Roda de Conversa 1 – Bolsa Família no SUS ATIVIDADE DE REAPROVEITAMENTO ALIMENTAR COM UM GRUPO DE MÃES BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA EM UMA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA (USF) DE JOÃO PESSOA-PB 1 2 3 Ailma de Souza Barbosa , Verônica Ebrahim Queiroga , Maria Betânia de Morais , Denise 4 5 Oliveira da Silva , Patrícia Vasconcelos Leitão Moreira João Pessoa/Paraíba [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: Saúde é um bem apreciado pelos membros das famílias de camadas populares, sendo a mulher o principal agente de cuidados e os mesmos redobrados quando se trata das crianças, o que se expressa também em maior procura dos serviços de saúde. Tendo em vista que mães são responsáveis pela alimentação da criança e que muitas delas são beneficiárias do Programa Bolsa Família, foi observada necessidade de realizar atividade de educação em saúde para esse público-alvo a fim de estimular hábitos alimentares saudáveis e melhor aproveitamento dos alimentos. OBJETIVO: Relatar atividade de reaproveitamento alimentar com grupo de mães beneficiárias do Programa Bolsa Família na USF Timbó I- João Pessoa/PB. METODOLOGIA: Foram realizadas duas oficinas semanais utilizando metodologias ativas para facilitar a interação entre participantes. Atividade foi iniciada com conversa informal sobre alimentação saudável, higienização dos alimentos, cuidados na preparação e armazenamento. Posteriormente, foi demonstrado que é possível ter alimentação saudável, rica em nutrientes com baixo custo, através da preparação de receitas utilizando-se alimentos regionais em preparações diferentes, em alguns casos, o alimento na sua forma integral. Como alimento integral foi utilizado à casca da banana principal ingrediente na preparação da massa do bolo e para acompanhamento um saboroso suco das folhas do vegetal couve junto com suco de maracujá e limão, rico em vitaminas e minerais. No segundo dia da atividade foi preparado salada tropical e suco de abacaxi com hortelã, receita escolhida para estimular o consumo de frutas e verduras pelos usuários. Nesta receita, houve associação de alimentos de sabores e cores diferentes, fornecendo, além do sabor agridoce, um belo visual proporcionado pela variedade dos ingredientes: tomate, abacaxi, cebola, limão, sardinha e banana. A casca do abacaxi que sobrou do abacaxi utilizado na salada tropical foi reaproveitada como principal ingrediente na sua forma integral para o suco junto com folhas de hortelã. Ao final os participantes puderam degustar as receitas preparadas e expressar sua opinião sobre os conhecimentos adquiridos na atividade e inclusão das receitas no cotidiano da família. RESULTADOS ALCANÇADOS: Foi possível proporcionar aos participantes preparar receitas de forma inteligente, sem desperdício, com alto valor nutritivo, baixo custo, aproveitando todas as partes dos alimentos, inclusive o que normalmente é dispensado como caule, talos, cascas, folhas e sementes, considerando conceitos adequados de preparo, consistência, quantidades ideais das refeições e opções de diversificação alimentar contemplando necessidades nutricionais dos indivíduos. Troca de conhecimentos entre profissionais, usuários e estudantes, promoveu reflexão sobre hábitos alimentares, descoberta de novas utilizações de alimentos nutritivos, saudáveis, como também reaproveitando dos alimentos na sua forma integral. Acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família pela saúde: como fazer diferente? 1 2 Ana Alice Almeida Santos Rocha , Fernanda Cristina Cavalcanti Rabello Wanderley , Sémares 3 Genuíno Vieira Recife, PE [email protected] Resumo O Programa Bolsa Família (PBF) vincula o recebimento do auxílio financeiro ao cumprimento de condicionalidades nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social com a finalidade de promover o acesso das famílias aos direitos sociais básicos. A Equipe de Saúde da Família (ESF), em especial, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) é fundamental no acompanhamento dessas condicionalidades a partir da oferta de ações de promoção da saúde, de alimentação saudável e no incentivo à participação das famílias nessas ações. Recife é divido em seis distritos sanitários (DS) e vem obtendo uma média de 23% de acompanhamento pelo setor saúde. O DS I apresentou nos últimos dois anos média de 53,7% de acompanhamento, superando o índice municipal. Na segunda vigência de 2011, o DS I teve 32,1% de famílias acompanhadas. Esta redução foi o que motivou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família Capibaribe (NASF), a partir de uma experiência prévia, a implantar o projeto piloto no DS I, que propõe o caminho inverso no acompanhamento das condicionalidades pelas ESF, tendo como objetivos elevar o percentual de acompanhamento dos beneficiários do PBF pelos ACS nas micro-regiões 1.2 e 1.3, bem como informar às famílias a importância do cumprimento das condicionalidades para a melhoria das condições de saúde e nutrição. A ação iniciou-se com o matriciamento dos ACS por ESF para mobilizá-los a realizar um levantamento das famílias de acordo com sua atual residência, sem se deter aos endereços que constam no cadastro, como era feito até o presente momento, visto que, os mesmos, em sua maioria, são desatualizados. O levantamento consistiu na obtenção do nome completo e do Número de Identificação Social (NIS) do responsável pelo cadastro por micro área. A partir dos dados obtidos, as famílias passaram a ser vinculadas no Sistema de Gestão do PBF ao ACS de referência, o que possibilitou a reorganização da impressão dos mapas de acompanhamento. Todos os ACS receberem os mapas com suas respectivas famílias e mobilizaram as mesmas a comparecerem a Unidade de Saúde da Família para realizar avaliação antropométrica (peso e altura), verificar a situação vacinal para os menores de 7 anos e orientar as gestantes sobre a importância do cumprimento do pré-natal. Após o prazo estipulado, os mapas foram devolvidos ao setor responsável para alimentação do Sistema de Gestão do PBF. A análise dos dados revelou que na 1ª vigência 2012 o índice de famílias acompanhadas foi de 56,4%, o que representa um aumento de 75,7%, quando comparado a última vigência de 2011 (32,1%). Considerando a relevância dos dados, sugere-se que a metodologia aplicada foi eficaz e possível de ser reproduzida nos demais distritos do município. A ampliação do acompanhamento das famílias pelas ESF resulta em melhoria dos indicadores de saúde, visto que as condicionalidades geram ações de promoção e prevenção da saúde, fortalecendo a atenção básica. INICIATIVAS INTERSETORIAIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA 1 2 Maria Janaína Cavalcante Nunes , Denise Borges Barra de Azevedo , ANGÉLICA 3 4 RODRIGUES FAGUNDES , Rafaela Alves Silva 3 Coordenação de Vigilância Nutricional/ GVEDNT/SUVISA/SES-GO , - Coordenação de 4 Vigilância Nutricional/ GVEDNT/SUVISA/SES-GO , - Coordenação de Vigilância Nutricional/ 5 GVEDNT/SUVISA/SES-GO , - Secretaria de Cidadania e Trabalho de Goiás [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: O Programa Bolsa Família (PBF) objetiva a inclusão social das famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, por meio da transferência de renda com condicionalidades na saúde, educação e assistência social. Utiliza o cadastro único para a seleção das famílias. Na 1ª vigência/2005, ano de implantação do programa a cobertura das famílias totalmente acompanhadas pelas equipes de atenção primária à saúde foi 1,03% (1.286), enquanto na 2ª vigência/2011 a cobertura foi 71,11% (180.875), resultando em um aumento de 70,08%. OBJETIVO: Elencar as causas do avanço na cobertura do PBF na Saúde em Goiás. METODOLOGIA: Foi realizado um levantamento das ações desenvolvidas em Goiás pela equipe da Coord. de Vigilância Nutricional responsável pelo PBF na Saúde no período de julho de 2005 (início da 2ª. vigência) a dezembro de 2011 (final da 2ª.vigência) e parceiros, tais como: Coord. Estadual do PBF, Coordenação do PBF na Educação, 16 Regionais de Saúde, Ministério da Saúde (CGAN) e SMS de Goiás. Considerou-se registros “formais”, como os relatórios de gestão e de cursos de formação; ofícios e demais documentos encaminhados à Comissão Intergestores Bipartite e SMS; relatórios de auditoria; materiais técnicos e didáticos produzidos e distribuídos. Promoção de Seminários Intersetoriais do PBF; Oficinas de formação e aperfeiçoamento do PBF/Saúde e reuniões semestrais com os profissionais das regionais de saúde e municípios com baixa cobertura; Envio de relatórios eletrônicos semanais e ofícios semestrais constando a cobertura de todos os municípios e regionais de saúde; Custeio das ações de saúde pelo Ministério da Saúde e ações intersetoriais custeadas pelo IGDE. RESULTADOS ALCANÇADOS: Ao analisar os registros e impressões obtidas a partir do desenvolvimento das atividades, detectou-se que existem profissionais de saúde, não exclusivos do programa em sua maioria, responsáveis pelo desenvolvimento desta atividade no Estado, regionais e municípios; existência de integração intersetorial do trabalho nas áreas de saúde, educação e assistência social em âmbito estadual e na minoria dos municípios; Integração de conteúdos tradicionalmente abordados na atenção primária com o tema bolsa família na saúde, a exemplo dos estudos de caso reais utilizados nas oficinas de educação alimentar e nutricional e Seminários Intersetoriais do PBF obtidos à partir de registros do Sistema de Condicionalidades; elaboração, impressão e distribuição de materiais técnicos e educativos. Existem ainda vários desafios, como: ampliação na força de trabalho, melhoria na cobertura das famílias acompanhadas e na qualidade da atenção prestada, que dependem de qualificação dos profissionais atuantes e reestruturação das “Salas de crescimento e desenvolvimento” e ações voltadas para a “Saúde da mulher”; oferta de ações de educação em saúde mais eficazes e com metodologias adequadas à população; fortalecimento da gestão intersetorial das condicionalidades do PBF. PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE CRIANÇAS DE 6 MESES A 6 ANOS E 11 MESES BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA ATENDIDAS EM UMA UNIDADE MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELÉM-PA NO ANO DE 2010 1 2 DÉBORA CELESTE CUNHA SANTA BRIGIDA , ANA MARIA GONÇALVES NASCIMENTO , 3 4 5 Celeste Alves Moura , Adriana Simões Simões , Izabella Syane Oliveira Pereira UNIDADE DE SAÚDE DA CONDOR, BELÉM - PARÕ [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) é um instrumento para obtenção de dados de monitoramento do Estado Nutricional das pessoas que frequentam as Unidades Básicas do SUS. O objetivo é avaliar o perfil nutricional de crianças (de 6 meses a 6 anos e 11 meses) beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) atendidas em Unidades Básica de Saúde do Município de Belém-PA, em 2010. METODOLOGIA: Estudo transversal prospectivo utilizando dados do SISVAN. A população de estudo foi composta de crianças beneficiárias do PBF atendidas em UBS, em 2010. Para avaliação do estado nutricional foi utilizado o Índice de Massa Corporal para idade. Para análise estatística foram aplicados métodos estatísticos descritivos e inferências. RESULTADOS: A avaliação antropométrica foi realizada em 350 crianças. A Tabela 01 mostra que a maior parte apresentou algum tipo de inadequação em relação ao Índice de Massa Corporal: 0,57% apresentavam peso muito baixo; 6,28%, baixo peso; 9,0%, risco nutricional; 73,1%, eutróficos e 10,28% obesidade. CONCLUSÃO: A situação é preocupante, pois 26,13% do grupo apresentaram IMC/idade inadequado. Isso ratifica a necessidade de implementar ações voltadas ao estímulo do consumo de alimentação saudável na infância, como forma de prevenir problemas de saúde e nutrição, principalmente beneficiários do PBF que tem que cumprir algumas condicionalidades, como participar de consultas na Unidade Básicas de Saúde, ao menos 2 vezes por ano, conforme o calendário mínimo do Ministério da Saúde. Tabela 01- Distribuição percentual do diagnóstico nutricional de crianças de 6 meses a 6 anos e 11 meses, de acordo com os critérios do SISVAN. Belém¬, PA,2010. Classificação N° % Peso muito baixo 2 0,57 Peso baixo 22 6,28 Risco nutricional 32 9,00 Normal 258 73,71 Sobrepeso 36 10,28 TOTAL 350 100% Distrib Distribuição percentual do diagnóstico nutricional de crianças de 6 meses a 6 anos e 11 meses, de acordo com os critérios do SISVAN. Belém-PA,2010. uição percentual do diagnóstico nutricional de crianças de 6 meses a 6 anos e 11 meses, de acordo com os critérios do SISVAN. Belém-PA,2010. REFERÊNCIAS: Ministério da Saúde (Brasil), Vigilância alimentar e nutricional: SISVAN. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde. Norma técnica. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Ministério da Saúde (Brasil), Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição - CGAN. Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. Disponível em: http://nutricao.saude.qov.br/sisvan.php. Acesso em: 05/fev./2011. PERFIL ALIMENTAR E NUTRICIONAL DAS MULHERES BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA COM ÊNFASE NOS FATORES DE PROTEÇÃO E RISCO PARA DOÊNÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 1 2 EMANUELA CATUNDA PERES , MARIA SOCORRO CARNEIRO LINHARES , CÁSSIA DE 3 ANDRADE ARAÚJO SOBRAL-CEARÁ [email protected] Resumo INTRODUÇÃO O perfil de morbimortalidade do brasileiro vem se modificando ao longo do tempo e, caracteriza-se por uma redução da ocorrência de doenças infecciosas e um concomitante aumento de doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes mellitus e hipertensão arterial, respondendo por 72% das mortes atuais em todo o mundo. Entre os fatores de riscos para essas doenças, a obesidade se constitui como uma importante associação. Nesse cenário, realizou-se uma pesquisa no município de Sobral, Ceará, sobre perfil epidemiológico das mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) do referido município, com ênfase nas práticas de atividade física/corporais e hábitos alimentares enquanto fatores de proteção/risco para as doenças não transmissíveis (DCNT). OBJETIVO. O estudo objetivou a identificar a prevalência de excesso de peso e obesidade e relacionar a freqüência de consumo dos tipos de alimentos consumidos pelas mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF). METOLOGIA. O estudo foi exploratório e descritivo, de abordagem quantitativa. Foram pesquisadas um universo de 897 mulheres beneficiarias do referido programa na faixa etária de 20 a 45 anos. As principais categorias analisadas no estudo foram a escolaridade, o estado nutricional e o consumo alimentar com base no formulário do SISVAN Web, incluindo motivos. Para tabulação dos dados utilizou-se o sistema SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) e os resultados apresentados em tabelas e gráficos. RESULTADOS. A prevalência das mulheres do estudo com excesso de peso chega 64,3% e como obesidade 29,4%. Estas taxas, quando comparadas com as encontradas no VIGITEL em 2010, estão bem acima (44,3% e 15,5%, respectivamente). As mulheres com excesso de peso e sobrepeso, 20,70% consideram sua alimentação boa e 41,77% avaliaram sua alimentação como boa, porém reconhecem que precisa melhorar. Na investigação dos marcadores de padrão alimentar saudável, verificou-se, entre todas as estudadas, o consumo de alguns alimentos em cinco ou mais dias da semana, se distribuiu da seguinte maneira: frutas e hortaliças atingiu 28,6%, próximo resultado alcançado no VIGITEL (29,9%) e feijão 80,8%, bem mais elevado também do que nesse estudo(66,7%). No marcador de fator de risco alimentar, o consumo de refrigerante chega a 6,76% das mulheres. Esta taxa é bem menor do a encontrada pelo VIGITEL(28,1%). Portanto foram repassadas as informações do padrão de consumo alimentar e estado nutricional para os profissionais de saúde da atenção básica, onde foram elaboradas estratégias tais como : teatro de rua, roda de conversa e educação alimentar acerca do tema. MONITORAMENTO DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE ZERO A SETE ANOS BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO PERÍODO DE 2008 E 2009 NO MUNICÍPIO DE PAULISTA-PE NANCY DE ARAUJO AGUIAR Paulista,PE [email protected] 1 Resumo INTRODUÇÃO:O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa federal de transferência direta de renda a famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade social,O recebimento da renda é vinculado ao cumprimento de compromissos das famílias com as agendas da educação e da saúde.As famílias do PBF com crianças de 0 a 7 anos devem ser acompanhadas por uma Equipe de Saúde da Família ou pela UBS.A responsabilidade pelo acompanhamento dos beneficiários, no PBF, é competência das Secretarias Municipais de Saúde, realizado mediante utilização do SISVAN. A coleta, o processamento, a análise, a divulgação das informações coletadas devem fazer parte das ações da Atenção Básica, de forma contínua, com vistas a repensar a prática e qualificar a assistência prestada aos usuários diários da rede de saúde. O diagnóstico nutricional.O PBF faz parte da Estratégia Fome Zero e o SISVAN cumpre seu papel à medida que gera dados contínuos permitindo a utilização local das informações sobre o perfil nutricional para a estruturação do planejamento local das ações de alimentação e nutrição.Portanto, é de fundamental importância conhecer e divulgar situação nutricional das crianças de zero a sete anos beneficiárias do Programa Bolsa Família acompanhadas pela Atenção Básica do município.OBJETIVOS:O presente estudo tem como objetivo analisar o perfil do estado nutricional de crianças de zero a sete anos beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) acompanhadas pelo setor saúde do município de Paulista, no período de 2008/2009, utilizando o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) como base para o planejamento das ações de alimentação e nutrição do município.Metodologia:As informações foram obtidas dos relatórios SISVAN.A população estudada foi de crianças de zero a sete anos beneficiárias do Programa Bolsa Família,sendo 4.192 crianças em 2008 e 2.508 em 2009.Classificação do estado nutricional baseada(A/I),(P/I)e(IMC/I).Os dados foram processados e analisados no Epi-info versão 6.04 utilizando-se a diferenças de proporções e tendo o teste do qui-quadrado como medida de associação com nível de significância estatística de 5%.Resultados:Segundo P/I foi encontrado, para os anos estudados, déficit ponderal em 3,15% e 3,43% e peso elevado em 9,57% e 10,9%, respectivamente. Em relação a A/I foi verificado déficit estatural de 6,37% em 2008 e 6,74% em 2009. No que se refere ao IMC/I, em 2008 e 2009, foi detectada magreza em 5,2% e 5,3%, sobrepeso em 25% e 24,7% e obesidade em 5,8% e 6,7%, respectivamente. Os dados mostraram a coexistência de desnutrição e de sobrepeso e obesidade sendo este último em proporção maior.Os resultados sugerem que o benefício do PBF pode ser um importante fator na proteção contra a má nutrição ,no entanto deve ser aliado a ações de educação nutricional com vistas à alimentação saudável voltada ao consumo com respeito à alimentação regional. Pactuação dos Indicadores Nutricionais para a redução da desnutrição a partir das Condicionalidades da Saúde do Programa Bolsa Família (PBF). 1 SHEILA BEATRIZ KICH WAGNER Unidade Básica de Saúde de Candelária, RS [email protected] Resumo O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda, com condicionalidades, destinado às famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza que associa a transferência do beneficio financeiro o acesso aos direitos sociais básicos, como a saúde, a alimentação, a educação e a assistência social. A partir da inclusão na Programação Pactuada Integrada (PPI), dos indicadores desnutrição e condicionalidades da saúde, viu-se a oportunidade de integrar as duas ações, visando identificar e reduzir o número de crianças menores de 5 anos com estado nutricional baixo peso para a idade e muito baixo peso para a idade que compareciam nas unidades por demanda espontânea para cumprir as condicionalidades do PBF. Visto que a “desnutrição é uma doença carencial evolutiva, crônica, exclusivamente vinculada à idade da lactância, que sob o denominador comum da fome, afeta especificamente a nutrição e cujo substrato metabólico reside na alteração da função fundamental da célula: o crescimento”. (MARCONDES, 1976: 12). Para a realização da experiência foram avaliadas nutricionalmente em 2010, 1.186 crianças < 5 anos, sendo que destas 42 indivíduos, 3,55% estavam desnutridos, utilizando as variáveis peso/idade com base nos parâmetros da OMS (2006), consolidados a partir do registro mensal no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN Web). Para a redução deste índice intensificou-se a realização de avaliações nutricionais individualizadas para a faixa etária, palestras e oficinas, a investigação prévia de patologias associadas e a aplicação do formulário de marcadores do consumo alimentar do SISVAN. A experiência conduziu o município a reduzir, em 2011, o índice de desnutrição para 2,83 %, 26 indivíduos, e aumentar o percentual de famílias com perfil saúde de 93,73% em 2010 para 95,79% em 2011. A infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades humanas. Dessa forma, a atitude de vigilância em saúde deve ser permanente e rotineira nas Unidades Básicas de Saúde, a fim de, prevenir distúrbios nutricionais de grande impacto em Saúde Pública. Avaliação das condições nutricionais de crianças com base nos dados do SISVAN Web e do benefício do Programa Bolsa Família através da ferramenta do geoprocessamento. 1 Alessandra Monestel , Elisete Navas Sanches Próspero Itajaí/SC [email protected] 2 Resumo INTRODUÇÃO:A nutrição é um processo que tem influência direta nas condições de saúde, sendo a alimentação saudável uma dentre as diversas ações necessárias para a promoção da saúde da população. O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) visa contribuir para a promoção de modos de vida saudáveis além de apresentar dados referentes às condições nutricionais da população assistida pelas Unidades de Saúde dos municípios brasileiros. Aliado a isso, foi criado o Programa Bolsa Família (PBF) para combater a pobreza e ampliar o acesso ao alimento por meio da transferência de renda mínima às famílias submetidas a condições adversas de vida. OBJETIVO: avaliar as condições nutricionais de crianças menores de 5 anos, residentes no município de Itajaí, no período de janeiro a dezembro de 2009, por meio da análise das informações geradas pelo Sistema Informatizado de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN Web) e pelo Programa Bolsa Família através do geoprocessamento. METODOLOGIA: Para tanto, foi realizado um estudo ecológico, cuja amostra foi composta por 3.327 crianças menores de 5 anos cadastradas no SISVAN Web. Os dados do SISVAN Web foram gerados e tratados em planilhas eletrônicas do Excel com a respectiva classificação dos índices nutricionais peso por idade (P/I), altura por idade (A/I) e índice de massa corporal por idade (IMC/I) de cada criança. RESULTADOS ALCANÇADOS: Um dos principais resultados foi a prevalência de déficits ponderais de 3,0% (P/I) e 3,7% (IMC), sendo que dos 3,0% de déficit ponderal em relação a P/I, 0,6% tiveram o diagnóstico de peso muito baixo (desnutrição grave), portanto casos de notificação compulsória no estado de Santa Catarina. No índice A/I, verificou-se 7,4% das crianças com baixa altura, representando um quadro de desnutrição crônica. O peso elevado foi encontrado em 11,4% dos casos em relação ao índice IMC/I. No que se refere às crianças beneficiárias do PBF, destacou-se a preocupante proporção de 12,3% de baixa estatura. As maiores prevalências de baixo peso e peso elevado, em todos os indicadores, estão distribuídas, na maioria, em bairros considerados de baixa condição socioeconômica. Diante dos resultados encontrados, com a ilustração nítida da transição nutricional acontecendo no município, demonstra-se a necessidade e a importância da vigilância nutricional. Constata-se também a necessidade de desenvolver estratégias e encontrar soluções, considerando o diagnóstico nutricional e a heterogeneidade de cada uma das zonas administrativas mapeadas. Roda de Conversa 2 – Vigilância Alimentar e Nutricional PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E GESTANTES REGISTRADAS NO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL, GOIÁS 1 2 3 Anathany Souza Sartes , Maria Janaína Cavalcante Nunes , Rafaela Alves Silva , ANGÉLICA 4 RODRIGUES FAGUNDES Coordenação de Vigilância Nutricional/GVEDNT/SUVISA/SES-GO [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) objetiva traçar o diagnóstico nutricional da população brasileira; identificar as áreas geográficas e grupos populacionais sob risco, avaliando as tendências temporais de evolução dos problemas nutricionais; oferecer auxílio ao planejamento e à execução de medidas para melhoria da situação alimentar e nutricional da população. OBJETIVO: Este relato de experiência visa avaliar os dados de estado nutricional de crianças e gestantes atendidas pelo SUS e registradas no SISVAN do Estado de Goiás. METODOLOGIA: Para análise das informações foram coletados dados do SISVAN em junho/2012, referentes aos anos de 2008 a 2011, sendo que anterior a este período o acompanhamento as informações eram inseridas em sistema off line instalado nos computadores e/ou era manual por meio de preenchimento de planilhas,e posteriormente enviadas à coordenação estadual pelos municípios mensalmente. Foi utilizado o índice peso por idade para crianças de zero a cinco anos, preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 2007 e para gestantes, Índice de Massa Corporal (IMC) por semana gestacional (WHO, 1995). RESULTADOS ALCANÇADOS: No período de 2008 a 2011 foram atendidas pela Atenção Primária à Saúde (APS) e registradas no SISVAN no Estado de Goiás, 280.758 crianças de 0 a 5 anos (70.189,5/ano) e 15.467 gestantes (3.866,75/ano). Do total de crianças atendidas, 11.711 (4,17%) estavam com peso muito baixo ou baixo para idade; 242.582 (86,36%) com peso adequado para idade, e 26.577 (9,46%) com peso elevado para idade. Houve aumento de 0,99% no total de crianças com peso elevado entre os anos de 2008 e 2011. A prevalência de muito baixo e baixo peso para idade variou de 3,87% a 4,14% e a de peso adequado houve um déficit de 87,04% a 85,78%. Em relação às gestantes, 3897 (25,17%) apresentaram baixo peso, 6396 (41,31%) peso adequado, e 5188 (33,51%) apresentaram sobrepeso ou obesidade, e verificou-se um acréscimo de 2,46% de sobrepeso e obesidade nas gestantes, entre o período investigado. O peso baixo e adequado tiveram uma redução de 25,19% para 24,95%, e 42,03% para 39,82%, respectivamente quando comparados no período de 2008 a 2011. Diante do exposto, é possível perceber um aumento da prevalência de muito baixo; baixo e peso adequado de crianças. Em relação às gestantes, destacou-se o déficit de baixo peso e peso adequado, aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade. É indispensável o incentivo às práticas alimentares saudáveis para pessoas nas diversas fases do ciclo da vida da vida. A educação alimentar e nutricional é fundamental para a melhoria dos hábitos alimentares e consequente redução de desvios nutricionais e o monitoramento desses indicadores deve ser realizado periodicamente para que ocorra a melhor orientação nutricional ao indivíduo atendido como também para melhorar o planejamento das ações de saúde do município, regional de saúde e estado. Perfil nutricional de pacientes atendidos no Centro de Referência em Hipertensão e Diabetes da Atenção Básica de uma cidade da região Centro-Oeste do Brasil 1 2 Bibiana Arantes Moraes , Juliana Martins de Souza , Janaína Brair Dalazen Rio Verde - Goiás [email protected] 3 Resumo As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) tem se mostrado o problema nutricional de maior magnitude observado na população nos últimos anos. A diabetes mellito (DM) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) são DCNT que necessitam da intervenção nutricional para o controle dessas doenças. O centro de referência em HAS e DM (CRHD) é um local de atendimento multiprofissional em indivíduos portadores de diabetes e/ou hipertensão da rede de Atenção Básica do SUS, que visam o controle e a prevenção dessas patologias, assim, o profissional nutricionista deve conhecer o perfil nutricional dos pacientes atendidos no CRHD e desenvolver ações de acordo com o perfil da população e, se necessário realizar intervenção nutricional de modo individualizado e/ou coletivo buscando o controle e promoção da saúde. O relato de experiência tem como objetivo propor mudanças dos hábitos alimentares através do perfil nutricional encontrado nos pacientes atendidos no CHRD do município de Rio Verde-GO e, espera-se que a educação nutricional nos pacientes atendidos possa reeducar o hábito alimentar e, contribuir na dietoterapia adequada. Durante três meses (de abril à junho/2012) foram realizados atendimentos nutricional individualizado e/ou coletivos, nesse período foram avaliados o estado nutricional dos pacientes por meio do Índice de Massa Corporal e realizada atividades educativas visando a mudança do hábito alimentar. Nesse período foram atendidos 63 pacientes, sendo a maioria do sexo feminino (65,1%). Dentre os pacientes atendidos 34,5% (n=22) apresentaram diabetes e hipertensão associados, 33,4% (n=21) mostram apenas hipertensão e 31,7% (n=20) apresentaram isoladamente o diabetes. Em relação ao perfil nutricional da população estudada, os pacientes apenas diabéticos apresentaram 35% (n=7) com obesidade grau I, 30% (n=6) com sobrepeso, 25% (n=5) eutróficos e 10% (n=2) com obesidade grau II. Já os pacientes hipertensos se mostraram na sua maioria com sobrepeso e obesidade I representando ambos 28,6% (n=6) dos pacientes avaliados, seguidos de 19% (n=4) com obesidade grau III, 14,3% (n=3) eutróficos e 9,5% (n=2) com obesidade grau II. E quanto aos pacientes que tinham diabetes e hipertensão associados 36,4% (n=8) estavam com sobrepeso, 22,8% (n=5) com obesidade grau I e, a eutrofia e obesidade grau I e II mostram-se ambos com 13,6% (n=3). Em concordância com os resultados, a maioria dos pacientes atendidos no CRHD, apresentaram sobrepeso ou obesidade, e mediante a esses dados, o profissional nutricionista tem que atuar o seu papel como educador, reconhecendo as dificuldades enfrentadas como o excesso de peso associado ao mal hábito alimentar contribuindo no surgimento das DCNT e desenvolver ações que contribuam para a saúde população. ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE HIPERTENSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA, PB 1 2 Clecia Kelly do Nascimento Oliveira , Silmery da Silva Brito , Maria Genilde Campos das 3 4 5 Chagas , Edgar Tito de Oliveira Neto , Jane Morais Barbosa de Freitas , Tâmara Albuquerque 6 7 Leite Guedes , Thais Maíra de Mattos João Pessoa - Paraíba [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) compõe o grupo das doenças crônicas não transmissíveis, que de uma forma geral caracterizam-se por apresentar extenso período de latência, tempo de evolução prolongado, lesões irreversíveis e complicações que podem acarretar incapacidade, em níveis variados, ou óbito (MARIATH, 2007). Diversos estudos têm avaliado o impacto das modificações dos hábitos alimentares na redução do risco cardiovascular. Dentre as medidas não-medicamentosas consideradas eficazes no tratamento da HAS, destacam-se manutenção do peso corporal em níveis adequados, redução da ingestão de sódio, maior ingestão de potássio, cessação do tabagismo, consumir dieta rica em frutas e vegetais e a redução do consumo de bebidas alcoólicas. (ALVAREZ, 2009). Este estudo justifica-se por ser fundamental conhecer a magnitude dos fatores de riscos de desenvolvimento de complicações relacionadas à HAS aos quais estes pacientes estão expostos, com a finalidade servir como instrumento de planejamento em saúde, capaz de subsidiar ações de alimentação e nutrição no âmbito do Sistema Único de Saúde, que possam intervir de forma eficaz nessa realidade, além de investigar a adesão deste grupo ao tratamento não-medicamentoso da HAS. OBJETIVO: Teve-se como objetivo avaliar o consumo alimentar, o estado nutricional e hábitos de vida de hipertensos, visando avaliar a adesão ao tratamento não-medicamentoso da HAS sob estes aspectos. METODOLOGIA: Participaram do estudo 29 mulheres hipertensas. Foram coletados dados antropométricos de peso, altura e circunferência da cintura, três recordatórios alimentares de 24 horas, além de informações sobre estilo de vida. Resultados alcançados: Quanto ao risco de complicações metabólicas 13,8% apresentou risco elevado, 75,9% apresentou risco muito elevado e 10,3% não apresentou risco. 55,2% apresentou obesidade, 20,7% apresentou sobrepeso, 20,7% estava com o peso adequado, apenas 3,4% apresentou baixo peso. 72,4% dos entrevistados afirmaram ter diminuído o consumo de sal após ter recebido o diagnóstico de HAS, 3,4% consumia bebida alcoólica, 6,9% eram tabagistas. 68,9% dos entrevistados não praticavam atividade física. Quanto ao consumo alimentar, foi encontrado um consumo adequado dos alimentos do grupo dos cereais e de frutas. Foi encontrado um consumo equivalente ao dobro do recomendado de feijões, carnes e ovos, óleo e açúcar. O consumo de legumes e verduras, bem como o de leite e derivados, mostrou-se abaixo do recomendado. Avaliação do consumo de frutas, legumes e verduras por idosos vacinados contra a gripe na Unidade Básica de Saúde “Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza” 1 2 Karoline Honorato Brunacio , Patrícia Helena Davanço Frare , Raíssa do Vale Cardoso 3 4 5 6 Lopes , Andrea Wang Catalani , Camila Capellette Barreto , Samantha Caesar de Andrade , 7 Viviane Laudelino Vieira Unidade Básica de Saúde Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza; São Paulo [email protected] Resumo INTRODUÇÃO:Observa-se que o aumento da população idosa brasileira vem ocorrendo de forma rápida. Considerando que o idoso dispõe de necessidades nutricionais características da idade, demandando cuidados especiais na qualidade de sua dieta, a alimentação é fator importante que influencia diretamente sua saúde. Frutas, legumes e verduras (FLV) são essenciais para uma dieta saudável, devendo estar presentes diariamente nas refeições, sendo o seu consumo em quantidade adequada relacionado à proteção da saúde e redução do risco de ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). OBJETIVO:Verificar a frequência do consumo de FLV entre idosos participantes da campanha de vacinação contra a gripe. METODOLOGIA:Estudo transversal realizado com 163 idosos de ambos os sexos vacinados no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza (CSEGPS), pertencente à Universidade de São Paulo. Entre os dias 15 de maio e 1 de junho de 2012, foram aplicados questionários identificando dados pessoais e referentes ao consumo de FLV aos idosos que aguardavam na fila para a vacinação. Após os questionamentos, foi entregue material informativo destacando a importância do consumo de FLV e divulgando o trabalho nutricional do Centro de Referência para a Prevenção e Controle de Doenças Associadas à Nutrição, existente no CSEGPS. A elaboração do banco de dados e a análise descritiva foram realizadas por meio do software Excel. RESULTADOS ALCANÇADOS:A média de idade dos idosos avaliados foi de 73,0 anos (DP=8,36anos), sendo 62,6% mulheres e 40,5% matriculados no CSEGPS. A maioria dos entrevistados (91,4%) relatou consumir frutas diariamente, sendo a média de frequência de consumo relatada de 2,4 vezes/dia (DP=1,23). Em relação às verduras e legumes, 73,0% e 68,7% dos entrevistados, respectivamente, relataram consumir diariamente. A média de frequência de consumo referida para o grupo verduras e legumes foi de 1,2 vezes/dia (DPverd=0,68 e DPleg=0,67). Ao comparar as médias de consumo entre os sexos, observou-se que mulheres consomem mais frequentemente FLV, sendo um possível motivo sua maior preocupação com a saúde. Observou-se que das pessoas que relataram consumir frutas diariamente, 60,7% também consumiram verduras e legumes todos os dias. Conclui-se que a maioria dos idosos entrevistados consome FLV diariamente, o que pode ser um fator protetor para DCNT. Ainda assim, há possibilidade de não adequação no consumo recomendado pelo Guia Alimentar para a População Brasileira de 3 porções/dia de frutas e 3 de legumes e verduras, visto que não foram avaliadas as quantidades de consumidas. Esperase, com a realização do presente estudo, alertar o público atingido sobre a importância do consumo de FLV, almejando sua adequação com vistas à proteção contra DCNT. Além disso, pretende-se repetir tal pesquisa em futuras campanhas, incluindo a análise da quantidade consumida, a fim de verificar se houve melhora quanto à frequência do consumo de FLV e a adequação de acordo com as recomendações. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PARTICIPANTES DA FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DA AGRICULTURA NO ESTADO DE PERNAMBUCO (FETAPE) 1 RIJANE MARIA DE ANDRADE BARROS SANTOS , SILVANA ANELISA BEZERRA DE 2 ANDRADE SOUZA Nazaré da Mata-PE [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Estado de Pernambuco (FETAPE) é uma entidade sindical que representa e coordena os interesses dos trabalhadores rurais do estado, quer sejam pequenos proprietários, posseiros, assalariados, sem-terra e arrendário. A Coordenação Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável tem desenvolvido estratégias para cumprir as diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, entre estas a quarta diretriz que diz respeito a “promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis” e tem atuado em diversos públicos. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é apresentar os dados encontrados e as perspectivas futuras para o desenvolvimento de ações com os participantes da FETAPE. METODOLOGIA: A avaliação do estado nutricional foi realizada durante o evento promovido pela FETAPE “Salões regionais e estadual da agricultura familiar, assalariados (as) rurais e reforma agrária Euclides Nascimento 2012” na cidade de Nazaré da Mata no dia 17 de abril de 2012. É um estudo de corte transversal, quantitativo e descritivo. A amostra foi aleatória, contemplando indivíduos de ambos os sexos e de diversas faixas etárias participantes do evento. RESULTADOS ALCANÇADOS: Foram avaliadas 81 pessoas, sendo 32,1% do sexo masculino e 67,9% do sexo feminino. Dividimos a população em adultos e idosos, tendo 87,7% situado na faixa etária de 18-59 amos e 12,3% na faixa etária ˃ de 60 anos. Dividindo por sexo tivemos respectivamente do sexo masculino e feminino 92,3% e 85,5% na faixa etária de 18 – 59 anos e 7,7% e 14,5% na faixa etária ˃ de 60 anos. Em relação ao estado nutricional segundo o Índice de Massa Corpórea (IMC) obtivemos 2,5% de baixo peso, 32,1% de eutrofia, 39,5% de sobrepeso, 17,3% de obesidade grau I, 7,4% de obesidade grau II e 1,2% de obesidade grau III, nos entrevistados em geral. Separando por sexo tivemos respectivamente em relação ao sexo masculino e feminino: baixo peso (3,8% e 1,8%), eutrofia (30,8% e 32,7%), sobrepeso (42,3% e 38,2%), obesidade grau I (15,4% e 18,2%), obesidade grau II (7,7% e 7,3%) e obesidade grau III (0% e 1,8%). Avaliando a circunferência da cintura e consequentemente o risco de complicações metabólicas associadas à obesidade do sexo masculino observamos que 53,8% estavam fora da faixa de risco (CC˂94 cm), 15,4% tinham risco elevado (CC = 94 -101 cm) e 30,8% tinham risco muito elevado (CC ≥ 102 cm). Em relação ao sexo feminino 23,6% estavam fora da faixa de risco (CC ˂ 80 cm), 27,3% tinham risco elevado (CC = 80 -87 cm) e 49,1% tinham risco muito elevado (CC ≥ 88 cm). Este estudo servirá de base para realização de atividades futuras de promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis com o público avaliado. SISTEMA DE VIGILÂNCIA NUTRICIONAL NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CURITIBA, UMA EXPERIÊNCIA DE 15 ANOS 1 2 3 Angela Cristina Lucas de Oliveira , Nilton Willrich , Anne Liz Dynkowski Zeghbi , Maria Rosi 4 5 Marques Galvão , Karin Regina Luhm Curitiba - Paraná [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) tem como objetivo principal o monitoramento da situação alimentar e nutricional de populações de risco, de modo a obter um perfil nutricional desta população e sua evolução ao longo do tempo. E por meio deste diagnóstico, nortear ações de enfrentamento das situações de risco, principalmente a desnutrição e a obesidade. É dentro desse contexto que o SISVAN-Escolar de Curitiba vem atuando e se consolidando ao longo de 15 anos de sucesso na vigilância nutricional dos escolares, por meio da parceria entre a Secretaria Municipal da Educação de Curitiba com a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba. OBJETIVO: divulgar o perfil nutricional dos Escolares da Rede Pública de Ensino da Secretaria Municipal da Saúde, que compreende os anos de 1996 a 2011, com a intenção de sensibilizar os gestores públicos quanto a parceria entre o setor Saúde e Educação, na construção de uma escola mais saudável. METODOLOGIA: os dados antropométricos (peso e altura) dos alunos foram coletados anualmente pelos professores de Educação Física das escolas, os quais são devidamente capacitados para essa tarefa. As informações foram digitadas localmente e o banco de dados foi transferido para a equipe técnica de Vigilância Nutricional da Secretaria Municipal da Saúde, para análise e divulgação dos resultados. RESULTADOS ALCANÇADOS: o Sisvan-Escolar de Curitiba mostrou que em 15 anos ocorreram significativas mudanças no perfil nutricional dos escolares da rede municipal de ensino de Curitiba. O ano de 2011 segue a tendência global da epidemia da obesidade, com o aumento progressivo ao longo dos anos avaliados: a taxa de obesidade foi de 5,61% em 1996 e em 2011 este percentual aumentou para 13,38%. O aumento da taxa de obesidade de 12,36% em 2010 para 13,38% em 2011 foi estatisticamente significativa (p<0,00001). O somatório dos percentuais de sobrepeso e obesidade que corresponde ao percentual de excesso de peso somam 33,05% dos escolares avaliados no ano de 2011. A taxa de obesidade nas meninas é de 11,63% e nos meninos é acentuadamente maior, 19,03%. Em relação a baixa estatura, reduziu de 4,68% em 1996 para 2,28% em 2011, uma queda de 51,3%. A magreza na população de escolares vem apresentando queda expressiva desde 1996, com redução de 3,67% para 1,82% no ano de 2011, significando que, de forma global, atualmente a prevalência de magreza está dentro do esperado. A retroalimentação destas análises para as escolas tem trazido importantes subsídios para o planejamento das ações de Educação Alimentar e de Educação Física além da individualização da merenda escolar de acordo com o perfil nutricional de cada escola e também reforça a necessidade de empenhos contínuos nessa área e um olhar diferenciado para esse público vulnerável e exposto a diversas situações de risco comportamentais, como o sedentarismo e alimentação inadequada. PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE DIVINÓPOLIS-MG 1 2 3 JULIANA MARA FLORES BICALHO , Luís Gustavo Campos , Thaís Bueno Enes dos Santos , 4 Eduardo Sérgio da Silva SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE DIVINÓPOLIS - MG [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: Transformações significativas têm ocorrido nos padrões dietéticos e nutricionais de populações e estas mudanças vêm sendo analisadas como parte de um processo designado de transição nutricional. No Brasil a progressão da transição nutricional na população, é caracterizada fundamentalmente por redução nas prevalências dos déficits nutricionais e ocorrência mais expressiva de sobrepeso e obesidade. A obesidade é tema de crescente preocupação pelo aumento em sua prevalência, inclusive em crianças, e sua associação com diversas condições mórbidas. Esse estudo surgiu da parceira entre e a Universidade Federal de São João Del Rei Campus Centro-oeste, da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria Municipal de Educação através do Programa de Educação para o Trabalho (PET) visando traçar um diagnóstico das crianças da comunidade escolar municipal e envolvendo acadêmicos, professores e profissionais de saúde de Divinópolis. O município de Divinópolis está situado no Estado de Minas Gerais e tem uma população total de 213.016 de habitantes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2010). Desse total, 13% estão compreendidos na faixa etária de 6 a 14 anos, público-alvo da pesquisa. OBJETIVO: O objetivo desde estudo foi identificar a prevalência de obesidade e sobrepeso em escolares de 6 a 14 anos de idade da rede pública municipal de Divinópolis-MG. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo de corte transversal com 1450 estudantes de 15 escolas urbanas e rurais nos anos de 2010 e 2011. As escolas foram escolhidas por sorteio aleatório dentre as 36 que compõem a rede municipal de ensino. Inicialmente foi agendada uma reunião em cada escola com os pais ou responsáveis pelos estudantes para apresentar os objetivos do projeto e para assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram utilizados os dados de idade, sexo, altura e peso para classificação do estado nutricional. O peso das crianças foi obtido através de pesagem única em balança de plataforma digital e a estatura através da média de três medidas em antropômetro portátil Altura Exata. Os dados foram analisados no programa WHO AnthroPlus utilizando Índice de massa corporal (IMC) por idade, classificando a criança em baixo IMC, eutrófica, sobrepeso ou obesa. Posteriormente, utilizou-se o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 14.0 para análise dos dados. RESULTADOS ALCANÇADOS: A amostra foi composta por 47,7% de alunos do sexo masculino e 51,5% do sexo feminino com 0,8% perda de dados. Foi observada uma prevalência de obesidade de 10,0% e de sobrepeso de 11,6%, de eutrofia 67,9% e baixo IMC para idade de 2,4%, 8,1% sem informação. É provável que em outras populações de mesma condição socioeconômica sejam encontradas prevalências semelhantes. Pode-se concluir que o excesso de peso na infância é um problema frequente em nossa amostra tanto quanto pode ser em outras populações e que a prevalência da obesidade infantil, é preocupante em nosso meio. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DO MUNICÍPIO DE ITAÚNA – MG ENTRE OS ANOS DE 2008 A 2011 1 JULIANA MARA FLORES BICALHO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITAÚNA - MG [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: Avaliação do crescimento permite conhecer o estado de bem-estar de crianças individualmente ou da sua comunidade. Acompanhar crianças desde o seu nascimento permite prevenir desvios do crescimento alertar sobre problemas gerais de saúde. O crescimento normal é condicionado a processos fisiológicos que dependem do atendimento de necessidades durante a vida fetal e infância. As questões alimentares são uma das grandes preocupações atuais da saúde pública, pois são observados crescentes casos de obesidade que chamam atenção e que alertam para riscos e para o modo em como o indivíduo se relaciona com a alimentação. O Brasil depara-se com novas epidemias de obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e outras. Destaca-se a obesidade por ser simultaneamente doença e fator de risco com taxa de prevalência em elevação inclusive entre crianças. Esse quadro vem sendo observado inclusive entre as crianças. OBJETIVO: Em consonância com Política Nacional de Alimentação e Nutrição e Pacto pela Vida foi despertado o interesse em traçar o diagnóstico nutricional entre as crianças menores de cinco anos acompanhadas pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) de 2008 a 2011 no município. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo realizado a partir dos dados dos relatórios das crianças menores de 5 anos avaliadas nas unidades de atenção primária à saúde em Itaúna pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). Foram acompanhadas 3.150 crianças menores de 5 de idade entre os anos de 2008 a 2011. Utilizou-se os dados demográficos idade (em meses) e sexo, e os dados antropométricos peso e estatura para classificação do estado nutricional. Os dados foram lançados no sistema informatizado online do Sisvan e foi definido como índice antropométrico de avaliação para este estudo o Índice de Massa Corporal (IMC) para idade para classificação do estado nutricional das crianças. Os parâmetros usados para classificação do estado nutricional de crianças menores de 5 anos foram: magreza acentuada quando escore-z < -3, magreza escore-z ≥-3 e <-2, eutrofia escorez ≥-2 e ≤+1, risco de sobrepeso escore-z >+1 e ≤+2, sobrepeso escore-z >+2 e ≤+3 e obesidade score-z > +3. RESULTADOS ALCANÇADOS: A amostra foi composta por 52% de crianças do sexo masculino e 48% feminino. De acordo com a classificação do estado nutricional foi observada uma prevalência de 2,9% de crianças com magreza acentuada, 2,5% com magreza, 63,4% eutrofia, 17,8% risco de sobrepeso, 7,6% sobrepeso e 5,8% obesidade. Ou seja, 5,4% apresentam déficit ponderal e 31,2% excesso de peso em algum nível o que reflete o observado na transição nutricional em progressão no país. Estes resultados são significativos do estado nutricional de uma amostra de crianças de Itaúna que assim como acontece em Minas e no Brasil vem apresentando alta prevalência de excesso de peso e consequentemente de complicações relacionadas, característica da transição nutricional. PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 0 A 10 ANOS DO DISTRITO SANITÁRIO NORTE DE GOIÂNIA (GOIÁS) 1 2 3 KARINE ANUSCA MARTINS , Carla Cristina Morais , Maria de Fátima Gil , Carla Cristina da 4 5 Conceição Ferreira , Denise Nunes Barnabé 4 Faculdade de Nutrição / Universidade Federal de Goiás, - Distrito Sanitário Norte - Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A vigilância alimentar e nutricional (VAN), mesmo perante as dificuldades operacionais no Sistema Único de Saúde (SUS), norteia o planejamento da atenção nutricional, em diferentes momentos. Além disso, permite formular ações vinculadas à promoção da saúde e à alimentação adequada e saudável no âmbito de gestão do SUS. A atenção à saúde das crianças organiza-se tendo como eixo norteador o Programa de Atenção Integral da Saúde da Criança (PAISC). Neste sentido, para gerar dados relevantes desta faixa etária é necessário que o serviço de acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento (CD) funcione corretamente nas unidades de saúde. Assim, os dados existentes do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), alimentados no município de Goiânia pelo Sistema de Controle do Atendimento Ambulatorial (SICAA), ainda que limitados, permitem a realização do diagnóstico do estado nutricional das crianças atendidas nos CD´s. OBJETIVO: Caracterizar o perfil nutricional das crianças de zero a 10 anos registrados no Sistema de Controle do Atendimento Ambulatorial das unidades de Saúde do Distrito Sanitário Norte (DSN). METODOLOGIA: Selecionaram-se os dados das unidades de saúde da área de abrangência do DSN, de janeiro a março, de julho a setembro de 2011 de crianças de zero a 10 anos cadastradas no SICAA de Goiânia e caracterizaram-se os índices Peso/Idade e Estatura/Idade (curvas da Organização Mundial de Saúde, preconizadas pelo Ministério da Saúde). RESULTADOS ALCANÇADOS: Para o total da amostra de zero a 10 anos (n= 5028), 4,00% (n=200) possuíam apenas registro de peso. Para o índice Estatura/Idade, do total da amostra, 94,85% (n=4586) apresentavam estatura adequada para a idade. Todos os grupos avaliados [a) 0 a 2 anos; b) entre 2 e 5 anos; c) entre 5 e 10 anos] apresentaram-se com estatura adequada para idade, respectivamente: a) 94,75% (n=1643); b) 95,08% (n=1062) e c) 97,35% (n=992). Em relação ao índice Peso/Idade (P/I), observou-se que 86,70% (n=4369) do total da amostra estavam eutróficas, enquanto 9,74% (n=490) apresentavam peso elevado para a idade. Destaca-se que 9,39% (n=169) crianças menores de dois anos; 7,76% (n=91) de dois a menores de cinco anos e 12,00% (n=125) de cinco a menores de 10 anos apresentavam-se com excesso de peso para idade. Segundo dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF2008/09), uma em cada três crianças de cinco a nove anos de idade apresentava excesso de peso. Já o déficit de estatura, reduziu de 29,30%, segundo dados do Estudo Nacional da Despesa Familiar (ENDEF-1974/75) para 7,20% (POF-2008/09) entre meninos e de 26,70% para 6,30% nas meninas. A tendência global ao excesso de peso em faixas etárias cada vez menores indica a necessidade do fortalecimento de políticas públicas voltadas à promoção da saúde e prevenção de doenças. A avaliação do perfil nutricional das crianças atendidas nos serviços de CD utilizando-se as informações dos sistemas de VAN é necessária e contribui em tal processo. CAMPANHA MUNICIPAL :DIA “D” SAÚDE DA CRINÇA EM OEIRAS PIAUÍ 1 Érica Laís Moura Nunes Oeiras Piauí [email protected] Resumo OBJETIVO: Intensificar as ações da 'Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)' em forma de chamada nutricional no campo das ações públicas voltadas à proteção e promoção da saúde das crianças de 06 a 59 meses. METODOLOGIA: Chamada nutricional no município de Oeiras- PI com o intuito de intensificar as ações de suplementação de vitamina A e ferro, cadastro no SISVAN WEB, atualização de vacinas, educação em saúde bucal e aplicação de flúor nas crianças residentes na zona urbana do município. Foi feito um levantamento quantitativo de crianças incluídas na faixa etária inclusas nos programas do PNAN. A campanha foi organizada pela Coordenação Municipal de Suplementação de Ferro e Vitamina A e SISVAN WEB com parceria da Coordenação Municipal de Imunização e Saúde na Escola. Os profissionais que atuaram na campanha foram o Enfermeiro, Nutricionista, Dentista, Técnico em Enfermagem, Agente Comunitário de Saúde e uma equipe de serviços gerais. Todos os procedimentos realizados foram protocolados nos formulários preconizados pelo Ministério da Saúde e foram alimentados no Sistema Federal correspondente a cada programa. Na estrutura do dia “D” possuía brinquedos, músicas infantis e lanche saudável, motivando a participação e interação das crianças com as equipes da saúde. RESULTADOS: De um levantamento quantitativo de 1000 crianças, foi atingida uma média de 900 crianças, que corresponde a um total de 90% ( oitenta por cento ) do que foi estimado. A campanha foi bem avaliada pela equipe da ESF, onde foi um momento de interação das equipes com outros profissionais da saúde. As atividades realizadas irão beneficiar a produção das equipes que fizeram a adesão ao PMAQ e preenchimento de requisitos para recebimento do selo UNICEF. CONCLUSÃO: a campanha teve uma relevante importância para a população, com a promoção e intensificação das ações do PNAN foi importante para alertar e sensibilizar uma vez que tais ações interferem diretamente na saúde das crianças beneficiadas garantindo segurança alimentar e nutricional de forma preventiva. A campanha foi bem avaliada pela equipe da ESF, onde foi um momento de interação das equipes com outros profissionais da saúde. Intensificação das ações junto as pactuaçõe dos programas, avanço na sistematização dos dados, aumento de cadastros no sistema do SISVAN WEB, melhora na produção das equipes junto ao PMAQ e preenchimento de requisitos para recebimento do selo UNICEF. Palavras-chave: vigilância nutricional; suplementação;ferro; vitamina A; política de saúde. CHAMADA NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MENORES DE UM ANO EM UMA CIDADE DO CENTRO-OESTE DO BRASIL: PLANEJAMENTO E PERSPECTIVAS. 1 2 3 Tátila Lima de Oliveira , Juliana Martins de Souza , Bibiana Arantes Moraes Departamento de Nutrição, Secretaria Municipal de Saúde de Rio Verde-GO [email protected] Resumo A alimentação adequada no primeiro ano de vida é fundamental para a saúde das crianças, e inclui: o início da amamentação na primeira hora de nascimento; aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida da criança, e continuado por dois anos ou mais com alimentos complementares seguros, regionais e apropriados para a idade. Com base na importância de conhecer as práticas alimentares na infância para fomentar ações de promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável, foi realizada a Chamada Nutricional de crianças menores de um ano, no município de Rio Verde-GO, em 16 de junho de 2012. Este relato de experiência objetiva descrever o planejamento desta Chamada Nutricional, realizada pelo Departamento de Nutrição da Secretaria Municipal de Saúde com o apoio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Coordenação de Atenção Básica, Faculdade de Nutrição (Universidade de Rio Verde), Faculdade de Enfermagem (Faculdade Objetivo), Secretaria Municipal de Comunicação e mídias locais, Tutores Municipais da Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável (ENPACS), com recursos da Secretaria Municipal de Saúde e Financiamento das Ações de Alimentação e Nutrição (FAN/MS). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Rio Verde, sob parecer 063/2011. O instrumento utilizado foi o questionário da Pesquisa Nacional de Aleitamento Materno, com questões referentes a alimentação nas ultimas 24horas, dados sobre o parto e maternos, foram acrescentadas questões sobre o bairro para posterior mapeamento, tipo de leite consumido, frequencia de consumo de frutas, consumo de macarrão instantâneo, detalhamento do consumo de outros alimentos, se não consumiu leite materno no dia anterior até que idade consumiu, se ontem recebeu apenas leite materno foi questionado se recebeu outros alimentos ou bebidas desde o nascimento, adicionada questão sobre pré-lacteos oferecidos na maternidade e se a criança ficou em creche. Os entrevistadores (acadêmicos de nutrição e enfermagem) foram sensibilizados sobre a relevância da pesquisa e treinados para aplicação dos questionários, bem como os supervisores de campo (nutricionistas do município, professores, tutores da ENPACS). Participaram cerca de 50 entrevistadores e 17 supervisores. A coleta de dados foi realizada no dia “D” da Campanha Nacional de Vacinação contra poliomietite nos 19 postos de vacinação, data e locais oportunos para abordar este público alvo de aproximadamente 3200 crianças menores de um ano, obtendo-se no dia D uma amostra de 1006 crianças. Em fase de análise de dados, mas espera-se que os dados advindos dessa pesquisa possam auxiliar em campanhas, políticas e programas voltados para a melhoria dos indicadores de aleitamento materno e alimentação complementar, com melhoria das práticas na atenção básica, maternidades e creches, sendo fundamental que os desdobramentos das ações geradas a partir destes dados sejam também intersetoriais. SAL IODADO DIREITO DE TODOS-PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO SAL PARA CONSUMO HUMANO REALIZADO PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE-SUVISA/RN PALAVRAS CHAVES IODO, SAL, MONITORAMENTO 1 2 3 Ivanaldo Leão de souza , Lígia Pereira Filgueira , Polyana deOliveira Cacho SUbcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Rio Grande do Norte- SUVISA/RN [email protected] Resumo INTRODUÇÃO:O Iodo é um micronutriente essencial para o homem e outros animais por ser utilizado na síntese dos homônios tireoidianos: a triiodotironina (T4) e a tiroxina (T3). Estes hormônios têm dois importantes papéis: atuam no crescimento físico e neurológico e na manutenção do fluxo normal de energia. São muito importantes para o funcionamento de vários órgãos como o coração, fígado, rins, ovários e outros. Os Distúrbios por Deficiência de Iodo – DDI - são fenômenos naturais e permanentes, que estão amplamente distribuídos em várias regiões do mundo. Populações que vivem em áreas deficientes em iodo sempre terão o risco de apresentar os distúrbios causados por esta deficiência, cujo impacto sobre os níveis de desenvolvimento humano, social e econômico são muito graves. A deficiência de iodo pode causar cretinismo em crianças (retardo mental grave e irreversível), surdo-mudez, anomalias congênitas, bem como a manifestação clínica mais visível – bócio (hipertrofia da glândula tireóide). Além disso, a má nutrição de iodo está relacionada com altas taxas de natimortos e nascimento de crianças com baixo peso, problemas no período gestacional, e aumento do risco de abortos e mortalidade materna. Associada a esses problemas, a deficiência deste micronutriente contribui para o aumento do gasto com atendimento em saúde e em educação, uma vez que incrementa as taxas de repetência e evasão escolar, e ainda proporciona a redução da capacidade para o trabalho. Portanto, direta ou indiretamente acarreta prejuízos sócio-econômicos ao país.OBJETIVO: O monitoramento do teor de iodo no sal destinado ao consumo humano tem por objetivo verificar se a iodação do sal está sendo realizada de forma segura e sob rigoroso controle e, além disso, avaliar se o sal oferecido á população é capaz de fornecer a quantidade necessária de iodo para prevenir e controlar os Distúrbios por Deficiência de Iodo – DDI. METODOLOGIA: O Rio Grande do Norte é o estado de maior produção de sal para consumo humano no Brasil e possui 35 empresas de beneficiamento de sal, sendo responsável por 97% da produção nacional. O monitoramento do sal no Rio Grande do Norte é realizado pela equipe de técnicos do Setor de Alimentos da Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária - SUVISA/RN que trimestralmente coleta o produto em todas as unidades fabris e encaminha as amostras para análise no Laboratório Central – LACEN-RN. RESULTADOS ALCANÇADOS: Em 2011 foram analisadas 474 amostras de sal e destas 99,8% apresentaram resultados satisfatórios com relação ao ter de iodo do sal. Os resultados demonstraram a importância do monitoramento na avaliação do teor de iodo no sal de forma que através dele foi possível constatar que o sal produzido no RN em 2011, em sua maioria, atendeu a legislação sanitária contribuindo na prevenção e controle de doenças associadas á deficiência ou excesso deste micronutriente. RODA DE CONVERSA 3 – PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL GRUPO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE “VIDA SAUDÁVEL”: ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL EM UMA COMUNIDADE DO RECIFE – PE 1 2 3 Amanda de Azevedo Araujo , Paula Roberta Vieira Eskinasi , Wanda Rafaela Pinto Lopes , 4 5 Laís Harumi Sekitani , Elda Azevedo Guerra Unidade de Saúde da Família Córrego do Eucalipto, Recife. [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A obesidade foi reconhecida pela Organização de Mundial de Saúde como um importante problema de saúde pública e está associada a um grande número de doenças. Portanto, a prevenção e o diagnóstico precoce são importantes aspectos para a promoção da saúde e redução de morbimortalidade, pois pode interferir na duração e qualidade de vida, e ainda ter implicações diretas na aceitação social dos indivíduos quando excluídos da estética difundida pela sociedade contemporânea. A promoção da saúde pode ser definida como o processo de envolvimento da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida, incluindo uma maior participação no controle deste processo. As ações de promoção da saúde devem combinar três vertentes de atuação: incentivo, proteção e apoio, sendo a atenção básica um espaço privilegiado para o desenvolvimento de tais ações, por estar inserida próxima à comunidade e ter maior poder de compreensão de sua dinâmica social. O trabalho com grupo reside no poder de transformação subjetiva, a partir do escutar, falar, sentir, se posicionar e responsabilizar-se. Se configura na troca de conhecimentos, experiências e saberes entre a população e os profissionais, tendo a interação e educação em saúde como ponto principal. OBJETIVO: Atuar no campo da promoção da saúde, incentivando a prática de hábitos de vida saudáveis através de grupo de educação em saúde. METODOLOGIA: O grupo é composto por usuários, homens e mulheres, da comunidade do Córrego do Eucalipto, na cidade do Recife. As reuniões acontecem quinzenalmente e tem duração de duas horas. É um grupo aberto, no qual os participantes podem se inserir a qualquer momento caso haja um interesse. Os facilitadores ficam responsáveis por desenvolver trabalhos educativos que possibilitem o resgate da auto-estima, a visão crítica sobre a alimentação, mídia, propaganda de alimentos, o incentivo ao movimento, a inclusão social e identificação de aspectos emocionais que interferem na passagem para uma vida saudável. As atividades são realizadas como roda de conversa e oficinas, nas quais todos podem compartilhar experiências, emoções e sentimentos. RESULTADOS ALCANÇADOS: Durante os encontros, pode-se observar o interesse que começa a surgir nas mudanças de hábitos de vida e uma maior interação entre os participantes e os profissionais da unidade de saúde, permitindo um maior vínculo entre estes. A estrutura de funcionamento dos encontros possibilita a construção do processo de educação em saúde, na qual o diálogo entre o saber popular e saber técnico é constituído. Tais resultados vêm mostrando que essa estratégia, juntamente com o apoio de equipes multiprofissionais pode auxiliar na promoção da saúde e adoção de hábitos mais saudáveis no dia a dia. Tais iniciativas, poderiam ser mais contempladas na atenção primária e amplamente divulgadas, evitando assim, o surgimento de doenças crônicas não-transmissíveis e melhorando a qualidade de vida da população assistida. CUIDANDO DO CUIDADOR: Relato de experiência do ciclo de reuniões sobre alimentação saudável 1 ANA SÍLVIA MARTINS DANTAS UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO BOM PASTOR- NATAL- RN [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: O aumento de doenças crônico-degenerativas também vem acometendo os funcionários do SUS. Diante dessa realidade foi desenvolvido um ciclo de reuniões sobre alimentação saudável junto aos funcionários da Unidade da Família do Bom Pastor- Natal/RN, ajudando o cuidador a se cuidar. OBJETIVOS: Conscientizar e estimulação do consumo de alimentos saudáveis, por meio de atividades de educação nutricional, junto aos funcionários da Unidade de Saúde, bem como prevenir ou minimizar o aparecimento de doenças crônicodegenerativas. METODOLOGIA: As atividades educativas foram realizadas mensalmente por um período de seis meses junto aos funcionários da Unidade de Saúde. A metodologia foi participativa e os temas, sugeridos pelos funcionários, foram apresentados em slides seguidos de posterior discussões. Os temas abordados foram noções básicas de nutrição, higiene e práticas alimentares saudáveis preventivas e promotoras de saúde com foco nas doenças crônico-degenerativas. Os encontros aconteceram na própria unidade de saúde, após o término do atendimento aos usuários do SUS e durante o horário de expediente. RESULTADOS ALCANÇADOS: Durante o período de realização do trabalho educativo, os funcionários se mostravam com interesse participativo, tentando incorporar no seu cardápio usual os alimentos que continham efeitos funcionais para sua saúde. Dessa forma o funcionário passou a ter mais cuidado consigo, melhorando sua qualidade de vida e tornandose um potencial multiplicador de informações sobre alimentação saudável. Cajá + Saúde: projeto de qualidade de vida e alimentação saudável 1 2 Hellen Daniela de Sousa Coelho , Fabiana Rodrigues Lameira Belchior , Ingrid Elisabeth Vidal 3 4 de Oliveira , Marcio Roberto de Lúcio Prefeitura de Cajamar - Diretoria de Saúde [email protected] Resumo Nos últimos anos, houve um aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, devido ao processo de transição nutricional, demográfica e epidemiologica no Brasil e no mundo. A alimentação desequilibrada e o sedentarismo são fatores de risco para os agravos dessas doenças, que podem ocasionar sérias limitações aos indivíduos e sobrecarga do serviço público de saúde. Portanto, há a necessidade de se investir em ações de educação nutricional no sistema único de saúde, a fim de promover a prática de alimentação saudável. Metodologia: O diagnóstico inicial foi realizado em uma subamostra da população do município: dentre os funcionários da Prefeitura (n=228), os pacientes do Serviço de nutrição (n=85) e idosos frequentadores dos grupos de caminhadas (n=28). A intervenção ocorre por meio de Palestras e rodas de conversa de promoção à alimentação saudável, cada mês com um tema diferente; dinâmicas em grupo, sempre relacionado com o tema da palestra; conscientização sobre alimentação adequada; desenvolvimento de preparações saudáveis na cozinha experimental uma vez por mês, com a participação de chefs de cozinhas e o incentivo a prática de atividade física com o grupo de caminhada semanalmente. O diagnóstico de acompanhamento ocorre pelos dados de atendimento com clínico geral, enfermagem e nutricionista, por meio da aplicação de questionários de consumo alimentar e qualidade de vida, em sub amostras dos participantes do projeto. O projeto ocorre em 7 unidades de saúde: 4 USF e 3 UBS. Principais resultados: No diagnóstico inicial verificou-se um alto risco de doenças coronarianas dentre os funcionários da prefeitura (77,9%), sendo que a maior parte apresenta excesso de peso (59,6%) e (14%) apresentam hipertensão, dados similares aos pacientes atendidos no Serviço de nutrição, (82%) apresentaram risco de doenças coronarianas, (53%) excesso de peso, (38,8%) hipertensão. Nos idosos o maior problema diagnosticado foi excesso de peso, além de alta prevalência de diabetes e hipertensão. Quanto ao consumo alimentar evidenciou-se baixa ingestão de frutas, verduras e água, além do modo de preparo não saudável das refeições. O cajá + saúde promove esclarecimento sobre mitos envolvendo os alimentos, conscientização de uma alimentação saudável, principalmente em casos de doenças como diabetes e hipertensão; nota-se interesse nas cozinhas experimentais, trazendo novas idéias e novas receitas,repercutindo de forma positiva em mudanças no hábito da população com preparações mais saudáveis e adequadas. Ao todo tiveram 3472 participações nas atividades desenvolvidas pelo setor de nutrição. A expectativa é de aumentar o número de munícipes atendidos, com a colaboração de uma Universidade particular nas ações de promoção a saúde: Atividade Física e Alimentação Saudável, contando sempre com os profissionais da rede da Saúde do município de Cajamar (nutricionistas, enfermeiros, psicólogos, educadores físicos e médicos). Práticas educativas em nutrição: Vivência de construção e avaliação em um grupo de mulheres em Fortaleza,CE. 1 2 Marjorie Rafaela LIma do Vale , Raquel Simões Monteiro Alves , Luisilda Maria Dernier 3 Martins Santana CSF Parque São José - Fortaleza [email protected] Resumo O consumo de alimentos fontes de vitaminas e minerais importantes na prevenção e tratamento de carências nutricionais ainda é bastante reduzido no Brasil, principalmente na região Nordeste, como indicam estudos relacionados ao consumo de vitamina A realizados na década de 80 na cidade de Fortaleza. No estado do Ceará, segundo relatórios publicados pela Secretaria de Saúde do Estado, neoplasias e doenças cardiovasculares são consideradas as principais causas de mortalidade nos últimos anos, doenças estas que podem ter na alimentção um fator de prevenção. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) objetiva reduzir as vulnerabilidades relacionadas à alimentação e assegurar o direito humano à alimentação adequada. O fortalecimento de ações intersetoriais de promoção de saúde e prevenção de agravos se constitui como um importante mecanismo de potencialização destas estratégias. O presente estudo objetiva relatar a vivência em um grupo de mulheres na cidade de Fortaleza, CE. Estiveram envolvidos agentes comunitários de saúde, usuários, profissionais do NASF e da residência multiprofissional em saúde da família e comunidade e estudantes de graduação, somando 14 participantes. A temática havia sido sugerida pelas próprias usuárias em encontros prévios, tendo como foco o consumo, importância nutricional e técnicas de preparo de vegetais e hortaliças. O modelo de condução pedagógica adotado pelo grupo fez uso da proposta de comunidades de prática proposta por Wenger (1991), uma que vez valoriza os saberes e experiências do sujeito, estimula a partipação ativa dos atores envolvidos e fortalece as redes de comunicação entre os profissionais e os usuários, aspectos que notadamente contribuem para o sucesso de intervenções em nutrição. Como forma de avaliação somativa da metodologia proposta houve aplicação de um instrumento, abordando as dimensões cognitiva, afetiva e comportamental envolvidas no processo de aprendizagem. Na análise dos questionários pode ser percebido que o aspecto referente à dinâmica adotada, forma de abordagem do conteúdo e utilidade deste na prática diária obtiveram boas avaliações, fato que reafirma a importância da participação da comunidade na construção e desenvolvimento das temáticas abordadas nas atividades de grupo. Em relação a capacidade de repassar as informações trabalhadas, quase todas as respostas mostraram que as usuárias sentiam segurança e domínio da maioria dos conteúdos discutidos. Metade do grupo afirmou ter conseguido promover mudanças comportamentais após a realização do grupo, como introduzir novas hortaliças e mudar a técnica de higienização dos vegetais, as demais referiram ainda estarem tentando promover mudança nos hábitos. Pode-se concluir que este tipo de metodologia favorece o sucesso de atividades de intervenção em saúde, uma vez que aproxima o objeto de discussão da realidade dos usuários, sendo sugerida a reprodução de tal conceito em outros espaços na atenção básica. Práticas de Promoção da Alimentação Saudável no Estado do Rio de Janeiro 1 2 3 Márcia Regina Mazalotti Teixeira , Erika Santinoni , Rosane de Araujo Nunes , Aline Pinto de 4 5 6 7 Menezes , Amélia Gomes Moreira Vaz , Myrian Cruz , Sônia Cristina Amancio da Silva Secretaria de Estado de Saúde do Rio e Janeiro [email protected] Resumo Como estratégia para a descentralização das Políticas Nacionais de Promoção da Saúde (PNPS) foram publicados, pelo Ministério da Saúde (MS), editais de concorrência pública para o financiamento de propostas de ações vinculadas aos eixos da PNPS, onde configura a promoção da alimentação saudável. O Estado do Rio de Janeiro, desde 2007 comunica aos municípios o edital e estimula a participação dos mesmos no processo de seleção para qualificá-los na elaboração de projetos e ampliar as práticas de promoção da alimentação saudável em diferentes espaços (escolas, unidades básicas de saúde, espaços públicos e academias de saúde). A metodologia aplicada incluiu qualificação dos municípios sobre a construção de projetos realizada na Secretaria Estadual de Saúde, onde também puderam trocar experiências sobre práticas já executadas e ideias para novas ações. Foi realizada uma primeira aproximação, com 100% dos municípios contemplados nos editais, por meio de ligações telefônicas e emails para possibilitar a tabulação e atualização de contatos e endereços. Elaboramos como instrumento de monitoramento um questionário sobre itens relacionados aos projetos, tais como se o recurso financeiro foi disponibilizado, recursos humanos necessários, quais ações desenvolvidas e sobre fatores facilitadores e/ou dificultadores da elaboração e implementação dos projetos. Para o segundo semestre de 2012, estão previstas visitas aos municípios para se conhecer as práticas que estão sendo desenvolvidas a partir dos projetos e criar um canal de comunicação e apoio com os mesmos. Em 2010 contávamos com 41,3% dos municípios com projetos aprovados, sendo que destes, 34,2% eram sobre alimentação saudável. Entre as ações propostas constavam: prevenção de agravos por meio da promoção da alimentação saudável (12,5%), alimentação saudável na terceira idade (6,25%), estímulo à alimentação saudável (56,25%), alimentação saudável e atividade física (12,5%), qualificação de recursos humanos em promoção da alimentação saudável (6,25%) e alimentação saudável na escola (6,25%). Em relação ao questionário para acompanhamento das ações, apenas 4 municípios responderam, mas destes, todos citaram como fatores facilitadores o apoio dos gestores, acesso aos sistemas de informações, o apoio da Coordenação Geral de Doenças e Agravos não Transmissíveis do MS e 75% sobre a presença de equipe multidisciplinar e parcerias. Foram apontados como fatores dificultadores: demora na licitação de aquisição de equipamentos, equipe sobrecarregada com outras atividades, deficiência de transporte e burocracia para a liberação de recursos. Concluímos que seria importante criar um canal mais estreito entre os municípios e o estado para colaborar na formação da Rede Nacional de PS. Percebemos um grande interesse em trabalhar questões que colaboram para um aumento da promoção de práticas alimentares saudáveis, valorizando as diversidades regionais e procurando alcançar os vários ciclos de vida e estilos de vida. A Sustentabilidade Cultivada no Grupo de Alimentação Saudável 1 2 3 4 Juciany Medeiros Araújo , Andréa Melo , Renata Veras Lima , Fernanda Carapeba , Aline 5 6 7 8 9 Arcelino , Bethania Mendes , Claudia Amado , Catarina Barros , Kylma Lígia Secretaria de Saúde da Cidade do Recife- DST I, Recife [email protected] Resumo Dentro de uma perspectiva de trabalho com comunidades focando aspectos que promovam sustentabilidade e saúde, o desenvolvimento de atividades voltadas para alimentação e nutrição tem grande potencial de intervenção. Através de um diagnóstico sobre a situação social de uma comunidade em Recife-PE, foi observado que pessoas beneficiárias do Programa Bolsa Família apresentavam desvios no estado nutricional, carências nutricionais e doenças associadas à alimentação. Diante disso, uma parceria entre profissionais do Núcleo de Apoio a Saúde da Família-NASF, Equipe de Saúde da Família-ESF Santa Terezinha e instituições sociais, propôs a formação de um grupo intitulado Alimentação Saudável no qual se faz educação nutricional além de desenvolver habilidades pessoais, empoderamento dos participantes, mobilização e participação social. A proposta do grupo é a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da comunidade, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição embasada nas diretrizes da PNAN. Essas ações implicam num olhar de redimensionamento das práticas de sustentabilidade, esperando a formação de pessoas críticas na construção de práticas saudáveis de alimentação. A oficina é desenvolvida na Associação Comunitária, com duas turmas de 20 usuários, e conduzida pelo NASF e ESF, com vídeos, elaboração de cardápios e degustação e proposta de hortas. As receitas são simples, de acordo com o hábito alimentar da comunidade, mas com um diferencial: são adequados nutricionalmente, com orientação para sua melhor preparação, baixo custo, acessível para a população propondo reaproveitamento e direcionamento das sobras de alimentos. Realizadas mensalmente, proporciona discussão dos seguintes temas: as políticas de segurança alimentar e nutricional, o que assegura uma alimentação saudável e os distúrbios nutricionais. O eixo segurança alimentar e nutricional é um tema transversal. A carga horária da oficina é de três horas para cada turma e já possui mais de um ano de formação. As sensações iniciais da importância da nutrição para saúde expostas na elaboração dos pratos, tem como resultado imagens da importância da valorização da escolha e elaboração do alimento. A preparação das receitas com participação dos integrantes do grupo despertou o interesse e facilitou a interação dos grupos para as temáticas que foram abordadas. As oficinas possibilitam reflexão sobre promoção da alimentação saudável no serviço de saúde e para se produzir resultados na política de alimentação e nutrição, há necessidade de articular ações para além do campo da assistência a saúde, considerando as implicações, dificuldades e potencialidades relativas em saber como cultivar a promoção da saúde, a prevenção de doenças e sustentabilidade, com criação de ambientes favoráveis relacionadas à alimentação e nutrição. Espaço de diálogos sobre alimentação adequada e saudável: ações intersetoriais para promoção da Segurança Alimentar e Nutricional ANGELICA MARGARETE MAGALHÃES FLORIANÓPOLIS [email protected] 1 Resumo Desenvolvido em parceria entre atores da área da Saúde e Desenvolvimento Social, este projeto está alinhado à proposta da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional - CAISAN, tendo seu objetivo de acordo com a Diretriz 3 do Plano Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional 2012-2015: Instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional, pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do direito humano à alimentação adequada. Assim como no nível Federal o plano prevê o envolvimento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, da mesma forma este projeto foi desenvolvido com participação das três áreas no nível Municipal/local: uma Unidade Básica de Saúde (UBS), um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e um escola. As atividades, coordenadas por Nutricionista, se distribuíram em duas linhas de atuação. A primeira, Conhecendo as ações intersetoriais de Segurança Alimentar, envolveu Agentes Comunitários de Saúde, Assistentes Sociais, Dentista e Pedagogos, com encontros mensais para socialização de projetos. A segunda linha de atuação incluiu ações que visaram a inserção comunitária, sendo dirigida aos participantes do projeto Hiperdia de uma Unidade Básica de Saúde, aos alunos de uma escola e beneficiários do Programa Bolsa Família. As atividades desenvolvidas foram: aprendendo a utilizar o Guia Alimentar para a População Brasileira, resgate da cultura alimentar tradicional, educação para escolha de alimentos com base na relação custo/benefício, orientação para utilização racional dos alimentos e combate ao desperdício e estratégias para educação alimentar infantil. As atividades relacionadas ao Guia Alimentar para a População Brasileira incluíram uma etapa de porcionamento de alimentos, enquadrados nos respectivos grupos a que pertencem. As atividades de resgate da cultura alimentar foram realizadas junto a grupos da Terceira Idade, do projeto Hiperdia, utilizando-se entrevista estruturada com questões fechadas sobre alimentos que costumavam comer na infância. A parte de educação para escolha de alimentos com base na relação custo/benefício foi realizada com utilização do Guia para Escolha de Frutas e Hortaliças com base nas cinco cores. Para orientar o uso racional de alimentos, foram realizadas oficinas de preparo de sucos e patês de vegetais. As estratégias para educação infantil sobre alimentação adequada foram desenvolvidas com utilização de uma brinquedoteca/ludoteca temática, construída especificamente para esse fim. Além da inserção comunitária no processo de educação para uma alimentação adequada e saudável, o espaço favoreceu o diálogo intersetorial, promovendo a interação de diversas instituições, como Universidades, SESC, Conselho Regional de Nutricionistas e outros atores sociais interessantes para a formulação do Plano de Segurança Alimentar e Nutricional ao nível de município. GRUPO VIDA LEVE: ESPAÇO DE PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E QUALIDADE DE VIDA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 1 DEISE PEREIRA DE LIMA , Juliana Rafaela da Silva PE - Recife [email protected] 2 Resumo INTRODUÇÃO: Mudanças no padrão epidemiológico dos distúrbios nutricionais evidenciam o vertiginoso aumento do sobrepeso e obesidade no Brasil, sobretudo devido ao estilo de vida caracterizado pelo baixo nível de atividade física e hábito alimentar inadequado. Em resposta a este cenário, a PNAN traz entre suas diretrizes a Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS), estimulando ações de promoção da saúde e prevenção de agravos decorrentes do excesso de peso. A educação em saúde, a partir da formação de grupos na atenção básica vem se mostrando como uma importante ferramenta de empoderamento da população para adoção de um estilo de vida mais saudável. OBJETIVO: relatar a experiência do grupo de Emagrecimento Saudável Vida Leve destinado a usuários com sobrepeso e/ou obesidade do território adscrito à Unidade de Saúde da Família Córrego do Jenipapo, Recife, PE. RELATO DE EXPERIÊNCIA: A demanda pela formação do grupo de emagrecimento Vida Leve partiu da ESF, devido ao grande número de usuários identificados diariamente com excesso de peso/obesidade. Realizou-se então reunião conjunta entre a equipe de saúde e residentes multiprofissionais em saúde da família da UPE para organizar o processo de trabalho do grupo, sendo decidido que o grupo seria aberto, com foco na promoção da saúde, encontros semanais e duração de duas horas, tendo como facilitadores das oficinas os profissionais da ESF, residentes e profissionais do NASF da Prefeitura da Cidade do Recife. Além disso, foi estabelecido que seria realizada uma avaliação física inicial e trimestral dos participantes do grupo. RESULTADOS: O grupo de emagrecimento Vida Leve iniciou com uma média de 16 a 20 participantes e hoje, um ano depois, reúne uma média de 6 a 8 participantes fixos. Os temas discutidos em cada encontro são estabelecidos pelo grupo, e trabalhados de forma participativa e dinâmica, valorizando o saber popular. Uma vez por mês também é realizada uma oficina culinária e uma oficina de artesanato, esta com a finalidade de estimular a criatividade do grupo. Diversos temas já foram discutidos e estão sempre revisitando a pauta das reuniões: alimentação saudável, atividade física, estresse, imagem corporal, auto-estima, obesidade e doenças crônicas, cultura alimentar, além de outros temas de saúde não relacionados à obesidade. O grupo também participa de eventos, passeios e atividades fora da comunidade. Ao longo dos encontros nota-se a incorporação gradativa de novos hábitos que não só contribuirão para redução do peso corporal, mas principalmente para um estilo de vida mais saudável. CONCLUSÃO: O trabalho com grupos de educação em saúde, a exemplo do Grupo Vida Leve, baseado na troca, na construção coletiva, no compartilhar de saberes entre os profissionais, usuários e comunidade, constitui-se em um instrumento valioso na promoção da saúde, e tem se mostrado importante ferramenta para a Promoção da Alimentação Adequada e Saudável no âmbito do SUS. Grupo “Escolha Saudável”- Em busca de qualidade de vida 1 2 3 JULIANA MARA FLORES BICALHO , Jussara Franciane da Silva , Chiara Nogueira de Lima , 4 Marcos Pedro de Araújo Unidade de Atenção Primária à Saúde Nações - Divinópolis - MG [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A epidemia de obesidade destaca-se por ser ao mesmo tempo doença e fator de risco para diabetes e hipertensão. Hábitos de vida como má alimentação e sedentarismo contribuem para esse problema de saúde pública. Fundamentada na Estratégia Global para a Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde da OMS surgiu a proposta do projeto “Escolha Saudável” que visou melhor qualidade de vida incentivando hábitos alimentares saudáveis e atividade física. A escolha da UAPS Nações justificou-se pela presença de Nutricionista e Fisioterapeuta. De acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), dos 263 adultos cadastrados na UAPS Nações em 2011, 69,2% apresentavam sobrepeso ou obesidade. OBJETIVOS: Orientar alimentação saudável; incentivar prática de atividade física; sensibilizar adoção de hábitos saudáveis de vida e como conseqüência reduzir peso dos participantes. METODOLOGIA: Foram inscritos 20 participantes e realizados 10 encontros semanais com duração de 1 ½ hora com início em outubro de 2011. Os critérios de inclusão foram estar na faixa etária de 20 a 60 anos de idade, apresentar quadro de sobrepeso ou obesidade, residir na área adstrita da unidade, não apresentar cardiopatias ou complicações clínicas de difícil controle e assinar termo de adesão e responsabilidade. Antes do início dos encontros os participantes foram avaliados pelo médico, fisioterapeuta, nutricionista e foram fotografados. Ao final dos encontros os participantes foram avaliados novamente. Nos encontros foram abordados temas sobre alimentação saudável e atividade física, além de dinâmicas com psicólogo e assistente social. Foram discutidos os avanços e dificuldades do grupo e cada um estabeleceu suas metas. A cada duas semanas os participantes eram pesados. RESULTADOS: Finalizaram o projeto 10 participantes. Foram observadas mudanças nos hábitos alimentares e prática de atividade física com consequente redução de peso variando de 0,900 a 7,850 kg. Quanto aos hábitos alimentares, 50% dos participantes aumentaram o consumo diário de saladas cruas, 37,5% de verduras e legumes cozidos e 62,5% de frutas. Destaca-se também mudança ocorrida relacionada à consciência da sua saúde e o desejo de melhor qualidade de vida pra si e para os familiares. O grupo solicitou que os encontros sejam mantidos uma vez ao mês para incentivar os hábitos saudáveis adquiridos. Serão abertas inscrições para início de um novo grupo. Futuramente esse grupo poderá ser realizado em outras unidades desde que contem em sua equipe com nutricionista e fisioterapeuta. Modelo gráfico representativo da alimentação saudável e adequada: proposta do Centro de Referência para a Prevenção e Controle de Doenças Associadas à Nutrição (CRNutri) 1 Viviane Laudelino Vieira , Samantha Caesar de Andrade São Paulo, SP [email protected] 2 Resumo INTRODUÇÃO: A tradução de mensagens sobre alimentação e nutrição em modelos de fácil compreensão e que representem conteúdos existentes no Guia Alimentar para a População Brasileira faz-se importante para o desenvolvimento de ações educativas promotoras da alimentação saudável e adequada, tanto em nível individual como em grupo. OBJETIVOS: Apresentar a experiência da utilização de um modelo gráfico relativo à alimentação para o trabalho com distintos grupos populacionais na atenção básica de saúde. Metodologia: Desde sua criação, em 2009, o CRNutri, do Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza (Universidade de São Paulo) propõe protocolos de atendimento nutricional em grupo e individuais, inclusive com o estabelecimento de “14 metas para uma alimentação saudável”, baseadas no Guia Alimentar. Diante da experiência tida com os atendimentos, estruturou-se modelo gráfico que represente as mensagens promotoras da alimentação saudável e adequada utilizadas. Assim, foi estabelecida a figura de um prato, simbolizando refeições (almoço ou jantar), dividida em 4 partes: 2 ocupadas por verduras e legumes, 1 pelos cereais, tubérculos e raízes e 1 pelas carnes e os feijões. Ainda sob a concepção do prato, as frutas são incentivadas como sobremesas ou opções de lanches, em detrimento dos doces. Para as gorduras, incentivam-se os óleos vegetais adicionados com moderação nas refeições principais. O grupo do leite é incentivado nas demais refeições e, preferencialmente, nas versões com baixo teor de gordura. Para avaliação do instrumento em atividades em grupo, 31 participantes ilustraram, ao final de 3 encontros referentes ao tema, sua percepção de duas refeições saudáveis (café da manhã e almoço) e verificou-se a evolução que apresentaram ao término do grupo. Resultados alcançados: O modelo do prato foi utilizado em 19 grupos de atendimento distintos. Este foi ilustrado de forma interativa, com peças removíveis e inserido em atividades que permitam a reflexão crítica dos participantes. Com relação à avaliação da compreensão, verificou-se que as pessoas tendem a ilustrar adequadamente o prato após o desenvolvimento do grupo. As verduras e legumes foram ilustradas adequadamente por 68% e 87% apontaram variedade, ao incluir pelo menos 2 alimentos distintos desse grupo. Quanto aos cereais, 45% fizeram a proporção indicada no almoço, existindo tendência para a subestimação do consumo; no café da manhã, 95% incluíram esses alimentos. Para os feijões e carnes, 71% incluíram-nos adequadamente, sendo que 95% apontaram alimentos dos dois grupos. Tanto para as frutas como para o leite, 87% ilustraram como o esperado. Para as gorduras, 26% incluíram-nas. Percebe-se mudança na incorporação dos hábitos alimentares dos participantes, indicando que o modelo gráfico pode ter facilitado a compreensão das informações, dado que 75% deram sequência ao acompanhamento sendo direcionados a um grupo de continuidade, que visa reforçar as mudanças já conquistadas. Experiências de atuação no território na Atenção Primária à Saúde (APS) 1 2 Viviane Laudelino Vieira , Andrea Wang Catalani , Samantha Caesar de Andrade Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza, São Paulo, SP [email protected] 3 Resumo INTRODUÇÃO: Ações de alimentação e de nutrição desenvolvidas na APS devem considerar o território em que a unidade está inserida a fim de se atuar na perspectiva da promoção da saúde e de acordo com as reais demandas locais, tal como é preconizado pela Política Nacional de Alimentação e Nutrição. OBJETIVOS: Descrever o processo de territorialização desenvolvido pela equipe do Centro de Referência para a Prevenção e Controle de Doenças Associadas à Nutrição (CRNutri), no município de São Paulo. METODOLOGIA: O CRNutri está inserido no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza, unidade básica pertencente à Universidade de São Paulo, e desenvolve atividades educativas à população. Diante da percepção de algumas demandas reprimidas ou, então, para as quais o atendimento nutricional acontece de forma tardia, buscou-se identificar e propor ações a serem desenvolvidas em espaços pertencentes à área de abrangência do Centro de Saúde. A identificação dos espaços ocorreu por meio do contato com outros profissionais do Centro e/ou com indivíduos já atendidos no CRNutri. A existência desses locais foi ratificada pela Secretaria de Assistência Social (SAS) do município de São Paulo. RESULTADOS ALCANÇADOS: Foram mapeadas 4 instituições filantrópicas conveniadas com a SAS, sendo duas voltadas para a saúde infantojuvenil, uma para população em situação de rua e outra para idosos em vulnerabilidade social. Destas, o CRNutri atua em um centro para a criança e para o adolescente e em um centro de vivência para moradores de rua. Na primeira instituição, atividades são desenvolvidas desde 2008 e consistem na avaliação antropométrica e no desenvolvimento de oficinas educativas para o público beneficiário, ambas realizadas anualmente. Mais recentemente, estão sendo desenvolvidas ações com o foco na alimentação oferecida, a fim de se garantir que o cardápio seja promotor da saúde e adquira caráter pedagógico. O trabalho com moradores de rua iniciou-se em 2011 e, além de avaliação nutricional realizada com o público, os funcionários participam de oficinas visando contribuir para a qualificação dos recursos humanos e físicos para o desenvolvimento de trabalho relacionado à produção das refeições. As ações desenvolvidas nessas instituições têm contribuído para a vigilância nutricional e, por meio da avaliação desenvolvida, é possível conferir maior apoio àqueles com maior risco relacionado à nutrição. Além disso, as ações educativas possibilitam acessar grupos populacionais que tendem a não freqüentar o Centro de Saúde rotineiramente e, tendo em vista que são desenvolvidas pautando-se na autonomia do indivíduo e na importância da continuidade da intervenção, contribui-se para o incentivo de hábitos alimentares saudáveis, além de favorecer a concepção de espaços promotores da saúde na região. Pretende-se, futuramente, atingir as demais instituições para aumentar o escopo das ações do CRNutri. RODA DE CONVERSA 4 - INSERÇÃO/ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE A VIVÊNCIA DO NUTRICIONISTA NO CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL AO FISSURADO LABIOPALATAL: CONTRIBUIÇÕES PARA A ATUAÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA 1 2 DANIELA FERRON CARNEIRO , CRISTIE REGINE KLOTZ ZUFFO , REBECA VILAVERDE 3 4 DUARTE , ISLANDIA BEZERRA DA COSTA CURITIBA - PR [email protected] Resumo A fissura labiopalatal (FLP) é uma má formação congênita de incidência elevada. O aleitamento materno e a introdução de alimentos constituem motivo de angústia para os pais, pois a ocorrência de engasgos e broncoaspirações é maior neste grupo. O Centro de Atenção Integral ao Fissurado Lábio Palatal (CAIF) de Curitiba/PR, passou em 2011 a fazer parte do campo de atenção das nutricionistas do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família da UFPR e, sobre esta experiência é que subscreve este relato. A atuação no CAIF surgiu com o objetivo de conhecer a situação alimentar de crianças com FLP, contribuir para a promoção da alimentação saudável e agregar conhecimento para atuação na atenção básica. Essa experiência possui relevância dada à ausência de nutricionista na equipe do CAIF e que muitas vezes os profissionais da atenção básica sentem-se inseguros para orientar a alimentação destas crianças. Foram atendidas 23 crianças com FLP, utilizando como instrumento uma ficha de anamnese nutricional. Observou-se uma baixa prevalência de aleitamento materno entre menores de 6 meses, destes, 1 fazia uso de leite de vaca e 4 utilizavam fórmulas infantis, e apenas 2 mantiveram aleitamento materno complementar até 1 mês e meio. As mães relataram a falta de orientação dos serviços de saúde e a gravidade da FLP como os principais fatores que dificultaram a prática do aleitamento materno. Em relação ao consumo alimentar, leite e cereais eram consumidos diariamente por todas as crianças maiores de 6 meses. Os grupos das leguminosas (89%), frutas (83%), carnes (72%) e verduras/legumes (72%) eram consumidos diariamente pela maioria. Já itens como doces e bebidas açucaradas configuram consumo diário de 33% e 40% das crianças, respectivamente. A oferta de guloseimas parece ser permitida pelos pais como forma de compensação do sofrimento vivido durante o tratamento, caracterizando superproteção e dificuldade dos pais em impor limites no que concerne à alimentação. Foi constatada uma maior oferta de alimentos líquidos e pastosos e retardo na introdução de alimentos sólidos devido ao medo, por parte dos pais, de engasgos. Grande parte das crianças não aceitava bem a refeição salgada, preferindo alimentos que não precisam de muita mastigação mesmo após correção cirúrgica. O Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos serviu como principal instrumento para as orientações, pois a alimentação da criança com ou sem FLP deve ser a mesma. Assim, as residentes de nutrição trouxeram para o CAIF a oportunidade de sensibilizar e promover a alimentação saudável, desconstruindo receios e tabus por parte dos profissionais e pais. Tal experiência contribuiu para a formação das nutricionistas, capacitando-as para o atendimento a esse público na atenção primária à saúde e a disseminação deste conhecimento com outros profissionais do serviço, o que condiz com o objetivo principal da residência, que é formar profissionais aptos para atuar na atenção básica do SUS. INSERÇÃO, FORMAÇÃO E PROCESSO DE TRABALHO DOS NURICIONISTAS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. 1 2 JULIANA PAULO E SILVA , SHEILA ROTENBERG , JORGINETE JESUS DAMIÃO 3 4 5 6 TREVISANI , ELDA LIMA TAVARES , GEILA CERQUEIRA FELIPE , SUZETE MARCOLAN , 7 8 BRUNA PITASI ARGUELHES , CLÁUDIA BOCCA Instituto de Nutrição Annes Dias / SMSDC Rio de Janeiro [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A área técnica de alimentação e nutrição do município do Rio de Janeiro, Instituto de Nutrição Annes Dias – INAD, tem investido no acolhimento, integração e formação permanente dos nutricionistas da atenção básica. Visando qualificar a atuação e contribuir para a articulação das ações de alimentação e nutrição (AN) nos territórios foi construído o GT Nutrição e ESF. OBJETIVO: Relatar a experiência DE INSERÇÃO, FORMAÇÃO E DISCUSSÃO DO PROCESO DE TRABALHO dos nutricionistas NA ESF na cidade do Rio de Janeiro. METODOLOGIA: As reflexões aqui apresentadas são oriundas de registro, desde 2004, de relatórios anuais sobre o processo de trabalho e as ações desenvolvidas obtidos através de questionários, e dos debates do GT. As reuniões do grupo utilizam uma metodologia participativa com troca de experiências, atualização, construção coletiva de diretrizes operacionais e distribuição de materiais de apoio, na perspectiva dos nutricionistas assumirem papel articulador e multiplicador das ações de AN em seus territórios. RESULTADOS ALCANÇADOS: A inserção dos nutricionistas iniciou-se em 2004, alcançando em 2006 cinco nutricionistas em 5 áreas geográficas que concentravam maior cobertura da ESF. Com a expansão da estratégia na cidade, hoje existem 42 NASFs cadastrados, 23 com nutricionista (CNES, 2012). Em 2011, além das reuniões do GT foram desenhadas oficinas temáticas de formação sobre: apoio matricial; promoção da alimentação saudável (PAS); vigilância alimentar e nutricional; prevenção e controle de distúrbios nutricionais como obesidade; Programa Bolsa Família; Programa de Saúde na Escola. Visando sensibilizar os profissionais para a PAS no seu cotidiano, foram realizadas vivências culinárias em todos os encontros. Foram implantadas também reuniões descentralizadas por áreas programáticas com vistas à integração de ações da ESF com as unidades tradicionais. Sobre o processo de trabalho, destaca-se a inserção gradativa do profissional nas áreas e o fortalecimento do trabalho em equipe possibilitando a construção de vínculo com os usuários. As inter-consultas, a integração com a rede de saúde e articulação interinstitucional ainda são desafios. A construção de espaços de formação e gestão, como o GT e as oficinas temáticas, contribui para o avanço da área de alimentação e nutrição e a implementação da PNAN no Sistema Único de Saúde com vistas à melhoria da saúde da população. Diferenciando a Inserção do Profissional Nutricionista no Grupo de Obesidade Infanto-Juvenil na Rede Especializada da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju/Sergipe 1 Graziella Andrade de Lima Souza 2 Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju , - CEMAR - SIQUEIRA CAMPOS - ARACAJU [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A alimentação e nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e proteção da saúde, possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento humano com qualidade de vida e cidadania. Os hábitos alimentares saudáveis são construídos desde dos primeiros anos de vida, sendo de fundamental importância para educar o paladar e proporcionar práticas alimentares saudáveis.Ao longo do tempo, os hábitos alimentares sofreram adaptações, muitas vezes para opções pouco saudáveis,o que resulta em malefícios para a saúde. OBJETIVOS: Incentivo de práticas alimentares saudáveis para pacientes infanto-juvenis com sobrepeso e/ou obesidade. METODOLOGIA: Realização de círculo de palestras e/ou dinâmicas e atividades recreativas com cronograma anual com temas diversos inerentes à melhoria da saúde e qualidade de vida para usuários do grupo de obesidade infanto-juvenil do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (CEMAR), em Sergipe. Os temas são abordados durante as reuniões mensais que acontecem no auditório do Cemar, com a presença do Nutricionista, Endocrinologista, Assistente Social e Enfermeiro do centro de referência, entre outros profissionais da equipe multidisciplinar que participam das atividades segundo o cronograma. Foi previsto abordagem da importância dos Dez Passos da Alimentação Saudável para Criança de acordo com as faixas etárias, dinâmica com a Pirâmide Alimentar enfatizando a importância dos tipos de Carboidratos e introdução de cereais integrais na alimentação, além dos grupos alimentares. Oficinas para promover práticas alimentares saudáveis. Além de trabalhar a relação alimento/emoção e uma reflexão com o grupo sobre a forma mais adequada para se alimentar; e promoção da prática de atividade física, evitando o sedentarismo por conta do aparecimento desenfreado da tecnologia e exposição exagerada dos aparelhos eletrônicos. Objetivando avaliar o perfil da população assistida, mudança de habito alimentar e estilo de vida foi programado aplicação de questionário de pesquisa, no início e no final das atividades anuais, para investigar tópicos a seguir: sexo, idade, peso, altura, circunferência abdominal, escolaridade, renda familiar, auxílio de benefícios governamentais, prática regular de atividade física, Doenças Crônicas Não Transmissíveis, número de refeições diárias e marcadores do consumo alimentar através de protocolo do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). RESULTADOS: Perda de peso e de medidas através da Circunferência do Abdômen, mudança de hábitos alimentares e prática de atividade física, melhor controle das emoções e práticas alimentares saudáveis. SUPORTE NUTRICIONAL MATRICIADO PELO NASF NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA. 1 Janaina Japiassu Pereira Veras , Regiane Fxina de Lucena João Pessoa/PB [email protected] 2 Resumo OBJETO DA INTERVENÇÃO Apresentação das atribuições do nutricionista matriciado no NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) atuando em apoio às equipes de saúde da família e no atendimento aos usuários da atenção domiciliar, no nível primário de saúde de João Pessoa-PB. OBJETIVOS O matriciamento do NASF objetiva o fortalecimento da rede intersetorial de saúde e o engajamento dos profissionais em seus núcleos específicos de saberes, buscando a melhoria da assistência ofertada na atenção básica. METODOLOGIA O nutricionista do NASF em João Pessoa cumpre 40 hs semanais como apoiador matricial, acompanhando diariamente as equipes de saúde da família no fluxo de trabalho, além potencializar a rede intersetorial de saúde. O trabalho Pedagógico é também promovido pelo apoiador através de reuniões semanais acerca das linhas de cuidado, com foco nos programas do Ministério da Saúde, além da realização de visitas domiciliares aos usuários não deambulantes, quando necessário parecer e conduta específicas do nutricionista. RESULTADOS O Apoiador Matricial articula a rede de saúde, media conflitos, motiva a equipe, constrói projetos terapêuticos singulares e fortalece as linhas de cuidado do MS em conjunto com a coordenação geral de Alimentação e Nutrição (CGAN), resultando no melhor desempenho das ações na Estratégia de Saúde da Família e ganho significativo no cuidado primário. Em paralelo, o núcleo específico de nutrição participa do cuidado multidisciplinar dispensado pela atenção domiciliar, assistindo aos casos admitidos (18,no DS IV), restabelecendo a higidez e minimizando o agravamento de patologias com elevados percentuais de incidência:hipertensão, úlcera de Pressão (62,5%) e diabetes (37,5%). ANÁLISE CRÍTICA O nutricionista matriciado contribui em maior amplitude para atenção primária e adquire visão panorâmica da rede de assistência. Porém persistem as fragilidades no acompanhamento de algumas linhas de cuidado (crianças e gestantes), alvo para os programas do SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional), suplementação de ferro/vitamina A e Bolsa Família, necessitando de estratégias adicionais à educação continuada. No apoio ofertado pela atenção domiciliar ao usuário não deambulante, o nutricionista participa no primeiro momento, contudo há descontinuidade do acompanhamento diante da incompatibilidade com as atribuições do apoiador dentro da unidade de saúde, sugerindo a necessidade adicional de nutricionistas por distritos sanitários. CONCLUSÕES E/OU RECOMENDAÇÕES O NASF, como Apoio Matricial, consolida os propósitos da atenção básica, de promoção, proteção e reabilitação, permitindo enriquecimento na atuação dos profissionais com formação complementar à equipe mínima, garantindo o acesso ao usuário dentro dos territórios, construindo vínculo e tornando a rede de saúde mais coesa. Dessa forma, torna-se relevante ampliar o número de nutricionistas no programa comprometidos com as questões de saúde pública enfatizadas pela CGAN. Inserção do nutricionista na execução das ações de Alimentação e Nutrição da Atenção Básica em 35 municípios brasileiros de grande porte 1 2 3 Ivana Aragão Lira Vasconcelos , Luciani Martins Ricardi , Maria Fátima de Sousa , Sumara de 4 5 6 Oliveira , Camila da Silva Reis , Edgar Merchán Hamman 35 municípios brasileiros [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A Estratégia de Saúde da Família (ESF), modelo de reorganização da atenção à saúde, é um espaço com grandes potencialidades para desenvolver a promoção da saúde por meio de ações que garantam o bem-estar da população. Para que o princípio da integralidade seja concretizado, a equipe deve ter uma abordagem interdisciplinar e contar com os profissionais necessários e adequados. OBJETIVO: verificar os profissionais que executam as ações de alimentação e nutrição (AN) no nível da Atenção Básica (AB) em municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. METODOLOGIA: Estudo transversal com amostra probabilística de 54 municípios, representando todas as regiões brasileiras e com variedade na cobertura da ESF. Como instrumento de coleta, para ser respondido on line pelos gestores envolvidos com o planejamento das AN, um questionário foi enviado entre dezembro de 2009 e julho de 2010. Dentre as variáveis pesquisadas, focalizaram-se a composição de profissionais que executam as ações, o local de atuação e a quantidade envolvida. Os dados foram digitados e analisados no programa SPSS 17.0. RESULTADOS: dos 54 gestores, 35 responderam ao questionário. Dez (28,6%) eram de municípios da região sudeste, 8 (22,9%) do sul, 8 (22,9%) do nordeste, 6 (17,1%) do centro-oeste e 3 (8,5%) do norte. Na abordagem individual (AI), familiar (AF) e coletiva (AC) das AN, 19, 20 e 19 gestores, respectivamente, mencionaram o enfermeiro como responsável (54,3-57,1%). Os médicos tinham a 2a maior freqüência na AI (n=11;31,4%) e AF (n=15;42,9%). Os nutricionistas ocuparam o 3º lugar na AI (n=10;28,6%), 5º lugar na AF (n=8;22,9%, atrás de agentes comunitários e assistentes sociais) e 2º lugar na AC (n=13; 37,1%). Dependendo da abordagem, 8-12 responderam que as AN acontecem só na ESF, 2-4 apontaram a rede tradicional e 9-16 mencionaram que as AN ocorrem de forma mista. Em relação ao número de nutricionistas responsáveis pelas AN, 3 coordenadores mencionaram que não há nutricionista desenvolvendo essas ações e 8 responderam que havia 10 nutricionistas ou mais em todo município (mín:0; Max: 196; média:19,9 ±40,2 IC 95%:2,94-36,9; mediana 5,5). Oito respostas referiram que os nutricionistas atuam no Núcleo de Apoio à Estratégia de Saúde da Família (NASF) e 7 estavam em outros estabelecimentos da secretaria municipal de saúde. Treze municípios (equipes: mín:0; Max: 86, média: 14,0±24,6; mediana 3,0; IC 95%:0,4-27,6) apresentavam NASF. Dezenove gestores citaram as escolas como outro espaço necessário para a atuação do nutricionista na rede de AB. Conclusão: faltam profissionais habilitados na AB/ESF, em quantidade compatível com as demandas locais de saúde, para realizar as ações de AN junto às equipes e alcançar a promoção da alimentação saudável e a Segurança Alimentar e Nutricional. Dessa forma, poderá ser possível efetivar a integralidade nos serviços de saúde e consolidar o modelo de atenção familiar e comunitária utilizando plenamente sua potencialidade. O NUTRICIONISTA NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA EXPERIÊNCIA DE TRABALHO COM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE 1 2 3 Marina Borelli , Semíramis Martins Álvares Domene , Juliana Gonçalves Pavan , Laís Amaral 4 5 Mais , José Augusto de Aguiar Carrazedo Taddei Campinas, SP [email protected] Resumo INTRODUÇÃO. O nutricionista é o profissional de referência para ações de alimentação e nutrição e se insere na Estratégia de Saúde da Família a partir dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF; sua contribuição para qualificar e instrumentalizar a equipe de saúde pode ser facilitada por meio do apoio matricial. Por ser considerado o elo de ligação entre a família e a Unidade Básica de Saúde - UBS, o Agente Comunitário de Saúde - ACS é um profissional que pode auxiliar na identificação de situações de risco nutricional e na prevenção e promoção de saúde. OBJETIVO. Demonstrar experiência de aproximação do nutricionista ao ACS para desenvolvimento de assistência nutricional na Atenção Básica. MÉTODOS: Projeto de intervenção desenvolvido nos anos de 2009 e 2010 em uma UBS construiu estratégias de apoio a ações de alimentação e nutrição a partir da realização de Grupos Focais - GF com ACS para identificar a necessidade de qualificação da equipe e rever processos de trabalho. RESULTADOS ALCANÇADOS. A visita domiciliar realizada pelos ACS incluiu um roteiro de apoio à identificação de situações de risco nutricional. A capacitação foi desenvolvida em dois dias (maio e junho de 2011) com duração de 3 horas/dia, com a problematização de situações identificadas por meio do GF e sobre os seguintes temas, propostos pela equipe: Aleitamento materno, Alimentação complementar, Avaliação de Risco Nutricional, Desnutrição e Obesidade. Ao final da capacitação, foi realizado treinamento com os ACS para aplicação do roteiro de identificação de situações de risco nutricional durante as visitas domiciliares, que foi desenvolvido a partir das experiências de trabalho entre o nutricionista e o ACS ao longo do projeto, com questões relacionadas às práticas alimentares no domicílio e à família, e questões específicas de interesse sobre cada estágio de vida das crianças. A análise dos discursos mostra as limitações identificadas pelos ACS em sua atuação: pequeno acesso a capacitação, desvios de função, remuneração incompatível com a natureza da atividade que exercem e com o grau de responsabilidade que reconhecem ter. O conhecimento detalhado que estes profissionais têm sobre a realidade local facilita a identificação de situações de risco nutricional. O suporte pedagógico os sensibilizou a propor alternativas para problemas identificados na rotina de atenção às famílias. O potencial de sinergia entre o trabalho do ACS e do nutricionista motivou também a elaboração de um vídeo sobre a visão do ACS e da equipe acerca da atenção nutricional na rede básica (“O Agente de Saúde e a atenção nutricional: uma perspectiva promissora”) que pode servir de subsídio para apresentar propostas semelhantes de aproximação do nutricionista via NASF a outras UBS. FONTE DE FINANCIAMENTO: FAPESP. RODA DE CONVERSA 5 – ATENÇÃO NUTRICIONAL NA GESTAÇÃO E NA PRIMEIRA INFÂNCIA Efetivação da Estratégia Nacional da Alimentação Complementar Saudável (ENPACS): entre os Municípios da Regional de Saúde Sudoeste I 1 2 Arllita Batista Barbosa Donadon , Bibiana Arantes Moraes , Tátila Lima de Oliveira Cidades vizinhas de Rio Verde - Goiás [email protected] 3 Resumo O consumo alimentar na infância está associado ao perfil de saúde e nutrição dos indivíduos, o profissional de saúde deve auxiliar os pais e cuidadores de crianças menores de 2 anos no processo de introdução dos alimentos complementares. A Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável (ENPACS) é apoiada pela CGAN e IBFAN Brasil, que incentiva a alimentação complementar saudável na rede de pública de saúde, para isso os profissionais de saúde da atenção básica devem ser capacitados através das oficinas de formação de tutores. Esse relato de experiência tem como relevância avaliar os conhecimentos em alimentação complementar entre os profissionais de saúde da atenção básica capacitados durante a oficina de formação de tutores da ENPACS dos municípios vizinhos de Rio VerdeGO, e espera-se que os conhecimentos destes, tenham um resultado positivo ao anterior. A oficina de formação de tutores foi realizada pela Regional da Saúde Sudoeste I de Goiás, em março/2012, a oficina teve a duração de 3 dias, participaram da capacitação profissionais de saúde das localidades requeridas pela Regional. Para avaliar o conhecimento dos mesmos, foi aplicado no início e no final da capacitação o questionário da ENPACS. A oficina contou com a participação de 27 profissionais de saúde de 15 municípios, sendo 55,5% (n=15) enfermeiros; 22,2% (n=6) nutricionistas; 7,4% (n=2) psicólogas; 3,7% (n=1) psicopedagoga; 3,7% (n=1) educador físico; 3,7% (n=1) assistente social e 3,7% (n=1) técnica em enfermagem, porém apenas 24 profissionais concluíram a capacitação. Com relação aos resultados da avaliação, considerando-se como ideal uma taxa de acertos de 80%, observa-se que antes da oficina os conhecimentos mostraram-se adequados para 74% dos aspectos, houve baixa proporção de acertos nas questões, sobre alimentação complementar, mamada eficaz, habilidade de comunicação e horários das refeições. Após a oficina, a questão sobre alimentação complementar teve um aumento de acerto de 68% (n=17) para 91% (n=22), quanto à mamada eficaz da criança e a frequência da alimentação complementar não atingiram o mínimo de 80% de acerto mais apresentaram um considerável número de acertos subindo de 52% (n=13) para 75% (n=18), e de 60% (n=15) para 79% (n=19), respectivamente. Já as questões sobre habilidade de comunicação houve um aumento satisfatório onde em uma das questões subiram de 40% (n=10) para 100% (n=24) de acertos e na outra questão de 56% (n=14) para 95% (n=23). Observou-se na questão sobre os horários das refeições, um aumento de 28% (n=7) para 95% (n=23), também foi visto aumento na questão da consistência do alimento de 76% (n=19) para 100% (n=24). Podemos considerar que no total a taxa de acertos subiu de 74% para 93,79% sendo, satisfatório. Assim, mostram-se de grande importância e relevância as capacitações e cursos oferecidos aos profissionais de saúde para melhoria do atendimento e esclarecimento de dúvidas na área de alimentação e nutrição. ENPACS: formação para além da Atenção Básica, perfil e conhecimento de tutores no interior de Goiás 1 Bibiana Arantes Moraes , Tátila Lima de Oliveira Rio Verde - Goiás [email protected] 2 Resumo A alimentação nos primeiros anos de vida da criança é primordial para prevenção de agravos à saúde e formação dos hábitos alimentares. Sendo assim, é importante que os profissionais de saúde estejam sensibilizados a orientar os cuidadores quanto à introdução da alimentação complementar em tempo oportuno e de qualidade, respeitando a identidade cultural e alimentar da região. Neste contexto, a Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável (ENPACS) objetiva incentivar, promover e apoiar a alimentação complementar saudável no âmbito da atenção básica do Sistema Único de Saúde por meio da realização de oficinas de formação de tutores. O município de Rio Verde-GO realizou em novembro de 2011, com apoio do Departamento de Nutrição da Secretaria Municipal de Saúde e recursos do Financiamento em Alimentação e Nutrição (FAN/MS), uma oficina de formação de tutores. Esse relato de experiência tem como relevância despertar para a necessidade de ampliação da promoção da alimentação complementar saudável para além do âmbito da atenção básica de saúde, conhecer o perfil e avaliar o conhecimento dos participantes. Foram convidados profissionais de saúde da Atenção Básica, Núcleo de Apoio à Saúde da Família, além de outros órgãos e equipamentos sociais importantes no contexto da Nutrição Infantil do município como profissionais da única maternidade pública e responsáveis pela alimentação e coordenação geral das creches municipais e filantrópicas. Participaram 24 profissionais, sendo: 50% (n=12) enfermeiros; 17% (n=4) nutricionistas; 12,5% (n=3) médicos, 8,2% (n=2) psicólogo 4,1% (n=1) educador físico; 4,1% (n=1) fisioterapeuta e 4,1% (n=1) fonoaudiólogo. Destes 75% (n=18) foram formados tutores com 100% de participação. O conhecimento dos participantes foi avaliado por meio do questionário sobre alimentação complementar, aplicado no início e final da oficina. Observou-se que antes da oficina os conhecimentos mostraram-se adequados para alguns dos aspectos propostos, contudo com baixa proporção de acertos nas questões sobre habilidades de comunicação, frequência da alimentação complementar e hábitos alimentares. Após a oficina, as questões sobre frequência e sobre hábitos alimentares não atingiram a ordem mínima de 80% de acertos mais apresentaram aumento considerável de acertos subindo de 28 para 68,2% e de 64 para 77,3%, respectivamente. As duas questões sobre habilidades de comunicação apresentaram melhora, uma com 90,5% de acertos ao final, e outra passando de 48 para 86,4% de acertos. As questões sobre consistência da alimentação complementar e alimentação complementar também atingiram nível satisfatório representando ambas 100% de acertos. No total a taxa de acertos subiu de 71,4% para 85,71% sendo, portanto satisfatório. É visto neste contexto, a importância ampliar a participação de atores diversos, sensibilizar e reciclar os conhecimentos dos profissionais no contexto da alimentação e nutrição infantil. SABERES E PRÁTICAS PARA A PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SAUDÁVEL 1 2 CRISTIE REGINE KLOTZ ZUFFO , CLÁUDIA CHOMA BETTEGA ALMEIDA , DANIELA 3 4 5 FERRON CARNEIRO , REBECA VILAVERDE DUARTE , ISLÂNDIA BEZERRA DA COSTA , 6 7 8 9 PAULO SABBAG , MARÍLIA RIZZON ZAPAROLLI , CAMILA BAO , SÍLVIA GOZALES , NÁDIA 10 RAFAELA DOS SANTOS UNIDADE DE SAÚDE MÃE CURITIBANA - CURITIBA - PR [email protected] Resumo A alimentação e nutrição adequadas constituem um direito inerente a todo ser humano. Tão importante quanto o aleitamento materno, a alimentação complementar de qualidade e em época oportuna contribui para a promoção da alimentação saudável de acordo com os direitos humanos fundamentais. Pesquisas nacionais apontam para o desmame precoce, a introdução da alimentação complementar em época não oportuna e alimentos com grandes quantidades de açúcar, sódio, gorduras e corantes são introduzidos desde cedo na alimentação infantil. Neste contexto, foram planejadas oficinas culinárias com o objetivo de promover a introdução adequada da alimentação complementar, direcionada a pais e cuidadores de crianças menores de um ano de idade que frequentam uma Unidade de Saúde Especializada em Curitiba. Foram planejadas para 2012 nove oficinas culinárias, das quais 4 oficinas já foram realizadas. Estas foram iniciadas com o acolhimento dos participantes e apresentação da equipe, composta pela professora da Universidade Federal do Paraná, nutricionistas residentes em saúde da família, chefe de cozinha e estudantes do Projeto de Extensão do curso de Nutrição, buscando criar um ambiente propício para a formação de vínculo e a troca de saberes. Inicia-se uma roda de conversa, buscando trocar informações sobre alimentação das crianças no primeiro ano de vida e a necessidade de adaptação dos alimentos de acordo com o desenvolvimento da criança. A oficina culinária conta com a participação de um chefe de cozinha, que expõe de forma prática como escolher, pré-preparar, cozinhar e combinar os alimentos para as papas salgadas e de frutas. As preparações são realizadas em conjunto com os participantes, esclarecendo dúvidas e incentivando a diversificação de alimentos para o consumo da criança. É realizado um momento de degustação das papas, visando discutir sobre o paladar do bebê, o uso de temperos naturais, o não uso de sal e de açúcar, incentivando a preparação de papas naturais e nutritivas. Também é discutido sobre higiene no preparo, necessidades de nutrientes da criança, o porcionamento adequado e a distribuição dos alimentos no prato, além do esquema alimentar para o dia a dia, sempre incentivando a manutenção da prática do aleitamento materno. Durante a oficina é distribuída uma cartilha sobre a alimentação infantil, elaborada pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba/PR, baseada nas últimas recomendações sobre a alimentação infantil. As oficinas propiciaram um ambiente onde os cuidadores das crianças puderam expor suas dúvidas em relação à alimentação complementar, promovendo a troca de saberes entre os participantes de modo a favorecer uma relação dialógica sobre o tema. As atividades realizadas contribuíram para o apoderamento dos participantes com relação à alimentação e promoção da saúde de seus filhos, pois a família oferece amplo campo de aprendizado social à criança contribuindo para a formação de um padrão de comportamento alimentar adequado. OFICINA DE AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA NACIONAL PARA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SAUDÁVEL 1 2 3 Maria Janaína Cavalcante Nunes , Karine Anusca Martins , Eliza Vieira Oliveira , Narayanne 4 Antonelli Calácio Coordenação de Vigilância Nutricional – GVEDNT/SUVISA/Secretaria de Estado da Saúde de Goiás [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável (ENPACS) é uma proposta do Ministério da Saúde que pretende fortalecer as ações de apoio e promoção à alimentação complementar saudável no Sistema Único de Saúde (SUS), assim como incentivar a orientação alimentar como atividade de rotina nos serviços de saúde. A Coordenação de Vigilância Nutricional (CVN) é a responsável pela implementação da Estratégia em Goiás. No Estado em 2011, foram realizadas seis oficinas, nas quais formaram-se 133 tutores, sendo necessário avaliar a implantação desta Estratégia após um ano. OBJETIVO: Relatar a experiência de execução da “I Oficina de Avaliação da Implementação da Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável em Goiás”. METODOLOGIA: A Oficina desenvolveu-se no dia 06 de março de 2012, no município de Goiânia. Participaram da atividade 51 profissionais de saúde de 20 municípios, sendo que 47 participantes eram tutores da ENPACS. A Oficina se desenvolveu em nove etapas distintas: 1) dinâmica de acolhimento; 2) aplicação de pré-teste sobre a alimentação complementar saudável; 3) preleção com participação dirigida acerca da ENPACS e sua implantação em Goiás; 4) apresentações de relatos de experiência dos municípios de Jataí, Rio Verde, Goiânia e São Luiz de Montes Belos, como estímulo à formação de novos tutores e rodas de conversa; 5) dinâmica de diagnóstico, em que cada município ou regional recebeu uma cópia do plano de ação elaborado e avaliou sua implementação; 6) apresentação dos grupos, na qual os municípios relataram as ações planejadas e executadas, pontuando sua ocorrência, parcerias firmadas e dificuldades enfrentadas, sendo que aquelas não realizadas deveriam ser justificadas, além de um quadro avaliativo com fatores que influenciaram negativamente os tutores a cumprir as metas para a ENPACS; 7) dinâmica de planejamento, oportunidade para elaboração de um novo plano de ação; 8) apresentação dos grupos sobre o novo planejamento; 9) avaliação final da Oficina. RESULTADOS ALCANÇADOS: Em relação ao pré-teste, observou-se um índice de acertos de 85,12%, percentual inferior à média das oficinas realizadas anteriormente (92,25%), o que pode ser justificado pelo tempo decorrido entre a formação de tutores e a Oficina de avaliação ou falta de atualização sobre o tema após a formação. Acerca do quadro avaliativo, os fatores que mais influenciaram negativamente na opinião dos tutores foram: a sobrecarga devido a outras atividades, a falta de adesão e motivação dos profissionais, o excesso de atividades planejadas e a falta de incentivo financeiro e de recursos humanos. A Oficina constituiu um método eficaz de discutir sobre a situação da implantação da ENPACS nos municípios, de analisar as dificuldades encontradas na execução das ações relacionadas à Estratégia e um ótimo momento de incentivar e sensibilizar os profissionais a planejar, executar e melhorar a implementação das ações relacionadas à ENPACS. Estratégias de promoção, proteção e apoio à amamentação no município do Rio de Janeiro: como conquistamos do Prêmio Bíbi Vogel - 2011! 1 2 3 Rosane Valéria Viana Fonseca Rito , Martha Andrade Vilela e Silva , Geila Cerqueira Felipe , 4 5 6 Jorginete de Jesus Damião , Joana D'Arc Dantas , Luciana Azevedo Maldonado , Flavia Bessa 7 8 9 10 da Silva , Elda Lima Tavares , Cleo Mello Lima , Viviane Manso Castello Branco , Marcia 11 12 Regina Cardoso Torres , Sheila Rotenberg Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: a promoção da amamentação é uma das ações básicas para o pleno crescimento e desenvolvimento e tem grande impacto na redução da morbi-mortalidade infantil. A cidade do Rio de Janeiro vem investindo em ações como Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAAM), Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), Bancos de Leite Humano e Rede de Postos de Recebimento de Leite Humano Ordenhado, Acolhimento MãeBebê, comemorações da Semana Mundial da Amamentação (SMAM) e Semana do Bebê Carioca – Rio a Cidade que Amamenta. OBJETIVO: aumentar a prevalência de aleitamento materno exclusivo (AME) entre os menores de 6 meses e do aleitamento materno (AM) complementado até os 2 anos. METODOLOGIA: o município possui 5 maternidades da sua rede com o título de HAC, e continua a investir nesta estratégia por meio da capacitação e reciclagem de profissionais. Lançada em 1999, a IUBAAM visa à mobilização das unidades básicas de saúde (UBS) para a adoção dos “Dez passos para o sucesso da amamentação”. Mais de 5 mil profissionais já foram capacitados e 17 unidades já se credenciaram como “Amiga da Amamentação”. O “Acolhimento Mãe-bebê” estabelece referências para uma recepção humanizada após a alta da maternidade, integrando ações para a puérpera e para o recém-nascido, incluindo o incentivo ao aleitamento materno. Seis os bancos de leite humano e 10 postos de recebimento de leite humano ordenhado contribuem para a assistência aos recém-nascidos de riscos internados em unidades neonatais no município. Mais recentemente vem se investindo na formação de tutores para a promoção da amamentação em creches da Secretaria Municipal de Educação e para ampliação da rede de empresas que garantam o direito da licença maternidade de 180 dias e da instalação das salas de apoio à amamentação. Em 2011, mais de 4 mil pessoas participaram da 1ª Semana do Bebê Carioca – Rio a Cidade que Amamenta, encerrando as comemorações da Semana Mundial da Amamentação. Resultados alcançados: Por tudo isso, o Ministério da Saúde concedeu à cidade do Rio de Janeiro o Prêmio Bíbi Vogel – 2011, em reconhecimento às ações de promoção, proteção e apoio à amamentação. A tendência de aumento da prevalência de AME e AM tem sido observada nas pesquisas sobre práticas alimentares no primeiro ano de vida, realizadas nas Campanhas Nacionais de Vacinação (1996, 1998, 2000, 2003, 2006 e 2008), observando-se o aumento da prevalência do AME entre crianças menores de seis meses de 13,7% (1996) para 40,7% (2008) e a de AM entre crianças menores de doze meses de 61,2 (1996) para 73,2 (2006). Observa-se o resgate da cultura da amamentação e o fortalecimento do trabalho coletivo e a integração de diversas categorias profissionais em prol da valorização de uma das principais ações para o pleno desenvolvimento da Primeira Infância. As prevalências de aleitamento materno ainda não são satisfatórias, porém, pode-se dizer que o aumento está ocorrendo em uma escala bastante favorável. 1ª SEMANA DO BEBÊ CARIOCA - RIO A CIDADE QUE AMAMENTA: MOBILIZAÇÃO EM PROL DA PRIMEIRA INFÂNCIA 1 2 3 Rosane Valéria Viana Fonseca Rito , Martha Andrade Vilela e Silva , Geila Cerqueira Felipe , 4 5 6 Cleo Mello Lima , Flavia Bessa da Silva , Juliana Oliveira Amancio , Natalia dos Santos 7 8 9 Freitas , Danillo Gonçalves de Barros , Luciane Veríssimo do Nascimento , Jorginete de Jesus 10 11 Damião , Viviane Manso Castello Branco Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: a Primeira Infância é o período no qual são desenvolvidas as capacidades motoras, cognitivas, sócio-afetivas e de linguagem, sendo fundamental cuidar da criança desde a gestação, favorecendo o estabelecimento do vínculo entre mãe e filho. A amamentação é uma das ações que favorecem o início da vida com qualidade. Essa é uma tarefa de responsabilidade da família, do Estado, mas que deve ser compartilhada com toda a sociedade. A "1ª Semana do Bebê Carioca - Rio a Cidade que Amamenta" surgiu a partir da experiência nas comemorações da Semana Mundial da Amamentação da cidade do Rio de Janeiro associada à proposta apresentada pela UNICEF. OBJETIVO: mobilizar a sociedade carioca sobre a importância de ações que priorizem a Primeira Infância, valorizando a amamentação. MÉTODO: entre abril e agosto de 2011, uma comissão formada por integrantes do Nível Central da SMSDC-RJ e das 10 coordenações regionais planejou e mobilizou a rede municipal de saúde por meio de reuniões, cartazes, folders e banners, redes sociais e das grandes mídias, com vistas à mobilização de profissionais e da população em geral para a Semana. Resultados alcançados: A 1ª Semana do Bebê Carioca, de 22 a 28 de agosto, englobou: Seminário sobre a valorização da Primeira Infância, destacando especialmente a amamentação e a alimentação complementar saudável, e a paternidade responsável, contando com mais de 340 participantes; Mostra de 47 trabalhos científicos ou relatos de experiências e Mostra de 100 fotografias pela valorização da amamentação e da paternidade; Fórum "Rede Rio de Bancos de Leite Humano: Visão de Futuro”, com 88 inscritos e Exposição durante toda a semana da Mostra “Amamentação e Vida” da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, na Estação de Metrô da Carioca. No dia 28, aconteceu, no Aterro do Flamengo, a mobilização popular que reuniu cerca de 4000 pessoas, com cerca de 2000 mães amamentando. A Prefeitura disponibilizou 72 ônibus para transporte de mães, familiares e profissionais de saúde. As atividades desenvolvidas foram: Feira de Saúde, com 40 tendas abordando 34 temas referentes à saúde da criança; Mostra dos “Talentos que Promovem a Amamentação”: 17 apresentações de números musicais e 5 teatros e 1 poesia; “Espaço Brincar”, criado sob uma lona de circo, com o objetivo de acolher e interagir com as crianças, onde foram realizadas: contação de histórias, apresentação de teatro e diferentes brincadeiras, que proporcionam o estímulo cognitivo e motor. Acreditamos que o evento fortaleceu o vínculo entre profissionais de saúde e a comunidade e proporcionou também a discussão sobre os temas que envolvem a primeira infância, em especial sobre a importância do aleitamento materno e vínculo familiar. Resultados que certamente refletem as ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno desenvolvidas na cidade e que foram reconhecidas pelo Ministério da Saúde, por meio da conquista do Prêmio Bíbi Vogel, edição 2011, pela Região Sudeste. Qualificação dos profissionais da atenção básica do município de Belo Horizonte sobre a Estratégia Nacional para a Alimentação Complementar Saudável 1 2 SUELLEN FABIANE CAMPOS , Milene Cristina do Carmo Henriques , Kimielle Cristina da 3 4 5 Silva , Maria Tereza Rodrigues Gouveia , Camila Teixeira Nominato Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte [email protected] Resumo A adequação nutricional dos alimentos complementares é fundamental para o desenvolvimento das crianças e previne doenças como desnutrição e sobrepeso. A necessidade de fortalecimento das ações de apoio e promoção à alimentação complementar saudável no Sistema Único de Saúde (SUS) fez surgir a Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável (ENPACS), que tem como objetivo incentivar a orientação da alimentação complementar como atividade de rotina nos serviços de saúde, respeitando a identidade cultural e alimentar das diversas regiões. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) adotou a ENPACS, recebendo técnicos do Ministério da saúde que treinaram seus nutricionistas, a fim de que esses fossem multiplicadores para as demais categorias profissionais da rede. Desde então, vem acontecendo diversas capacitações para as equipes de saúde da família(ESF), Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF) e mesmo para os profissionais das escolas da prefeitura e conveniadas. OBJETIVO: Avaliar o alcance dos conhecimentos transmitidos durante a oficina de capacitação sobre a ENPACS de 50 profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) no distrito sanitário Barreiro em Belo Horizonte - Minas Gerais. METODOLOGIA: A avaliação do alcance foi mensurada por meio de aplicação, análise e comparação de questionários de pré-teste e pós-teste. Participaram da capacitação fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais,educadores físicos, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. RESULTADOS: Observou-se que quando as questões são sobre “o que não deve ser feito”, muitas pessoas já possuem conhecimento, pois antes da capacitação 93% dos profissionais já entendiam que uma criança não deve receber guloseimas quando doentes ou convalescentes. Todavia, quando é sobre “o que deve ser feito” a situação não é a mesma, uma vez que não haviam muitos profissionais que acreditavam que a alimentação complementar precisasse respeitar a disponibilidade regional e a sazonalidade, e que fosse recomendado o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições da criança. Em suma, pode-se averiguar que aumentaram o número de respostas corretas após a capacitação, sugestivo de que o objetivo principal de melhorar o conhecimento dos profissionais participantes da oficina a respeito de alimentação complementar foi atingido. Conclusão: Ações para difundir a noção de alimentação complementar saudável são imprescindíveis dadas as dúvidas que surgem dentre as diversas categorias profissionais. Acredita-se que o nivelamento desse conhecimento propiciará o desenvolvimento de ações cada vez mais integrais dentro do SUS, favorecendo o menor risco de adoecimento da população. Os profissionais do SUS são importantes pilares na construção de uma rede de promoção da alimentação complementar saudável na comunidade, sendo atores imprescindíveis na propagação da ENPACS. Nove Luas: Vivênciando as Fases da Gestação Saudável 1 2 3 Agnes Félix , Diôgo Vale , Ilanna Marques Gomes da Rocha , Amanda Maria de Jesus 4 5 6 Ferreira , Camila Vasconcelos de Arruda Oliveira , Marcela Berckmans Viégas Costa Dantas , 7 Ricardo Andrade Bezerra Rio Grande do Norte - Natal [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A intenção de encenar práticas educativas alimentares nos serviços de saúde capazes de promover maior autonomia das gestantes durante este ciclo de vida instigou a equipe de saúde a planejar o projeto Nove Luas, na USF Cidade Praia no município de Natal/RN. Nesse projeto houve a participação dos alunos da UFRN que cursavam a disciplina Saúde e Cidadania. OBJETIVOS: O Nove Luas objetivou articular a formação do grupo de gestantes na perspectiva de integração entre as usuárias, e com as equipes de saúde; facilitar o acesso ao cuidado buscando a integralidade de forma multidisciplinar, potencializando as ações oferecidas; promover atividades de educação participativa através de rodas de conversa, compartilhando saberes e estimulando a capacidade de reflexão acerca das questões gerais da vida cotidiana da gestante; contribuir para o exercício da autonomia na escolha consciente, livre e informada do método contraceptivo; formar multiplicadores de saúde, para troca de experiências e apoio/suporte em novos cursos; estimular as práticas de alimentação saudável, tanto das gestantes quanto dos seus filhos, futuramente. METODOLOGIA: Cada encontro foi mediado por dois profissionais de saúde que após a observação participante registraram fatos, comportamentos, e contextos, pela oportuna convivência cotidiana com o grupo. As discussões promovidas nos encontros estavam relacionados à gravidez, parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido. Cada reunião tinha um foco profissional diferente, assim proporcionando uma abrangência multiprofissional do tema. Na lua (como era chamado o encontro) de Nutrição foram abordados temas como: alimentação na gestação, aleitamento materno, alimentação da mãe durante o aleitamento e alimentação complementar. RESULTADOS: Durante esses encontros foi proporcionado um ambiente de dialógico e democrático, centrado no respeito e na valorização da individualidade de cada participante, compartilhando e construindo coletivamente saberes e práticas. Os resultados alcançados visualizados tanto pela satisfação da equipe em vivenciar o processo, como pela forma interativa das gestantes expressada no prazer em participar da experiência e no reconhecimento da importância da aprendizagem para seu cotidiano. Foram muitas as lições aprendidas tanto com os resultados positivos como com as dificuldades surgidas no percurso. Constatou-se que a experiência possui viabilidade de reprodução em outras unidades de saúde, como também a sua utilidade para formação de agentes multiplicadores. RODA DE CONVERSA 6 – ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO NUTRICIONAL FLUXO DE ENCAMINHAMENTO DE PACIENTES PARA O ATENDIMENTO NUTRICIONAL: a experiência do município de Itajaí/SC. 1 2 3 Alessandra Monestel , Panmela Soares , Letícia Maria Arceno , Claudia Maria Pietrobon 4 5 6 Bauer , Rafaela Vidal da Silva , Ana Luiza Reis Vasques Itajaí/SC [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: Evidencia-se nos últimos anos o aumento no número de pessoas com patologias associadas à alimentação. Com vista à ampliação dos atendimentos à população, a Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí dispõe de 5 nutricionistas em seu quadro técnico, vinculadas à Diretoria de Atenção à Saúde (DAS). Frente às distintas patologias e o grande número de pessoas buscando atendimento evidenciou-se a necessidade de se organizar um fluxo de atendimento, visando maior agilidade e eficiência no acompanhamento nutricional da população. OBJETIVO: Elaborar um fluxo de encaminhamento dos pacientes para o atendimento nutricional. METODOLOGIA:Primeiramente, no ano de 2010 foram realizadas reuniões com as nutricionistas da DAS para estabelecer as regiões da cidade de atendimento para cada nutricionista, assim como o fluxo de encaminhamento. Em um segundo momento foi passado o fluxo em reunião para todas as unidades de saúde, através dos enfermeiros e coordenadores. Itajaí possui mais de 180 mil habitantes, de forma a realizar o atendimento a população em 27 Unidades de Saúde, dos quais 3 localizam-se em zona rural e 21 possuem Estratégia de Saúde da Família. Dos profissionais nutricionistas integrantes do quadro técnico da DAS, 2 estão lotados em nível central, na Secretaria Municipal de Saúde, sendo uma responsável pelo Programa Bolsa Família e o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), já a outra nutricionista da DAS é responsável pelo atendimento aos pacientes acamados e aquisição, distribuição e controle das fórmulas industrializadas(via licitação),as quais são distribuídas aos pacientes com necessidades especiais, de acordo com protocolo específico. Cabe salientar que a opção pela centralização dos atendimentos aos pacientes acamados se justifica frente às dificuldades enfrentadas de transporte para a realização das visitas. Os demais nutricionistas estão lotados em distintas Unidades de Saúde, estrategicamente selecionadas, visando facilitar o acesso a população. São realizados mensalmente mais de 300 atendimentos nutricionais, entre retornos e primeiras consultas. De forma a facilitar a distribuição das formulas infantis, quando necessário, todas as crianças com processos alérgicos ou intolerâncias, assim como as com desnutrição grave, são encaminhadas pelo médico responsável ou enfermeira da atenção básica, para o nutricionista lotado em um centro de referencia. O restante da população é encaminhado de acordo com o bairro de residência, para os outros dois profissionais lotados em policlínicas. RESULTADOS ALCANÇADOS: O fluxo agilizou o processo de identificação e encaminhamento dos pacientes e/ou familiares para os locais de referência, onde estão os nutricionistas, proporcionando acompanhamento adequado e maior agilidade no serviço. No entanto destaca-se, entre as dificuldades enfrentadas, frente ao número reduzido de profissionais, a dificuldade de se desenvolver um maior número de ações de prevenção de doenças e promoção da saúde. Gestão de referência e contra-referência entre Bancos de Leite Humano e a Atenção Básica em Saúde para promoção do aleitamento materno e doação de leite humano. 1 2 Cristiano Siqueira Boccolini , Rosane Valéria Fonseca Viana Rito 4 Bancos de Leite Humano da SMSDC da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, - Programa 5 de Saúde da Criança da SMSDC da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, - Equipes de 6 Saúde da Família da SMSDC da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, - Unidades de Atenção Básica em Saúde da SMSDC da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: As ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno tem melhorado os padrões de aleitamento materno nas últimas décadas. Os Bancos de Leite Humano (BLHs) são um componente dessas ações, sendo um desafio a integração de suas ações essencialmente hospitalares com a Atenção Básica em Saúde. OBJETIVO: Descrever o processo de integração de ações de saúde e nutrição entre os BLHs, as unidades de atenção básica em saúde, e as comunidades adstritas. METODOLOGIA: Trata-se de relato de experiência de parceria entre BLHs e a atenção básica em saúde, tendo como elo a promoção do aleitamento materno, e como eixo a promoção da saúde e a gestão de referencia e contrareferência. Realizou-se estudo piloto, elaboração de plano de ação e expansão para a rede municipal de atenção básica. RESULTADOS ALCANÇADOS: O principal produto dessa experiência foi a criação do que se denominou Entrepostos de Coleta de Leite Humano Ordenhado , onde, em suma, as unidades de básicas de saúde incentivam a doação e coleta domiciliar de leite materno, armazenando temporariamente essa doação até que um BLH possa recolher e processar o leite doado. Os Entrepostos de Coleta são uma iniciativa pioneira a nível nacional, com reconhecimento do Centro de Gestão e Referência do Instituto Fernandes Figueira. A ação piloto vem sendo desenvolvida entre uma unidade de atenção básica em saúde e um BLH da Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro/RJ desde 2007, com os seguintes resultados: sensibilização das nutrizes da área de abrangência; construção coletiva de conhecimentos entre profissionais de saúde e a comunidade; participação das unidades de atenção básica em saúde em campanhas de doação de leite materno; coleta de até de dez litros de leite doados/mês; e o principal: fortalecimento das redes de apoio interinstitucional e interdisciplinar e da referência e contra-referência. Mudou, também, a relação das mães da comunidade adstrita com os BLHs, uma vez que as mesmas sentem-se responsáveis pelo bem estar das gestantes (amigas ou conhecidas) que terão seus filhos na maternidade que abriga o BLH de referência. A partir desse piloto, todos os atores envolvidos se reuniram e foi elaborado um plano de ação a nível municipal composto de 5 etapas: 1planejamento da ações; 2-capacitação e treinamento; 3-prospecção; 4-operacionalização; e 5avaliação e acompanhamento. Atualmente, sob a gestão do Programa de Saúde da Criança e apoiado pela Gerência de DST/AIDS e Instituto de Nutrição Annes Dias da SMSDC/RJ, existem cinco BLHs e nove unidades de atenção básica engajados, tendo capacitado mais de 60 profissionais de saúde, com resultados semelhantes aos da experiência piloto. Conclui-se que é possível replicar essa ação em toda a rede de atenção primária de saúde e BLHs, desde que mantidos os processos de diálogo, empoderamento, advocacy; e formação de redes entre os atores, sempre objetivando a promoção de saúde da comunidade. ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE PACIENTES ACAMADOS NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ/SC. 1 2 3 Letícia Maria Arceno , Alessandra Monestel , Panmela Soares , Claudia Maria Pietrobon 4 5 6 Bauer , Rafaela Vidal da Silva , Ana Luiza Reis Vasques Itajaí/SC [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: Sabe-se que a má nutrição afeta todo o sistema corporal, podendo levar à perda de peso, atrofia muscular e redução da massa tecidual, além de ser um dos fatores mais relevantes na etiologia das úlceras de pressão. Em qualquer período da existência, a adequada alimentação e a boa nutrição são fatores essenciais para a qualidade de vida. Percebendo a necessidade de um olhar diferenciado para os indivíduos acamados organizou-se na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Itajaí/SC, um fluxo de atendimento domiciliar do serviço de nutrição para o acompanhamento destes pacientes. OBJETIVO: Avaliar e acompanhar os pacientes acamados que necessitam de suporte nutricional residentes no município de Itajaí/SC. METODOLOGIA: Encaminhamento - Os responsáveis pelos pacientes acamados e que necessitam de suporte nutricional são encaminhados pelas equipes de saúde das Unidades de Saúde ou do Hospital de referência à nutricionista na SMS juntamente com documentos pré-determinados. O responsável pelo paciente acamado entrega à nutricionista na SMS a prescrição da fórmula nutricional, o comprovante de residência, o RG, o cartão de saúde, o telefone de contato e recebe orientação prévia verbal e escrita acerca dos procedimentos para manipulação da fórmula nutricional via enteral em domicílio. Após receber orientação, o responsável recebe a fórmula nutricional para ser oferecido ao paciente acamado e na sequencia a nutricionista agenda a visita domiciliar. Acompanhamento - O paciente é acompanhado periodicamente pela nutricionista de referência através de visitas domiciliares. Durante a visita, a nutricionista realiza anamnese clínica-alimentar, verifica sinais e sintomas apresentados pelo paciente, verifica circunferência do braço e/ou panturrilha e reforça as orientações dadas anteriormente, bem como prescreve novas orientações e adequa a dieta. Dependendo do caso, o paciente pode ser pesado através de balança portátil digital. O desligamento do acompanhamento se dá através de alta prescrita pela nutricionista/médico ou óbito. RESULTADOS ALCANÇADOS: Atualmente são acompanhados pela nutricionista domiciliar em torno de 60 pacientes/mês, entre homens e mulheres. Cerca de 10 novos pacientes são encaminhados para o acompanhamento nutricional mensalmente. A maioria dos casos são de pacientes idosos acometidos por acidente vascular cerebral (AVC) ou com câncer. Através dos acompanhamento nutricional verificou-se melhora no quadro clínico de vários pacientes, tais como: estabilização ou aumento do peso, melhora de úlceras por pressão, melhora da qualidade de vida do paciente bem como melhora de sintomas clínicos apresentados pelo mesmo. Apesar das dificuldades encontradas para a realização das visitas, como disponibilidade de carro para a realização das visitas, o fluxo de encaminhamento,acompanhamento e fornecimento de fórmula nutricional (adquirida via licitação) ao paciente acamado vem funcionando de forma eficaz no município de Itajaí. Implementação das Ações de Alimentação e Nutrição no NASF de Campo Belo-MG: Promoção da alimentação saudável nas diferentes fases do curso da vida. Thatiane Martins Coelho Carvalho Campo Belo -MG [email protected] 1 Resumo A transição nutricional no Brasil é marcada pela dupla carga de doenças, com a convivência de doenças infecciosas e transmissíveis, desnutrição e carências nutricionais específicas e de Doenças Crônicas Não transmissíveis relacionadas à alimentação, tais como obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer, em todas as faixas de renda da população, em particular entre as famílias de menor poder socioeconômico. Esses problemas de saúde e nutrição implicam uma mobilização de recursos econômicos, financeiros, políticos e sociais que poderiam ser evitados a partir de ações de promoção e prevenção, reduzindo também os custos no sistema de saúde. OBJETIVOS: Sensibilizar e estimular a população atendida a desenvolver práticas alimentares saudáveis prevenindo e controlando distúrbios e doenças nutricionais; Evidenciar a importância do Nutricionista na Atenção Primária. METODOLOGIA: As ações da Nutricionista no NASF de Campo Belo - MG iniciou em março de 2009 após realização da prova do Processo seletivo em novembro de 2008. Depois de conhecer as áreas de abrangência do NASF de Campo Belo, fez reuniões nos 10 PSF’s para interagir com a ESF e efetuar um levantamento de dados sobre a história clínica dos usuários cadastrados. Após coletar estes dados, foi realizado o diagnóstico das áreas, o planejamento das ações de alimentação e nutrição e elaboração do cronograma destas atividades junto com a ESF e coordenação do NASF. São realizadas as seguintes ações de alimentação e nutrição: Palestras com recursos audiovisuais para usuários dos PSF’s e/ou outros setores e instituições; distribuição de materiais educativos; atividades compartilhadas nos grupos dos PSF’s e do NASF; oficinas com crianças, atendimento nutricional individual e coletivo nas UBS, visitas domiciliares e educação nutricional nas escolas do município e zona rural. RESULTADOS ALCANÇADOS: A partir da leitura dos prontuários, discussão dos casos com a ESF e através dos relatos verbais e escritos dos pacientes atendidos de forma individual e coletiva nos PSF's, dos professores, diretores e alunos das escolas trabalhadas, foi possível observar algumas mudanças positivas em relação às práticas alimentares, controle dos exames laboratoriais e pressão arterial, número significativo de pacientes que emagreceram e/ou atingiram o estado nutricional de eutrofia, autoestima elevada e maior preocupação da população em relação ao diagnóstico nutricional e hábitos alimentares saudáveis. E por meio destes resultados demonstrou-se a importância do Nutricionista na Atenção Primária. É importante a integração dos nutricionistas em todas as ações de cuidado à saúde, desenvolvidas pela atenção básica, nestas diferentes fases, tais como assistência integral à saúde da criança, ao adolescente, à mulher, ao adulto e ao idoso. Pois, ao mesmo tempo em que auxilia na prevenção de doenças e promoção da saúde, atua de forma significativa no atendimento à população. O uso da Terapia Nutricional Oral como estratégia de ampliação do cuidado a pacientes portadores de HIV/AIDS em Santa Maria – RS 1 2 ANA PAULA SEERIG , Francine Gonçalves Gabbardo , Mauri Schwanck Behenck Santa Maria - RS [email protected] 3 Resumo Santa Maria é um município da região central do RS, com uma população de 261.031 habitantes (IBGE, 2010). A Política Municipal de HIV/AIDS foi implantada em 2004, sendo desenvolvida na Casa Treze de Maio por uma equipe multiprofissional, a qual realiza ações de prevenção e assistência em Doenças Sexualmente Transmissíveis, HIV/AIDS e hepatites virais. Especificamente em relação à intervenção nutricional em pacientes portadores de HIV/AIDS, sabe-se que uma alimentação saudável pode contribuir para o aumento dos níveis dos linfócitos T CD4, melhorar a absorção intestinal, diminuir os agravos provocados pela diarréia, perda de massa muscular, síndrome da lipodistrofia, entre outros sinais e sintomas (BRASIL, 2006). Visando à integralidade do cuidado a este usuário, observa-se que além do uso da Terapia Antirretroviral (TARV), quando necessário, o usuário requer um aporte nutricional adequado, o que muitas vezes não é alcançado por via oral, necessitando assim, de suplementação por Terapia Nutricional Oral (TNO). Verificar o efeito do uso de suplementos alimentares em portadores de HIV/AIDS que apresentaram déficit nutricional, assistidos pelo serviço de referência municipal de HIV/AIDS. A necessidade do uso da TNO é verificada no momento da consulta com nutricionista, mediante avaliação clínica e antropométrica do estado nutricional deste usuário, aceitação da suplementação prescrita, evolução dos sintomas gastrointestinais; podendo ser administrada de 1 a 3 vezes ao dia. Os suplementos são disponibilizados mensalmente e reavaliados sempre que o usuário retorna ao serviço. Dos 260 pacientes atendidos pelo serviço, trinta já receberam TNO. Atualmente, são disponibilizados os seguintes suplementos: a) suplementos em pó, nutricionalmente completo; b) módulo de maltodextrina, albumina e de fibras solúveis; c) nutrição líquida hiperprotéica, enriquecida com nutrientes imunomoduladores; d) suplemento líquido hiperprotéico e hipercalórico; e) nutrição líquida normocalórica, hiperprotéica e isenta de sacarose; f) espessante; e g) nutrição completa em pó para crianças de 1 a 10 anos. Estes produtos são subsidiados com recursos previstos pelo Plano de Ações e Metas, através de incentivo do Ministério da Saúde e vêm sendo utilizados desde 2009. Os pacientes suplementados apresentaram aumento do peso corpóreo e consequentemente melhora do diagnóstico nutricional. Destacamos que o uso do suplemento de fibra solúvel tem sido muito bem tolerado pelos pacientes portadores de HIV/AIDS que apresentaram diarréia secundária ao uso de TARV, sugerindo ser extensivo a esse grupo de pacientes, os benefícios já conhecidos deste produto na população em geral. Os achados sugerem uma provável melhora na qualidade de vida e possível contribuição da TNO para o fortalecimento do sistema imunológico, ressaltando o importante papel que a intervenção nutricional representa no manejo de pacientes com tal patologia. Construção do Protocolo de DE DISPENSAÇÃO DE FÓRMULAS ALIMENTARES PARA ADULTO E IDOSO NO SUS-BH 1 2 3 Camila de Almeida Teixeira Nominato , Kimielle Crisitna Silva , Janete dos Reis Coimbra , 4 5 Cristiane Hernandes da Silva , Suellen Fabiane Campos Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte [email protected] Resumo INTRODUÇÃO:Mudanças ocorridas nos últimos anos no perfil epidemiológico e demográfico da população aumentou as solicitações de fórmulas de nutrição enteral para adultos e idosos. A alta hospitalar de pacientes com alimentação pela via enteral e a instituição da Terapia Nutricional Enteral Domiciliar(TNED) constitui-se em problemática a ser abordado. Entende-se por TNED o conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação. do estado nutricional do paciente, cabendo ao Nutricionista a prescrição dietética. OBJETIVOS: Implantar o Protocolo para dispensação de formulas industrializadas; Definir critérios clínicos e nutricionais para disponibilização de formulas; Definir fluxo para a organização da liberação de fórmulas alimentares. METODOLOGIA: Criou-se grupo para realizar estudo da demanda de fórmulas industrializadas e definir critérios de prioridade para a concessão de dietas, visto o elevado custo da dieta enteral industrializada, a baixa qualidade de muitas dietas artesanais, o despreparo de equipes de saúde na atenção a estes pacientes, agravado pela falta de estabelecimento de fluxos de referência e contra referência entre os níveis de atenção a saúde. Priorizou os usuários portadores de: distúrbio de absorção de nutrientes e diarréia sem melhora com medidas clinicas e dietéticas; insuficiência renal crônica severa ou dialítica, com restrição importante de volume que não permita o manejo com dieta artesanal; pré e pós-operatório de cirurgias do trato gastrointestinal ou transplantes; presença de ùlceras por pressão grau III e IV. Organizou um novo fluxo no qual o usuário é avaliado pela ESF/NASF, para avaliar se o usuáro se encaixa nos critérios para liberação de fórmula industrializada ou prescriação de dieta artesanal padronizada na SMSA. A fórmula industrializada é liberada pelo nível central e distribuida na Central de Atendimento a Liminar Judicial. De acordo com a evolução do estado clinico e nutricional é realizado a transição para dieta artesanal. RESULTADOS ALCANÇADOS: Diminuição do tempo de espera pela dieta, pela melhor integração do setor de compras e Centro de Atendimento a Liminar Judicial. Garantia do direito à alimentação adequada e implementação da Política, com critérios clínicos, nutricionais e laboratoriais, o que fortalece as ações de alimentação e nutrição na APS e respalda o trabalho desenvolvido pelos profissionais. A assistência nutricional à paciente com vias alternativas de alimentação conta com profissionais capacitados para prescreverem dietas e orientarem os usuários dos critérios para o recebimento de fórmulas alimentares industrializadas. PROGRAMA DE ATENÇÃO NUTRICIONAL ÀS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS DE ALIMENTAÇÃO: PROTOCOLO E PERFIL DO PÚBLICO ASSISTIDO. 1 2 3 Sergiane Rosa Braz , Tátila Lima de Oliveira , Bibiana Arantes Moraes , Lívia Lislie Ferreira 4 5 6 Salgado , Waleska Fonseca Campos de Oliveira , Cristine Henkes Departamento de Nutrição, Secretaria Municipal de Saúde de Rio Verde-GO [email protected] Resumo O Programa de Atenção Nutricional (PAN) de Rio Verde – GO iniciou suas atividades em 2009 e atende o município de Rio Verde, situado na região Sudoeste do estado de Goiás. É financiado pelo Fundo Municipal de Saúde, com gasto anual de aproximadamente um milhão de reais. O programa atende principalmente crianças até os três anos de idade, com diagnóstico de intolerância à lactose, alergia à proteína do leite de vaca, soja ou múltiplas proteínas, além de erros inatos do metabolismo, baixo peso, doenças que comprometam o funcionamento do aparelho gastrointestinal, adultos e idosos que estão em terapia nutricional com uso de sonda. O objetivo do programa é estabelecer um protocolo para o diagnóstico correto e redução de custos, a garantia de suplementação e fórmula infantil a quem realmente necessita, bem como incentivar e retomar o aleitamento materno sempre que possível. O protocolo atualmente consiste no acolhimento do paciente verificando se apresenta a devida documentação e preenchimento da ficha social pelo assistente social, em seguida encaminhado aos nutricionistas responsáveis para preenchimento da Ficha Nutricional e Clínica (FNC) com os dados pessoais (identificação, dados sócio-econômicos e demográficos), nutricionais (recordatório de 24h e o estado nutricional), clínico (sinais e sintomas, avaliação da prescrição e laudo médico e exames realizados), questões relativas a mãe, ao aleitamento materno e ao parto da criança. Caso haja parecer favorável, o responsável da criança recebe mensalmente de 50 a 100% da necessidade nutricional do suplemento ou fórmula, a variar de acordo com o custo e a renda da família. De 2009 a 2012 foram atendidas em média 750 crianças entre 01 mês a 03 anos de idade com alergias e intolerâncias alimentares. Atualmente estão cadastradas e recebendo o benefício 169 crianças; destas 41,9% apresentam intolerância à lactose, 29,5% refluxo gastroesofágico, 21,2% alergias múltiplas, 6,7% com baixo peso. Vale ressaltar que do total de 129 FNC avaliadas, 40% (n=51)receberam fórmulas infantis como pré-lacteos, anterior ao leite materno, nos primeiros 3 dias de vida (maior parte ainda na maternidade)tal prática já foi estabelecida na literatura como fator de risco para desenvolvimento de alergias alimentares, valendo realizar outros levantamentos para estabelecimento de outras associações e fatores de risco. O protocolo e FNC são importantes para conhecer a história clínica e nutricional do paciente e por meio do levantamento de outros dados será possível planejar políticas de ação preventiva dessas patologias. PROGRAMA DE FÓRMULAS ESPECIAIS: ACESSIBILIDADE E HUMANIZAÇÃO NA ATENÇÃO À SAÚDE DAS CRIANÇAS DE OLINDA 1 2 3 Vilma Ramos de Cerqueira , Claudia Feliciano da Silva , Raquel Patriota , Cintia Vilar 2 OLINDA -PE, - OLINDA -PE [email protected] 4 Resumo INTRODUÇÃO: A alergia alimentar atinge cerca de 6% das crianças menores de três anos, sendo considerado um problema de saúde pública pelo impacto médico, financeiro e social para as crianças acometidas e familiares. A falta de tratamento pode comprometer a saúde das crianças, causando desnutrição e anemia. O tratamento preconizado é a utilização de fórmulas ou dietas hipoalergênicas para suprir as necessidades nutricionais na ausência do leite. Cumprindo uma decisão judicial do Ministério Público, o município de Olinda passou a fornecer fórmulas especiais aos munícipes portadores de alergia à proteína do leite de vaca. Em 2010 a atual gestão da Secretaria de Saúde, numa decisão inédita decide implantar um Protocolo de atendimento assegurando o fornecimento das fórmulas aos pacientes que não mais necessitariam recorrer à Justiça para garantir seus direitos. Com a implantação dessa Portaria foram beneficiados além dos portadores de alergia, os pacientes com déficit nutricional e doenças crônicas graves. OBJETIVOS: Garantir o fornecimento de fórmulas especiais aos portadores de intolerância à lactose, e alergia à proteína do leite de vaca; definir critérios para dispensação dos produtos; disponibilizar suplementos nutricionais a pacientes com de déficit nutricional grave e doenças crônicas; criar mecanismos de acompanhamento aos pacientes. MEDODOLOGIA: A Portaria 27/2010 estabelece um trâmite administrativo que se inicia com o cadastramento dos pacientes encaminhados pelos Especialistas dos Centros de Referência em Alergia do SUS, os laudos com parecer são recebidos pela Ouvidoria da Secretaria de Saúde ou Coordenação de Nutrição. Os pacientes são acompanhados pelo Nutricionista do NASF que realiza visita domiciliar mensal, para monitoramento do estado nutricional. A partir das visitas são elaborados relatórios que garante a permanência, o desmame gradativo ou a alta do paciente de acordo com critérios estabelecidos na Portaria. RESULTADOS ALCANÇADOS: Atualmente cerca de 50 pacientes estão cadastrados no programa que são acompanhados regularmente para evolução do quadro clínico, orientação nutricional, armazenamento, preparo e uso adequado das fórmulas. Em relação às crianças em aleitamento materno, é estimulada a manutenção do aleitamento, nestes casos a dieta que deverá ser seguida pela mãe com restrição total de leite de vaca e derivados. O Município passou a exercer maior controle na condução do Programa, evitando distorções e desvios dos produtos adquiridos. Efetivamente esta resolução traduz-se em um salto de qualidade na assistência da saúde, garantindo o tratamento dos usuários do SUS com distúrbios nutricionais específicos e atendendo a uma prioridade da gestão, que é a resolutividade e humanização da atenção em saúde que tem proporcionado às crianças crescimento, desenvolvimento adequado e acompanhamento nutricional oportuno. ADOÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES ASSOCIADA À NUTRIÇÃO CLÍNICA NA ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE PARNAMIRIM(RN) – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 1 2 Ilanna Marques Gomes da Rocha , Glícia Fonseca de Moura , Teresa Cristina Pereira Nunes 3 4 5 6 da Costa , Agnes Félix , Ricardo Andrade Bezerra , Marcela Berckmans Viégas Costa Dantas , 7 Diôgo Vale Parnamirim - RN [email protected] Resumo Regulamentada pelo Ministério da Saúde no ano de 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) visa uma abordagem do individuo em sua integralidade, aplicando processos onde o paciente é avaliado como um todo, interligando a sua cultura, o meio em que vive e seus hábitos, e não se restringindo apenas ao diagnóstico clínico da doença. Nesta perspectiva, as práticas se complementam e se integram aos métodos de diagnósticos e tratamentos convencionais voltados para ações de proteção da saúde. Ainda de acordo com a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, na organização da atenção nutricional devem ser consideradas outras racionalidades terapêuticas possibilitando a incorporação das práticas integrativas e complementares nos cuidados relativos à alimentação e nutrição no SUS. Partindo da importância das Práticas Integrativas e Complementares na atenção nutricional do indivíduo e da coletividade, esse estudo tem como objetivo relatar a experiência de implantação e execução dessas práticas no serviço de Atenção Básica à Saúde no município de Parnamirim (RN). Para a execução do projeto foi criado um Espaço Especializado em Práticas Integrativas e Complementares em uma Unidade Básica de Saúde do município, onde foi oferecido aos pacientes a aplicação da fitoterapia interligada à prática da nutrição clínica e onde foi instalada uma cozinha experimental, com o intuito de promover a educação nutricional através do processo de conhecimento e experimentação, além de salas para o atendimento nutricional. Dentre os principais resultados obtidos com a implantação e execução do projeto no município de Parnamirim (RN) podem ser citados a ampliação da oferta de fitoterápicos associados às dietas dos participantes do projeto; o estímulo ao cultivo de hortas na residência dos participantes; a aquisição dos conhecimentos na cozinha experimental para a produção de preparações utilizando alimentos funcionais e infusões quentes com as espécies cultivadas nas hortas; a integração de acadêmicos nas atividades do Projeto e a participação ativa da população que teve conhecimento – a partir de diversas discussões realizadas em rodas de conversa – a respeito das questões de educação nutricional e de saúde como um todo, inserindo as PICs na melhoria da qualidade de vida da população. Deste modo, o projeto possibilitou à população do município um acesso seguro e de qualidade a práticas não convencionais, antes restritas à rede privada, garantindo, em união com as práticas da Nutrição, a promoção à saúde, prevenção de doenças e o cumprimento das diretrizes do SUS. GRUPO DE APOIO A PESSOAS COM SOBREPESO E OBESIDADE NAS ESTRATÉGIAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA. 1 RAFAELA LOPES DORIA BRUSQUE - SANTA CATARINA [email protected] Resumo RESUMO: Sendo a obesidade um dos fatores de risco mais importantes para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), e compreendida como um agravo de caráter multifatorial, verificou-se a importância de criar um grupo de apoio a pessoas com sobrepeso e obesidade utilizando a atenção básica como um espaço privilegiado a fim de realizar essas ações de educação em saúde. OBJETIVOS: Auxiliar os indivíduos com sobrepeso e obesidade reduzir sua massa corporal gradativamente, prevenir ou controlar as comorbidades, promover a autonomia de escolha, o senso crítico e a corresponsabilização através de orientação nutricional, incentivo aos hábitos de vida saudáveis, troca de saberes e apoio psicológico visando a promoção da saúde. METODOLOGIA: Os pacientes são encaminhados pelo profissional médico da ESF ou de especialistas para avaliação e acompanhamento nutricional, após a primeira consulta com a nutricionista os interessados são inscritos no grupo de apoio. Inicialmente os participantes são acolhidos pelo Agente Comunitário de Saúde responsável pelo grupo, em um segundo momento verifica-se os dados antropométricos (peso, altura e circunferência abdominal) pelo técnico de enfermagem. Neste encontro são abordadas várias temáticas ligadas ao assunto obesidade geralmente levantadas pelas próprias participantes como por exemplo: dietas da moda, mitos, medicamentos, gastroplastia, hábitos culturais, dificuldades em aderir a dietas, ansiedade, depressão, além de ser um espaço para compartilhar experiências. Cabe ao profissional nutricionista a coordenação do grupo esclarecendo dúvidas, sugerindo alimentos e preparações saudáveis e nutritivas, valorizando resultados alcançados, ressaltando a importância de cada quilograma reduzido da massa corporal para a saúde e estimulando hábitos de vida saudáveis.Todos os participantes são convidados a participar também do grupo de atividade física, desde que não tenham restrições médicas. Os encontros tem a duração aproximada de 90 minutos e são realizados quinzenalmente no auditório das Unidades Básicas de Saúde(UBS). O Grupo é formado por participantes do sexo feminino com idade média de 50 anos moradoras da área de abrangência da ESF e conta com o apoio da equipe multidisciplinar do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). RESULTADOS ALCANÇADOS: Observou-se perda de peso gradativa, redução da circunferência abdominal, através de relatos das participantes verificouse melhora no sono e na função intestinal, aumento do consumo de frutas e verduras, redução do consumo de sódio e gorduras, mudança de hábitos no cotidiano, melhora nos exames laboratoriais, controle da pressão arterial, melhora do autocuidado e autoestima. Por interagir e influenciarem-se mutuamente houve uma melhor adesão dos pacientes ao processo de emagrecimento, bem como promoveu o convívio social e o vínculo usuário – UBS. TRABALHANDO COM GRUPOS NA ATENÇÃO BÁSICA: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO 1 2 Geliandro Fideles Ribeiro , Doraci Weber , Anna Carolina Raduenz Huf Pomerode, Santa Catarina [email protected] 3 Resumo A partir de junho de 2011, o município de Pomerode, Santa Catarina, através dos profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em conjunto com as Equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) deu início ao projeto de implantação de Grupos de Reeducação Alimentar. Com o credenciamento do NASF no município, em abril de 2011, as atividades do profissional de nutrição, sendo este integrante do Núcleo, tiveram que ser readequadas conforme o preconizado pelo Ministério da Saúde. A partir de então, visualizou-se a necessidade de mudança no modelo de assistência, a fim de garantir qualidade do serviço e resolutividade às pessoas que necessitam de mudança nos hábitos alimentares devido a suas patologias, principalmente a Obesidade, Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. Portanto, o projeto tem como objetivo mudar o modelo assistencial do município, até então praticado apenas por meio de consultas individuais, para ser realizado em formato de grupos, com foco no enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), buscando melhorar os hábitos alimentares da população, diminuindo os riscos e complicações das DCNT e promovendo uma melhor qualidade de vida. As ESF´s, com seus profissionais de odontologia, enfermagem, medicina e agentes comunitários, juntamente com o nutricionista do NASF, reúnem-se com a comunidade em encontros mensais. Em cada encontro são aferidos peso, altura e circunferência abdominal para avaliação e acompanhamento sistemático. As temáticas são variadas e discutidas de acordo com a demanda levantada pelo grupo, como rotulagem de alimentos, alimentos funcionais, diet x light, dentre outras. Nesta prática, os profissionais de saúde vêm exercendo uma função de facilitador, onde a comunidade é ativa na discussão dos problemas relacionados ao tema, tentando encontrar as soluções. Tal modelo de assistência proporciona ao indivíduo o compartilhamento de situações semelhantes de sua vida, estimula a discussão de problemas em comum e a troca de experiências. Apesar de recente, observa-se que com os Grupos de Reeducação Alimentar podem-se obter resultados satisfatórios, sem haver necessariamente uma intervenção individual. Como desafio, mostra-se necessária a inserção de outros profissionais, devido a complexidade que envolve os aspectos alimentares, podendo ser citadas, as questões sociais, emocionais e culturais da população. O Projeto é financiado pela Secretaria Municipal de Saúde com verba de repasse do Ministério da Saúde ao NASF. IMPACTO DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS ATENDIDOS NA REDE DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO-SP 1 2 3 Solange Maria Xavier de Souza , Andressa Küll Aguillar , Rita de Cássia Lusia dos Santos , 4 5 Bruna Borges Veiga , Maria de Lourdes Marcondes Evangelista Mauad Núcleo de Gestão Assistencial-59 - Ribeirão Preto [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) são as mais frequentes doenças crônicas não transmissíveis na atualidade. O cuidado aos hipertensos e diabéticos realizado por equipe multiprofissional aumenta a adesão ao tratamento promovendo melhoria na qualidade de vida dos clientes. O papel do nutricionista no tratamento tanto da HAS e a DM é imprescindível, já que a alimentação é um fator que pode influenciar na evolução destas patologias, assim como no controle e prevenção de doenças secundárias (WHO/FAO, 2003). OBJETIVO: Avaliar o impacto da intervenção nutricional no estado e comportamento nutricional de pacientes com HAS e/ou DM. METODOLOGIA: Foram avaliados 18 pacientes, com média de idade de 61 ± 13,92 anos, hipertensos e/ou diabéticos da rede municipal de saúde, atendidos pelas nutricionistas do Programa de Aprimoramento Multiprofissional em Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. A dieta habitual e dados antropométricos foram coletados no primeiro atendimento nutricional (tempo inicial-T0) e no terceiro atendimento (tempo final-T1), e avaliados posteriormente. Para a análise estatística foi utilizado o software Graphpad-Prisma5,Teste não paramétrico, valores expressos em média média ± DP. Os participantes receberam orientações individualizadas mensais sobre alimentação saudável a partir da dieta habitual coletada. RESULTADOS: Do total de pacientes avaliados, 33,3 % apresentavam HAS, 16,7% apresentavam DM e 50% eram portadores de ambas as patologias. Observa-se que não houve diferenças entre os valores de peso corporal e IMC antes e após a intervenção, provavelmente devido ao curto período de estudo (Peso t0 = 84,47 ± 4,69 kg; Peso t1 = 83,21 ± 4,37; IMC t0 =33,94 ± 1,56; IMC t1 = 33,47 ± 1,45). Quanto à avaliação da dieta habitual, verificou-se redução significativa (p< 0,05) em relação à ingestão energética e a quantidade de carboidrato (VET t0 = 1412 ± 72,79 kcal; VET t1 =1144 ± 103,4 kcal; CHO t0 = 202,4 ± 15,52 g; CHO t1 = 154,7 ± 15,88 g). Estes dados são relevantes já que contribuem para a perda de peso e consequente melhora no controle metabólico dos pacientes hipertensos e diabéticos. Houve melhora no fracionamento alimentar, com exclusão da repetição de refeições e aumento na realização do lanche da manhã, lanche da tarde e jantar. CONCLUSÃO: Observou-se que a intervenção nutricional no período de três meses trouxe impactos positivos na qualidade da dieta dos indivíduos avaliados. Entretanto, um estudo realizado com maior tempo de intervenção poderia ser mais efetivo na mudança dos parâmetros antropométricos e no sentido de observar a real incorporação da transformação dos hábitos alimentares. O tratamento nutricional para tais pacientes é uma ferramenta passível de ser utilizada, favorece a conscientização sobre a importância do consumo da dieta adequada e a adesão ao tratamento, prevenindo as complicações e melhorando a qualidade de vida. Relato de experiência: O emprego de uma terapêutica nutricional diferenciada para assistência a usuários com obesidade grau III atendidos no Centro de Referência em Obesidade do município do Rio de Janeiro. 1 2 3 caroline niquini de assis , Brena Gabriella Tostes Cerqueira , Luciana Chamarell texeira , 4 5 Stefania Soares , Yeda cruz Souza CF Rodrigo Y. Roig, Rio de Janeiro [email protected] Resumo A nova abordagem do conceito de saúde defende que esta seja feita de forma mais ampla, remetendo ao seu caráter integral, incluindo prevenção, promoção, assistência e reabilitação. As medidas para a promoção da saúde no nível de atenção primária são destinadas, principalmente, para a melhora da saúde e bem-estar . Diante do exposto, o objetivo deste relato é descrever a experiência da construção de um grupo operativo com usuários hipertensos, desenvolvido na Clinica da família (CF) Rodrigo Y. Roig. A metodologia de intervenção baseia-se no trabalho multidisciplinar e intersetorial que teve início em maio de 2011, inicialmente direcionado a usuários com hipertensão arterial sistêmica (HAS), cadastrados na CF. O planejamento inicial previa o encerramento do grupo após cinco encontros quinzenais abordando temas relacionados à HAS e hábitos de vida saudáveis, porém devido ao vínculo estabelecido entre os integrantes e o interesse em dar continuidade ao projeto, foi sugerido pelos usuários o plantio de uma horta. O manejo e cultivo da mesma viriam a servir como recurso de aprendizagem permitindo a discussão sobre a importância de uma alimentação saudável e equilibrada, a redução nas despesas domésticas, a possibilidade de geração de renda através da comercialização das hortaliças plantadas, o cuidado com o meio ambiente, além de ser uma atividade que poderia proporcionar momentos de lazer. Neste contexto, a “Horta da Família” foi iniciada em agosto de 2011, sendo construída na parede da CF uma horta de temperos vertical em garrafas pet. Para isso, foram realizadas atividades de artesanato para a elaboração das sementeiras, plantio e cuidados com a terra e meio ambiente e a realização de uma oficina culinária, visando aprimorar os conhecimentos e benefícios sobre a utilização dos temperos nas preparações. Ao final de quatro meses, foi feita a primeira "Festa da Colheita" com o preparo dos vegetais e uso de temperos cultivados colocando em prática o conhecimento adquirido e as vivências nas oficinas de culinária. Este projeto teve como parceiros a Creche Municipal Dona Lindu, Companhia Municipal de Limpeza Urbana, Academia Carioca e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Estes encontros promoveram o empoderamento dos usuários de conhecimentos e vivências capazes de modificar seus conceitos de saúde e doença e compartilhar as informações adquiridas nos encontros com outros moradores da comunidade, atuando como multiplicadores em saúde. Esse grupo tem traduzido uma das principais atribuições da Estratégia Saúde da Família: criar espaços para promover saúde, a partir da troca de conhecimentos entre profissionais de saúde e comunidade, possibilitando a construção de modos de viver a vida mais saudáveis. Sendo assim, acreditamos que se faz necessário o desenvolvimento de práticas que visem educação em saúde para aumentar a adesão dos pacientes, contribuindo para o controle da pressão arterial, esclarecimento de dúvidas e direcionamento do autocuidado. Acompanhamento Sistematizado ao Paciente Bariátrico: Maior Aderência ao Tratamento Nutricional e Melhor Evolução Pós-Operatória. 1 2 Rejane Elias Torres , Rita Suselaine Vieira 2 3 Criciúma, - 24 horas Próspera, Criciúma, - Criciúma/SC [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: É de conhecimento geral que a obesidade vem crescendo assustadoramente em todos os níveis sociais, o que vem preocupando governos, comunidade cientifica e a sociedade como um todo, visto que o excesso de peso vai muito além da questão estética (o que por si só já é passível de muitos problemas para o paciente obeso), mas, sobretudo, quando se considera todas as co-morbidades que andam de mãos dadas com a obesidade: Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus tipo II, Cardiopatias, Esteatose Hepática não alcoólica, Dislipidemias, etc, e a própria inflamação – pois é necessário considerar que todo obeso é um indivíduo extremamente inflamado, e que, fazê-lo perder peso, em muitas situações, vai além de ensiná-lo a comer menos e incentivá-lo a movimentar-se mais. Vai muito além dos procedimentos tradicionais, implicando muitas vezes na necessidade de um procedimento cirúrgico, para devolver-lhe a saúde e a auto estima. OBJETIVOS: Otimizar o sucesso da cirurgia bariátrica nos usuários do Sistema Único de Saúde do Município de Criciúma, com o intuito de prevenir a reincidência da obesidade no paciente gastrectomizado, bem como garantir maior aderência ao tratamento nutricional pré operatório, através de um acompanhamento nutricional individualizado, focado no contexto de vida de cada individuo. METODOLOGIA: Preocupada com essa problemática mundial, e com um olhar mais aprofundado sobre a obesidade, o Município de Criciúma, através do departamento técnico do Serviço de Alimentação e Nutrição da Secretaria do Sistema Único de Saúde – SUS elaborou um Protocolo para a assistência nutricional aos usuários dos serviços públicos de saúde no pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica, onde todo usuário encaminhado para o processo cirúrgico recebe acompanhamento nutricional individualizado e sistematizado, para que todos os usuários do Município, indiferente do profissional nutricionista que o acompanhará, recebam as mesmas informações a cerca do procedimento ao qual se submeterá. Nesse protocolo de atendimento todo usuário passa por no mínimo quatro consultas nutricionais pré-operatórias – onde recebe todas as informações cabíveis ao procedimento, desde a explicação de como deverá ser sua rotina alimentar, modificação dietética, importância da mastigação, hidratação...; bem como o acompanhamento pós-cirurgico, que se estenderá por um período de um ano, com consultas individuais mensais. RESULTADOS: Os usuários que já passaram pela cirurgia, após terem sido submetidos ao atendimento nutricional empregando o protocolo, apresentaram uma boa recuperação e retornaram as suas atividades no tempo esperado, sem complicações, o que foi de encontro ao objetivo do protocolo. RODA DE CONVERSA 7 – QUALIFICAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO E GESTÃO DAS AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO OFICINAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL: ESPAÇO PARA TROCA DE SABERES SAUDÁVEIS ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO, GOIÁS 1 2 3 Maria Janaína Cavalcante Nunes , Izabela Zibetti Albuquerque , Marília Arantes Rézio , 4 5 5 Raphaela Moiana Costa , Rose Cristine Nogueira , Rose Cristine Nogueira , ANGÉLICA 6 RODRIGUES FAGUNDES 2 Coordenação de Vigilância Nutricional/GVEDNT/SUVISA/SES-GO, - Faculdade de Nutrição/UFG [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: Promoção de ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) resultam em atitudes e conhecimentos em alimentação e promoção da saúde. Foi detectada deficiência de profissionais capacitados no planejamento e execução das ações de EAN na Atenção Básica e Escolas, em Goiás. OBJETIVO: Capacitar multiplicadores para a oficina de formação e implementação das ações de EAN nas regionais de saúde e municípios de Goiás. METODOLOGIA: Foram convidados representantes de todas as regionais e secretarias municipais de saúde e educação responsáveis pelas ações de EAN. As oficinas ocorreram de novembro/2009 a setembro/2011, utilizando metodologia ativa. As oficinas se dividiam em 6 momentos: dinâmica-apresentação, montagem de quebra-cabeça e preleção com participação dirigida sobre segurança alimentar e nutricional, direito humano à alimentação adequada, alimentação saudável nas diferentes fases da vida e patologias como leitura-encenação; elaboração de diagnóstico e plano de ação em grupo baseados nos estudos de caso; execução do plano de ação utilizando manual de educação alimentar e nutricional; trabalhos em grupos dos planos e esboços dos recursos audiovisuais elaborados com réplicas e embalagens de alimentos; reprodução de vídeo sobre trabalho em equipe; avaliação da Oficina. RESULTADOS ALCANÇADOS: As 10 oficinas ocorreram em 4 regionais de saúde e 7 Municípios, totalizando 447 participantes de 163 municípios (66,2%) e 16 regionais de saúde (100%). Até setembro/2011 foram reproduzidas oficinas em 106 municípios (65% dos multiplicadores capacitados). Os municípios participantes elaboraram projetos municipais de promoção de saúde e EAN que foram aprovados em seus conselhos municipais de saúde. A equipe organizadora se surpreendeu com a possibilidade de trabalhar a mesma metodologia com grupo diversificado: Profissionais de saúde, professores e Agentes Comunitários de Saúde. Houve ganho na troca de experiências, e como desafio, a necessidade de inovar no planejamento e condução das ações de alimentação e nutrição objetivando despertar o interesse de um público tão diversificado. As Oficinas estimularam o planejamento das ações de educação em saúde, sendo em sua maioria aprovadas pelos conselhos municipais de saúde, e o fortalecimento de parcerias entre os membros da estratégia saúde da família e núcleo de apoio à saúde da família, como também parcerias entre os setores de saúde e educação como o Programa Saúde na Escola. Houve também a execução de oficinas e ações de EAN promovidas por meio de co-gestão do Programa Bolsa Família, envolvendo profissionais da saúde, educação, assistência social e centros de referências especializados em assistência social. EMPODERAMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA ATUAÇÃO DA PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 1 CRISTIE REGINE KLOTZ ZUFFO , ISLÂNDIA BEZERRA DA COSTA COLOMBO - PR [email protected] 2 Resumo A capacitação contínua dos profissionais de saúde propicia uma reflexão conceitual ampliada para a formação de profissionais ativos no incentivo à população e ao resgate do “cuidado com sua saúde”. A iniciativa de criar um grupo voltado aos profissionais de saúde surgiu pela dificuldade da adoção de hábitos alimentares saudáveis pelos mesmos. Essa dificuldade acarretava um sentimento de insegurança para atuação frente a promoção da alimentação saudável para a população. O objetivo foi discutir as facilidades e dificuldades da incorporação de hábitos alimentares saudáveis, sua inserção na rotina diária e avaliar o impacto da modificação da prática alimentar no estado nutricional. Formou-se um grupo de 14 profissionais da Estratégia Saúde da Família de uma Unidade de Saúde de Colombo –PR. Este grupo foi planejado pela nutricionista residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Federal do Paraná. Foram realizadas rodas de conversa onde discutiu-se as Diretrizes contidas no Guia Alimentar para a População Brasileira, bem como as suas facilidades e dificuldades de incorporação na vida diária. Ao final das rodas de conversa foi aferido peso e estatura dos participantes para avaliação do estado nutricional utilizando-se do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e para acompanhamento da perda de peso. A avaliação inicial do estado nutricional constatou 50% de sobrepeso e 29% de obesidade. No decorrer dos encontros foram relatadas mudanças de hábitos, como fracionamento adequado das refeições, aumento da ingestão hídrica e consumo de frutas e hortaliças, e diminuição no consumo de alimentos de elevada densidade energética. Após 4 meses de encontros quinzenais 93% dos participantes perderam peso. A perda de peso variou de 0,7 a 6,1% em relação ao peso inicial e houve queda na prevalência de sobrepeso e obesidade para 43% e 21% respectivamente. Os participantes que realizavam suas refeições no local de trabalho se organizaram para dividir custos e comprar mais saladas e legumes para o almoço. Tais ações atingiram também os profissionais que não aderiram à participação no grupo. O trabalho em grupo possibilitou um incentivo mútuo entre os participantes para melhoria de seus hábitos. Alguns participantes conseguiram sensibilizar também o seu núcleo familiar e estes conseguiram melhores resultados na adoção de uma alimentação saudável. A vivência das dificuldades possibilitou a invenção de soluções criativas para transpor os obstáculos e possibilitou maior segurança e empoderamento dos profissionais para atuação na promoção da alimentação saudável e disseminação das práticas para a população da área de abrangência da Unidade de Saúde. OFICINA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE PARA PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ATIVIDADE MULTIPROFISSIONAL 1 2 3 Eliza Vieira de Oliveira , Narayanne Antonelli Calácio , Karine Anusca Martins , Maria Janaína 4 Cavalcante Nunes Pirenópolis - Goiás [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A promoção da saúde (PS) surge para resgatar a ideia de como múltiplos determinantes estão vinculados à conquista de uma vida saudável e constitui um processo contínuo de capacitação da comunidade. Devido à importância da PS, faz-se necessária uma prática continuada de formação para oportunizar aos profissionais de saúde uma atualização sobre o tema, com vistas à responsabilidade sanitária. OBJETIVO: Relatar a experiência de execução da “Oficina de Promoção da Saúde e Vigilância Nutricional na Atenção Primária à Saúde”, com diferentes profissionais da área do Estado de Goiás, com ênfase na Promoção da Saúde. METODOLOGIA: A oficina desenvolveu-se entre os dias dois e quatro de maio, no município de Pirenópolis–Goiás. Participaram da atividade, dividida em três oficinas, 99 profissionais de saúde de 43 municípios, escolhidos por atender aos critérios propostos pela Coordenação de Vigilância Nutricional (cadastro nos Programas Saúde na Escola, de Promoção da Saúde, Melhoria da Qualidade do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica e/ou Núcleo de Apoio à Saúde da Família), sendo: 1) Educação Alimentar e Nutricional; 2) Vigilância Alimentar e Nutricional, ambas aplicadas previamente em outras oportunidades, e, 3) Promoção da Saúde, oficina inédita implantada em caráter experimental, incluindo a elaboração de um plano de ação por município. A oficina de PS se desenvolveu em seis etapas distintas: 1) aplicação de um pré-teste, com temas relativos à PS e políticas públicas relacionadas; 2) divisão em seis grupos para pontuar os conceitos de saúde e PS; 3) apresentação de vídeo, elaborado para este fim, com abordagem do tema e posterior discussão sobre os assuntos elencados; 4) distribuição de estudos de caso, englobando diferentes fases do ciclo da vida, para elaboração de estratégias de resolução dos problemas identificados; 5) classificação das ações em “PS”, “prevenção de doenças” e/ou “atenção à saúde”, com elucidação das principais características das denominações; 6) aplicação de um pós-teste e de uma ficha de avaliação das atividades. RESULTADOS ALCANÇADOS: Obtevese um aproveitamento de 84,3% no pré-teste e 90,0% no pós-teste e um percentual de aceitação da metodologia da oficina de 85,0%, com excelentes discussões. Até junho de 2012, 18 municípios haviam encaminhado os projetos de PS com a ata de aprovação do Conselho Municipal de Saúde à Coordenação de Vigilância Nutricional. A experiência foi única e bastante proveitosa, com crescimento pessoal e acadêmico. A prática de ensino-aprendizagem constituiu-se fundamental para a retirada de dúvidas, renovação do conhecimento e vivência da atuação do nutricionista nas ações de gestão em alimentação e nutrição. Por meio da experiência, fez-se possível atuar na qualificação da força de trabalho, com assistência aos profissionais na organização e desenvolvimento de ações voltadas à realidade local e com sustentabilidade já que os projetos propostos estão em fase de execução nos municípios. ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: DESCOBRINDO OPORTUNIDADES E REALIZANDO AÇÕES 1 2 REBECA VILAVERDE DUARTE , CRISTIE REGINE KLOTZ ZUFFO , DANIELA FERRON 3 4 CARNEIRO , ISLANDIA BEZERRA DA COSTA COLOMBO - PR [email protected] Resumo A Residência Multiprofissional em Saúde da Família da UFPR visa qualificar profissionais de saúde através da educação em serviço para a atuação no Sistema Único de Saúde (SUS). Deste modo, oportuniza a prática profissional e problematização de vários aspectos da rotina do serviço. Tendo em vista a necessidade de fomentar e fortalecer as ações de alimentação e nutrição na atenção primária à saúde, englobando todas as fases da vida e considerando os princípios da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), este trabalho descreve a experiência das nutricionistas residentes em Unidades de Saúde da Família (USF) em município da região metropolitana de Curitiba/PR. O nutricionista se insere na rotina de uma USF, junto com uma equipe multiprofissional e possui como atribuição as ações de saúde, alimentação e nutrição dentro da área de abrangência da USF. Para a definição das ações prioritárias realizou-se a territorialização a fim de conhecer a realidade local e identificar sujeitos que pudessem auxiliar no planejamento das ações. Foram elencadas como prioridade as ações de promoção da saúde e de estímulo à alimentação saudável, prevenção de doenças e reabilitação da saúde. Por compreender que a ação coletiva é a que mais traz respostas positivas, optou-se por trabalhar com grupos de educação em saúde voltados para gestantes, hipertensos, diabéticos e ainda de estímulo à perda de peso. Rodas de conversa e acompanhamento nutricional foram realizadas em escolas e centros de educação infantil, Centros de Convivência e em programas da USF como o HIPERDIA, Saúde da Criança e Saúde da Mulher. De acordo com a situação social e de saúde, foram realizadas visitas domiciliares e atendimentos ambulatoriais. Destacam-se atividades de integração, como caminhadas e encontros de lazer, que resultaram em solidificação dos vínculos de companheirismo e amizade. A presença do nutricionista nas USF mobilizou e incentivou os demais profissionais em prol da promoção da alimentação saudável, contribuindo para integração das ações de nutrição em todas as atividades desenvolvidas na unidade de saúde. Na residência, este profissional fica alocado em apenas uma USF, o que oferece uma experiência diferente dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), em virtude da interação mais próxima com a comunidade e com a possibilidade de desempenhar ações de atenção nutricional e de cuidado num território de menor abrangência. A questão alimentar oportuniza trabalhar com a mais básica e fundamental ferramenta de promoção da saúde: o alimento. Os diferentes momentos vivenciados possibilitam a formação de um profissional com visão holística sobre como compreender e fazer saúde em meio a um sistema complexo de atenção. Tal processo de ensino-aprendizagem viabiliza atuação diferenciada e integrada compreendendo o indivíduo como parte de uma complexa teia de relações e condições sociais, culturais e econômicas impossíveis de serem desconectas da atuação profissional. A ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: APROXIMAÇÃO ENSINO-SERVIÇO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL 1 2 3 Risia Cristina Egito de Menezes , Maria Alice Araújo Oliveira , Célia Dias dos Santos , Emília 4 5 6 7 Costa Chagas , Vanessa Sá Leal , Juliana Souza Oliveira , Ana Cristina Lima Normande 2 3 Maceió, - UFAL, Maceió, - UFAL, Maceió [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A situação epidemiológica atual justifica a incorporação das ações de alimentação e nutrição como área estratégica na Atenção Primária à Saúde (APS). É fundamental que se qualifiquem os responsáveis pela gestão das ações de alimentação e nutrição neste nivel de gestão, e se aperfeiçoem os métodos de ensino, sendo a incorporação da educação continuada, uma das estratégias para induzir mudanças na inserção do nutricionista na rede e no processo de formação deste profissional. A atualização profissional, que integre conteúdo informativo e motivação, privilegiando a construção coletiva do conhecimento, motivou a criação deste trabalho. OBJETIVO: relatar experiência que tem o propósito de qualificar nutricionistas da APS do município de Maceió, de forma a contribuir com a implementação das ações de alimentação e nutrição no município. Metodologia: relato de experiência de aproximação ensino-serviço-comunidade, envolvendo a educação continuada, vivenciada em seis unidades de saúde da Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Maceió, que compõem o cenário de prática do curso de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas. ETAPAS DE TRABALHO: identificação do grupo de interesse; parceria entre os gestores municipais e unidade acadêmica; realocação dos nutricionistas, de unidades de saúde tradicionais, para unidades da ESF; diagnóstico das ações de alimentação e nutrição desenvolvidas nas unidades; estruturação da ação como atividade formal de extensão; elaboração, análise e revisão de planos de intervenção das atividades de atenção e cuidado nutricional, a ser desenvolvidas nas unidades. RESULTADOS: foram realizados quinze encontros, planejados para atender às demandas dos serviços. Os temas abordados foram definidos pelos gestores e profissionais das unidades, destacando-se os instrumentos legais que organizam os processos de trabalho na APS e as politicas de alimentaçao e nutrição. Foram elaborados planos de trabalhos, incorporando as diretrizes, estratégias e prioridades, estabelecidas nesses dispositivos legais, e considerando as demandas locais existentes. As atividades foram desenvolvidas entre 2009-2011. O trabalho tem repercutido de forma positiva na qualidade dos serviços, ao permitir maior envolvimento da comunidade nas atividades desenvolvidas; articulação entre os níveis de gestão; aumento do interesse para qualificação dos trabalhadores de saúde e melhor desenvoltura das equipes. Considerações finais: A experiência trouxe como desafio a definição de um processo de trabalho que permitisse o desenvolvimento das ações interdisciplinares. A ação indica que o modelo proposto é capaz de: sensibilizar os envolvidos sobre a temática e incentivar mudanças em relação à sua prática profissional, bem como induzir mudanças curriculares, a exemplo do aumento de atividades práticas nas disciplinas, que passam a contribuir com melhorias: nos cenários de práticas, de alimentação e nutrição na APS e fortalecimento do SUS no município. DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIA PARA FACILITAR A DISCUSSÃO E O PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES PARA IMPLEMENTAÇÃO DA PNAN NO MUNICÍPIO DE ITAJAI/SC. 1 2 3 Ana Luiza Reis Vasques , Alessandra Monestel , Letícia Maria Arceno , Claudia Maria 4 5 6 Pietrobon Bauer , Panmela Soares , Rafaela Vidal da Silva Itajaí/SC [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: O nutricionista exerce um papel importante para a implementação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição - PNAN. Porém, a sua atuação não está totalmente consolidada nos municípios. Atualmente, o município de Itajaí/SC possui sete nutricionistas na Secretaria Municipal da Saúde - SMS. Existem duas nutricionistas na Diretoria de Atenção à Saúde - DAS, uma na Atenção Básica, duas em Centros de Referência, uma na Diretoria de Vigilância Epidemiológica - DVE e uma na Diretoria de Vigilância Sanitária. OBJETIVO: Discutir, planejar, integrar e otimizar as ações de Alimentação e Nutrição realizadas na SMS de Itajaí/SC. METODOLOGIA: Em 2009, as nutricionistas vinculadas a DAS começaram a realizar reuniões mensais para discussão das atividades. Em 2010, verificou-se a necessidade de que todas as nutricionistas da SMS participassem das reuniões. Inicialmente, estas eram realizadas informalmente, a partir de 2011 passou a ser estabelecido um cronograma de reuniões no início do ano, definindo um responsável para organizar e conduzi-la e outra para registrá-la em ata. Hoje, todas as discussões são registradas em ata que é enviada por e-mail, sendo lida e assinada na reunião posterior. De acordo com o tema, é solicitado o comparecimento de outros profissionais (representantes de fórmulas nutricionais, professores e de outros setores ou diretorias) para esclarecimento de dúvidas e/ou discussão. RESULTADOS ALCANÇADOS: Desde 2009 foram realizadas 25 reuniões, com duração de 3 a 4 horas por reunião. Entre os assuntos discutidos e as ações realizadas, destacaram-se: criação de endereço eletrônico do grupo; elaboração de protocolo/fluxograma de serviço da nutrição; planejamento de eventos sociais e educação nutricional; aprimoramento do edital de licitação das fórmulas nutricionais; elaboração e confecção de material educativo; reunião e capacitação dos profissionais da rede e de outros municípios (em parceria com a Gerência Regional de Saúde); discussão sobre os estágios curriculares, projetos de extensão e outros programas envolvendo o curso de nutrição da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI (ampliando o número de vagas de estágios curriculares de Nutrição em Saúde Coletiva e incluindo a visita das estagiárias na SMS); destinação da verba para ações relacionadas à nutrição (adquiridos notebooks e instalação de programas para facilitar o atendimento pelas nutricionistas) e para o cadastro dos pacientes no SISVAN pelas mesmas. Verificou-se que as reuniões favoreceram o fortalecimento do papel da nutrição na SMS de Itajaí/SC, possibilitando a discussão e planejamento de atividades para a implementação da PNAN. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DO NASF NO CENTRO MUNICIPAL DE PROMOÇÃO À SAÚDE, NA CIDADE DE TIJUCAS, SC. 1 2 Mayara Guesser , Deivis Elton Schlickmann Frainer Centro Municipal de Promoção à Saúde - Secretaria Municipal de Saúde - Prefeitura Municipal de Tijucas [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: As transformações oriundas da revolução industrial modificaram os hábitos de vida da população originando um padrão alimentar inadequado, que resultou em aumento da morbidade e mortalidade relacionadas às doenças crônicas não-transmissíveis. Para tal, o Sistema Único de Saúde, através de políticas públicas, objetiva a execução de ações de alimentação e nutrição que modifiquem o este perfil no país. OBJETIVO: Desenvolver um planejamento e implantação das ações de alimentação e nutrição preconizadas pelo NASF, em Tijucas – SC, num Centro Municipal de Promoção a Saúde, que possibilita um trabalho multiprofissional. METODOLOGIA: O trabalho começou com o conhecimento dos protocolos de serviços de saúde ofertados, o território de abrangência e da demanda para o serviço de nutrição. Determinou-se que os usuários passariam por uma avaliação nutricional e após diagnóstico seriam direcionados para terapia individual e/ou coletiva. A terapia individual foi destinada aos casos de intolerâncias e alergias alimentares, doenças gastrointestinais e outras específicas. A terapia coletiva consiste na realização dos grupos de sobrepeso e obesidade (são incluídos usuários com sobrepeso, obesidade, diabetes, hipertensão e dislipidemias). O grupo de terapia coletiva para sobrepeso e obesidade é realizado através de 6 encontros semanais, com os temas referentes à orientações nutricionais gerais, lista de compras, receitas saudáveis, recomendações nutricionais para insônia, consumo de água, produtos diet e light, fibras, sal, açúcares e temperos naturais, dinâmica do carrinho de supermercado, palestra sobre como os pensamentos e atitudes podem ajudar na reeducação alimentar e degustação de receitas saudáveis. São fornecidos planos alimentares de 2.000 kcal, 1.800 kcal e 1.500 kcal, que são adaptados conforme evolução e necessidade do grupo. Paralelo a estes, também foram criados outros grupos com foco na promoção à saúde: grupo de doenças osteoarticulares, grupo de gestantes, grupo de apoio ao paciente bariátrico, grupo de educação nutricional para crianças e grupo de reeducação alimentar. Além destas atividades, também se atende à demanda dos bairros nos interiores com avaliações individuais, capacitações para agentes comunitárias de saúde, palestras para a comunidade ações em saúde, palestra nas escolas, gerenciamento do SISVAN e Programa Bolsa Família. Por ser um trabalho multiprofissional, os pacientes podem ser encaminhados para o programa de atividades físicas, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, acupuntura e medicina da família. RESULTADOS: A intenção inicial foi instituir as atividades em grupo como modalidade de tratamento no município, que até então estava direcionado para o atendimento individual e assistencialista. Este trabalho possibilitou o início de atividades intersetoriais e multiprofissionais que atendam as necessidades básicas da população, tanto na prevenção quanto na promoção à saúde. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição no PSE : Agentes de Saúde Escolar como multiplicador.Paulista-PE 1 NANCY DE ARAUJO AGUIAR , Kalina Lygia Souza Xavier Paulista,Pernambuco [email protected] 2 Resumo INTRODUÇÃO:O Programa Saúde na Escola (PSE), instituído por Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007, resulta do trabalho integrado entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, na perspectiva de ampliar as ações específicas de saúde aos alunos da rede pública de ensino.No seu art3º, o PSE aponta, especificamente, as equipes de Saúde da Família para constituir, junto com a Educação Básica, uma estratégia para a integração e a articulação permanente entre as políticas e ações de educação e de saúde,.No art.4º, estão citadas as ações de saúde previstas no âmbito do PSE e que devem considerar atividades de promoção, prevenção e assistência em saúde e entre elas está a avaliação nutricional e a promoção da alimentação saudável.Dentro da lógica da Vigilância em Saúde as equipes de Saúde da Família (ESF) devem se constituir como importantes agentes desencadeadores das iniciativas de promoção da saúde escolar.Nesse contexto, investimentos na educação permanente em saúde que contribuam para transformação das práticas em saúde e para a organização dos serviços poderão se constituir como estratégias essenciais de aprimoramento das ações como a de Saúde da Família e de agentes comunitários de saúde, considerada fundamentais para a reorganização da Atenção Básica e do Sistema Único de Saúde ..A elaboração de um bom projeto é passo fundamental e estratégico para sistematizar as ações de AN dentro da saúde escolar obedecendo os eixos nacionais.A implementação das ações de alimentação e nutrição no PSE visa atender o propósito da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) Além de contribuir para a Segurança Alimentar e Nutricional da população brasileira.OBJETIVO:Promover o treinamento e a capacitação dos agentes de saúde escolar para operacionalizar,de forma produtiva e eficaz, o elenco de atividades específicas na área de alimentação e nutrição no âmbito do Programa Saúde na Escola-PSE Esperando com isso obter impacto positivo nos indicadores de nutrição, saúde, e segurança alimentar e nutricional.METODOLOGIA:Foram realizadas capacitações atrvés de oficinas,rodas de conversas e palestras totalizando 7 encontros a 40 agentes de saúde escolar priorizando dois eixos:monitoramento do estado nutricional e educação alimentar e nutricional.RESULTADOS:envio de relatórios mensais dos agentes com ações executadas.Foram preenchidos cadastros e realizada avaliações nutricionais em 3.694 estudantes mediante aferição de peso ,altura e aplicação de questionário de inquérito alimentar e acompanhados pelo sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional-SISVAN identificação de escolares com obesidade,baixo peso ou outros problemas relacionados à alimentação e nutrição para serem atendidos pela ESF ou para encaminhamento para ambulatórios de nutrição. Avaliação do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A em Unidades de Saúde da Família, Maceió, AL. 1 2 3 Fabrícia Santos Almeida , Risia Cristina Egito de Menezes , Mércia de Lima Tavares , Danielle 4 5 6 Alice Vieira da Silva , Alyne da Costa Araújo , Nina Thais Gomes Santiago , Maria Alice Araujo 7 8 9 Oliveira , Vanessa Sá Leal , Emília Chagas Costa Maceió, Alagoas [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: As ações definidas nos objetivos do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNVITA), se desenvolvidas de forma eficaz, podem contribuir com a redução/erradicação da deficiência de vitamina A (DVA), o que requer dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF), conhecimentos de epidemiologia e nutrição, como também domínio de métodos adequados para orientar mudanças de hábitos alimentares inadequados junto à população. Considerando a importância da DVA enquanto problema de saúde pública, os efeitos benéficos da suplementação e do desenvolvimento de ações de alimentação e nutrição para a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a ausência de estudos que avaliem a implementação do PNVITA, em especial na rede básica de saúde no município de Maceió, justificou-se a realização deste estudo. OBJETIVO GERAL: Avaliar a operacionalidade do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A em Unidades de Saúde da Família, Maceió, AL. Metodologia: Trata-se de uma análise descritiva do PNVITA com base em documentos, que norteiam a implementação dessa política. Foi desenvolvido em 7 Unidades de Saúde da Família (USF) vinculadas ao PET- Saúde II da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Foram utilizados questionários de coleta elaborados com base nos documentos oficiais que normatizam o PNVITA, para avaliar o nível de conhecimento dos profissionais estrutura física do local de armazenamento dos suplementos. Também foram coletadas informações sobre a cobertura do programa através de seu sistema oficial de informação. Realizou-se entrevista com os membros das ESF que eram os responsáveis pelo Programa ou que eram aplicadores do suplemento nas unidades de saúde, além dos ACS. Os dados coletados foram tabulados e analisados no softwear Epi Info, versão 6.0.4. Resultados alcançados: Encontrou-se certo grau de dificuldade na operacionalização do PNVITA nas unidades relacionadas, em decorrência de descontinuidade no abastecimento da suplementação nestas; fragilidade na capacitação dos profissionais e ACS, escassez de materiais educativos do Programa. Os entrevistados apontaram também dificuldades em identificar os grupos que devem suplementados. Com relação a cobertura do PNVITA no município, as metas da 2ª dose estiveram aquém do esperado. Pontos positivos na operacionalização do Programa: realização de ações educativas em saúde e adequação quanto à estrutura de armazenamento dos suplementos. Sugere-se, que sejam realizadas novas avaliações incorporando os demais atores envolvidos com o Programa, tais como gestores, a própria população-alvo, bem como maior número de USF objetivando compreender melhor os fatores que comprometem a eficácia do Programa, e, sobretudo, permitindo sua reorganização e aprimoramento, para que finalmente atinja o impacto esperado. PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A: EDUCAÇÃO PERMANENTE NO ÂMBITO DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE. 1 Milka Bruna Pessoa Santos Distrito Sanitário VI - Recife/PE [email protected] Resumo A Deficiência de Vitamina A (DVA) é um dos problemas nutricionais mais importantes e freqüentes no mundo. Presente em mais de cem países e de grande impacto social, e ao mesmo tempo de fácil prevenção, sendo considerada um problema de saúde pública em vários países do mundo, dentre eles o Brasil. O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA) afirma que as principais causas da DVA no país estão relacionadas à falta de amamentação ou desmame precoce, consumo insuficiente de alimentos ricos em vitamina A, consumo inadequado de alimentos que contêm gordura e infecções freqüentes encontradas nas famílias de baixa renda, embora vários desses aspectos possam ser modificados e melhorados por meio da Educação Nutricional (EN). O PNSVA contempla crianças entre seis a 59 meses de idade e mulheres no período pós-parto, antes da alta hospitalar. A vitamina A é fundamental para o crescimento e reduz em 23% a mortalidade infantil e em 40% a mortalidade materna. Entretanto, existe uma baixa adesão por parte dos profissionais da Atenção Básica à Saúde a realização de ações educativas, sendo observada a necessidade de maior conhecimento acerca do Programa de vitamina A. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo sensibilizar os profissionais de oito Unidades de Saúde da Família (USF), pertencentes a micro região 6.1 do Distrito sanitário VI da cidade do Recife, sobre a importância da Vitamina A para o desenvolvimento infantil e materno, afim de alcançarmos os índices preconizados pelo Ministério da Saúde. A oficina foi dividida em dois momentos: o primeiro momento, foi realizada discussão sobre a importância do PNSVA e suas implicações clínicas para a saúde da população. No segundo momento foram discutidas alternativas e pactuadas ações em diversos equipamentos sociais existentes na comunidade. Posteriormente, foram realizadas ações de educação nutricional nas creches, escolas e na comunidade, juntamente com os profissionais participantes, afim de colocar em prática o conhecimento adquirido durante as oficinas. Sendo, portanto, a partir destas, ampliados e atualizados os conhecimentos dos profissionais das USF sobre a temática em questão, com o intuito de melhorar a operacionalização do programa e potencializar as ações educativas propostas nas USF e na comunidade com foco no incentivo ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses e ao aumento no consumo de alimentos fonte de vitamina A. A educação permanente para os profissionais da equipe de saúde da família mostrou-se uma estratégia que tem fortalecido e potencializado as ações de EN no âmbito da atenção básica, através da multiplicação do conhecimento sobre a temática em questão, e construção de propostas de prevenção e promoção a saúde. PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A: CONSTRUINDO ESTRATEGIAS PARA AMPLIAÇÃO DA COBERTURA – RELATO DE EXPERIÊNCIA NO RIO GRANDE DO NORTE 1 2 ROSANA MARIA FERREIRA DE MOURA LIMA , Michelli da Conceição Nascimento , Zoraia 3 4 Bandeira de Melo Costa Lima , Erika Alessandra Melo Costa , Jacyane Melo de Oliveira 5 6 7 Santos , Tereza Neuma Oliveira da Costa Freitas , Elizabeth Cristina Fagundes de Souza MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A deficiência de vitamina A, é considerada um problema de saúde pública,nas últimas décadas no Brasil. A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher-PNDS-2006, observou que 17,4% das crianças apresentavam níveis inadequados de vitamina A, com uma prevalência no Nordeste de 19,0 % (BRASIL,2009). O Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, desenvolve desde 2005 o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A - o Vitamina A Mais, juntamente com outras ações de prevenção da deficiência deste micronutriente, em crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós-parto imediato (antes da alta hospitalar), residentes em regiões consideradas de risco. Neste contexto, o Núcleo de Alimentação e Nutrição da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte considerando as evidências acerca do impacto da suplementação com vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade quanto à redução do risco global de morte em 24%, mortalidade por diarréia em 28% e mortalidade por todas as causas, em crianças HIV positivo, em 45% (OMS, 2011), vem desenvolvendo estratégias para ampliar a cobertura de suplementação da Vitamina A.OBJETIVOS: Contribuir com a redução e o controle da deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses e estabelecer um sistema de monitoramento que permita avaliar o processo e o impacto da suplementação. METODOLOGIA: O desenvolvimento desta experiência ocorreu no período de janeiro de 2011 a abril de 2012,com a utilização das seguintes estratégias metodológicas: Realização de ciclo de capacitações sobre o programa com os coordenadores regionais e municipais de alimentação e nutrição; Realização de Fórum com os coordenadores Regionais de Alimentação re Nutrição para construção de estratégias intersetoriais para ampliação da cobertura de aplicação da suplementação de vitamina A; Divulgação deste programa, utilizando as diversas mídias: TV, rádio, internet e jornal. RESULTADOS ALCANÇADOS: Os resultados registrados no sistema informatizado do Programa de Suplementação de Vitamina A demonstram que entre os meses de janeiro a abril de 2012, foram suplementadas 40.192 crianças de 6 a 59 meses, enquanto neste mesmo período de 2011, 30.273 crianças receberam o suplemento, correspondendo a um aumento de 32% na cobertura. Observou-se também que a capacitação dos profissionais associada às parcerias intersetoriais e à divulgação na mídia tiveram um impacto positivo na ampliação da cobertura de suplementação de Vitamina A, promovendo o protagonismo dos profissionais de saúde, dando visibilidade ao programa e ampliando o acesso e conhecimento da população sobre as ações de combate as carências nutricionais. RODA DE CONVERSA 8 – PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL NAS ESCOLAS Processo de inserção do tema ‘Alimentação e Nutrição’ no currículo de pré-escolares e escolares do município Pinhais - PR 1 2 3 Jerosiane Nunes Marchaukoski , Regina Maria Ferreira Lang , Adriana Belloy , Adriana 4 5 6 Schlafner , Fernanda Pierin , Maria Thereza J. Campos Vicentine , Luna Rezende Machado de 7 Sousa PR Pinhais [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A Secretaria Municipal de Saúde e de Educação do Município de Pinhais/PR realizam desde 2006 a avaliação do Estado Nutricional (EN) dos alunos dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) e, desde 2008, dos escolares da Rede Municipal de Ensino. O trabalho iniciou após a publicação da Portaria Interministerial nº 1010 de 2006 que cita a necessidade de desenvolver um programa contínuo de promoção de hábitos alimentares saudáveis, considerando o monitoramento do EN das crianças, com ênfase no desenvolvimento de ações de prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e educação nutricional. Em 2011, considerando o possível impacto de estratégias de educação nutricional na saúde dos 10 mil escolares avaliados anualmente, em parceria com o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição da Região Sul, propôs-se a inclusão do tema ‘Alimentação e Nutrição’ no currículo escolar. OBJETIVOS: Promover estratégias de educação nutricional, para os alunos das escolas e CMEI’s do município, por meio da inclusão do tema ‘Alimentação e Nutrição’ no currículo escolar. METODOLOGIA: Em 2011, foi traçado o perfil nutricional dos estudantes, baseado no resultado de suas avaliações nutricionais anuais, com posterior tabulação dos dados no SISVAN. Na sequencia, avaliou-se como o tema ‘Alimentação e Nutrição’ poderia ser desenvolvido na grade escolar. Procedeu-se então, com o planejamento de um curso para pedagogos do município, propondo formar multiplicadores do tema nas escolas. Para o curso, utilizou-se o material “Educação à Mesa” dos Ministérios da Saúde, Educação, Desenvolvimento Social, Fome Zero e Fundação Roberto Marinho. RESULTADOS: Nos anos de 2006 a 2009 foi utilizado como indicador, para avaliação do EN de pré-escolares, a relação peso para idade, o qual não incluía ponto de corte para a obesidade. Nos resultados prevaleceu a eutrofia, porém com aumento da taxa de sobrepeso, para a população de préescolares. Quanto aos escolares, observou-se aumento das taxas de sobrepeso e obesidade. Após caracterização do perfil nutricional dos estudantes, realizaram-se atividades de educação nutricional, como palestras para crianças e pais, teatro de fantoches, contagem de estórias e atividades lúdicas. Os resultados das avaliações nutricionais dos estudantes contribuíram para a inserção do tema ‘Alimentação e Nutrição’ no currículo escolar, em 2011. Definiu-se que o tema seria trabalhado de forma transversal, perpassando todas as séries escolares, dentro das diversas disciplinas, e não como disciplina independente. Realizou-se então o curso de capacitação de pedagogos, com a participação de 72 pedagogos, 11 acadêmicos de nutrição e 7 nutricionistas. No curso foram abordados os temas: ‘Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas’, ‘Diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas escolas‘, ‘Direito Humano a Alimentação Adequada e Segurança Alimentar e Nutricional’, além da discussão de atividades pedagógicas para a educação nutricional. “EU QUERO BRÓCOLIS, MÃE!”: estratégias para Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas. 1 2 3 Agnes Félix , Diôgo Vale , Ilanna Marques Gomes da Rocha , Amanda Maria de Jesus 4 5 6 Ferreira , Camila Vasconcelos de Arruda Oliveira , Marcela Berckmans Viégas Costa Dantas , 7 Ricardo Andrade Bezerra Rio Grande do Norte - Afonso Bezerra [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A escola é um espaço pedagogicamente constituído de formação de crianças e adolescentes e demais atores que compõem a comunidade escolar. Esse é fundamental para propagação de informações e hábitos de vida saudáveis, convivência e crescimento, no qual se adquirem valores fundamentais. Fundamentado nisso o Programa Saúde na Escola-PSE surgiu como uma política intersetorial entre os Ministérios da Saúde e da Educação. Esse vem fortalecer a perspectiva da atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e jovens possuindo como espaços de intervenção as escolas de ensino público básico e as unidades básicas de saúde. Baseados nos princípios e diretrizes da PNAN, principalmente o que destaca o papel de determinação social e a natureza interdisciplinar e intersetorial da alimentação e nutrição, e em sua diretriz que dispõem sobre promoção da alimentação adequada e saudável, foi desenvolvido ação de formação: “Eu Quero Brócolis, Mãe!”: estratégias para Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas, realizado no município de Afonso Bezerra/RN durante o Programa de Extensão Trilhas Potiguares da UFRN. OBJETIVOS: O presente trabalho objetiva relatar as vivencias experiências construídas com professores da cidade durante as discussões sobre a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas (PASE). Os encontros foram construídos para atender aos objetivos de discutir maneiras viáveis para PASE; sensibilizar os professores à optarem por novas técnicas e metodologias de ensino que utilizem a alimentação como tema transversal aos assuntos das aulas nas diferentes disciplinas; Construir junto com os professores propostas mais dinâmicas e aulas mais atrativas para os alunos; Discutir com eles a necessidade e de introduzir a discussão de alimentação saudável na sala de aula. METODOLOGIA: Os momentos da formação foram construídos em torno de uma mesa redonda dividida em três momentos: sensibilização, argumentação e proposição. Esses foram mediados por alunos de Nutrição. Durante o momento de sensibilização foi realizada uma dinâmica de apresentação e discutido sobre a importância da alimentação nas nossas vidas e para a saúde. No momento de argumentação foi apresentada e discutida a Portaria Interministerial 1.010/06 e os “Dez Passos para Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas”. E no momento de proposição foi apresentado pelos professores estratégias para PASE. Uma cartilha, previamente elaborada, com estratégias que podem ser utilizadas nas salas de aulas em diferentes disciplinas foi distribuída aos professores. RESULTADOS: Durante as discussões pode-se perceber que os professores enxergam o espaço escolar como importantes para a construção de hábitos alimentares saudáveis de toda comunidade escolar, não apenas dos alunos propagando-se para a família. Os professores são, portanto precisam ser considerados como agentes multiplicadores de hábitos de vida saudáveis, para isso precisam ser foco de formações que tratem desses temas. VIVÊNCIA EM EDUCAÇÃO NUTRICIONAL COM CRIANÇAS DE UMA ESCOLA FILANTRÓPICA NA CIDADE DO NATAL-RN: RELATO DE EXPERIÊNCIA 1 ANA SÍLVIA MARTINS DANTAS UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO BOM PASTOR- NATAL- RN [email protected] Resumo INTRODUÇÃO Atendendo a prerrogativa da promoção da saúde preconizada pelo SUS e considerando que a escola é um ambiente própício para formação de hábitos de saúde saudáveis, desenvolvemos semanalmente atividades de educação nutricional junto a uma Escola Infantil Filantrópica no próprio bairro onde a unidade de saúde está instalada. OBJETIVOS Desenvolver atividades de Educação nutricional com crianças em idade de 4 a 6 anos numa escola no bairro do Bom Pastor, Natal – RN, bem como estimular a conscientização das mães no sentido da continuação do trabalho de educação desenvolvido com seus filhos em sala de aula. METODOLOGIA As atividades de educação nutricional são realizadas desde 2007, uma vez por semana durante todo o ano letivo. Atuamos em 2 turmas, uma do nível III e a outra do nível IV, com média de 25 alunos cada. Os alunos são acompanhados por dois anos consecultivos até serem enviados a outra instituição. Os temas das atividades são os grupos de alimentos, separados por bimestre e ao final do ano letivo é realizado uma coletânia envolvendo a pirâmide alimentar infantil. As práticas divididas em: atividade de acolhimento, atividade pedagógica, lanche (alimento exposto em sala) e encerramento. O acolhimento em todas as práticas consta de atividades lúdicas como peças teatrais, músicas, fantoches, jogos e contos de histórias, onde as crianças são estimuladas a participar. Como marca registrada existe uma mascote: Joaninha, a boneca falante. As mães são convidadas a participar de reuniões a cada fechamento de um grupo de alimentos para serem sensibilizadas a fazer parte da melhoria dos hábitos alimentares dos filhos. RESULTADOS ALCANÇADOS Os 5 anos de atividades contínuas e comprometidas têm resultado em aumento do consumo dos alimentos saudáveis, tanto na merenda escolar como em casa, fato atestado pelos dirigentes da escola e pelas mães. O envolvimento das crianças durante as atividades também denota boa aceitação da proposta educativa. A avaliação das mães também é positiva e confirmada pelas suas falas durante as reuniões de encerramento dos grupos alimentares. ESCOLA: CAMPO FÉRTIL PARA A PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL – PROMOVENDO A INTERSETORIALIDADE 1 DEISE PEREIRA DE LIMA , JULIANA RAFAELA DA SILVA PE - Recife [email protected] 2 Resumo INTRODUÇÃO: Alimentação e nutrição adequadas são requisitos básicos para a promoção e proteção da saúde e possibilitam a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. Considerando isto, a Política Nacional de Alimentação e Nutrição traz como uma de suas diretrizes a Promoção da Alimentação Adequada e Saudável, uma das vertentes da Promoção à Saúde. Para a consecução dessa diretriz, é indispensável a intersetorialidade, sendo a Escola um lócus privilegiado e estratégico para a promoção de práticas alimentares saudáveis. Objetivo: Promover a Alimentação Adequada e Saudável em escolares de uma escola do Córrego do Jenipapo, Recife-PE. METODOLOGIA: A demanda da ação na Escola Pedro Alcântara surgiu dos próprios professores, e foi trazida à Equipe de Saúde da Família do Córrego do Jenipapo. Inicialmente, foram levantadas as demandas de saúde da escola, e elencados diversos temas prioritários, dentre os quais foi escolhido o da Alimentação Saudável. Em um segundo momento, foi realizada uma reunião entre a ESF, profissionais da Residência Multiprofissional em Saúde da Família, da UPE, e profissionais da escola, decidindo-se pela realização de uma oficina com os professores com o objetivo instrumentalizá-los para o desenvolvimento de ações de promoção da Alimentação Saudável junto aos alunos. A oficina de Alimentação Saudável foi realizada pela nutricionista residente, apenas com as professoras, em um total de 9 participantes. Neste encontro, estas foram questionadas sobre o que entendiam por Alimentação Saudável, gerando um rico debate sobre as experiências vivenciadas por professoras e alunos no dia-a-dia da escola. A partir das experiências trazidas pelas professoras, foi iniciado um diálogo sobre Alimentação Saudável como forma de subsidiar o desenvolvimento deste tema em sala de aula. Ao final do encontro, foi estabelecido um período de 45 dias para que as professoras docentes desenvolvessem as atividades com os alunos, encerrando com a apresentação dos trabalhos produzidos pelos alunos. RESULTADOS: No dia do encerramento da ação, professores e alunos se reuniram no pátio da escola para a apresentação dos trabalhos, revelando uma produção bastante rica, criativa e diversificada. A produção incluiu: cartazes alusivos ao tema, jogral das frutas, montagem da Pirâmide Alimentar, montagem e degustação de “espetinho de frutas”, preparação de salada de frutas, construção e uso de dominó das frutas; Além disso, os alunos apresentaram a horta escolar desenvolvida por eles. Os trabalhos superaram as expectativas da equipe de Saúde, revelando o envolvimento de toda a escola na ação proposta. Conclusão: a experiência na Escola Pedro Alcântara-Córrego do Jenipapo/Recife evidenciou as potencialidades da escola para o desenvolvimento de ações de Alimentação Saudável, contribuindo para a consolidação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição no âmbito da Atenção Básica. ‘Evento Criança Saudável’: um resultado de parcerias intersetoriais na promoção da alimentação saudável para escolares de Pinhais - PR 1 2 3 4 Jerosiane Nunes Marchaukoski , Adriana Belloy , Adriana Schlafner , Fernanda Pierin , 5 6 7 Regina Maria Ferreira Lang , Luna Rezende Machado de Sousa , Fernanda Nadaline , Suellen 9 10 Tietjen de Oliveira , Luana Salati de Moura PR Pinhais [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: A Portaria Interministerial nº 1010 de 2006 resalta a necessidade de promover ações de educação nutricional nas escolas e a importância da parceria dos municípios com Instituições de Ensino e Pesquisa na operacionalização destas propostas. Em fevereiro 2011 o esforço conjunto, das Secretarias de Saúde e Educação de Pinhais/PR com o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição da Região Sul, culminou na inserção da ‘Alimentação e Nutrição’ na grade escolar do município. Ações transversais de educação alimentar e nutricional, nas escolas, estão incluídas nas diretrizes do PNAE. A metodologia destas ações deve considerar o período de desenvolvimento dos alunos, valorizando os aspectos lúdicos de atividades que despertem interesse e provoquem prazer funcional. OBJETIVOS: Realizar um evento com ações educativas sobre alimentação e nutrição para os escolares do município. Com fins de comemorar e apoiar as atividades, que vinham sendo desenvolvidas nas escolas desde a inserção da ‘Alimentação e Nutrição’ no currículo escolar. METODOLOGIA: O ‘Evento Criança Saudável’ se caracterizou em ação educativa transversal, planejada e desenvolvida em parceria com o Núcleo Técnico de Nutrição (NUTEN), Departamento Municipal de Agricultura e Abastecimento (DMAA), Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e instituições de ensino superior de Curitiba: Faculdades Integradas Espírita do PR (FIES), Universidade Tuiuti do Paraná (TUIUTI), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Unibrasil. O evento ocorreu em 8 escolas municipais em 18 de outubro de 2011, em menção ao mês do dia mundial da alimentação, estendendo-se pela manhã e tarde e envolvendo os alunos do 3º ano do ensino fundamental. Cada instituição/departamento parceiro ficou responsável por desenvolver atividades lúdicas sobre o tema em uma das escolas participantes. RESULTADOS: Participaram do evento 863 escolares e 70 colaboradores, entre acadêmicos, nutricionistas e 1 agrônomo. O NUTEN desenvolveu quizzes interativos sobre alimentação saudável, titulados ‘Calça do Palhaço’ e ‘Semáforo’. O DMAA apresentou a Oficina da Biodiversidade, onde ensinou, com atividade prática, a construir uma horta em casa, com distribuição mudas para os alunos ao final do trabalho. A SEMED realizou a trilha ‘Caminho da Alimentação Saudável’, uma adaptação de jogo de tabuleiro em tamanho real. A UFPR apresentou o filme ‘O Mundo das Frutas e Vegetais’ e realizou atividades sobre grupos alimentares e montagem de prato saudável. A FIES montou a gincana ‘Montando a Pirâmide Alimentar’, com entrega de maçã ou barra de cereal como prêmio de participação. A UNIBRASIL trouxe jogos tradicionais (quebra-cabeça, escravo de jó, dominó, dança da cadeira) adaptados ao tema. A TUIUTI apresentou teatro de fantoches e realizou a gincana ‘Mural dos Alimentos Saudáveis e Não Saudáveis’. E evento foi muito elogiado e mostrou como a articulação e as parcerias intersetoriais são essenciais para o sucesso destas ações. AS Contribuições do Programa Saúde na Escola(PSE)na Perspectiva da Promoção da Alimentação e Nutrição Saudável em uma Escola do Município de João Pessoa-PB 1 2 3 Maria Betânia de Morais , Ailma de Souza Barboza , Gilvanice Alves Azeredo , Patrícia Souza 4 5 6 7 Lima , Mirla Lima Ribeiro , Edgar Tito de Oliveira Neto , Tamara Albuquerque Leite Guedes , 8 9 10 Taís Maira Mattos , Jane Morais Barbosa de Freitas , Cristiane Melo Poletto , Clécia Kelly 11 Oliveira Secretaria Municipal de Saúde, João Pessoa -PB [email protected] Resumo Descrição da Justificativa: O Programa Saúde na Escola (PSE), lançado em 2008, resultado da parceria entre Ministérios da Saúde e Educação objetivando reforçar a prevenção e promoção à saúde dos alunos brasileiros e construir uma cultura de paz nas escolas. A iniciativa é integrar as redes de serviços nos territórios, com o fortalecimento e articulação entre as ações causando impactos positivos aos estudantes e suas famílias otimizando os espaços escolares, com troca de informações sobre suas condições de saúde e fortalecendo participação comunitária nas políticas de educação e saúde para melhoria da qualidade de vida. Nesse sentido, a construção de estratégias educativas e promotoras de saúde voltadas para promoção da alimentação e modos de vidas saudáveis é uma demanda que faz parte componente 2 do PSE , como também das diretrizes da política nacional de promoção a saúde. Objetivo: Relatar as experiências e contribuições significativas do PSE, em escola municipal de Ensino Fundamental David Trindade de João Pessoa, pertencente à área de abrangência da Unidade de Saúde da Família Prosind I na perspectiva da segurança alimentar e nutricional. Metodologia: As ações de educação em saúde foram planejadas de maneira dialógica com envolvimento dos estudantes do sexto ano turno da tarde, professores e profissionais de saúde, com periodicidade quinzenal, tendo como foco o desenvolvimento dos aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores dos discentes em cena,com intuito de estimular hábitos alimentares saudáveis aplicando metodologias ativas. Foram realizadas seis oficinas no primeiro semestre do ano em curso dentre as quais destacamos: Alimentação saudável associada aos sinais de trânsito, Importância da higiene dos alimentos, Pirâmide alimentar, Dez passos para alimentação saudável, entre outras. Análise dos resultados: A metodologia atendeu às demandas dos escolares, principalmente, para aqueles com sobrepeso e com algum grau de obesidade na medida em que possibilitou a ampliação do conhecimento, estimulou a reflexão crítica sobre o tema de forma dialogada e interativa, perceptível através da adesão e participação ativa dos alunos, principalmente, pelo tema ser considerado tabu e alvo de bullying entre os jovens. Conclusões: A possibilidade de trabalhar com temas transversais como alimentação e nutrição no âmbito da comunidade escolar possibilitou o envolvimento, sensibilização dos estudantes em pleno processo de desenvolvimento físico e psicológico na incorporação de hábitos saudáveis que produzam resultados efetivos para todo o ciclo vital. Recomendações: Por se trabalhar com práticas educativas que busca mudança de comportamento para melhoria de qualidade de vida, favorecendo o protagonismo dos sujeitos e considerando a obesidade atualmente como problema de saúde pública, todo investimento no sentido de inverter essa lógica é pertinente e urgente, portanto, recomendamos essas ações seja estendida a outros espaços sociais. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E ABORDAGEM DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL COM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE SANTA LUZIA DO NORTE/AL DURANTE A SEMANA NACIONAL DE SAÚDE NA ESCOLA 1 2 3 Mylena Porto Cavalcanti , Ana Maria Mello Porto , Larissa Cândido Guimarães , Sybelle de 4 Araújo Cavalcante Município de Santa Luzia do Norte-AL [email protected] Resumo INTRODUÇÃO: No Brasil, estudos em creches e escolas, identificaram associação positiva entre déficit de crescimento e desenvolvimento e consumo alimentar inadequado, com a presença de sobrepeso e obesidade em detrimento à desnutrição. O Programa Saúde na Escola(PSE) veio contribuir para as políticas intersetoriais com a melhoria da qualidade de vida da população brasileira, fortalecendo ações na perspectiva do desenvolvimento integral e proporcionar à comunidade escolar a participação em programas e projetos que articulem saúde e educação. OBJETIVOS: Conhecer o estado nutricional e promover ações de educação nutricional e saúde no âmbito escolar esperando contribuir para a melhora da qualidade de vida de crianças através de ações de prevenção e promoção de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo e de intervenção, realizado no município de Santa Luzia do Norte/AL que ocorreu durante a Semana Nacional de Saúde na Escola. Realizou-se em 3 Escolas Municipais pertencentes ao território da Estratégia Saúde da Família, totalizando 403 alunos na faixa etária de 3 a 9 anos de idade. Foram aplicadas fichas de identificação para cada escolar, constando dados como nome, sexo, data de nascimento, idade, ano escolar, peso, altura, IMC (Índice de Massa Corporal) e classificação. Na avaliação antropométrica, para obtenção do peso, utilizou-se balança antropométrica de plataforma, com capacidade para 200Kg e com precisão de 0,05g (balança Fillizola®) e a estatura foi verificada através de estadiômetro fixo de parede, em alumínio, com escala de 210cm e subdivisões de 0,1cm, devidamente instalado. As informações colhidas foram registradas nas fichas individuais. Os padrões de referência utilizados para interpretação do estado nutricional de acordo com a classificação do IMC para crianças foram às curvas de crescimento e desenvolvimento infantil da Organização Mundial de Saúde(OMS, 2006 e 2007). Confeccionou-se materiais educativos como banner, folder e panfletos com informações sobre alimentação saudável, apresentação de vídeo e dinâmica com a construção de pirâmide alimentar. As ações foram desenvolvidas em parceria com a secretaria municipal de educação, profissionais da Estratégia Saúde da Família, nutricionista, educador físico e psicólogo da secretaria municipal de saúde. RESULTADOS ALCANÇADOS: A avaliação antropométrica revelou sobrepeso/obesidade em 14,17% das crianças avaliadas, em detrimento aos que apresentaram baixo peso (7,33%). No tocante a atividade de educação alimentar foi avaliada de forma qualitativa, percebeu-se o envolvimento positivo dos escolares com as ações realizadas sobre alimentação, nutrição e estilos de vidas mais saudáveis. A participação e o entendimento dos saberes foram avaliados como satisfatório. Todas as ações realizadas apresentaram impacto positivo tanto na identificação de crianças com sobrepeso/obesidade, prevalência maior que o baixo peso, como na importância das atividades educativas contempladas no PSE. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ATIVIDADE FÍSICA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS: PROJETO PASSAPORTE PARA SAÚDE NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO-SP 1 2 Solange Maria Xavier de Souza , Maria de Lourdes Marcondes Evangelista Mauad , Graziela 3 4 5 Vieira Bassan dos Santos , Eliana Maria Mattar Marchi , Marta Neves C. Marçal Vieira SECRETARIA DA SAÚDE - RIBEIRAO PRETO [email protected] Resumo INTRODUÇÃO:Diante do quadro de morbimortalidade do município1, as Secretarias da Educação e Saúde, e segmentos da sociedade buscaram a integração das ações, o que resultou na implementação do projeto "Passaporte para Saúde" enfatizando a promoção da alimentação saudável, aumento da atividade física para reduzir prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e proposta de regulamentação de Lei específica sobre a comercialização de alimentos nas escolas, para ampliar a normatização existente para as escolas municipais. O objetivo foi implantar um projeto de "Alimentação Saudável e Atividade Física" para o município priorizando as escolas. Metodologia: Para a implantação do projeto as escolas foram convidadas a participar das ações de promoção e de proteção à saúde dos alunos para a aquisição de hábitos alimentares saudáveis. As ações foram subdivididas em ações de incentivo, apoio e proteção. Criou-se símbolo para a área de alimentação e foram realizados diagnósticos e ações educativas, desenvolvidas em unidades de saúde, escolas e espaços públicos. Foi aplicado um questionário estruturado a pais e educadores de escolas que concordaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. O plano amostral foi baseado em métodos estatísticos, considerando o número total de escolas deste município. Utilizou-se um processo de amostragem por conglomerados, assumindo 4 estratos (particular/pública – ensino fundamental/médio). Participaram 2 escolas de cada estrato, através de sorteio. Resultados: O lançamento do projeto e seus mascotes, intitulados Saradinho e Saradinha ocorreram em agosto de 2006. Após cada unidade escolar eleger um multiplicador, realizou-se Encontro quando foram apresentadas as Recomendações para Alimentação Saudável e Atividade Física. A adesão inicial foi de 72(80%) das escolas municipais. Durante a Semana Mundial da Alimentação (2006), foram iniciadas as ações, em praças, unidades básicas de saúde e escolas para divulgação das recomendações. Em 2007 foi realizado diagnóstico das condições sanitárias e dos alimentos comercializados em cantinas escolares, organizado um cronograma de atividades nas escolas municipais onde datas comemorativas foram utilizadas para integrar o calendário escolar oficial, alusivas à alimentação e hábitos de vida saudável. Nos anos seguintes até a presente data foram realizados encontros para troca de experiências entre multiplicadores. Conclusão: A tendência mundial de promoção de estilo de vida saudável, com ênfase na alimentação e atividade física, criou um contexto favorável para a implementação de política pública para promoção de saúde. A interação dos técnicos e a mobilização de toda a comunidade foi um requisito básico para a formulação de uma política municipal importante para a implantação do projeto "Passaporte para Saúde", que necessita ser mantido e ser ampliado.