sutileza

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Sr. Presidente,
Sras. e Srs.Deputados,
Assistimos surpresos a reportagem que o nosso
principal veículo de comunicação, a Rede Globo, colocou
no ar, 09/11/2003, numa referência a Igreja Católica
Apostólica Romana , na figura do Cardeal Afonso Lopes
Trujillo, digna autoridade do Pontifício Conselho da
Família. Foi uma abordagem sobre os preservativos.
A emissora passa a idéia de que a massificação
do uso do preservativo serve como método eficaz de
prevenção à transmissão da AIDS. Alertamos que, na
verdade, o seu uso também é para o controle demográfico
do Brasil!!!!.
Ora, não podemos aceitar o equívoco de que
tanto a prática do sexo quanto a promiscuidade são
regras fundamentais em nossas famílias. Ressaltamos a
importância do livre-arbítrio. Não é justa a difusão da vida
sexual ativa como um fato consumado, tanto entre adultos
como entre jovens, sem a menor sutileza em querer impor
a virilidade como um "valor" individual. Levemos em
conta que cada pessoa tem sua própria sensibilidade e o
direito de escolher como encarar o sexo. Não é justo e
humano induzí-la ao mundo do hedonismo.
A reportagem contraria as afirmações do Cardeal
Trujillo, que afirmou que as “camisinhas não seriam
seguras porque, durante a relação sexual, o vírus da
AIDS poderia passar por microporos, isto é, por pequenos
furos do látex”.
Pedimos a atenção da Globo no sentido de tomar
conhecimento dos trabalhos feitos por especialistas
representantes da classe médica e da Igreja.
Vejamos os fundamentos científicos: a revista
Seleções (dezembro de 1991, pp.31-33), trouxe um artigo
do Dr. Robert C. Noble, condensado de Newsweek de
Nova Iorque (1/4/91), que mostra como é ilusória a crença
no tal "sexo seguro" com a camisinha.
A pesquisadora Dra. Susan C. Weller, no artigo A
Meta-Analysis of Condom Effectiveness in Reducing
Sexually Transmitted HIV, publicado na revista Social
Science and Medicine, (1993, vol.36, issue 12, pp.16351644), afirma:
"Presta desserviço à população quem estimula a crença
de que o condom (camisinha) evitará a transmissão
sexual do HIV. O condom não elimina o risco da
transmissão sexual; na verdade só pode diminuir um tanto
o risco".
"As pesquisas indicam que o condom é 87% eficiente
na prevenção da gravidez. Quanto aos estudos da
transmissão do HIV, indicam que o condom diminui o
risco de infecção pelo HIV aproximadamente em 69%, o
que é bem menos do que normalmente se supõe" (PR, n°
409/1996, pp. 267-274).
Isto significa que, em média, três relações sexuais
com camisinha têm o risco equivalente a uma relação
sem camisinha. Convenhamos que é um alto risco, já que
a AIDS não tem cura ainda. É uma "roleta russa".
O Dr. Leopoldo Salmaso, médico epidemiologista no
Hospital de Pádua, na Itália, afirma que:
“O preservativo pode retardar o contágio, mas não
acabar com ele”.
Pesquisas realizadas pelo Dr. Richard Smith, um
especialista americano na transmissão da AIDS,
apresenta seis grandes falhas do preservativo, entre as
quais a deterioração do látex devido às condições de
transporte e embalagem. Afirma o Dr. Richard que:
“O tamanho do vírus HIV da AIDS é 450 vezes menor
que o espermatozóide. Estes pequenos vírus podem
passar entre os poros do látex tão facilmente em um bom
preservativo como em um defeituoso" (Richard Smith, The
Condom: Is it really safe sex?, Public Education
Commitee, Seattle, EUA, junho de 1991, p.1-3)”
A Rubber Chemistry & Technology, Washington,
D.C., junho de 1992, afirma que: "Todos os preservativos
têm poros 50 a 500 vezes maiores que o vírus da AIDS".
Vemos, portanto, Sr. Presidente, que é irresponsável,
cientificamente, dizer que a camisinha garante o "sexo
seguro". O pior, ainda, é que esta falsidade vem
acompanhada de um estímulo ao sexo livre, sem
responsabilidade e sem compromisso, o que o faz
promíscuo e vulgar.
Todas as campanhas de prevenção da AIDS que se
sustentavam na difusão maciça de preservativos
resultaram, na prática, em maior número de incidência de
casos. Por este motivo, o número de pessoas
contaminadas vem aumentando assustadoramente no
Brasil e no mundo.
"Lamentamos, Sr. Presidente, a repercussão causada
pela reportagem do Fantástico. É sempre bom lembrar
que o sexo seguro é fundado na monogamia e não na
promiscuidade .
Nossa solidariedade ao Cardeal Afonso Lopes Trujillo
e Movimentos Pró-Vida pela coragem de denunciar a
farsa do sexo seguro com preservativos.
A Globo, em bons tempos, muitas vezes esteve ao
lado da Igreja em situações polêmicas, sempre com o
apoio do jornalista Roberto Marinho. Cremos que uma
reflexão séria será feita pela Globo trazendo os benefícios
devidos para todos os espectadores.
Muito obrigado !!!!
Dep. Elimar Máximo Damasceno
PRONA/SP
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