ANTIGUIDADE CLÁSSICA - TEXTO SOBRE ROMA

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ROMA DA MONARQUIA AO IMPÉRIO.
Prof. Ubiratã F. Freitas
Roma Monarquia (753 – 509 a. C.)
O rei tinha atribuições administrativas, militares,
jurídicas e religiosas. Havia um conselho de anciãos
(senado), que exercia funções legislativas, com poder de veto
sobre leis propostas pelo rei, e uma assembleia da qual
participavam todos os proprietários de terras. A economia
romana baseava-se na atividade pastoril, e a sociedade era
assim dividida: patrícios – camada social dominante, grandes
proprietários de terras; clientes – classe intermediária,
formada por indivíduos que se colocavam sob dependência
ou proteção patrícia, em troca de prestação de serviços;
plebeus – homens livres sem direitos políticos, trabalhavam
como camponeses, artesãos ou comerciantes e estavam
sujeitos a escravidão por dívidas.
Roma República (509 – 27 a.C.)
No período republicano, consolidou-se o modo de
produção escravista e definiu-se o perfil imperialista da
civilização romana. Controlado pela elite patrícia, o Senado
passou a ser o órgão de maior poder político. A partir do
século V a.C., Roma iniciou uma política externa
imperialista. Em 275 a. C., entrou em guerra contra Cartago,
localizada no norte da África, grande potencia comercial da
época. O conflito ficou conhecido como Guerras Púnicas.
Entre 264 a.C. e 146 a.C., Roma se sobrepôs-se como
potência hegemônica e Cartago converteu-se em província
romana.
Durante esse período, imensos territórios forma
anexados aos domínios romanos, e o mar Mediterrâneo
tornou-se um “lago Romano”. As regiões conquistadas
passaram para o controle romano como província, e cada
uma era administrada por um pro cônsul.
A expansão territorial trouxe transformações
econômicas, sociais e política que provocaram uma violenta
crise na república. As consequências do imperialismo foram
o aumento do número de escravos e a consolidação da
economia escravista; o aumento do número e da extensão dos
latifúndios; a ruína dos pequenos proprietários; o desemprego
no campo e o êxodo rural; o afluxo de riquezas na forma de
impostos e produtos de saques efetuados após as guerras de
conquistas e os conflitos sociais decorrentes do caos urbano
(desemprego) e da crise política (guerra civil).
O quadro de empobrecimento, tensão social e
anarquia generalizada provocou lutas civis que se refletiam
no cenário político. Uma sucessão de golpes e assassinatos
marcou o período entre 133 a.C. e 27 a.C.
Entre 133 a.C. e 121 a.C., os irmãos Graco elaboraram
um projeto de reforma agrária e a Lei Frumentária, que
determinava o fornecimento de trigo e pão a preços reduzidos
para a população pobre de Roma. Essa ação dos irmãos
Graco, resultou em suas mortes.
Em 60 a.C., um acordo entre as camadas sociais
dominantes resultou na formação do Primeiro Triunvirato.
Formado por Crasso, Pompeu e Júlio César, resultando na
alternativa para solucionar a longa crise política da república
romana; porém, Júlio César organizou um golpe que o tornou
imperador de Romae converteu a república em um regime
autoritário. Temendo pelo fim de seus privilégios e reagindo
às reformas de César, o Senado conspirou contra o ditador
assassinado em 44 a.C. a morte de Júlio César provocou uma
grande revolta popular, habilmente explora pelo general
Marco Antônio. Com Lépido e Otávio, marco Antônio
organizou o segundo Triunvirato, em 43 a.c.
A pós o conflito pela tomada do poder, Otávio impôsse como cônsul único de Roma, que estava prestes a se tornar
um império.
Império (27 a.C. – 476 a.C.)
Em 27 a.C.; após receber do Senado o título de
Augustus, que lhe atribuíam poderes divinos e estabelecia o
culto ao imperador, Otávio reorganizou as estruturas políticas
de Roma e centralizou o poder. Durante o Alto Império,
Roma atingiu seu apogeu, desfrutando das conquistas
territoriais que atingiram seu ponto máximo.
Otávio Augusto dividiu o império em 54 províncias,
estabeleceu a paz nas fronteiras (a pax romana) estendeu a
cidadania para cinco milhões de pessoas de diversas regiões
sob o controle romano. Para manter o controle social e
ampliar o apoio político, distribuía trigo e promovia
espetáculos públicos gratuitos, atitude que ficou conhecido
como política de pão e circo.
O apogeu do império romano durou até meados do
século III d.C. o crescimento do cristianismo (que criticava a
divindade do imperador, o escravismo e as guerras), a crise
do escravismo (em decorrência do fim das conquistas
territoriais e das críticas dos cristãos), as revoltas nas
províncias, a corrupção e as intrigas palacianas, a formação
do colonato para substituir a falta de mão de obra escrava e
as constantes invasões bárbaras minaram lentamente o poder
do império entre os séculos IV e V d.C.
Alguns imperadores tentaram dar sobrevida ao
império. Convertido ao cristianismo, Constantino promoveu
uma reforma religiosa, com a instituição Edito de Milão, que
concedia liberdade de culto aos cristãos do império.
Teodósio, tornou o cristianismo a religião oficial do império
e, numa tentativa de contornar a crise administrativa, dividiu
o Império Romano em dois: Império Romano Ocidental, com
capital em Roma; e Império Romano Oriental, com a capital
em Constantinopla.
Contudo, a parte ocidental do império caiu
definitivamente nas mãos dos germânicos (chamados de
bárbaros) no ano de 476. A parte oriental do império,
convertida em Império Bizantino, sobreviveria por mais
alguns século até 1454, quando invadido o Império Romano
Oriental pelos turcos Otomanos.
Cultura Romana
Arquitetura: foi a principal manifestação artística dos
romanos antigos. As construções eram marcadas por arcos e
abóbodas e técnicas que ampliaram os espaços interiores.
Destaque para o Coliseu.
Direito: durante a República foi criada a Lei das Doze
Tábuas, marcando o início do desenvolvimento do Jus
Civillis, ou Direito Civil.
Latim: idioma do qual se originaram o português, o
espanhol o francês, o italiano e o romeno.
Religião: os deuses gregos e algumas divindades
orientais foram adotados pelos romanos com nomes latinos.
Durante o Baixo Império, o cristianismo atraía
multidões, com suas críticas ao militarismo, ao escravismo e
ao politeísmo oficial e com propostas de liberdade, amor e
paz.
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