Promoção da saúde e resiliência em pacientes renais crônicos na

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Promoção da saúde e resiliência em pacientes renais crônicos na atenção
secundária: o psicólogo na equipe multidisciplinar
Joyce Helena Souza Rosa; Raíza Solany Eurico; Rodrigo da Paixão Barbosa
Resumo da experiência de estágio
As atividades do Estágio Básico Supervisionado V, do curso de Psicologia do CES/JF se
deu no campo prático da Fundação IMEPEN, instituição de atenção ao renal crônico, e teve
por objetivo principal observar a relação do paciente portador da doença renal crônica (DRC)
com sua doença e sua resiliência frente ao tratamento, em fase de pré diálise. Através de
revisão bibliográfica levantamos dados a respeito da promoção da saúde dentro da atenção
secundária a saúde. Fizemos observações no período de Fevereiro a Junho de 2011, na cidade
de Juiz de Fora, MG. As observações foram feitas no segundo atendimento do paciente na
instituição. A partir dos relatos dos pacientes em consulta, e o acesso de seus dados de
prontuário, pudemos identificar os fatores que fazem o paciente ser aderente ao tratamento
médico e medicamentoso e do restante da equipe multidisciplinar ( assistentes sociais,
enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos). A prática de observação no
campo de atenção secundária possibilitou um olhar amplo das intervenções em promoção da
saúde, principalmente o papel do Psicólogo no serviço de saúde, e o seu papel articulador
dentro da equipe interdisciplinar. Não sendo apenas um conselheiro, mas um ator das
atividades de prevenção. O antigo modelo biomédico praticamente excluía a influência de
fatores psicológicos no corpo, hoje não podemos visar práticas que não englobem tanto a
influência da saúde mental no corpo, como da doença física no psicológico. A equipe
multidisciplinar e suas conseqüências e resultados são visíveis, e os fatores que qualificam a
promoção da saúde na instituição de observação são indissociáveis dos profissionais que
compõem a equipe. Influindo inclusive a aderência dos pacientes ao tratamento, que se
sentem acolhidos e são preparados para o enfrentamento da doença com práticas educativas,
como palestras nas salas de espera, folders informativos e detalhes minuciosos sobre o
tratamento. As práticas de promoção a qualidade de vida foram notoriamente influenciadoras
a resiliência dos pacientes em tratamento da DRC. O paciente com suporte social, da equipe
que o trata e da família, acaba se tornando mais resiliente, e encara o tratamento com uma
postura mais esclarecida e consequentemente passa a aderir ao tratamento. Olhar o individuo
através de um olhar único é salutar, alivia a angústia da doença. O suporte oferecido deve ser
singular, adequado a cada situação e contexto do paciente, estimular atitudes positivas,
motivar, é essencial para a aderência e a resiliência no percurso da doença.
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