Conheça 10 small caps com possibilidades de

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Conheça 10 small caps com possibilidades de tornarem-se blue chips
Por: Equipe InfoMoney
Colaborou: Thiago Salomão
SÃO PAULO - Por definição, "small caps são ações com pouca liquidez, em geral de companhias
de médio e pequeno portes (porém, não necessariamente de menor qualidade), cuja negociação
caracteriza-se pela descontinuidade", descreve a BM&F Bovespa.
A própria bolsa reúne esses papéis em um índice batizado de SMLL, tendo como objetivo medir o
desempenho dos ativos de modo segmentado. Com volatilidade historicamente superior em relação
às large caps, que dominam o Ibovespa, este tipo de investimento é muito popular em meio a
investidores pessoa física em razão da possibilidade de retornos incríveis em um curto espaço de
tempo.
Mas há alguns fatores que uma small cap precisa ter para valer a aposta, pois, como dito, aplicar no
tal "mico" implica correr riscos acima do normal.
Com essa ideia em mente, consultamos Eduardo Cavalheiro, gestor do fundo de small caps da Rio
Verde Investimentos, Filipe Portella, diretor da Monte Bravo Investimentos, e um executivo de uma
consultoria de investimentos internacional que preferiu manter o anonimato, para apontar 10 small
caps que tem potencial para brilhar e eventualmente se tornarem blue chips no futuro.
Droga Raia (RAIA3) e Drogasil (DROG3)
A recém anunciada fusão entre as redes de farmácias deve gerar ganhos de sinergia da ordem de R$
1 bilhão, uma vez que a Droga Raia possui amplo expertise de crescimento orgânico e a Drogasil
goza do melhor know how de operações de drogarias, unindo assim capacidade de crescimento e
conquista de margens confortáveis.
Brasil Pharma (BPHA3)
A rede de farmácias é encarada como uma consolidadora fora dos grandes centros do eixo sul e
sudeste, apostando na conquista de mercados menos competitivos interior à dentro. A estratégia da
empresa é vista com bons olhos, uma vez que ela entra em um nicho em que há poucas redes e
ganhos de escala reduzidos, podendo exercer margens mais agressivas.
Além disso, a empresa conta com forte caixa gerado pelo IPO (Initial Public Offering) realizado em
junho para realizar aquisições, tendo captado R$ 465,75 milhões.
Amil (AMIL3)
Tida como referência de planos de saúde, a empresa também é encarada com uma consolidadora em
meio à forte competição no setor. Para tanto, a empresa conta com um nível de eficiência cerca de
10% maior do que suas concorrentes, no que tange ao MLR (Medical Loss Ratio) - valor das
receitas de prêmios de seguro de saúde gasto para pagar serviços médicos de conveniados.
Como parte dos serviços contratados é feito em hospitais próprios, ela ganha uma vantagem
operacional que se reflete na margem bruta e no índice de sinistralidade, por exemplo, os melhores
da indústria.
Qualicorp (QUAL3)
Ainda no setor de saúde, a Qualicorp entra como uma empresa diferenciada, pois possui um serviço
quase que único neste segmento. Em linhas gerais, a empresa oferece seguros saúde individuais
para grandes grupos profissionais, dividindo a gestão do atendimento com as operadoras de planos
de saúde.
Com isso a empresa tem atraído grandes classes de profissionais para sua carteira, permitindo
ganhos de escala que inibem a entrada e fortalecimento de concorrentes. Além disso, a empresa
oferece um modelo que acompanha o atendimento dos pacientes, buscando acelerar os diagnósticos
e reduzindo o tempo de tratamento e consequentemente os custos.
OdontoPrev (ODPV3)
Outra voltada para o segmento de saúde, a empresa de planos de saúde odontológica já vem
demonstrando potencial para se tornar uma blue chip desde sua abertura de capital no final de 2006.
De lá pra cá, as ações da companhia acumulam valorização na faixa dos 400%.
Com bastante exposição ao bom momento da economia brasileira - com emprego estável e maiores
níveis de renda, a população acaba tendo condições de buscar itens que não faziam parte do seu
cotidiano, como o caso dos planos de saúde dental -, a Odontoprev ainda pode absorver mais
ganhos de sinergia com a integração com a Bradesco Dental.
O CEO (Chief Executive Officer) da empresa, Randal Zanetti, prevê que as duas companhais
consolidem a união de suas operações no começo de 2013. Vale mencionar que o diretor de relações
com investidores, José Pacheco, disse à InfoMoney TV durante a Expomoney 2011 que novas
aquisições não estão descartadas.
Cremer (CREM3)
A Cremer é mais small cap com atuação voltada para o setor de saúde, fornecendo produtos para as
áreas de primeiros socorros, cirurgia, tratamento e higiene. Com posição consolidada no segmento,
a empresa vem buscando ampliar seu market share, já tendo realizado quatro aquisições em 2011.
Por conta da elevação na alavancagem por conta dessas compras, analistas esperam que a Cremer
concentre seus esforços na integração dessas companhias no curto prazo.
BR Properties (BRPR3)
Após anunciar a fusão de portfólio com a WTorre Properties e passar a contar com um parceiro de
peso como BTG Pactual, a empresa conta com caminho livre para se tornar a principal
consolidadora do setor de real estate no País.
Com a operação, a empresa praticamente dobrou seu portfólio e agora terá presença consolidada em
boa parte do território nacional, mas não alterará seu foco, que permanecerá em escritórios, centros
de logística, galpões industriais e grandes lojas de varejo.
Marcopolo (POMO4)
A companhia com sede no Rio Grande do Sul tem a competência do seu management reconhecida e
respeitada no mercado. Transparente e bem gerida, tem potencial de expansão diretamente ligado ao
sucesso de suas operações fora do Brasil, com unidades frutos de joint-ventures de sucesso na Índia,
Rússia e África do Sul, dentre outros países.
Randon (RAPT4)
Também gaúcha de Caxias do Sul, a companhia de implementos rodoviários conta com um modelo
de produção verticalizado diferenciado em relação ao mercado como grande trunfo, além de
caminhar para a expansão global a exemplo de sua vizinha.
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