das empresas, da diminuição de custos e ampliação do potencial negociador.
Conforme Caixeta (2006, p.18), a APEX-Brasil “[…] foca quatro áreas
principais de atuação.”.
A primeira tem por fim disseminar a cultura exportadora entre empresas
brasileiras dos mais diversos setores e presença geográfica variada,
mediante a adoção de Programas Setoriais Integrados (PSIs), de
abrangência nacional, desenvolvidos em parcerias com entidades do setor
produtivo. O segundo ponto da estratégia coloca à disposição do exportador
em potencial uma série de diagnósticos e estratégias de conquista de
mercados a cargo da Unidade de Inteligência Comercial (IC), criada pela
Agência. O terceiro ponto visa apoiar e inserir as empresas brasileiras,
sobretudo as de pequeno e médio portes, nas centenas de eventos de
promoção comercial realizadas e apoiadas pela APEX-Brasil no exterior a
cada ano. A estratégia é colocar o consumidor final junto aos produtos,
despertando o desejo do consumo. Por fim, a decisão da Agência de criar
Centros de Distribuição (CDs) – destinados a armazenar mercadorias para
pronta entrega – em importantes cidades espalhadas pelo mundo oferece
às empresas brasileiras uma ferramenta logística fundamental para facilitar
seu acesso, a tempo e a hora, aos mercados compradores no exterior.
(CAIXETA, 2006, p.18).
Em 2005, a APEX-Brasil com o objetivo de aprimorar o auxílio na área
administariva e na área de logística ofertada pela agência aos exportadores, instituiu
Centros de Distribuição - CDs em cinco cidades, sendo elas: Miami-Estados Unidos,
Frankfurt-Alemanha, Lisboa-Portugal, Varsóvia-Polônia e Dubai-Emirados Árabes,
para dar apoio a empresas exportadoras que já se encontram em níveis mais
avançados nessa atividade.
Foi criada, em 2006, a Gerência de Investimentos, que tem o propósito de
colaborar com o desenvolvimento econômico do país, proporcionando produtos e
serviços com a estratégia de alcançar mercados estrangeiros e igualmente
conseguir investimentos externos, assim aumentando as oportunidades, como a
criação de novos empregos e estender a quantidade das exportações.
29
Em julho de 2007, a APEX-Brasil estabeleceu como um dos pontos principais
para continuar a aprimorar o apoio as empresas que almejam atuar como
exportadoras, o auxílio em todas as fases do processo de inserção no mercado
internacional.
Outra criação da agência foi a Unidade de Inteligência Comercial - IC, que
possui a atribuição de expandir as pesquisas de mercado, com o objetivo de
reconhecer oportunidades, com o intuito de conquistar novos clientes e novos
mercados, comercializando os produtos brasileiros.
Em 2008 foi criado o Programa Extensão Industrial Exportadora – PEIEX,
com o propósito de aumentar a atuação de empresas não exportadoras ou
iniciantes. Com a ajuda de organizações de ensino e pesquisa reconhecidos, a
agência realiza uma análise na área gerencial e tecnológica das companhias, com a
ideia de demonstrar formas de começar a atividade exportadora de maneira
direcionada e eficaz.
Depois os Centros de Distribuição foram modificados e passaram a ser
Centros de Negócios - CNs, pois o apoio passou de áreas específicas como a de
logística, para um apoio integral no processo de estabelecimento de empresas no
comércio internacional. Atualmente, a APEX-Brasil possui Centros de Negócios em
Miami, Dubai, Havana, Moscou, Pequim, Luanda, Varsóvia e ainda em BruxelasBélgica, que é gerenciado em parceria com Confederação Nacional da Indústria –
CNI.
Em 2008, para proporcionar uma aproximação maior da agência com as
empresas, a APEX-Brasil fundou a Unidade de Relações com Clientes. A unidade,
para concretizar essa conformidade, instituiu um programa de CRM (Customer
Relationship Management - Gerenciamento de Relações com Clientes). Foi inserido
pela a agência Unidades de Atendimento, em parceria com a CNI e as Federações
de Indústrias, em dez estados do país entre eles Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul, São Paulo, Goiás, Pernambuco, Amazonas, Minas Gerais, Ceará e
Mato Grosso do Sul, para aumentar a abrangência da atuação da APEX-Brasil.
(SOBRE, 2012).
30
3.2
Programas de Incentivo às empresas
A APEX-Brasil, para auxiliar as empresas na inserção no mercado
internacional, desenvolve programas/produtos, divididos em categorias, para tornar
concreto o apoio proporcionado pela agência. Nos próximos subitens será abordado
sobre as categorias dos serviços oferecidos pela APEX-Brasil.
3.2.1 Informação
A agência possui um propósito central de fornecer informações às empresas
para instruí-las na entrada para o comércio internacional, aumentando às
exportações do país. Assim, para alcançar sua meta, a APEX-Brasil realiza estudos
diversos, que são designados desde pesquisas da condição do mercado
internacional até a determinação da potencialidade de importadores da mercadoria
brasileira.
Entre os estudos realizados pela agência estão os desenvolvidos sobre os
países que possui um potencial de serem futuros compradores dos produtos
brasileiros, denominados estudos sobre países. Outras análises elaboradas pela
agência são sobre os setores produtivos brasileiros, levantam as possibilidades de
efetivar negócios com o mercado externo. E por fim, ainda desenvolvem pesquisas
do perfil exportador de cada estado do Brasil, indicando os mercados que as
empresas possuem maiores chances de efetuar vendas externas.
Os estudos sobre países são pesquisas desenvolvidas desses respectivos
mercados com potencial para importar produtos do Brasil, conforme a política
estabelecida pelo MDIC. Esses estudos são divididos por regiões, que são: África e
Oriente Médio, América do Norte, Europa, América Latina e Caribe, Ásia e Oceania.
Essas análises produzem informações como: os produtos do Brasil que
possuem uma possibilidade de ingresso a esses determinados mercados, pesquisas
qualitativas a respeito do procedimento dos domínios locais que possua maior
31
relevância para o exportador brasileiro e ainda o cenário comercial, político e
econômico dos países estudados.
Os estudos mais recentes realizados pela agência sobre os países foram o
Perfil e Oportunidades nos Emirados Árabes Unidos e o Perfil e Oportunidades
Comerciais no México, ambos realizados em 2012. O primeiro relata as informações
essenciais comerciais entre o Brasil e os EAU – Emirados Árabes Unidos, além dos
indicadores e possibilidades de negócios entre ambos. Entre os pontos principais
pode-se citar o panorama econômico, comercial e oportunidades comerciais para o
Brasil nos Emirados Árabes Unidos. A pesquisa abrange desde aspectos práticos
como os procedimentos aduaneiros, documentos básicos para o desembaraço
aduaneiro, barreiras tarifárias ou não tarifárias, características do mercado, aspectos
logísticos até os efetivos produtos, dentro dos setores classificados pela agência,
que demonstram maiores oportunidades de negócios. No mercado dos Emirados
Árabes Unidos foi identificado, dentro do setor de alimentos, bebidas e
agronegócios, produtos como cereais em grãos e esmagados, leite e derivados,
como mercadorias ainda não totalmente exploradas, ou seja, qua ainda possui
oportunidades de ampliar os negócios do Brasil com esses determinados produtos.
A segunda pesquisa citada, Perfil e Oportunidades Comerciais no México,
expõe, igualmente à primeira, os aspectos mais práticos até os mais específicos,
demonstrando os produtos que o Brasil ainda pode vender para o mercado do
México. No setor de alimentos, bebidas e agronegócios, o produto que mais pode
ser desenvolvida venda do Brasil para o México são: carne de frango e peru in
natura e farelo de soja.
Além desses estudos citados, a agência disponibiliza mais 26 pesquisas,
sobre países e regiões, como a Análise das Exportações Brasileiras para a União
Europeia - UE no âmbito do Sistema Geral de Preferências Comerciais - SGP.
3.2.2 Qualificação para Exportação
A agência possui serviços de qualificação ao exportador, como os de
consultorias e diagnósticos específicos, que auxiliam em pontos essenciais para
32
tornar-lás hábeis nas vendas ao mercado externo. São alguns desses fatores a
negociação, o planejamento estratégico, marketing e propriamente a venda, devido
a essas empresas terem como objetivo principal alcançar o mercado internacional,
que é muito exigente e competitivo. O PEIEX e as representações internacionais são
utilizadas pela APEX-Brasil com o propósito de apoiar as empresas na qualificação
para participação de rodadas de negócios e de feiras. Outro meio de capacitação da
agência é a execução de simpósios da cultura exportadora, dando principal
interesse central às empresas não exportadoras de pequeno e médio porte.
O PEIEX, criado em 2009, é um programa de fomento à competitividade e
incremento da cultura exportadora nas empresas, através da solvência de problemas
técnico-gerenciais e tecnológicos. A agência possui núcleos operacionais, 27 no
total, localizados em 12 estados do país, para a efetiva realização desse projeto em
vários locais, que são responsáveis pelo auxílio às empresas. Entre os benefícios
que esse projeto dispõe está o acesso ao conhecimento fornecido pelas equipes
capacitadas que trabalham nos núcleos operacionais e a instituição das melhorias
apontadas pelos mesmos. Após a realização da análise, a empresa terá a
oportunidade de aumentar sua competitividade, se capacitando assim para o
mercado externo.
A empresa que utiliza desse projeto tem que ter a disponibilidade de fornecer
parte do tempo e incentivar seus funcionários para entrevistas, averiguações de
processos e controles existentes em todas as áreas da empresa, para assim obter
uma efetiva pesquisa por parte da equipe da agência. Igualmente, é essencial a
participação do empresário nas reuniões de capacitação para o avanço da gestão
dos procedimentos e dos produtos. A primeira etapa, para a participação da
empresa no projeto, é o preencimento da Ficha da Inscrição, que é disponibilizada
pelas instituições de classe e/ou equipe técnica, e após enviar ao núcleo
operacional.
Em seguida, a avaliação da ficha de inscrição, entre os colaboradores das
equipes dos núcleos operacionais, os técnicos extencionistas, com conhecimentos
multidiciplinares, são escolhidos para auxiliar a empresa. Esse técnico realiza uma
visita a empresa e explana o método de trabalho do projeto. O próximo estágio é um
diagnóstico amplo de todas as áreas funcionais, posteriormente será regido um
relatório final apontando os pontos fortes e os pontos fracos, que podem ser polidos,
trazendo futuramente benefícios às empresas. O objetivo principal desse projeto é o
33
reconhecimento e a capacitação de empresas que possuem a intenção de participar
das ações realizadas pela APEX-Brasil. Entende-se que através dessa iniciativa
serão formadas indústrias e empresas mais competitivas e preparadas para o
mercado externo. Dentre as empresas que já se utilizaram desse projeto, pode-se
relatar alguns casos de sucesso, como o da empresa PuraMania, Biotechnos e
Cafeeira Ferreira e Ferreira.
3.2.3 Promoção Comercial
A agência oferece produtos de promoção comercial que viabilizam uma
proximidade entre os exportadores brasileiros e os importadores internacionais, em
procedimentos integrados no Brasil e no exterior, com o objetivo de intensificar a
realização de negócios. Um dos pontos de atividade da APEX-Brasil na promoção
comercial é a entrada de companhias do Brasil no mercado externo através das
comerciais exportadoras.
Além desse ponto mencionado, outros meios de realização de um contato
entre empresas brasileiras e compradores externos são as feiras setoriais e rodadas
de negócios fomentadas por 74 Projetos Setoriais (PS), que são incrementados pela
APEX-Brasil, em missões comerciais, feiras multissetoriais e em processos
específicos realizados pela agência, juntamente aos formadores de conceito e os
compradores externos.
Segundo Promoção (2012), “Em 2011, a Apex-Brasil apoiou a participação de
empresas brasileiras em 977 eventos realizados no Brasil e exterior. As ações
beneficiaram 12.403 empresas, responsáveis por 15,46% da pauta exportadora do
país.”. A quantidade de eventos se mostra relevante ao se considerar que
representa uma média de quase 3 eventos por dia, ao longo de 2011.
Entre os serviços oferecidos pela agência dessa categoria de promoção
comercial estão a Promoção de Negócios em Cadeias Varejistas, Projeto
Comprador, Missão Comercial, Feiras Multissetoriais, Projeto Tradings e também os
Projetos Setoriais.
34
A Promoção de Negócios em Cadeias Varejistas tem o propósito de vender
os produtos do Brasil em grandes quantidades para os consumidores finais das
praças de suas metas. Esse serviço é oferecido principalmente para as empresas
exportadoras já estabelecidas, com experiência no mercado internacional. Como
exemplos pode-se citar Macy´s, Carrefour, Walmart, Harrod´s e Printemps, entre
outras.
O Projeto Comprador tem como meta realizar rodadas de negócios no Brasil,
entre os exportadores brasileiros e importadores estrangeiros, sem o custo de uma
viagem, assim comercializando seu produto dentro do próprio país. Outro ponto
positivo desse projeto é a oportunidade do empresário estrangeiro conhecer toda a
organização que está negociando, criando mais confiança na relação entre vendedor
e comprador. Um exemplo do Projeto Comprador foi o realizado em Novo
Hamburgo/Rio Grande do Sul, nas instalações da Feira Internacional de Couros,
Produtos Químicos, Componentes, Equipamentos e Máquinas para Calçados e
Curtumes - FIMEC e a Feira Internacional de Componentes, Couros, Produtos
Químicos, Equipamentos e Acessórios para Calçados e Artefatos – COUROVISÃO,
em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro,
Calçados e Artefatos – ASSINTECAL. A realização desse Projeto Comprador foi
executada com rodadas de negócios entre o porta-voz de empresas do Brasil, do
segmento de componentes para couro, calçados e artefatos, e compradores
estrangeiros, usufruindo do ambiente das feiras FIMEC e COUROVISÃO. O projeto
é uma chance diferenciada para as micro e pequenas empresas do setor realizar
contato imediato e mantê-lo posteriormente com representantes e compradores de
empresas de mercados externos.
Já as Feiras Multissetoriais são um serviço específico para empresas que já
exercem a atividade exportadora e tem o objetivo de começar a trabalhar com o
mercado do país em que a feira está sendo realizada. A agência tem a função de
proporcionar atendimento aos clientes, gerando variadas atividades, como
lançamentos de produtos, coletivas de imprensa, degustações, exposições, projetos
de relações públicas e de comunicação visual, tornando os produtos do Brasil tão
competitivos quanto os estrangeiros.
A Feira Internacional de Comércio de Alimentos e Bebidas Anuga, principal
feira do setor de alimentos e bebidas, juntamente com a Associação Brasileira da
Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados – ABICAB, a
35
Associação Nacional da Indústria de Biscoitos – ANIB, o Instituto Brasileiro do Vinho
– IBRAVIN, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos –
ABEF, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne – ABIEC, e o
Instituto Brasileiro de Frutas – IBRAF, é um exemplar de feira multissetorial e
internacional apoiada pela APEX-Brasil, que oportuniza negócios entre empresas
brasileiras e estrangeiras. Outra feira setorial e internacional, onde exportadores
brasileiros participaram com o apoio da APEX-Brasil e do Instituto Brasileiro de
Gemas e Metais Preciosos – IBGM, foi a The Jewellery & Gem Fair, realizada em
Hong Kong, no mês de setembro de 2012. Teve o objetivo de possibilitar aos
empresários do Brasil participantes da feira, uma situação oportuna de realizar
contatos com potenciais importadores de seus produtos. A divulgação dessas
empresas na feira possibilita o incremento da imagem dos produtos e serviços do
setor de jóias da economia brasileira.
As Missões Comerciais são visitas de empresas exportadoras a outros
países, sendo que a ação da agência tem o intuito de potencializar o resultado
positivo da negociação. Essas visitas têm o propósito de promover negócios e
parcerias, a inserção e difusão em novos mercados dos produtos brasileiros e a
troca de tecnologias. Foi realizada uma missão comercial, em setembro de 2012,
com o apoio da Associação Brasileira da Indústria Gráfica – ABIGRAF, entre
empresas brasileiras da indústria gráfica (segmento de papelaria) e representantes
de empresas do Peru, Venezuela e Colômbia, onde foi promovido rodadas de
negócios entre ambos. Além disso, houve encontros estratégicos entre empresários
do Brasil e compradores dos países envolvidos para estimar possíveis áreas de
negócios.
Os 74 Projetos Setoriais – PS desenvolvidos pela agência, juntamente com
instituições que representam 81 setores da economia do Brasil, possibilitam ações
diversificadas na área de promoção comercial separadamente para cada segmento.
Os projetos são divididos entre grupos de setores, sendo eles:
-Alimentos, Bebidas e Agronegócios.
-Casa e Construção.
-Economia Criativa e Serviços.
-Máquinas e Equipamentos.
-Moda.
-Tecnologia e Saúde.
36
As ações desses Projetos Setoriais são executadas em mercados que
possuem uma deficiência do produto, sendo que os mesmos são selecionados
através dos critérios estabelecidos pela Unidade de Inteligência Comercial da APEXBrasil. Outros pontos para a afetivação desses projetos é a determinação dos
objetivos de um planejamento estratégico, das ações necessárias que se adequam
ao perfil das empresas e a estrutura para gerir esses projetos. Um projeto dessa
natureza pode afirmar diversas ações conduzidas, sobretudo para a promoção
comercial das indústrias e empresas brasileiras. Para a efetiva gestão desses
projetos existem alguns documentos e regulamentos a ser seguidos e preenchidos.
Dentre os projetos do setor de Alimentos, Bebidas e Agronegócios pode-se
citar o Brazilian Beef – Projeto Setorial Integrado de Promoção de Exportações de
Carne Bovina, auxiliado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de
Carne - ABIEC. O projeto tem o propósito de concretizar a imagem da carne bovina
brasileira no mercado internacional, para uma maior concepção dos consumidores
externos da qualidade do produto, consequentemente aumentando a participação do
Brasil no mercado externo de carne bovina. Esse projeto tem como as empresas que
produzem e exportam carne bovina salgada, industrializada, in natura congelada e
refrigerada, além de miúdos e tripas, como seu público principal de atendimento.
No Projeto Tradings, também conhecido como Projeto Brasil Trade, a agência
tem o propósito de aproximar através de rodadas de negócios os compradores
externos às Tradings Companies e Comerciais Exportadoras. Da mesma forma,
objetiva tomar medidas para unir as indústrias de pequeno e médio porte às tradings
e comerciais exportadoras, para aumentar a porcentagem de participação das
pequenas e médias empresas nas exportações brasileiras. Esse projeto é executado
através do incentivo às ações dadas a trading companies e comerciais exportadoras.
Outra finalidade do projeto é o reconhecimento de barreiras à atividade exportadora
dessas empresas e a procura por recursos para a solvência dessas dificuldades. O
projeto se sustenta em três colunas, sendo elas: as ações institucionais, para
fortificar os setores econômicos e constatar as possíveis barreiras no processo de
exportação; as ações setoriais para integrar as micro e pequenas empresas ás
Tradings Companies e Comerciais Exportadoras; e por fim a promoção de negócios,
onde são realizadas rodadas de acordos comerciais no Brasil e no exterior entre as
Tradings Companies e Comerciais Exportadoras e os compradores estrangeiros.
37
3.2.4 Posicionamento e Imagem
Essa categoria de produtos oferecidos pela agência visa melhorar a
concepção dos produtos brasileiros no mercado internacional, principalmente em
mercados influentes, além de simplificar a entrada dos produtos do Brasil nos
mercados externos e possibilitar negócios na área de exportação. Essa categoria
dos produtos da APEX-Brasil tem como seu principal público empresas e indústrias
já estabelecidas e com experência no mercado externo, devido à alta exigência na
qualidade e entrega desses produtos e serviços.
A atividade da agência abrange as indústrias dos seis setores mencionados
anteriormente, sendo eles:
- Alimentos e Bebidas.
- Moda.
- Tecnologia e Saúde.
- Casa e Construção Civil.
- Economia Criativa e Saúde.
- Máquinas e Equipamentos.
A imagem dessas empresas é desenvolvida por meio de medidas de
divulgação e marketing das mesmas, em mercados externos que tenham um
potencial de compra do seu produto. Essas ações são executadas através de
projetos como Talento Brasil, Sabores do Brasil, Brasil Tecnológico, Brasil Casa
Design, entre outros.
O Projeto Talento Brasil possue enfoque para empresas de entretenimento,
com o objetivo de aprimorar o posicionamento dos produtos do Brasil no exterior,
como cinema, televisão, livros e música. Já o Projeto Sabores do Brasil tem o intuito
de fortalecer o posicionamento de empresas do setor de alimentos e bebidas em
mercados propensos a compra dos mesmos. Os fatores desenvolvidos são a
sustentabilidade, a diversidade e a qualidade desses produtos, para a empresa
brasileira adquirir competitividade, em relação a empresas estrangeiras.
O Brasil Tecnológico é um projeto que é usado simultaneamente em três
áreas diferentes da economia brasileira, a saúde, máquinas e equipamentos e a
tecnologia. As iniciativas tomadas pela agência englobam esses setores juntamente,
focando principalmente as vantagens das soluções tecnológicas do Brasil.
38
O projeto Brasil Casa Design tem o propósito de evidenciar o design, o
potencial de produtos de valor agregado do país e ainda possibilitar a atividade
exportadora para as empresas e indústrias participantes. O segmento principal
destinado a esse projeto é o da casa e construção, abrangendo os setores de
móveis, artigos de decoração, sanitários, revestimentos, metais, cerâmicas, entre
outros.
Outro projeto da agência relacionado ao posicionamento e imagem é o Moda
Brasil. Como relata o nome do projeto, o mesmo é ligado ao segmento de moda,
comprendendo os setores de vestuário, calçadista, de cosméticos, acessórios,
bolsas e jóias. Os fatores que são desenvolvidos nesse projeto pela agência são o
estilo de vida do brasileiro e a diversidade do país, para poder diferenciar o produto
do Brasil com os demais estrangeiros.
Entende-se
que
os
projetos
da
APEX-Brasil
nessa
categoria
de
posicionamento e imagem têm um objetivo em comum entre todos, que é o de
demonstrar a qualidade, a diversidade, o valor agregado dos produtos e
principalmente a grande competitividade que eles possuem em comparação com os
produtos estrangeiros.
3.2.5 Apoio à Internacionalização
A APEX-Brasil desenvolve um trabalho estratégico na internacionalização dos
produtos e serviços brasileiros, através de ações na promoção comercial,
distribuição, identificações de futuras parcerias e mercados consumidores, prestação
de auxílio em eventos, feiras e rodadas de negócios, além de dados sobre os
possíveis compradores.
Para auxiliar neste trabalho de apoio à internacionalização, a APEX-Brasil
possui Unidades de Atendimento nos estados brasileiros e os Centros de Negócios –
CNs, que auxiliam diretamente nos projetos da agência, em todo mundo. Há Centros
de Negócios na Ásia (Pequim - China), América Central e Caribe (Havana - Cuba),
Europa Ocidental (Bruxelas - Bélgica), Oriente Médio (Dubai - Emirados Árabes
39
Unidos), América do Norte (Miami - EUA), Leste Europeu (Moscou – Rússia) e África
(Luanda - Angola).
Os CNs têm a função de apoiar o processo de internacionalização das
companhias brasileiras, valer como referência para cativar investimentos externos,
possibilitar novas chances de negócios e parcerias e fomentar a participação do
Brasil nos prevalecentes mercados internacionais. Em Bruxelas, foi instituído um
escritório da agência, o Brazilian Business Affairs – BBA, com o objetivo de
presenciar as tendências e decisões de mercado da União Europeia que possam
influenciar a atividade exportadora do Brasil.
A APEX-Brasil fornece assessoria para um estudo detalhado do procedimento
de internacionalização, para a abertura de escritórios em países estrangeiros,
parcerias com distribuidores, ajuda no segmento burocrático e jurídico para essa
inserção de mercado. Esses serviços são ofertados como um meio para possibilitar
o estabelecimento total dessas empresas no mercado global.
A internacionalização estabelece um conceito nas marcas nacionais e
compõe um fator que diferencia as empresas nacionais das demais, em um mercado
exigente e competitivo, como o mercado internacional. Nesta etapa, exige
conhecimento e preparo das empresas, conhecer o mercado-alvo, programar o
passo a passo com destreza. Parcerias e inovação são fatores primodiais para obter
a competitividade necessária neste mercado. Entende-se que esse auxílio essencial
é dado pela APEX-Brasil, como forma de incentivo as exportações brasileiras.
Os produtos da agência nessa categoria de programas de incentivo são o
planejamento estratégico de internacionalização, pesquisas de mercado, apoio à
instalação local e logística e distribuição. O primeiro produto é oferecido para
companhias já experientes na atividade de exportação, que almejam se
internacionalizar. A agência realiza um trabalho de preparação dessas empresas,
através de estudos, o projeto abrange desde linhas de crédito para financiar esse
processo até o preparo de um programa de negócios e o reconhecimento de
mercados compradores do produto ou serviço da empresa.
O
segundo
produto,
as
pesquisas
de
mercados
são
elaboradas
especificamente relacionadas ao produto e à empresa solicitante do serviço. Essas
pesquisas são realizadas pelos CNs, dependendo da demanda solicitada. Com as
perquisas prontas, os CNs podem promover parcerias comerciais, de negócios, e
ainda apontar possíveis compradores.
40
O apoio à instalação local, o terceiro produto dado no processo de
internacionalização, abrange o auxílio em serviços administrativos diversos e
corriqueiros, tais como advogados, contadores, secretária, aluguel de escritório, e
outros fatores. O último produto, a logística e a distribuição, também oferecido pelos
CNs, incluem instrução e assessoria aos métodos de adequação de embalagem e
de distribuição de produtos, impactando diretamente na internacionalização, pois
tendo uma logística e uma distribuição do produto rápida e efeciente, é um fator que
diferencia o produto brasileiro dos demais.
3.3
Mercados e Setores de Atuação
Os mercados de atuação da APEX-Brasil são divididos em grupos, sendo
eles:
-África e Oriente Médio.
-América do Norte.
-América Latina e Caribe.
-Ásia e Oceania.
-Europa.
A parceria entre os países africanos e o Brasil vem crescendo gradualmente
nos últimos anos. Assim, tendo esse relevante aumento nos números das
exportações e importações entre Brasil e África, a APEX-Brasil investiu em estudos
realizados pela unidade de Inteligência Comercial, instalou um Centro de Negócios
em Luanda/Angola, realizou rodadas de negócios, entre outras ações, para
intensificar e concretizar essa relação comercial da África com o Brasil. Conforme o
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no ano de 2009 a
corrente comercial entre o Brasil e os países da África fechou com o número de US$
17,2 bilhões FOB, sendo 8,7 bilhões em exportações e 8,5 bilhões em importações.
Vários países da África são mercados onde são gerenciados Projetos Setoriais
Integrados, ofertados pela agência. Empresas brasileiras de grande porte já
trabalham com o mercado da África, como a Votorantim, a Petrobras, entre outras.
41
Já o Oriente Médio é considerado um mercado de alto poder aquisitivo,
devido a uma das suas principais riquezas, o petróleo. Como é uma região que
cresce muito e tem sua economia aquecida, instiga o comércio. Por isso a relação
comercial entre o Brasil e o Oriente Médio desenvolve oportunidades de negócios
entre as empresas brasileiras e os países do Oriente Médio. Conforme o MDIC, no
ano de 2010 a corrente comercial entre Oriente Médio e o Brasil alcançou a cifra de
US$ FOB 15,2 bilhões, sendo 10,5 bilhões em exportação e 4,7 bilhões em
importações. Para o apoio de a agência tornar-se efetivo, é mantido pela mesma um
Centro de Negócios em Dubai, a cidade mais populosa dos Emirados Árabes
Unidos, além dos estudos elaborados pela unidade de Inteligência Comercial de
diversos países do Oriente Médio.
O mercado da América do Norte é a praça onde está localizada os Estados
Unidos da América – EUA, uma das maiores economias mundiais, com alto índice
consumista, favorecendo as vendas brasileiras em quase todos os setores da
economia para os Estados Unidos. Em 2011, segundo o MDIC, a balança comercial
entre os países da América do Norte e o Brasil fechou na cifra de US$ FOB 76
bilhões, sendo em exportações US$ FOB 33 bilhões e em importações US$ FOB 43
bilhões. O Centro de Negócios localizado em Miami proporciona auxílio em quatro
áreas distintas, sendo elas: a inteligência de mercado, que viabiliza contatos e
pesquisas de mercado; promoção de negócios, encontros, feiras e rodadas de
negócios; apoio à instalação local, aluguel de sala e contratação de profissionais; e
logística e distribuição. A agência utiliza a Fórmula Indy, a categoria prevalecente de
automobilísmo norte-americano, como um degrau para promover as empresas e
seus produtos brasileiros, durante as corridas de Fórmula Indy, através de ações de
parcerias para unir companhias do Brasil a estrangeiras. Esse projeto é denominado
Projeto Fórmula Indy, a energia dos negócios brasileiros.
A América Latina e o Caribe são mercados que compram produtos do Brasil,
devido a sua proximidade geográfica e de seus costumes e particularidades
culturais, sociais e econômicas serem semelhantes aos dos Brasil. Em 2010,
segundo o MDIC, a balança comercial entre Brasil e América Latina e Caribe
alcançou o número de US$ FOB 73 bilhões, US$ FOB 42,8 bilhões em exportações
e US$ FOB 30,2 bilhões em importações. Para aproximar o Brasil dos países latinoamericanos e caribenhos foi instalada um Centro de Negócios em Havana-Cuba,
para auxiliar em ações e atividades de inserção de produtos e serviços brasileiros
42
neste mercado. Esse CN trabalha três categorias, sendo elas, a inteligência
comercial, o incentivo a negociação e o auxílio à instalação local.
Já a Ásia se tornou nos últimos anos um dos principais parceiros do Brasil. A
China, país asiático que se desenvolve em um ritmo acelerado, tornou-se um
importante parceiro comercial do Brasil, ultrapassando inclusive os Estados Unidos,
que durante muito tempo permaneceu como o principal país que comprava produtos
brasileiros. O tamanho e o crescimento econômico da China significam uma
oportunidade para as empresas brasileiras, para as vendas de seus produtos.
Outros países da Ásia, como o Japão e a Índia, continuam demonstrando uma
relevante parceria com o Brasil. Conforme dados do MDIC, em 2011, a corrente
comercial entre a Ásia (exceto Oriente Médio) e o Brasil fechou com o número US$
FOB 146,7 bilhões, sendo US$ FOB 70 bilhões em importações e US$ FOB 76,7
bilhões em exportações. Neste mercado o CN está localizado em Pequim-China,
para aproximar as empresas brasileiras das asiáticas, apoiando as mesmas no
processo de internacionalização. O CN de Pequim apoia as empresas brasileiras em
três áreas diferentes, são elas: o apoio ao estabelecimento local, inteligência de
mercado e também o fomento de negócios entre o Brasil e a Ásia.
A Oceania alcançou uma cifra aproximada de US$ FOB 3 bilhões na corrente
comercial com o Brasil, no ano de 2011, sendo US$ FOB 2 bilhões em importações
e quase US$ FOB 1 bilhão em exportações. Entende-se que é um mercado ainda
pouco explorado, com oportunidades a serem aproveitadas pelas empresas
brasileiras, aumentando a participação do Brasil na atividade exportadora. Ainda não
há estudos desenvolvidos pela APEX-Brasil voltados a esse mercado. Acredita-se
que ainda faltam trabalhos, atividades e ações a ser acrescentados pela agência
para expandir a parceria entre o mercado da Oceania e o Brasil.
Por fim, a Europa, que é uma região rica e desenvolvida e possui um mercado
consumidor com alto poder aquisitivo, oportunizando as vendas dos produtos
brasileiros para esse mercado. O Brasil mantém tradicionais parcerias com vários
países de economia expressiva da Europa, como Alemanha, Itália, Espanha, e ainda
tem desenvolvido novas parcerias, como a Rússia. Em 2011, a balança comercial
entre os países da União Europeia e o Brasil fechou na cifra de US$ FOB 99,3
bilhões, deste número US$ FOB 46,4 em importações e US$ FOB 52,9 bilhões em
exportações. Para auxiliar as empresas brasileiras que vendem para a Europa, a
agência instalou dois CNs, um em Bruxelas – Bélgica e outro em Moscou – Rússia.
43
E ainda, em 2010, a APEX- Brasil inaugurou também em Bruxelas um escritório de
negócios da agência, o Brazilian Business Affairs – BBA, com o propósito de
presenciar as decisões de mercado e governo da União Europeia que possam afetar
a atividade exportadora brasileira, devido a relevância da parceria entre Brasil e
União Europeia, que é um importante bloco econômico, político e social do mundo.
Os dois CNs da Europa atuam em três áreas, também trabalhadas pelos demais
CNs da agência, sendo elas, a inteligência de mercado, fornecendo contatos,
pesquisas, estudos e planejamento de negócios, o incentivo aos negócios,
abrangendo encontros, feiras e rodadas de negócios e ainda o auxilio na instituição
do escritório local e toda a parte burocrática.
Acredita-se que todos os mercados são relevantes parceiros do Brasil, que
compram produtos brasileiros e vendem produtos estrangeiros, gerando um grande
fluxo no comércio exterior brasileiro. Todos possuem nichos de mercado a serem
explorados, algumas regiões mais e outras menos, e também manter as relações já
estabelecidas, para essas ações, a APEX-Brasil tem o papel de auxiliar as empresas
neste processo.
A agência trabalha com setores da economia brasileira, que são agrupados
em seis grandes conjuntos produtivos, sendo eles:
-Alimentos, Bebidas e Agronegócios.
-Moda.
-Tecnologia e Saúde.
-Casa e Construção.
-Economia Criativa e Serviços.
-Máquinas e Equipamentos.
O primeiro conjunto produtivo, que engloba alimentos, bebidas e agronegócio,
é um dos mais relevantes para a economia brasileira, possuindo uma grande
evidência no comércio exterior do Brasil. No ano de 2011, conforme dados do MDIC,
entre os principais produtos exportados estão entre eles alguns do grupo produtivo
de alimentos, bebidas e agronegócio, como a soja triturada, café cru em grão, carne
de frango, carne bovina e açúcar refinado. O Brasil consolidou-se como um país
exportador de produtos básicos, primários, entretanto, nos últimos anos, a pauta
exportadora diversificou-se, incluindo alimentos industrializados, com um maior valor
agregado e uma boa qualidade, oportunizando mais rendimentos aos exportadores
brasileiros.
44
A APEX-Brasil possui cerca de 20 Projetos Setoriais Integrados no setor de
alimentos, bebidas e agronegócios, juntamente com instituições que representam
esses setores respectivamente. São exemplos de PSI do setor de alimentos,
bebidas e agronegócios, o Brazilian Chicken, o Projeto Integrado de Promoção de
Exportações de Frangos, que possui parceria com a União Brasileira de Avicultura UBABEF; o Brazilian Biscuit, o Projeto Setorial Integrado de Promoção das
Exportações de Biscoitos e Massas Alimentícias, tendo a Associação Nacional da
Indústria de Biscoitos - ANIB como a entidade parceira; e Cafés do Brasil, Projeto
Setorial Integrado de Promoção de Exportações de Café, tendo parceria com a
Associação Brasileira da Indústria de Café - ABIC. Os projetos têm o propósito de
fortalecer os produtos e serviços brasileiros no mercado externo, através de marcas
como Brazilian Beef (carne bovina), Brazilian Biscuit (biscoitos), Brazilian Fruit
(sucos e frutas), Cafés do Brasil (cafés) e Wines from Brazil (vinhos), entre outros,
desenvolvidas para comprovar a qualidade, aumentando o valor agregado dos
produtos e o reconhecimento no mercado internacional.
O setor de moda inclui segmentos como têxtil e confecções, calçados,
cosméticos, design de moda, couro, jóias, entre outros, que são apoiados pela
agência. A moda brasileira vem ganhando espaço no mercado internacional nos
últimos anos, devido a sua diversidade, cores, arrojo diferenciado, ousadia dos
produtos e serviços desse setor, que retratam o estilo de vida e as tradições culturais
do país, além da variedade das matérias-primas, que estimulam as criações dos
profissionais da área. Todos esses fatores agregam valor ao produto, além da
qualidade e da utilização de alta tecnologia e da sustentabilidade para a fabricação
dos mesmos, os tornando competitivos no mercado externo. Através da parceria da
agência com a Associação Brasileira dos Estilistas – ABEST, o Moda Brasileira, o
Projeto
Setorial
Integrado
para
Internacionalização
da
Moda
Brasileira
é
desenvolvido com o intuito de possibilitar a venda de produtos brasileiros para o
mercado internacional de luxo, com produtos diferentes, únicos, originais e com
marca, que provoquem melhorias à marca, à imagem e às cadeias de produção do
país. Outros seis PSI foram desenvolvidos para esse setor, como o Texbrasil, o
Projeto Estratégico da Cadeia Têxtil Brasileira, junto com a Associação Brasileira da
Indústria Têxtil e de Confecção – ABIT; e o Brazilian Leather, o Projeto Setorial
Integrado para Expansão da Exportação de Couro, com o Centro das Indústrias de
Curtumes do Brasil – CICB como parceiro.
45
Já o grupo produtivo de tecnologia e saúde tem crescido e se desenvolvido
muito, e também vem adquirindo lugar no mercado externo. Os segmentos da
indústria que são evidentes neste mercado são o aeroespacial, eletroeletrônica,
farmacêutica, biotecnologia, software e serviços de Tecnologia da Informação, de
instrumentos médicos e de precisão, de plásticos, máquinas, equipamentos e
veículos. Em 2009, devido à crise financeira, esse grupo produtivo desacelerou suas
exportações. O investimento das empresas em profissionais qualificados aumentou,
que desenvolvem pesquisas e estudos dos mais diversos setores da economia,
influenciando no crescimento e reconhecimento do mercado externo da qualidade,
inovação e do diferencial dos produtos e serviços das empresas brasileiras. Como
exemplo de conhecimento das empresas brasileiras nesse setor, pode-se citar a
tecnologia para a exploração de petróleo, que é desenvolvida e aprimorada,
principalmente devido à camada do pré-sal.
Os projetos da agência abrangem os seguintes segmentos desse grupo
produtivo: os fármacos; os equipamentos médico-odontológicos e hospitalares; e os
software e serviços de Tecnologia da Informação. A APEX-Brasil auxilia as
empresas desse setor produtivo através de estudos e Projetos Setoriais, que têm o
propósito de sustentar os produtos e serviços do Brasil no mercado externo,
aumentando os níveis de competitividade e qualidade do mesmos nesse segmento
em relação ao produtos do mercado internacional e ainda inserindo novas empresas
do ramo nas exportações. São alguns Projetos Setoriais desenvolvidos pela agência
o de Biotecnologia – Projeto Setorial Integrado de Biotecnologia, tendo parceria com
a Fundação BIO-RIO; e o Brazilian Health Devices - Programa Setorial Integrado de
Exportações da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos,
Hospitalares e de Laboratório do Brasil sendo a Associação Brasileira da Indústria
de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios ABIMO, a instituição parceira do projeto, entre outros quatro projetos.
O grupo Casa e Construção está em pleno desenvolvimento, tendo várias
áreas do setor representadas também por produtos brasileiros no mercado global.
Produtos como madeiras, móveis, artigos de decoração, pinturas e vernizes, tubos e
conexões, torneiras e louças, cerâmicas, mármores e granitos de revestimento,
ferragens, vidros, cristais e rochas ornamentais. O design, a diversidade de
matérias-primas e o alto nível tecnológico da indústria brasileira são fatores que
influenciam na qualidade desses produtos, os tornando competitivos no mercado
46
estrangeiro. Um ponto a ser ressaltado é o artesanato do Brasil, que é rico em
materiais e detalhes, que refletem a diversidade cultural do país, destacando-se no
mercado internacional. As empresas desse setor têm ganhando um lugar relevante
no mercado internacional, também devido à projetos, estudos, feiras e exposições,
desenvolvidos pela agência. São oito Projetos Setorias Integrados mantidos pela
agência, em parcerias com instituições do setor de casa e construção, como o
Abexa – Projeto Setorial para a Promoção das Exportações de Artesanato, que é
mantido com parceria com a Associação Brasileira de Exportação de Artesanato –
ABEXA. Esses projetos objetivam inserir empresas no mercado externo desse setor,
com produtos qualificados, diferenciados, inovadores e ainda com valor agregado.
Os segmentos, dentro desse setor, apoiados pela agência são os de objetos de casa
e decoração; vidros; gesso; acessórios e componentes para móveis; móveis;
artesanato; rochas ornamentais; empreendimentos imobiliários; cerâmica para
revestimento; artefatos de metais não ferrosos.
O setor de Economia Criativa e Serviços possui o apoio da agência, dado nos
seguintes segmentos: produção cinematográfica; artes visuais; franquias; filmes
publicitários e propaganda; música; produção televisiva; conteúdo editorial; serviços
de design; arquitetura. Esse auxílio é oferecido através de estudos e dos dez
Projetos Setoriais Integrados desenvolvidos pela agência para concretizar esse
apoio. São exemplos de PSI do setor de economia criativa e serviços: o Franchising
Brasil - Projeto de Divulgação, Difusão e Inserção de Franquias Brasileiras no
Exterior, que têm parceria com a Associação Brasileira de Franchising – ABF e o
Cinema do Brasil - Projeto Setorial Integrado de Promoção de Exportação da
Indústria Brasileira de Audiovisual – Cinema, em parceria com o Sindicato da
Indústria Cinematográfica do Estado de São Paulo – SIAESP.
O setor de serviços é um dos responsáveis por uma boa porcentagem da
composição do Produto Interno Bruto - PIB do Brasil, sendo assim muito relevante
para a economia do país. No ano de 2011, o setor de serviços foi o autor de 67,0%
do PIB, segundo dados do MDIC. Entretanto, no comércio exterior brasileiro, o setor
de serviços apresenta déficit no balanço de pagamentos, apesar de que o Brasil
obteve um aumento de 21% de 2010 para 2011 nas exportações de serviços,
conforme dados do MDIC. Diversos segmentos influenciaram esses números, como
a arquitetura, os designs brasileiros e ainda na área da economia criativa, os
47
serviços de produção plublicitária, cinematográfica, literária, musical e as artes
plásticas.
Por fim, o grupo de Máquinas e Equipamentos, que vem se modernizando e
se diversificando para produzir com qualidade e tecnologia, consequentemente obter
competitividade no mercado internacional. Esse setor atende tanto ao mercado
interno quanto ao mercado externo, pois diversos produtos brasileiros do setor já
estão presentes em vários países. Produtos como equipamentos médicoodontológicos, pás de geradores eólicos, jatos executivos, eletroeletrônicos,
equipamentos agrícolas, militares e satélites, entre outros. A agência apoia essas
empresas por meio de dezessete projetos setoriais, que objetivam dar valor e
qualidade aos produtos brasileiros, com atividades relacionadas ao apoio técnico, de
adequação dos produtos e estudos para obter melhorias e consequentemente
aumentar o número de negócios. Alguns exemplos desses projetos são o Brazilian
Aerospace Cluster - Projeto Setorial Integrado de Promoção Comercial do Setor
Aeroespacial Brasileiro, auxiliado pelo Centro para a Competitividade e Inovação do
Cone Leste Paulista – CECOMPI; o Indústria Metal-Mecânica - Projeto de Promoção
das Exportações da Indústria Mecânica de Minas Gerais, que tem parceria com o
Sindicato da Indústria da Mecânica do Estado de Minas Gerais – SINDMEC; e o
Green Tech – Brazil Export Agri-Equipment - Projeto de Promoção de Exportação de
Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul, que mantem parceria com
o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do
Sul - SIMERS.
Os segmentos que abrangem esse grupo produtivo que são apoiados pela
APEX-Brasil são o de máquinas e equipamentos em geral (setores gráfico, têxtil,
agrícola, fornos e estufas industriais, equipamentos navais e de exploração
offshore); máquinas e equipamentos para couro e calçados; máquinas e
equipamentos para panificação; embalagens; materiais de defesa e segurança; arcondicionado/refrigeração;
autopeças;
eletroeletrônico;
fundição;
máquinas
e
equipamentos para sorvetes; máquinas para processamento de carnes; aeropeças;
aeronaves e componentes; gráfica e papelaria; petróleo e gás; plástico; autopeças,
bens de capital; equipamentos de mineração; metal-mecânico.
Acredita-se que a agência engloba quase todos os principais setores
econômicos do Brasil, assim obtendo uma atuação mais abrangente e sólida,
realizando
sua
função
de
incentivar
e
auxiliar
as
empresas
brasileiras,
48
principalmente com foco em empresas de pequeno e médio porte, que já trabalham
ou pretendem trabalhar com o mercado internacional.
Após apresentados os progamas de incentivo da APEX-Brasil, seu histórico,
os mercados externos que são desenvolvidos estudos pela agência, os setores da
economia brasileira que juntamente com a instituição responsável são realizados
projetos em benefício das empresas, os casos práticos de companhias que já
utilizaram ou ainda utilizam o apoio da agência são fundamentais para obter um
apanhado real do provento de empresas no uso dos serviços da agência.
49
4
CASOS DE EMPRESAS
Neste capítulo do trabalho serão abordados casos de empresas brasileiras
que utilizam ou já utilizaram algum programa de incentivo da APEX-Brasil, para se
inserir no mercado internacional ou aumentar seu fluxo de exportações, contribuindo
para o sucesso de cada uma.
4.1
Calçados Bibi
A Calçados Bibi foi fundada em 1949, em Parobé/Rio Grande do Sul (RS), no
ramo de produção de calçados infantis, tendo o conforto e a saúde dos pés de
crianças de 0 a 12 anos, como diferencial das demais marcas. Hoje consolidada no
mercado interno e externo, possui duas unidades de produção, sendo a matriz no
município de Parobé/RS e a filial no município de Cruz das Almas/ Bahia (BA),
gerando cerca de 1500 empregos diretos e 200 empregos indiretos no setor
calçadista. Cerca de 70% de sua produção é destinada ao mercado brasileiro e 30%
ao mercado externo, sendo esses produtos destinados ao mercado internacional
vendidos somente com tecnologia, marca e design próprios da Bibi Calçados, que já
estão presente em mais de 65 países no mundo. (CAIXETA, 2006, p.193;
FILGUEIRAS, 2009).
No início da atividade exportadora da empresa, na década de 70, fabricava
calçados com marca de terceiros, produzia sob pedidos linhas de modelos
idealizadas para redes de varejo dos Estados Unidos. A empresa não tinha um
planejamento, uma estratégia para exportar, somente realizava as vendas de
ocasião. No ano de 1994, a empresa decidiu implantar um plano de exportações de
sua própria marca. Entretanto se depararam com uma das principais dificuldades
das empresas iniciantes em vendas de sua marca, a aceitação da marca no
mercado internacional, o desenvolvimento de uma marca mundial. Nesse processo
de inserção de marca em novos mercados, a empresa juntamente com os Arranjos
Produtivos Locais - APL calçadistas do Vale dos Sinos, onde está localizada, iniciou
50
a utilização do programa de incentivo Brazilian Footwear da APEX-Brasil, em
parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados - ABICALÇADOS.
Assim, a empresa divulga seus produtos, com sua marca, em feiras e eventos,
apoiados
pela
agência
e
pela
ABICALÇADOS.
(CAIXETA,
2006,
p.193;
FILGUEIRAS, 2009).
A empresa tem forte presença nas questões setoriais. É associada da
Abicalçados e do Brazilian Footwear, o programa de apoio às exportações
que a entidade desenvolve no exterior. Através dele, a Bibi participa de
feiras internacionais de grande projeção, como a Micam e Expo riva, na
Itália.(FILGUEIRAS, 2009).
O programa de incentivo Brazilian Footwear, da APEX-Brasil, objetiva
aumentar o trabalho do setor calçadista do Brasil no mercado internacional, dando
foco na atividade exportadora, se inserindo em mercados novos, conquistando
novos clientes, fortalecendo a parceria com os mercados já trabalhados, crescendo
os números da exportação, principalmente de calçados de marca própria e valor
agregado. As empresas alvo desse projeto são companhias brasileiras que fabricam
calçados, com foco nas de pequeno e médio porte, localizadas nos pólos industriais
subsequentes: Vale dos Sinos e Vale do Paranhana, no Rio Grande do Sul; São
João Batista, em Santa Catarina; Franca, Birigui, Jaú e Santa Cruz do Rio Pardo, em
São Paulo; Fortaleza e Cariri, no Ceará; Belo Horizonte, Nova Serrana e Uberaba,
em Minas Gerais; Salvador, na Bahia; Rio Claro, no Rio de Janeiro; João Pessoa e
Campina Grande, na Paraíba; e Goiânia, em Goiás.
Assim a Bibi Calçados, conquistou novos mercados, fortaleceu sua marca no
mercado externo, aumentou sua carteira de clientes, consequentemente vêm
obtendo mais rentabilidade para a empresa, com o apoio da Apex-Brasil e da
entidade responsável do setor calçadista.
4.2
Pizzato Vinhas e Vinhos
No começo a empresa da família Pizzato, localizada em Bento Gonçalves/Rio
Grande do Sul, durante três gerações, somente plantava uvas e as revendia para
51
vinícolas como a Aurora, Miolo, Chandon e Salton. Em 1998, a nova geração da
família fundou a própria vinícola. No ano seguinte, em 1999, efetivamente inicia-se a
vinificação (processo que transforma a uva em vinho), a princípio com uma casta de
vinhos, a Merlot. Em 2000, o produto foi lançado em mercado interno com uma boa
aceitação dos consumidores e recebendo um prêmio como melhor vinho brasileiro.
No ano de 2002, a empresa foi procurada por compradores estrangeiros, assim
descobrindo o grande potencial do mercado externo e então se iniciou um processo
de preparo para a entrada nesse mercado. A Pizzato levou seis anos para realizar
sua primeira exportação, em 2005, desde sua primeira fabricação da safra de vinho,
no ano de 1999. O primeiro lote de vinhos foi de 2.500 garrafas, embarcado para
Nova York, a um preço de US$ 13,00 a unidade. E assim, outros negócios foram
surgindo, com compradores da Califórnia, Flórida e Texas nos Estados Unidos.
(CAIXETA, 2006, p.54 e 55; HISTÓRIA, 2012).
No começo a produção não era capaz de suprir nem à demanda do mercado
interno, era uma produção anual de 35 mil garrafas. Então a família Pizzato resolveu
investir na capacidade produtiva, subindo de 35 mil garrafas para 150 mil garrafas
anualmente, visando também o mercado externo. No ano de 2005, a empresa
engarrafou cerca de 100 mil unidades, e as outras 50 mil garrafas foram vendidas a
granel para outras vinícolas. Nesse mesmo ano, a empresa possuia dois vinhedos
somando um total de área de 42 hectares, localizados em Bento Gonçalves e Dois
Lajeados, ambos em Rio Grande do Sul. Ainda em 2005, seu faturamento fechou
em R$ 1,2 milhão, tendo um crescimento de 50%. Nos anos de 2004, 2003 e 2002
foi investido cerca de R$ 500 mil na empresa, sendo 40% desse valor direcionado
para o desenvolvimento e crescimento da atividade exportadora. (CAIXETA, 2006,
p.54 e 55; HISTÓRIA, 2012).
A Pizzato Vinhas e Vinhos utilizam o programa Wines of Brazil, da APEXBrasil, em parceria com o Instituto Brasileiro do Vinho – IBRAVIN, desde 2005,
quando já tinha realizado seu primeiro negócio na área de exportação, começou a
participar de feiras e eventos internacionais, relacionados a seu produto, através do
projeto. Para a empresa essa parceria com o projeto Wines of Brazil foi muito
relevante, pois em outubro de 2005, logo após sua associação ao projeto, a própria
empresa teve a oportunidade de levar seus vinhos para uma feira internacional, a
Miami International Wines Fair, com dois dias reservados para convidados e o
terceiro aberto ao público, e também para um evento de degustação de vinhos na
52
Flórida/Estados Unidos. Ainda no mesmo período, a Pizzato Vinhas e Vinhos
remeteram amostras de seus produtos, por meio de parceiros do projeto Wines of
Brazil, para a feira Anuga, um dos maiores eventos do setor alimentício, realizado na
cidade de Colônia, na Alemanha, e também para degustações na Irlanda e na
Holanda. (CAIXETA, 2006, p.54 e 55; HISTÓRIA, 2012).
O projeto Wines of Brazil, é um Projeto Setorial Integrado de Promoção de
Exportações de Vinhos Finos, da agência com parceria com o IBRAVIN, objetiva
ampliar o número da atividade exportadora de vinhos finos e espumantes,
acrescentando valor agregado ao produto, afirmando os produtos das vinícolas do
Brasil no mercado externo, através de feiras e eventos. As empresas alvo desse
projeto são vinícolas que produzem vinhos finos e espumantes nos estados da
Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Pernambuco.
Desta forma a Pizzato Vinhas e Vinhos, que no início somente vendia sua
matéria-prima a outras empresas, tornou-se uma vinícola reconhecida também no
mercado externo, por seus vinhos, com o auxílio da APEX-Brasil e da IBRAVIN, na
divulgação dos produtos, da realização de contatos com compradores e do
fortalecimento da marca no mercado internacional.
4.3
Showcolate
A Showcolate, uma indústria do ramo de chocolate, foi fundada em 1998, em
Belo Horizonte/Minas Gerais, mas somente em 2003 nasceu à marca brasileira
Showcolate e iniciou o processo para estabelecer franquias, no ramo de Fondue
Express, como estratégia de entrada no mercado externo. A empresa foi um
aderente e um destaque do Franchising Brasil - Projeto de Divulgação, Difusão e
Inserção de Franquias Brasileiras no Exterior, da APEX-Brasil em parceria com a
Associação Brasileira de Franchising – ABF. (CAIXETA, 2006, p.219; HISTÓRIA,
2012).
Tudo teve início com a evolução do sistema de rodas de chocolate, que
viabilizou o consumo do fondue de chocolate, acompanhado de frutas, de forma
prática, em locais comuns, como shopping centers. Em 2004, a marca Showcolate
53
criou um sistema de franchising, iniciando desta forma, a sua rede de franquias no
segmento de quiosque de varejo. Em 2006, com o auxilio da ABF e da APEX-Brasil,
a marca alcançou o mercado internacional, estabelecendo-se nos EUA, Espanha e
Portugal. Ainda no ano
de 2006, a Showcolate
ganhou
o Prêmio de
Excelência na Exportação em Serviços pela Apex-Brasil. No ano seguinte, em 2007,
a empresa abriu franquias em Honduras, Panamá, Chile e Peru, no mercado Latino
Americano. No ano de 2011, a marca Showcolate inovou seu sistema, instituindo o
"Monte Seu Fondue", que modernizou e facilitou o serviço aos clientes. Hoje os
quiosques da Showcolate está presente em 6 estados brasileiros e em 7 países
diferentes. (CAIXETA, 2006, p.219; HISTÓRIA, 2012).
A fábrica de chocolate possue uma produção de mais de 90 mil
toneladas/ano, com um quadro de 500 trabalhadores, fornece o chocolate para suas
franquias e exporta seu produto para 30 países (Estados Unidos, América Latina,
México e diversos países do Oriente Médio). (CAIXETA, 2006, p.219; A NOSSA,
2012).
O Projeto de Divulgação, Difusão e Inserção de Franquias Brasileiras no
Exterior, denominado Franchising Brasil, utilizado pela empresa Showcolate para se
inserir no mercado externo, objetiva abrir e estimular o mercado internacional para
as franquias do Brasil, tendo como condição de saída para o início do procedimento,
países com potencial mercado, forte e regulamentado. E ainda países onde o
método de disseminação iniciou-se na primeira etapa do Projeto. As companhias
alvo desse projeto são as empresas brasileiras franqueadoras, de diversos
segmentos da economia brasileira.
Dessa maneira a Showcolate conquistou o mercado estrangeiro através de
suas franquias, uma estratégia de internacionalização de seu produto e marca. Com
inovação e criatividade, além do apoio da APEX-Brasil e da ABF, entidade do setor
de franchising, lançou sua marca para o grande público do mercado externo,
conquistando sua fatia no comércio internacional.
54
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O comércio internacional está em constante propagação, sendo realizado
entre países do mundo todo, objetivando preencher carências de determinados
produtos ou serviços de seus mercados internos, visto que mesmo as maiores
potências econômicas não são autossuficientes na produção de todas as demandas
relevantes para sustentar as necessidades e desejos da população. Existem vários
métodos de realizar trocas comerciais entre os países, sendo os mais notórios a
exportação e a importação. A exportação, que basicamente se resume em vendas
de produtos e serviços, além de um meio de realizar trocas comerciais, ainda é uma
importante maneira de aquecer a economia de um país, por isso a atividade
exportadora é relevante para as nações.
Deste modo, os países incentivam as empresas e as indústrias a vender não
somente ao mercado interno, mas igualmente ao mercado internacional. Esses
incentivos no Brasil são dados de diversas formas, seja auxílio financeiro ou de
conhecimento e informações de como executar todo processo de exportação, desde
a definição e adaptação do produto a ser vendido até a finalização do processo. O
governo brasileiro oferece como um dos incentivos às exportações, os serviços da
APEX-Brasil. A agência APEX-Brasil tem a função de apoiar as empresas na
inserção de novos mercados e na promoção de produtos e serviços brasileiros em
mercados externos, fornecendo informações, estudos e projetos voltados a
mercados mundiais e setores econômicos do país.
Esse estudo teve como foco principal demonstrar a forma de atuação da
Apex-Brasil no auxílio da ascensão das empresas brasileiras no comércio
internacional e, para tanto, foi necessário apresentar os programas de incentivo da
Apex-Brasil no apoio oferecido às empresas para a entrada no mercado mundial,
relacionar os mercados externos trabalhados pela agência e os setores da economia
do Brasil que são auxiliados pela a atuação da Apex-Brasil, e por fim relatar casos
de empresas que alcançaram o sucesso com o auxílio da Apex-Brasil.
Hoje a APEX-Brasil é uma relevante fonte de apoio aos exportadores
brasileiros, tanto os que já trabalham com a atividade exportadora, porém pretendem
acrescentar novos mercados de destino a sua relação de clientes, quanto aquelas
empresas que são iniciantes e querem se inserir no mercado internacional. O foco
55
principal da agência é de empresas de micro e pequeno porte, devido à maior
dificuldade desses empresários de inserir seu produto ou serviço no mercado
externo. A agência apoia mais de 12 mil empresas brasileiras de 81 setores
econômicos do país, conta com a parceria de entidades ligadas a cada setor da
economia trabalhado pela agência e desenvolve 74 projetos setoriais integrados a
essas entidades. Oferece ainda informações através de estudos sobre países,
setores econômicos e o perfil dos exportadores brasileiros, qualificação para
exportação, por meio de consultorias e diagnósticos específicos de cada empresa,
ações de posicionamento e imagem para empresas já experientes na atividade
exportadora, além do auxílio à internacionalização de empresas brasileiras.
As feiras multissetoriais são utilizadas pela APEX-Brasil como uma das
principais ferramentas no processo de promoção comercial dos produtos de micro e
pequenas empresas, promovendo encontros entre fornecedores e compradores.
Esse primeiro contato é de extrema importância, pois possibilita o importador de
conhecer, testar e até provar os produtos ou o serviço em questão negociado. Assim
podendo surgir parcerias, contratos e demais acordos comerciais que propagam as
vendas e consequentemente os rendimentos das empresas. Além disso, outra
vantagem que feiras oferecem é o grande contato com diversas empresas em pouco
tempo, e ainda uma negociação presente de ambas as partes.
Os projetos e os estudos da agência são divididos pelos principais setores
econômicos do Brasil e pelos mercados globais, demonstrando seus aspectos
culturais em negociação e na economia mundial. Essa divisão torna-se relevante
para os exportadores pela facilidade de encontrar as informações e os programas da
agência de seu interesse, de acordo com seu produto, seu ramo de negócio. Além
de trazer dados sobre países que possuem mercado consumidor do produto ou
serviço da empresa brasileira.
A APEX-Brasil já auxiliou muitas empresas, fomentando os negócios dessas
empresas no mercado internacional, através de programas e procedimentos
produzidos e executados de forma prática para promover os produtos e serviços de
micro e pequenas empresas brasileiras no mercado externo, como os casos das
empresas Bibi Calçados, Pizzato Vinhas e Vinhos e a Showcolate, relatados nesta
pesquisa.
Essa pesquisa foi relevante para a acadêmica, uma vez que proporcionou um
novo conhecimento sobre um incentivo oferecido às empresas brasileiras na área de
56
promoção comercial, a APEX-Brasil, no qual foi possível compreender a importância
de uma agência do governo que auxilie no fomento a atividade exportadora do país,
e que unindo empresas e indústrias, entidades dos setores econômicos e governo, o
país tem capacidade e competitividade para destacar-se e ser reconhecido no
mercado internacional.
Como sugestão para estudos futuros, evidencia-se a relevância em analisar
outro segmento de trabalho da APEX-Brasil, a atração de investimentos. Dentro
disso, como é a atuação da agência, os setores econômicos atrativos no Brasil para
estrangeiros, os serviços oferecidos pela a APEX-Brasil na captação de
investimentos externos, como o investidor deve proceder com aspectos burocráticos,
tributários e financeiros e o que o país oferece efetivamente para esse investidor.
57
REFERÊNCIAS
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A SUA empresa está planejando exportar, aumentar as exportações ou
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60
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS
Estagiário
Fernanda Bruder Piovezan
Orientador de conteúdo
Prof. MSc. Julio César Schmitt Neto
Responsável pelo Estágio
Prof. MSc. Natalí Nascimento
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