medidas preventivas de disseminação de - HUCFF

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2- ÁLCOOL GEL
O uso do álcool gel, friccionando as mãos com a mesma técnica (Fig. 1)
da lavagem das mãos, entre um paciente e outro, é prática altamente
eficaz na redução da microbiota transitória das mãos.
O uso do álcool gel substitui a lavagem de mãos, desde que estas não
estejam visivelmente sujas.
3- LUVAS
7- BOTAS
nas situações com indicação de precauções padrão
ou básicas.
Utilizados para proteção das pernas
e dorso dos pés, quando expostos em
procedimentos
que
possibilitem
respingo de fluidos orgânicos, ou
durante a limpeza do ambiente.
Fig. 21
Fig.
8- QUARTO PRIVATIVO
Indicado para pacientes com patologias de transmissão pelo
ar/aerosol (tuberculose, varicela, sarampo) ou VRE e KPC. A
porta deve permanecer sempre fechada, mesmo quando o
paciente está ausente do quarto.
Fig. 3
Luvas (Fig. 2) são utilizadas para impedir a contaminação das mãos
quando em contato com fluidos orgânicos, mucosa, pele não íntegra,
para reduzir a transmissão de patógenos, de pacientes para profissionais
de saúde e entre pacientes e nos procedimentos de higiene e limpeza
do ambiente (Fig. 3).
As luvas devem ser trocadas após a manipulação de cada paciente e as
mãos lavadas após sua retirada.
4- MÁSCARAS
Fig.
Fig. 43
Fig. 5
Usadas durante atividades com risco de respingos de material orgânico
em mucosas nasal, oral e durante contato com pacientes portadores de
doenças transmitidas por gotículas ou pelo ar.
As máscaras utilizadas em precauções podem ser de dois tipos: as
cirúrgicas (Fig. 4) e as com proteção para micropartículas (Filtro PFF2 Fig. 5), chamadas de respiradores. As máscaras cirúrgicas são eficientes
nas precauções de patologias transmitidas por gotículas. As máscaras
com proteção para micropartículas são utilizadas na prevenção de
transmissão aérea (partículas em suspensão - aerosol).
5- ÓCULOS
Utilizados durante procedimentos que
possam gerar respingos de material
orgânico e atingir a conjuntiva ocular.
6- CAPOTE
O capote (Fig. 2) é utilizado para prevenir a contaminação das roupas e
da pele dos profissionais de saúde, quando há risco de exposição a
material orgânico. Também são utilizados durante cuidado de pacientes
em precauções de contato. Neste caso devem ser retirados com técnica
adequada após o uso, para não contaminá-los.
CATEGORIAS DE PRECAUÇÃO
1- Precauções Padrão ou Básicas ⇒ Indicadas para todos os
pacientes, independente do seu diagnóstico suspeito ou
confirmado. Aplicam-se ao contato com pele não íntegra e
mucosa, sangue e todos os fluidos corporais, secreções,
excreções. Compreendem: o uso de luvas, capote
impermeável, máscaras e óculos de proteção. Os cuidados
dispensados aos materiais pérfuro-cortantes encontram-se
dentro desta categoria.
Termômetros e estetoscópios devem sofrer desinfecção com
álcool a 70% desinfectante entre pacientes.
Para exames de radiologia (radiografia no leito), o chassi
deve ser protegido com plástico ou fronha entre pacientes.
Trocar a proteção após cada exame.
2- Precauções Específicas ⇒ São baseadas no mecanismo
de transmissão das doenças. Estas precauções devem ser
adotadas a partir da suspeita ou confirmação diagnóstica,
dividem-se em três tipos:
2.1- Precauções de Disseminação Aérea (PA)
Indicadas em patologias transmitidas pelo ar.
É obrigatório o uso de máscara com filtro (Fig. 5), colocá-la
antes de entrar no quarto.
É obrigatório o quarto privativo, com porta fechada.
Quando transportado, o paciente deve usar máscara
cirúrgica (Fig. 4).
Não utilizar capote, óculos, luvas, exceto nas situações com
indicação de precauções padrão ou básicas.
2.2- Precauções de Disseminação por Gotículas (PG)
Indicadas em patologias transmitidas por gotículas.
Usar máscara cirúrgica (Fig. 4) ao aproximar-se do paciente
à distância ≤ a 1 metro.
Quando o quarto privativo não é disponível, a distância
entre o paciente infectado e os outros pacientes deve ser
no mínimo de 1,20m.
Quando necessitar sair do quarto, o paciente deve utilizar
máscara cirúrgica.Não utilizar capote, óculos, luvas, exceto
2.3- Precauções de Disseminação por Contato (PC)
Indicadas em patologias transmitidas pelo
contato.
Utilizar luvas, não estéreis, quando manusear o
paciente ou mobiliário. Retirá-las antes de deixar o
quarto e lavar as mãos.
Utilizar capote limpo, não estéril, de mangas
longas, quando houver a possibilidade de contato
corporal com o paciente ou mobiliário. Removê-lo
antes de sair do quarto com técnica adequada.
Observações:
Materiais de uso com o paciente, tais como
aparelho de pressão, termômetro, estetoscópio
devem ser individuais. Caso isto não seja possível,
estes materiais devem ser desinfetados com álcool a
70% desinfectante antes de serem usados em outro
paciente.
Recomendamos a limpeza e desinfecção diária da
unidade (mobiliários e equipamentos) de pacientes
em precauções de contato.
Os aparelhos de diagnóstico por imagem, como
ultrassom e ecocardiograma devem seguir as rotinas
descritas a seguir para os pacientes internados nas
unidades
críticas
ou
com
bactérias
multirresistentes:
-
Envolver
o
transdutor
com
filme
transparente.
Vestir capote e luvas não estéreis.
Posicionar o paciente para o exame.
Retirar a luva da mão que manipulará o
teclado.
No fim do exame lavar as mãos com água
e sabão ou usar álcool gel.
As medidas de precauções específicas (PA, PG,
PC) devem ser utilizadas sempre em associação com
as precauções básicas (PB). Uma patologia pode ter
diferentes mecanismos de transmissão, portanto
necessitando de dois tipos de precauções
específicas.
A seguir estão relacionadas as tabelas com as
infecções mais freqüentes, as precauções a serem
adotadas e a duração destas medidas:
Tabela I - Doenças infecciosas que necessitam de Precauções
Específicas associadas a Precauções Básicas.
Doenças
Precaução
Tabela II - Síndromes clínicas com indicação para
Precauções Específicas até confirmação do diagnóstico
Duração das medidas
Síndrome
PC
Até melhorar drenagem
Meningites
Conjutivite viral
PC
Duração do quadro clínico
Colite por Clostridium
difficile
PC
Duração do quadro clínico
Coqueluche
PG
Até 5 dias de tratamento
Caxumba
PG
Até 9 dias após o início do
aumento das parótidas
Até término do antibiótico e
após duas culturas negativas de
oro
ou
nasofaringe
com
intervalo de 24 horas entre elas
Abscesso ou celulite com
drenagem abundante
Difteria
PC, PG
Epiglotite por Haemophilus
influenzae
PG
Até 24 horas de tratamento
Escarlatina
PG
Até 24 horas de tratamento
PC
Duração do quadro clínico
PA, PC
Duração do quadro clínico
Herpes simples
mucocutânea, disseminado
ou primário severo
Herpes Zoster disseminado
ou qualquer apresentação
em imunodeficiente
Impetigo
PC
Até 24 horas de tratamento
com antibióticos
Influenza (gripe)
PG
Duração do quadro clínico
Infecção por vírus
respiratória sincicial em
crianças e adultos
imunodeficientes
PC
Duração do quadro clínico
Menigococcemia
PG
Até 24 horas de tratamento
Meningite por Neisseria
meningitidis, Haemophilus
influenzae
PG
Até 24 horas de tratamento
Pediculose
PC
Até 24 horas de terapia efetiva
Pneumonia por
Mycoplasma pneumoniae
Pneumonia por
Haemophilus influenzae
em crianças ≤ 4 anos
PG
Duração de quadro clínico
PG
Até 24 horas
Rubéola não congênita
PG
Sarampo
PA
Tuberculose pulmonar ou
laríngea
PA
Até 7 dias após o início do
exantema
Até 7 dias após o início do
exantema
Paciente em tratamento, com
03 BAAR consecutivos negativos
no
escarro
espontâneo,
coletados em dias diferentes,
ou 01 BAAR negativo de escarro
induzido
ou
de
lavado
broncoalveolar.
Varicela
PA, PC
Até todas as lesões se tornarem
crostas
Precauções
PG
MEDIDAS PREVENTIVAS PARA
DISSEMINAÇÃO DE MICRORGANISMOS NO
AMBIENTE HOSPITALAR
CCIH – HUCFF - UFRJ
Exantemas Generalizados
Petequial/equimótico com febre
Vesicular
Maculo-papular com coriza e febre
PG
PA, PC
PA
Infecções Respiratórias
Pacientes com AIDS (diagnóstico clínico confirmado ou
não por exame sorológico) - presença de
sintomatologia respiratória e/ou presença de
alteração do parênquima pulmonar de qualquer
natureza, observada no exame radiológico do tórax.
Pacientes sem AIDS
(incluindo o portador
assintomático do HIV) - imagem de hipotransparência
no terço superior do pulmão ou no segmento 6, com
ou sem cavitação, ou ainda presença de infiltrado
miliar, observados no exame radiológico do tórax.
OBS: Entrar em contato com o Programa de Controle de
Tuberculose Hospitalar (ramal 2402).
TIPOS DE TRANSMISSÃO
PA
PA
Infecção por Microrganismo Multirresistente
Pacientes com isolamento de MRSA ou reinternados
com história de infecção ou colonização prévias por
MRSA
Objetivo: Impedir a disseminação de um agente
infeccioso do paciente, infectado ou colonizado,
para outros indivíduos.
A disseminação de infecção dentro do hospital
depende de três elementos: uma fonte de
microrganismo infectante, um hospedeiro suscetível
e um meio de transmissão de microrganismo.
PC
Pacientes com isolamento de VRE ou reinternados
com história de infecção ou colonização prévias por
PC
VRE
OBS: Na identificação de bastonetes Gram negativos
multirresistentes, aguardar a CCIH para discutir a necessidade de
isolamento de contato.
1. Contato Direto - com a superfície corporal, com
transferência do microrganismo entre o paciente
infectado ou colonizado e o indivíduo suscetível.
2. Contato Indireto - através da transferência do
microrganismo de um objeto contaminado ou
ambiente para um indivíduo suscetível.
3. Por Gotículas - São produzidas através da fala,
tosse, espirro e durante a realização de alguns
procedimentos, tais como: aspiração traqueal e
broncoscopia. A transmissão ocorre através de um
contato muito próximo (≤ 1 metro) entre a fonte
de infecção e o indivíduo suscetível.
4. Pelo ar - Ocorre por disseminação de
micropartículas infectantes (≤ 5 µm) evaporadas de
gotículas e mantidas em suspensão.
BARREIRAS DE TRANSMISSÃO
1- Lavagem das mãos
Fig. 1
Atualizado em 2011/2012
CCIH Responde
E-mail: [email protected]
É a medida mais eficaz para evitar a transmissão
de um microrganismo de um paciente a outro e
de um sítio para outro no mesmo paciente.
A técnica correta da lavagem das mãos é
fundamental como é mostrada na figura acima. A
lavagem das mãos com antisséptico é recomendada
em: prestação de cuidados a pacientes críticos ou
imunossuprimidos
(CTI,
UI,
Unidade
de
transplantados); prestação de cuidados a pacientes
portadores de microrganismos multirresistentes.
• O álcool gel é um anti-séptico que deve substituir
a lavagem das mãos, ver a seguir.
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