Infecções bacterianas da pele (piodermites) Beatriz Moritz Trope

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Infecções bacterianas da pele
(piodermites)
Beatriz Moritz Trope
HUCFF / UFRJ
•Piodermites
Piodermites: infecções cutâneas primárias causadas por
bactérias piogênicas, com ou sem a formação de pus.
• Pricipalmente causadas por S. aureus e S. pyogenes.
pyogenes
– Impetigo.
– Ectima, erisipela, celulite.
– Foliculites e furúnculo
– Periporite
– Hidrosadenite.
PELE (S.
S. aureus e S. pyogenes)
ANEXOS (S.
S. aureus )
Piodermites: classificação por profundidade na pele
PELE
EPIDERME
IMPETIGO
DERME SUPERFICIAL E MÉDIA
ECTIMA
DERME PROFUNDA
DERME PROFUNDA / SUPURAÇÃO
ABERTURA
FOLÍCULO
COM GLÂNDULA SEBÁCEA
ANEXOS
ABSCESSO / FLEIMÃO
ÓSTIOÓSTIO-FOLICULITE
FOLICULITE
FURÚNCULO / ANTRAZ
GLÂNDULA SUDORÍPARA ÉCRINA
PERIPORITE, ABSCESSOS MÚLTIPLOS
GLÂNDULA SUDORÍPARA APÓCRINA
HIDROSANENITE
UNHA
GENERALIZADA
PROFUNDIDADE
ERISIPELA / CELULITE
PANARÍCIO
SSSS
• IMPETIGO
– Causada por estafilococos ou estreptococos, comum em crianças.
– Complicação comum de outra dermatose (impetiginização)
– Duas formas:
• bolhoso –Staphilococcus aureus (fago do grupo II, tipo 71).
•não bolhoso – Streptococcus ß hemolítico e Staphilococcus aureus.
Patogenia:
Colonização da pele + solução de continuidade.
Colonização inicial da mucosa nasal.
Higiene precária
•Mácula eritematosa
vesico-pápula ou bolha
crosta.
• Muito superficial: efêmera e sem cicatriz.
• Lesões satélites são comuns, podem coalescer ou não,
deixando aspecto circinado; crostas melicéricas.
• Mais freqüente nas áreas expostas, principalmente na face e
extremidades; periorificial.
Grande contagiosidade: microepidemias
• Impetigo estrepticócico: possibilidade de GNDA.
• Diagnóstico: aspectos clínicos.
• Tratamento:
– Higiene local.
– Antibiótico tópico e / ou sistêmico.
– Tratamentos dos focos nasais.
• ECTIMA
– Lesão inicial semelhante ao impetigo, porém mais profunda: deixam
cicatriz. Pode ser complicação do impetigo.
– Crostas mais aderidas; ocorrem mais nos MMII.
– Infecção estreptocócica; ocorre preferencialmente escolares e adultos.
•Tratamento:
Cuidados locais: assepsia, antibióticos tópicos.
Antibiótico sistêmico.
•Foliculites
Foliculites
– É facilitada por obstrução do folículo piloso; estafilocócica;
– Pode ser superficial (ostiofoliculite) ou profunda (sicose e
furúnculo)
•Foliculite superficial, ostiofoliculite ou impetigo de Bockhart:
pequena pústula folicular, que forma crosta , sem comprometer o pêlo;
são numerosas.
•Couro cabeludo e membros; sob adesivos e após corticoterapia tópica;
•Pêlos da barba: sicose
Furúnculo: infecção estafilocócica da unidade pilo-sebácea; maior reação
inflamatória, formação de coleção purulenta e necrose central; dor e
adenopatia regional. Pode evoluir de foliculite superficial.
Hordéolo ou terçol: infecção das glândulas de Meibomius ou
das glândulas ciliares de Zeis e Moll.
Furunculose
Antraz
Foliculites
• Diagnóstico clínico.
• Tratamento:
– Cuidados higiênicos, calor local.
– Afastar fatores precipitantes.
– Antibioticoterapia tópica e / sistêmica.
•Periporite
Periporite e abscessos sudoríparos
– Estafilococcia que atinge as glândulas sudoríparas écrinas,
principalmente lactentes.
– É facilitada pela hiperhidrose e oclusão.
– Múltiplos nódulos eritematosos, com tendência a formar abscessos,
principalmente no couro cabeludo e regiões glúteas.
•Evolui em surtos, curso crônico; pode deixar cicatriz.
•Tratamento: higiene local; afastas fatores desencadeantes;
antibioticoterapia; drenagem cirúrgica.
• Hidradenite
– Infecção estafilocócica das glândulas sudoríparas apócinas; mais frequente
em mulheres.
– Mais comum nas axilas; pode estar associado a acne conglobata.
– Pápula eritematosa que evolui rapidamente para nódulo profundo e
doloroso, com tendência a abscedar. Em geral é recorrente e estabelece fibrose
cicatricial, com deformidade.
• Erisipela
– Erisipela: infecção aguda da derme e tecido celular sub-cutâneo, acompanhada
de febre e sintomas gerais (cefaléia, artralgias).
– Penetração do estreptococo: solução de continuidade na pele (porta de
entrada).
– Área acometida: eritema, edema, calor e dor, com limites bem definidos, que
avança progressivamente.
– Localização mais freqüente: extremidades e face.
– Placas eritemato-edematosas, bem delimitadas, dolorosas, com crescimento
progressivo, que pode exsudar e formar bolhas; linfangite e adenopatia
regional.
Erisipela
Erisipela
• Erisipela
– Crianças: facilitada por fatores predisponentes, como diabetes, imunossupressão, deficiência
da circulação periférica
– Localização perineal.
• Erisipela
– Pode evoluir com hipercromia residual e linfedema crônico
(elefantíase nostra), facilitando a recorrência.
– Tratamento:
– repouso, analgésicos, cuidados gerais;
– antibioticoterapia sistêmica (droga de escolha: penicilina
procaína 400.000UI 12 /12 horas por 7 a 10 dias).
– profilaxia: penicilina benzatina, 1.200.000 UI a cada 3
semanas.
• Celulite
- Infecção em geral estafilocócica da derma profunda e hipoderme.
- Quadro semelhante ao da erisipela, porém de localização mais profunda, com
limites imprecisos. Diagnóstico eminebtemente clínico.
- Eventualmente difícil de diferenciar clinicamente da erisipela.
- Complicações: abscedação e necrose; eventualmente fasciíte.
- Tratamento: antibioticoterapia sistêmica antestafilocócica.
•Síndrome
Síndrome da pele escaldada estafilocócica (SSSS):
- compromete crianças; eritema difuso, onde formam bolhas flácidas
que se destacam em grandes retalhos;
- não compromete mucosas.
⇒Causado por toxina estaficócica - esfoliatina - de infecção a
distância (faringite, otite).
Intertrigo estreptocócico - “celulite” estreptocócica perianal; ocorre principalmente
em crianças: intenso eritema perianal, dor ao defecar, fissuras anais associadas a
fezes sanguinolentas; pode envolver também o pênis e a vulva. Pode estar associada a
psoríase guttata.
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