Caso clínico 1 Caso clínico 1

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Caso clínico 1
Paciente de 60 anos de idade, sexo feminino,
portadora de erisipela com história da
doença há 15 anos, caracterizada por
episódios de febre, cefaléia, mal estar,
calafrios, seguido de edema, hiperemia e dor
na perna.
2014
Streptococcus -hemolíticos
drogas de
1a. escolha
grupos
A, C,G
penicilina
G ou V
grupo B
penicilina
G ou
ampicilina
Caso clínico 1
drogas alternativas
A paciente realizou tratamentos
clindamicina, eritromicina,
cefalosporinas, vancomicina,
claritromicina, azitromicina
medicamentosos e curativos convencionais
eritromicina, cefalosporina,
vancomicina
permanganato de potássio e o
desde o início das lesões com
antimicrobiano betalactâmico, Benzetacil
(penicilina G)
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Betalactâmicos
Dr. Howard et col, 1941
uso clínico
EUA, década de 40
ensaios clínicos para infecções
estreptocócicas e gonocócicas
1945 - produção em grande escala
Betalactâmicos
naturais ou semi-sintéticos
distribuição ampla,
SNC quando as meninges estão inflamadas.
vantagem:
baixa toxicidade em doses terapêuticas
uso na gravidez e lactação.
desvantagem:
indução de reações de hipersensibilidade.
Betalactâmicos
50% do total de vendas de antibióticos em 2004
inibem irreversivelmente a enzima transpeptidase
catalisa a reação de transpeptidação
formação de ligações cruzadas entre as cadeias
peptídicas da estrutura peptideoglicana,
derivados de produtos naturais
agentes mais comumente utilizados até hoje
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Betalactâmicos
Classificação dos betalactâmicos
diferem em seu espectro de ação e suas
propriedades farmacológicas dependendo
da cadeia lateral:
Penicilinas
Cefems
Monobactam
Carbapenems
Inibidores de betalactamases
amplo espectro de atividade
antibacteriana
eficácia clínica
excelente perfil de segurança
atuam na enzima
transpeptidase
única em bactérias.
2008
Betalactâmicos
Estrutura central - Ácido 6- aminopenicilânico
Penicilina
Anel betalactâmico
Anel tiazolidínico
Grupo amino
secundário variável
(RNH-)
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Penicilinas
penicilinas naturais ou benzilpenicilinas;
penicilinas semi-sintéticas
aminopenicilinas;
Penicilinas semi-sintéticas
ampicilina, amoxicilina, oxacilinas
aumento da estabilidade em meio ácido:
adição de grupos retiradores de elétrons
no carbono carbonílico da cadeia lateral
penicilinas resistentes às penicilinases;
diminuem a nucleofilicidade do oxigênio
penicilinas de amplo espectro.
Penicilinas
oxigênio cadeia lateral acílica (nucleófilo)
Penicilinas
modificações estruturais restritas às
cadeias laterais, que podem modular:
abertura do anel -lactâmico meio ácido
inativa antibiótico e inviabiliza via oral
estabilidade em meio ácido
estabilidade frente às -lactamases
espectro de ação bactérias Gram -
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Mecanismos de Ação -lactâmicos
Penicilinas
Sensível
-lactâmicos
Difusão através da
membrana
enzimas grupos nucleofílicos (serina)
-lactâmico
Difusão através da
peptidoglicana
PBP(ligação)
Ácido 6- aminopenicilânico
Ácido penicilóico
Morte celular
-lactâmicos
-lactâmicos
bactérias Gram-negativas
-lactamases:
grupamentos volumosos ao carbono carbonílico
da cadeia lateral em penicilinas semi-sintéticas
(meticilina, oxacilinas)
impedem o acesso dos antibióticos ao sítio ativo
-lactamase por impedimento estérico
mais resistentes à ação de antibióticos,
natureza mais complexa da parede celular
não capazes de cruzar efetivamente barreira
lipídica
necessário cruzar
parede celular:
canais proteicos de porina (hidrofílica)
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-lactâmicos
bactérias Gram-negativas
antibióticos com maior atividade frente a
bactérias Gram-negativas apresentam
grupos ionizáveis em suas estruturas
Penicilinas Naturais
Penicilina G ou Benzilpenicilinas
Cristalina
Procaína
Benzatina
Penicilina V
químicas
Penicilina G Benzatina
Benzetacil
Nome genérico
Descrição
Benzilpenicilina Benzatina
Nomes comerciais
Benzetacil, Benzatron, Pencil-B, Pencil-E,
Longacilin, Benzilpeniclina G Benzatina,
Benzilpeniclina Benzatina.
-lactâmicos
penicilina natural
de depósito, pouco hidrossolúvel,
uso exclusivamente intramuscular
níveis séricos permanecem por 15 a 30 dias,
dependentes da dose utilizada.
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Penicilina G Benzatina
Terapia infecções causadas por bactérias:
faringoamigdalites, escarlatina, erisipela
pneumonias comunitárias,
sífilis, tétano, leptospirose,
gangrena gasosa e actinomicose
profilaxia primária e secundária da febre
Penicilina G
Cocos gram-positivos
Streptococcus grupos A,B,C,D,G
Streptococcus viridans
Streptococcus pneumoniae (S)
reumática.
Penicilina G
Penicilina G
Bacilos gram-positivos
Bacillus anthracis
Clostridium spp.
Cocos e bacilos gram-negativos
Neisseria meningitidis
Corynebacterium diphteriae
Pasteurella multocida
Spirillum minus
Neisseria gonorrhoeae
Treponema pallidum
Streptobacillus moniliformis
Actinomyces israelli
Leptospira interrogans
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Penicilina G benzatina
Farmacocinética e metabolismo
penicilina de depósito
pouco hidrossolúvel,
exclusivamente intramuscular
níveis séricos permanecem por 15 a
30 dias, dependentes da dose utilizada
Caso clínico 1
Exacerbação da doença?
Reação alérgica grave?
Outras infecções?
Caso clínico 1
Após 4 dias, a paciente já apresentava melhora
quinto dia após a instituição da terapia:
febre
mal-estar geral
hipotensão
taquicardia
lesões disseminadas eritematosas centrífugas
vesículas e bolhas que se
soltam a pele ao leve toque
sangramento lábios e apresentava epistaxe
Caso clínico 1
Imediatamente procurou atendimento
emergencial
clínico de plantão solicita internação
coleta de exames:
hemograma
hemocultura
cultura de secreção das lesões
cuidados de terapia intensiva
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Caso clínico 1
Hemograma
hemácias 4,56 milhões/mm3
hemoglobina 12,0 g/dL
hematócrito 38%
leucócitos 15.600/mm3
bastões 3%
neutrófilos 82%
eosinófilos 4%
linfócitos 8%
monócitos 3%
Penicilinas
Caso clínico 1
PCR: 156 mg/L
Hemocultura: Negativa
Cultura de secreção:
Staphylococcus epidermidis
negativa Estreptococos beta-hemolíticos
Penicilinas
Efeitos colaterais
Efeitos colaterais
Irritativos:
dor, induração, abscesso estéril, flebite
Tóxicos
Doses elevadas:
insuficiência renal associada
doença cerebral prévia
parestesias, convulsões
hiperrreflexia, coma
Alérgicos
Própria penicilina ou produtos degradação
impurezas ou a procaína/benzatina
Reações de hipersensibilidade: 0,7 a 10%,
Choque anafilático: 0,004 a 0,04% (1/100.000
óbito)
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Penicilinas
Efeitos colaterais
Alérgicos Leves:
Penicilinas
Efeitos colaterais
Alérgicos Graves:
urticária e outras erupções cutâneas
choque anafilático
febre, eosinofilia,
edema de glote (imediatas),
edema de Quincke,
vasculite generalizada,
eritema nodoso,
hemólise, doença do soro,
asma, rinite, prurido
dermatite esfoliativa, púrpura,
Síndrome de Stevens-Johnson
Síndrome de Stevens-Johnson
Diagnóstico
caracterização das erupções cutâneas
1 a 3 semanas da exposição ao
estímulo
Diferencial:
sarampo, eritema multiforme,
varicela
caráter de lesão na pele e as
inúmeras necroses
Síndrome de Stevens-Johnson
reação alérgica grave
erupção cutânea:
mucosas,olhos, nariz, uretra, vagina,
trato gastrointestinal e trato respiratório
ocasionando processos de necrose
pode ser causada por estímulos como:
fármaco
infecções virais e neoplasias
grande parte: etiologia não identificável.
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Síndrome de Stevens-Johnson
drogas mais frequentes
penicilina, sulfa
analgésicos
barbitúricos, anticonvulsivantes
anti-inflamatórios não esteróides
alopurinol
Síndrome de Stevens-Johnson
Sintomas
quadro toxêmico:
Síndrome de Stevens-Johnson
Sintomas
lesões cutâneas extensas
máculas eritematosas
bolhas sero-hemorrágicas
púrpura
início abrupto
febre, mal-estar
dores musculares e artralgia
Síndrome de Stevens-Johnson
Sintomas
Necrólise Epidérmica Tóxica (NET)
alterações do sistema
camada superior da pele
gastrintestinal
desprende-se em
sistema nervoso central
camadas
rins e coração
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Síndrome de Stevens-Johnson
Sintomas
Cicatrizes: perda de funções orgânicas
insuficiência respiratória
cegueira,
complicações renais e pulmonares
perfuração do globo ocular
hemorragia gastrointestinal
hepatite, nefrite
artralgia, artrite
febre, mialgia
Síndrome de Stevens-Johnson
Síndrome de Stevens-Johnson
Tratamento
interromper imediatamente o uso de
medicamentos suspeitos.
hospitalização e monitoramento
uso de corticóides é controverso:
cautela pois podem elevar mortalidade
tratar na unidade de queimados
cuidados rigorosos
evitar infecções
reposição endovenosa dos líquidos e
sais minerais perdidos devido à lesão.
Penicilinas
Prognóstico
3 a 5 por cento dos casos são letais
Efeitos colaterais
Outros
lesões formas mais brandas:
2 a 3 semanas após o início da
reação
hiperpotassemia
prognóstico grave
pessoas idosas
infecção secundária
arritimia (infusão rápida)
hipernatremia
tromboembolismo
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Caso clínico 1
Caso clínico 2
A paciente permaneceu quinze dias sob
RN com 39 sem de idade gestacional,
parto normal, Peso = 3.100g,
cuidados de terapia intensiva
em alojamento conjunto há 3 dias.
Alta hospitalar com recomendações quanto ao
Há 12 horas teve 1 vômito.
-lactâmicos
Caso clínico 2
Ao exame:
Caso clínico 2
Exames laboratoriais:
Hb = 13; Leuc = 28.000
Bom estado geral, T = 37,8º.C, FR = 50,
(meta 2/bast 5/neutr 55/linf 35/mon 3)
BRNF sem sopros,
PCR = 96
abdomem flácido,
HD: Onfalite
hiperemia coto umbilical
provável agente: S. aureus
secreção purulenta.
culturas: sangue e secreção umbilical
Iniciada terapia empírica
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Tratamento Staphylococcus spp.
1a. escolha
Baixo
risco
MRSA
oxacilina
Alto vancomicina
risco
MRSA
drogas alternativas
cefalosporinas,
betalactâmicos associados a
inibidores de betalactamases
clindamicina, macrolídeos,
fluoroquinolona, linezolide,
quinopristin-dalfopristin
linezolide, fluoroquinolona,
tigeciclina, daptomicina,
sulfametoxazol-trimetoprim,
quinopristin-dalfopristin
Caso clínico 2
Hemocultura e Sec. purulenta:
S. aureus
S: oxacilina, tetraciclina, cloranfenicol,
amoxicilina-ácido clavulânico,
sulfametoxazol-trimetoprim,
rifampicina, ciprofloxacin
R: eritromicina, clindamicina,
penicilina
Penicilinas resistentes às penicilinases
Betalactâmicos
advento da penicilina G
S. aureus
produção de ß-lactamases
Resistência
Penicilina
anel betalactâmico protegido da ação
das betalactamases
rápida disseminação de resistência
plasmidial
penicilinase
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Penicilinas resistentes a penicilinases
Penicilinas resistentes às penicilinases
oxacilina
parte fermentação do P. chrysogenum
(Ácido 6-aminopenicilânico/ 6-APA) e
Anel b-lactâmico
metilcilina
cloxacilina
parte por interação química
introduzindo radicais sobre o núcleo 6-APA
Oxacilina sódica
isoxazolilpenicilina
única PRP disponível no Brasil
nafcilina
meticilina
Oxacilina
Disponível apenas para uso EV.
Metabolização hepática
resistente à penicilinase,
Excreção renal.
resistência adquirida
MRSA
Concentrações liquóricas satisfatórias na
presença de inflamação
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Caso clínico 3
HEJ,
procurou
45
anos,
Caso clínico 3
sexo
atendimento
masculino,
em
UBS
por
apresentar linfoadenomegalia inguinal há
Na semana seguinte o paciente
apresentou
outra
lesão
pustulosa
em
ter
região inguinal e na coxa, extremamente
apresentado febre, dor local e rubor. O
dolorosa, com calor local e cerca de 6 cm
cerca
de
2
semanas.
Relatou
médico, então, prescreveu benzetacil.
Caso clínico 3
Após 5 dias, ocorreu extravasamento
de diâmetro.
Caso clínico 3
A conduta médica inicial foi acertada?
de coleção purulenta e a lesão regrediu.
Três dias depois surgiram mais duas
Paciente foi tratado com penicilina G
lesões, agora na região axilar, também
S. aureus são resistentes a penicilina
acompanhadas de dor, calor local e mal
estar generalizado.
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Tratamento Empírico
Tratamento Staphylococcus spp.
1a. escolha
Sem sinais sistêmicos ou comorbilidades,
antibioterapia anti estafilo e estrepto
S. aureus resistente a meticilina (MRSA)
Baixo
risco
MRSA
oxacilina
Baixo risco
Alto risco
Tratamento Empírico
dados de susceptibilidade local devem ser
usados para orientar o tratamento.
agente beta-lactâmico
penicilina anti-estafilo ou cefalosporina
doença leve a moderada e co-morbidade
não significativa,
prevalência local de CAMRSA baixa.
Alto vancomicina
risco
MRSA
drogas alternativas
cefalosporinas,
betalactâmicos associados a
inibidores de betalactamases
clindamicina, macrolídeos,
fluoroquinolona, linezolide,
quinopristin-dalfopristin
linezolide, fluoroquinolona,
tigeciclina, sulfametoxazoltrimetoprim, quinopristindalfopristin
Baixo risco MRSA
Cefalosporina oral
Ampicilina/sulbactam EV e depois
amoxicilina/clavulanato oral;
Azitromicina/claritromicina EV;
Fluroquinolona
Clindamicina
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Cefems
O médico prescreveu:
Cefalosporinas
1a. geração: cefalotina, cefazolina, cefalexina
2a. geração: cefuroxima, cefaclor
Nebacetin® para uso local
3a. geração: cefotaxima, ceftazidima, ceftriaxona
4a. geração:cefepime, cefpiroma
Cefalexina , VO 250mg 6/6h.
Cefalexina
Nome genérico
Cefalexina.
Cefamicinas
2a. geração: cefoxitina, cefotetan
Cefalexina
Posologia
Adultos: 250 a 500 mg, VO, 6/6 h
Nomes comerciais
Keflex, Cefanal, Celenix, Primacef,
Crianças: 25 a 50 mg/kg/dia, VO, 6/6 h
dose máxima não ultrapassar 4 g/dia.
Cefalexin, Cefaxon, Cefacimed, Keforal.
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Cefalosporinas de primeira geração
Cefalosporinas primeira geração
Indicações
muito ativas contra cocos Gram-positivos
infecções de pele, partes moles,
ação moderada contra bacilos Gram neg:
faringite estreptocócica.
E. coli, Proteus mirabilis e K. pneumoniae
podem ser usadas durante a gestação.
Cefalosporinas de primeira geração
Não têm atividade contra:
Haemophilus influenzae,
Estafilococos resistentes à oxacilina,
Pneumococos resistentes à penicilina,
Enterococcus spp.
Anaeróbios.
Cefalexina
Propriedades farmacológicas
boa absorção pelo trato digestório, mesmo em
presença de alimentos.
pico de concentração plasmática1 a 1,5 h
meia-vida é de 1 a 2 h
20 a 24 horas insuficiência renal
Excreção via renal forma inalterada 90%.
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Cefalexina
Reações adversas
diarréia
hipersensibilidade cruzada
pacientes alérgicos às penicilinas
hepatotoxicidade transitória
Colite pseudomembranosa C.
difficile.
Cefalosporinas primeira geração
Contra - indicações
Não utilizar em infecções do SNC:
não atravessam barreira
hematoencefálica
Atividade limitada contra BGN
Cefalosporinas primeira geração
Contra - indicações
não adequado:
sinusite,
otite média
infecções do trato respiratório baixo.
Cefalexina
Monitorização clínica
Sem recomendação específica de
monitorização
Podem aumentar as transaminases,
porém não há necessidade de ajuste
posológico.
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Cefalosporinas primeira geração
Caso clínico 3
Atm
Via
adm.
Dose
adulto
Dose cç
interv
alo
Durante cinco dias o paciente fez uso da
cefalotina
IV
0,5 a 2g
4a6h
cefalexina, porém as lesões não regridiram
cefazolina
IV/IM
0,5 a 1,5 g
cefalexina
VO
0,25 a 1 g
cefadroxila
VO
0,5 a 1,0 g
80 a 160
mg/Kg/dia
25 a 100
mg/Kg/dia
25 a 100
mg/Kg/dia
30 mg/Kg/dia
6a8h
e o paciente evoluiu mal. Retornou ao
médico com febre alta, muitas dores e
6h
12 h
Caso clínico 4
Criança, 2 anos de idade, sexo masculino,
edema generalizado no antebraço, nas
pernas e dificuldade respiratória.
Caso clínico 4
Foi coletado hemograma e hemocultura
foi internado por apresentar febre de 39,5o.
Prescrito penicilina EV
C que não cedia com antitérmicos, mal estar
Hemograma
geral, vômitos, adinamia, tosse produtiva
após quadro inicial de infecção viral.
Hc: 4,32,
Leuco: 15.300
Linf: 16%
Anisocitose
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Hb: 10,6
Neut: 78%
Mon: 6%
Caso clínico 4
Caso clínico 4
Após 4 dias do inicio do uso da
penicilina o paciente continuava febril
A antibioticoterapia empírica foi
acertada?
Hemograma
Leuco: 21.000
Linf: 18%
Qual a possível causa da falha
Neut: 80%
Mon: 2%
Etiologia das pneumonias
Pneumonia típica
S. pneumoniae
Haemophilus influenzae tipo b e não b
Moraxella catarrhalis
Staphylococcus aureus
Streptococcus pyogenes
Klebsiella pneumoniae
Anaeróbios
terapêutica?
Caso clínico 4
Uso de penicilina:
suspeita S. pneumoniae
Hemocultura: confirmou suspeita
Positiva para S. pneumoniae
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Pneumococo resistente à penicilina
1967: primeiro caso de PRSP
(relativamente resistente)-Austrália
1978: primeiro caso de PRSP
(altamente resistente)-África do Sul
1979: 4,5% nos EUA//6% na Espanha
1989: 44% na Espanha//58% na Hungria
1994: 20% nos EUA
1998: >30% nos EUA//15-20% no Brasil
Caso clínico 5
A.C., feminino, 10 meses,
há 2 dias com febre
há 12 horas com
irritabilidade
e 2 vômitos.
Streptococcus pneumoniae
Resistência intermediária a penicilina 22%
Resistência plena a penicilina 5,9%
Resistência a CEF 3 a 2,6%
Resistências codificadas por alteração de
PBP
1A, 1B, 2A, 2B, 2X
PN R 4PBP modificadas (2B)
PN I 3PBP modificadas (2B)
CTX R 2PBP modificadas (2X e 1A)
Caso clínico 5
Ao exame:
Regular estado geral, depletada, chorosa,
opacificação de membrana timpânica
esquerda, hiperemia e abaulamento de
membrana timpânica direita. Fontanela
abaulada, leve rigidez de nuca.
Pulmões: estertores bolhosos à direita
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Caso clínico 5
Caso clínico 5
Exames laboratoriais:
Hb: 12, Leuc: 18.500 (bas 3, neut 80, linf 17);
PCR: 254;
HD: Meningite pneumocócica
+ Pneumonia
RX tórax: condensação à direita.
+ Otite
LCR: Hem: 200 Leuc: 850 (neut 99, linf 1),
Tratamento: Cefotaxima
glic 23, prot 85. Bact: cocos GRAM +
Cefems
Caso clínico 5
Cefalosporinas
1a. geração: cefalotina, cefazolina,
cefalexina
Cultura LCR:
Streptococcus pneumoniae
penicilina
MIC > 2,0
g/ml
Resistente
cefotaxima MIC < 0,25 g/ml
Sensível
vancomicina MIC
Sensível
0,5
g/ml
2a. geração: cefuroxima, cefaclor
3a. geração: cefotaxima, ceftazidima,
ceftriaxona
4a. geração: cefepime
Cefamicinas
2a. geração: cefoxitina, cefotetan
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Cefalosporinas de terceira geração
> potentes contra bacilos gram-negativo
atividade superior contra
Cefalosporinas de terceira geração
atividade moderada contra S. aureus,
exceto ceftazidima
S. pneumoniae (intermediária PN)
contra P. aeruginosa, apenas ceftazidima
S. pyogenes e
Drogas disponíveis no Brasil:
outros estreptococos.
Cefalosporinas de terceira geração
Indicações
infecções por BGN
ambiente hospitalar:
feridas cirúrgicas
pneumonias,
infecções urinárias
ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima,
apresentação parenteral
Cefalosporinas de terceira geração
Indicações
Cefotaxima e ceftriaxona
meningites:
H. influenzae,
S. pneumoniae
N. meningitidis
escolha tratamento de meningites BGN
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Cefalosporinas de terceira geração
Atm
Via
adm.
Dose
adulto
Dose cç
intervalo
Cefotaxima
IV/IM
0,5 a 2g
50 a 200
mg/Kg/dia
4a8h
Ceftriaxona
IV/IM
1,0 a 2 g
50 a 100
mg/Kg/dia
12-24 h
0,5 a 2,0 g
100 mg/Kg/dia
8h
Ceftazidima IV/IM
Streptococcus pneumoniae
WHO, 2007:
1 milhão de crianças < 5 anos morte/ano
Streptococcus pneumoniae
Resistência à penicilina
6, 14, 19 e 23
devido à doença pneumocócica invasiva
Brasil (desde 1999)
2ª causa de MB
10/100.000 crianças < 1 ano
taxa letalidade: 15 a 30%
Streptococcus pneumoniae
Vacina conjugada heptavalente
Redução na incidência de doenças graves
Brasil
sorotipos mais prevalentes (14,1, 6B, 5, 18C, 6A,
3, 23F, 19F, 9V, 4, 19A, 10A)
responsáveis por 74% da doença pneumocócica
invasiva
em crianças e contactuantes
Atua em sorotipos mais resistentes
Alguns não pertencem a sorotipos da vacina
como o sorotipo 19A
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Streptococcus pneumoniae
Vacina conjugada heptavalente
Redução na incidência de doenças graves
Caso clínico 6
Paciente AP, 48 anos, sexo masculino, procurou
atendimento na farmácia por apresentar coriza,
em crianças e contactuantes
dor no corpo, dor de cabeça, náuseas, dor de
Atua em sorotipos mais resistentes
Alguns não pertencem a sorotipos da vacina
garganta e tosse há 8 dias. Negava febre.
como o sorotipo 19A
Streptococcus -hemolíticos
drogas de
1a. escolha
grupos
A, C,G
penicilina
G ou V
grupo B
penicilina
G ou
ampicilina
drogas alternativas
clindamicina, eritromicina,
cefalosporinas, vancomicina,
claritromicina, azitromicina
eritromicina, cefalosporina,
vancomicina
Caso clínico 6
O balconista vendeu um anti-inflamatório e
azitromicina, pois este antimicrobiano
pode ser tomado uma única vez ao dia,
por 3 dias apenas.
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Azitromicina
Macrolídeos
alternativa terapêutica em pacientes alérgicos à
Eritromicina
Claritromicina
Espiramicina
Miocamicina
Roxitromicina
Azitromicina (Azalídeo)
Cetolídeos (Telitromicina)
penicilina, nas seguintes condições:
infecções do trato respiratório por S. pyogenes
pneumonia por S. pneumoniae,
prevenção de endocardite (proced. odontológico)
infecções superficiais de pele (S. pyogenes)
Macrolídeos
Macrolídeos
anel macrocíclico de lactona,
maior estabilidade em meio ácido,
melhor disponibilidade por via oral,
maior duração de efeito,
melhor atividade sobre bactérias intracelular
aumento da concentração intrafagocitária.
ação bacteriostática ou bactericida:
Ligação a um ou mais açúcares
Eritromicina
origem natural
protótipo do grupo
Azitromicina, claritromicina
Somente estas 2 tem uso IV.
depende de concentrações,
tamanho do inóculo e
tipo de microorganismos infectantes.
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Macrolídeos
Macrolídeos
espectro de atividade similar
algumas diferenças:
Azitromicina
maior atividade contra gram-negativos
menor
contra
gram-positivos
que
eritromicina
resistência cruzada com eritromicina.
alternativa terapêutica em pacientes
alérgicos à penicilina
infecções do trato respiratório,
Azitromicina
difere da eritromicina porque no anel de
prevenção de endocardite após procedimento
odontológico,
infecções superficiais de pele,
profilaxia de febre reumática, e
raramente como alternativa para sífilis.
Azalídeos
nova classe de antimicrobianos
modificação do núcleo central da eritromicina
lactona contém um átomo de nitrogênio.
propriedades antimicrobianas e farmacológicas
diferentes
Alguns autores novo grupo: Azalídeos.
núcleo central formado por um anel aglicona
com 15 membros e de nitrogênio na posição 9
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Azalídeos
Azalídeos
nova classe de antimicrobianos
nova classe de antimicrobianos
modificação do núcleo central da eritromicina
modificação do núcleo central da eritromicina
propriedades antimicrobianas e farmacológicas
propriedades antimicrobianas e farmacológicas
diferentes
diferentes
núcleo central formado por um anel aglicona
núcleo central formado por um anel aglicona
com 15 membros e a presença de nitrogênio na
com 15 membros e a presença de nitrogênio na
posição
posição
Azalídeos
nova classe de antimicrobianos
modificação do núcleo central da eritromicina
propriedades antimicrobianas e farmacológicas
diferentes
núcleo central formado por um anel aglicona
Azalídeos
Descrição
Constitui o protótipo desta subclasse dos
macrolídeos
diferencia-se da eritromicina por seu espectro
amplo
sendo capaz de agir contra microrganismos
gram-negativos, e por sua farmacocinética mais
favorável e melhor tolerância.
com 15 membros e a presença de nitrogênio na
posição
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Azitromicina
Nome genérico:
Azitromicina.
Mecanismo de Ação Macrolídeos
Aderência à sub-unidade 50S
inibição translocação do RNAt
inibe prolongamento da cadeia peptídica
Nomes Comerciais
Zitromax, Astro, Azitromin, Azimix, Azitron,
Zitrac, Azitromicil, Clindal-az, Azi, Azidromic,
Azitrax, Azomicin, Azitromin, Zitroneo,
Azitrocin, Azitrogran, Azitronax, Zimicina,
Selimax, Zitril, Tromix, Mazitron,, Zoiprox.
Bloqueio do sítio ativo
do ribossoma por
impedimento estérico.
Uso
Azitromicina
aumentou o espectro de atividade,
nível tecidual sustentado, superior ao nível
sérico
Azitromicina
maior atividade contra bactérias gramnegativas, em particular H. influenzae.
meia-vida tecidual prolongada
maioria enterobactérias intrinsecamente
diminuição da dose durante o tratamento.
resistentes,
não conseguem penetrar na membrana
externa efetivamente.
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Azitromicina
Assim como claritromicina :
profilaxia de febre reumática
alternativa para sífilis.
primeira escolha no tratamento de
pneumonias por bactérias atípicas:
Mycoplasma pneumoniae, Legionella
pneumophila, Chlamydia spp
Azitromicina
Azitromicina
Assim como claritromicina :
tratamento ou profilaxias:
Mycobacterium avium-intracellurae,
H. pylori,
Cryptosporidium parvum,
Bartonella henselae ( pacientes AIDS),
doença de Lyme e T. gondii.
Azitromicina
atividade esquizonticida contra o
alterações são bem mais discretas e
Plasmodium
em menor freqüência.
pode ser utilizada como profilaxia de
Raramente ocorrem reações
Plasmodium falciparum resistente à
alérgicas graves.
cloroquina.
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Azitromicina e a
Claritromicina
> meia-vida:
Azitromicina
eliminada por via hepática,
Azitromicina: dose única
pequena quantidade encontrada urina (75% é
Claritromicina: duas vezes ao dia
eliminada de forma inalterada).
Eritromicina: quatro administrações diárias.
não são conhecidos metabólitos ativos da
< intolerância gástrica que eritromicina
azitromicina.
Caso
clínico 5
O balconista vendu um anti-inflamatório e
azitromicina pois este antimicrobiano pode ser
tomado uma única vez ao dia, por 3 dias
apenas, mas não orientou como o paciente
deveria utilizá-lo. O paciente ingeriu o
medicamento em jejum e no terceiro dia passou
a apresentar queimação no estômago
2008
Marcia Regina Eches Perugini
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Caso
clínico 5
Após 5 dias da utilização da azitromicina o
paciente passou a apresentar secreção
O que pode ter acontecido?
amarelada, dor de cabeça, náuseas
provocada pela secreção na nasofaringe e
muita tosse. Procurou pronto atendimento
onde constatou-se que o mesmo
apresentava sinusite.
Azitromicina
concentrações adequadas em humor
aquoso:
rins,
ouvido médio,
fígado,
seios paranasais,
vias biliares,
mucosa nasal,
pele
amígdalas,
próstata
tecido pulmonar,
pleura,
Resistência
Sinusite
Farmacodinâmica do fármaco
Anti-ácido
Azitromicina
boa penetração tecidual
acumulam-se no interior de algumas células,
principalmente macrófagos.
não têm boa penetração
meninges
tecido ósseo
líquido sinovial.
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Macrolídeos, Lincosamina
Estreptogramina B
Macrolídeos, Lincosamina
Estreptogramina B
Macrolídeos
M: macrolídeos
L: lincosaminas
SB: estreptograminas B
Eritromicina
Azitromicina
Claritromicina
Cetolídeos
(Telitromicina)
Macrolídeo, Lincosamina, Estreptrogramina
primeira vez em 1953
* alteração alvo: gen erm (metilação do
rRNA adenina N6-metiltransferase)
* efluxo ativo : gen mef ou mrs A
enzimas modificadoras: gen ere
Lincomicina
Clindamicina
Estreptograminas
QuinopristinDalfopristin
Aderência à sub-unidade 50S
Mecanismo de Resistência MLSB
Lincosaminas
Mecanismo de Resistência - MLSB
Gene erm (erythromycin ribosome
methylation)
ermA, ermB e ermC
modificação pós-transcricional do sítio alvo via
metilase (porção 23S do RNA ribossômico)
elementos genéticos móveis (transposons em
cromossomo ou plasmídios).
geralmente associados genes tet (tetraciclina)
(esterases, fosfotransferases)
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Caso clínico 5
Foi prescrito amoxicilina-clavulonato por 14 dias,
Amoxicilina- Ácido Clavulânico
Os inibidores de betalactamases, quando em
cloridrato de fenoxifenadina e cloridrato de
associação com antimicrobianos
pseudoefedrina, assim como acetilcisteina. Ao final
betalactâmicos, ligam-se às betalactamases.
do tratamento a secreção clareou e reduziu
Dessa forma, evitam a hidrólise do anel
consideravelmente. A tosse e a dor de cabeça
desapareceram.
Amoxicilina - ácido clavulânico
betalactâmico e potencializam sua
atividade.
Amoxicilina - Ácido clavulânico
absorvidos rapidamente pelo trato digestivo.
meia-vida de aproximadamente uma hora
ligação protéica baixa (18 e 25%)
rápida penetração na maioria dos tecidos e
líquidos extravasculares, incluindo líquidos
excelente atividade contra S. aureus e
anaeróbios produtores da ß-lactamases
ativo contra H. influenzae e Moraxella
catarrhalis produtoras de ß-lactamases.
pleural, peritoneal e secreções pulmonares
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