Aids - HMTJ

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HOSPITAL E MATERNIDADE THEREZINHA DE JESUS
Dicas de Saúde | www.hmtj.org.br
Título: Prevenção e Esclarecimentos sobre a Aids
O Carnaval está aí – é hora de se prevenir!
O Carnaval está aí! Uma das festas populares mais
animadas e representativas do mundo. A festa que
chegou
ao
Brasil
tem
sua
origem
no
entrudo
português, em que, no passado, as pessoas jogavam
água, ovos e farinha umas nas outras. O entrudo
acontecia
num
período
anterior
à
quaresma
e,
portanto, tinha um significado ligado à liberdade – o
qual permanece até os dias de hoje.
Contudo, liberdade não deve ser confundida com
promiscuidade. O cuidado consigo, com seu próprio
corpo, deve estar presente em nosso dia-a-dia, em qualquer época do ano. Falta de
prevenção e excessos de todo tipo constituem riscos sérios à saúde. Temos o costume
de achar que “essas coisas não acontecem comigo”, ou que DST são relacionadas a grupos de
risco. Essa ideia é considerada ultrapassada: o comportamento é que é de risco, não
havendo grupos populacionais mais propensos a se infectar.
Estão sujeitas ao contágio: pessoas que utilizam serviços de estética (manicure, barbeiro ou
outros) e arte corporal (tatuagens e piercings) em locais que não usem materiais esterilizados
ou descartáveis; usuários de drogas injetáveis que façam consumo em grupo, utilizando a
mesma seringa; pessoas que tenham relações (sexo vaginal, oral ou anal) com parceiros
infectados, não importando sua opção sexual nem se é parceiro único e fixo, sem o uso do
preservativo; pessoas que mantenham relação sexual (sexo vaginal, oral ou anal) com vários
parceiros, independentemente da opção sexual, sem o uso do preservativo; pacientes que
recebam transfusão de sangue infectado; profissionais da saúde que não sigam as normas de
biossegurança; entre outros. Dessa forma, qualquer pessoa, independentemente de
classe socioeconômica, sexo, opção sexual ou profissão está sujeita a se contaminar.
Fique ligado nas dicas a seguir para evitar comportamentos de risco, prevenindo-se da Aids e
de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST).
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Você sabe o que é Aids?
A AIDS, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (sigla do inglês: Acquired Immune Deficiency
Syndrome), se manifesta após a infecção do organismo humano pelo Vírus da Imunodeficiência
Humana, o HIV (sigla do inglês, Human Immunodeficiency Vírus). Detalhando o nome da
doença: Síndrome é um grupo de sinais e sintomas que, uma vez considerados em conjunto,
caracterizam uma doença. Imunodeficiência: inabilidade do sistema de defesa do organismo
humano em se proteger contra microorganismos invasores, tais como: vírus, bactérias,
protozoários, etc. Adquirida: não é congênita como no caso de outras imunodeficiências. A
Aids não é causada espontaneamente, mas por um fator externo (a infecção pelo HIV).
Este vírus tem período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença,
da infecção das células do sangue e do sistema nervoso e da supressão do sistema imune.
A Aids é uma doença complexa, que não se caracteriza por um só sintoma. Na realidade, o vírus
HIV destrói os linfócitos – células responsáveis pela defesa do organismo –, tornando a pessoa
vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas, chamadas assim por surgirem nos
momentos em que o sistema imunológico do indivíduo está enfraquecido.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de Aids era quase uma sentença de morte. Atualmente,
porém, a ela pode ser considerada uma doença de perfil crônico. Isto significa que é uma
doença que não tem cura, mas tem tratamento e uma pessoa infectada pelo HIV pode
viver com o vírus por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal.
Isso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que propiciam o
desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes. Deve-se, também, à experiência
obtida ao longo dos anos por profissionais de saúde. Todos estes fatores possibilitam aos
portadores do vírus ter uma sobrevida cada vez maior e de melhor qualidade.
Você sabe identificar os sintomas?
A Aids não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais
são geralmente semelhantes e, além disso, comuns a várias outras doenças. São eles: febre
persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele,
gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo
para desaparecer.
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Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema imunológico do indivíduo,
começam a surgir doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, alguns tipos de
câncer, candidíase e infecções do sistema nervoso (toxoplasmose e as meningites, por
exemplo).
Você sabe quais são as formas de contágio, para ser capaz de evitar se
contaminar?
Assim Pega:
Assim não pega:
•
sexo vaginal sem camisinha;
•
sexo anal sem camisinha;
•
uso da mesma seringa ou agulha por
•
masturbação a dois;
mais de uma pessoa;
•
beijo no rosto ou na boca;
•
transfusão de sangue contaminado;
•
aperto de mão ou abraço;
•
durante a gravidez, o parto e a
•
suor e lágrima;
amamentação, no caso de mãe
•
doação de sangue;
infectada;
•
picada de inseto;
instrumentos que furam ou cortam,
•
sabonete, toalha ou lençóis;
não esterilizados.
•
talheres e copos;
•
piscinas, banheiros ou pelo ar;
•
assento de ônibus.
•
•
sexo, desde que se use corretamente a
camisinha;
Prevenção: Uso da camisinha
Diversos estudos confirmam a eficiência do preservativo na prevenção da Aids e de outras DST.
Em um estudo realizado recentemente na Universidade de Wisconsin (EUA), demonstrou-se que
o correto e sistemático uso de preservativos em todas as relações sexuais apresenta uma
eficácia estimada entre 90% e 95% na prevenção da transmissão do HIV. Os autores desse
estudo sugerem uma relação linear entre a freqüência do uso de preservativos e a redução do
risco de transmissão, ou seja, quanto mais se usa a camisinha menor é o risco de contrair o
HIV.
O preservativo começou a ser distribuído pelo Ministério da Saúde em 1994. A compra da maior
parte de preservativos e géis lubrificantes disponíveis é feita pelo Ministério da Saúde. Aos
governos estaduais e municipais cabe a compra e distribuição de, no mínimo, 10% do total de
preservativos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e de 20% nas regiões Sudeste e Sul.
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Os preservativos masculino e feminino, assim como géis lubrificantes, são distribuídos
gratuitamente em toda a rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha,
ligue para o Disque Saúde (0800-61-1997). Também é possível pegar camisinha em algumas
escolas parceiras do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas.
A camisinha é mesmo impermeável?
A impermeabilidade é um dos fatores que mais preocupam as pessoas. Em um estudo feito nos
National Institutes of Health, dos Estados Unidos, ampliou-se o látex do preservativo
(utilizando-se de microscópio eletrônico), esticando-o em 2 mil vezes, e não foi encontrado
nenhum poro. Outro estudo examinou as 40 marcas de preservativos mais utilizadas em todo o
mundo, ampliando 30 mil vezes (nível de ampliação que possibilita a visão do HIV), e nenhum
exemplar apresentou poros.
Em outro estudo mais antigo de 1992, que usou microesferas semelhantes ao HIV em
concentração 100 vezes maior que a quantidade encontrada no sêmen, os resultados
demonstraram que, mesmo nos casos em que a resistência dos preservativos mostrou-se
menor, os vazamentos foram inferiores a 0,01% do volume total. O estudo concluiu que,
mesmo nos piores casos, os preservativos oferecem 10 mil vezes mais proteção contra o vírus
da Aids do que a sua não utilização.
E por que às vezes estoura?
Quanto à possibilidade de o preservativo estourar durante o ato sexual, as pesquisas sustentam
que os rompimentos se devem muito mais ao uso incorreto do preservativo do que a uma falha
estrutural do produto. Nos Estados Unidos, um estudo realizado em 1989 indicou que a taxa de
rompimento da camisinha era inferior a 1%. Porém, em 1994, foi conduzido um importante
estudo multicêntrico sobre essa possibilidade em oito países (República Dominicana, México,
Estados Unidos, Gana, Quênia, Malawi, Nepal e Sri Lanka), encontrando-se, então, uma taxa de
rompimento que variou entre 0,6% (no Sri-Lanka) a 13,3% (em Gana).
O dado mais convincente sobre a eficiência do preservativo na prevenção contra o HIV foi
demonstrado por um estudo realizado entre casais, onde um dos parceiros estava infectado
pelo HIV e o outro não. O estudo mostrou que, com o uso consistente dos preservativos, a taxa
de infecção pelo HIV nos parceiros não infectados foi menor que 1% ao ano.
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Diante dos resultados desses estudos, realizados por instituições renomadas e de credibilidade,
pode-se dizer que o correto e frequente uso do preservativo contribui de forma eficaz, tanto
para a prevenção de enfermidades, quanto para evitar a ocorrência de gravidez não planejada.
Testes para o diagnóstico da infecção pelo HIV
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito por meio de testes, realizados a partir da coleta de
uma amostra de sangue. Esses testes podem ser realizados nos laboratórios de saúde pública,
por meio do atendimento do usuário nas unidades básicas de saúde, em Centros de Testagem e
Aconselhamento (CTA) e em laboratórios particulares.
Nos CTA, o teste anti-HIV pode ser feito de forma anônima e gratuita. Nesses Centros, além da
coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste,
feito de forma cuidadosa, a fim de facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente.
Todos os testes devem ser realizados de acordo com a norma definida pelo Ministério da Saúde
e com produtos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa/MS) e por ela
controlados.
* informações do Departamento de DST/Aids – Ministério da Saúde.
Mais informações podem ser obtidas nos sites:
http://www.aids.gov.br
http://www.vivacazuza.org.br
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