OCORRÊNCIA DE METACERCÁRIAS DE Austrodiplostomum compactum (LUTZ, 1928) (DIGENEA, DIPLOSTOMIDAE) PARASITANDO O CÉREBRO E OLHOS DE Cichla Ocellaris BLOCH & SCHNEIDER, 1801 PROVENIENTES DO RIO JACARÉPEPIRA, ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL Felipe Freitas Januário(1); Lucas Aparecido Rosa Leite(2); Vanessa Doro Abdallah(3); Rodney Kozlowiski de Azevedo(3) Graduando em Ciências Biológicas – Universidade do Sagrado Coração – USC Bauru/ SP, Rua Irmã Arminda, 10-50, 17011-160 - [email protected] (2) Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental – Universidade do Sagrado Coração – USC Bauru/SP (3) Docente – Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação – Laboratório de Ictioparasitologia, Universidade do Sagrado Coração – USC Bauru/SP (1) Apoio Financeiro: Fundação do Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP Comitê de Ética em Pesquisa: CEUA/USC 3295230615. Eixo Temático: Meio Ambiente Introdução: Cichla ocellaris Bloch & Schneider, 1801 conhecido popularmente como tucunaré, é um peixe de tamanho médio, endêmico dos rios da Amazônia e introduzido em diversas bacias pelo continente. Por ser um predador muito voraz, é considerado símbolo da pesca esportiva no Brasil e também usado para subsistência de famílias que dependem da pesca para sobreviver. O rio Jacaré-Pepira, pertencente à bacia do médio Tietê, possui cerca de 174 km de extensão desde sua nascente até a sua foz no rio Tietê, na cidade de Ibitinga-SP. Apesar de possuir uma grande riqueza de espécies de peixes, os estudos parasitológicos neste rio ainda são escassos, não havendo trabalhos publicados com nenhuma espécie de hospedeiro. Objetivos: Por esta razão o presente estudo busca fazer um levantamento de digenéticos que fazem parte da fauna parasitária de C. ocellaris. Metodologia: Foram analisados 30 espécimes de C. ocellaris coletados por redes de emalhar de diferentes malhas no rio Jacaré-Pepira, na cidade de Ibitinga-SP. Resultados: Os peixes tiveram comprimento padrão e peso médios de 25,6 ± 3,3 cm e 489,6 ± 187,6 g, respectivamente. Os olhos, cérebro e órgãos internos do hospedeiro foram examinados sob um microscópio estereoscópico para a coleta dos parasitos. Após coletados, os parasitos foram fixados e armazenados em álcool 70 ° GL, e posteriormente alguns foram corados com carmim para a montagem entre lâmina e lamínula para e posterior identificação. Foram coletadas um total de 118 metacercárias de Austrodiplostomum compactum, que apresentaram prevalência em 73% dos hospedeiros e abundância e intensidade médias de 3,93 ± 0,19 e 5,13 ± 0,21, respectivamente. Conclusão: O parasitismo por A. compactum pode provocar cegueira e vários distúrbios neurológicos no peixe provocando até sua morte. Palavras-chave: Cichla ocellaris. Digenéticos. Rio Jacaré-Pepira. Universidade do Sagrado Coração Rua Irmã Arminda, 10-50, Jardim Brasil – CEP: 17011-060 – Bauru-SP – Telefone: +55(14) 2107-7000 www.usc.br 12