resumo - IBRATI

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FATORES ESTRESSORES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
STRESSORS IN THE INTENSIVE CARE UNIT
Águida de Cássia de Araujo Silva Oliveira¹
Franco Nero Bianchi²
RESUMO
As pessoas normalmente não estão preparadas para internação em Unidade de Terapia Intensiva.
Na maioria das vezes, essa situação ocorre de forma inesperada, levando as pessoas para um
ambiente complexo, onde tudo lhes é estranho.Devido à necessidade de internação neste local, é
importante identificar os fatores que geram estresse ao paciente para que possa oferecer
atendimento com melhor qualidade.O objetivo do estudo foi explorar na literatura os estressores
físicos e psicológicos para pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva.Trata-se de
uma revisão sistemática da literatura de estudos sobre os estressores em Unidade de Terapia
Intensiva e os principais efeitos.Os resultados mostram que a maioria dos estressores identificados
podem ser controlados pela equipe de saúde.
Palavras-chave: Unidade de Terapia Intensiva. Estresse. Fatores estressores.
ABSTRACT
People usually are not prepared to stay in the Intensive Care Unit. Most often, this occurs
unexpectedly, leanding people to a complex environment, where everything is alien to them. Due to
the need for hospitalization in this plase, it is important to identify the factors that cause stress to the
patient so it can provide better quality care. The purpose of this study was to explore the literature
physical and psychological stressors for patients admitted to an Intensive Care Unit. It is a systematic
review of studies on the stressors in the Intensive Care Unit and the main effects. The results show
that most of the identified stressors can be controlled by the health team.
Keywords: Intensive Care Unit. Stress. Stressful factors.
___________________
¹ Enfermeira, Coordenadora da UTI Adulto do Hospital Dr. João Felício,Juiz de Fora/MG; Mestranda
em Terapia Intensiva; Especialista em Terapia Intensiva; Especialista em Administração dos Serviços
de Saúde; Especialista em Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde
...Email: [email protected]
² Médico, Coordenador da UTI Adulto do Hospital Dr. João Felício,Juiz de Fora/MG; Médico
Cardiologista plantonista da UTI Adulto do Hospital Albert Sabin, Juiz de Fora/MG. Especialista em
Terapia Intensiva.
1 – INTRODUÇÃO
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor do hospital complexo e
estranho, que demanda atenção contínua da equipe de saúde aos pacientes os
quais não estão preparados para este tipo de internação.
A UTI é uma unidade destinada a pacientes graves e, como tal, detentora de
um imaginário social associado ao sentimento de medo, sobretudo da morte, e que
torna o sujeito à perda do controle de si próprio. Ainda há pouco controle e influência
no ambiente, em virtude da falta de privacidade, dependência, monotonia,
dificuldade em se orientar, exposição ao acompanhamento por monitores, câmeras,
interrupção freqüente do sono.
A UTI, por si só, é um ambiente que pode ocasionar estresse ao paciente por
apresentar muitos estímulos nocivos. Embora seja um local repleto de avanços
tecnológicos necessários para assistir pacientes críticos com risco de vida, agregado
a uma equipe especializada, o expõe a vários estímulos desconhecidos, muito
diferentes dos que está acostumado no seu cotidiano. Contribuindo para isto, temos
a ausência de informações sobre o que está acontecendo e o que será feito, a
existência de inúmeros aparelhos, controles rigorosos, o afastamento da pessoa de
sue ambiente, o confronto com o sofrimento próprio e/ou do outro, a possibilidade de
morte, o barulho, a movimentação das pessoas, entre outras situações.
Tudo que causa quebra da homeostasia interna que exige alguma adaptação,
pode ser chamado de estresse.O estresse tem sido indicado como causa de
diminuição da capacidade de recuperação dos tecidos, resposta imunológicas lenta
e, consequentemente, maior predisposição à infecções no período de tratamento.
Schelling et al (2003) comenta que a exposição a altos níveis de estresse na
terapia intensiva repercute na saúde dos indivíduos a longo prazo. Memórias
traumáticas podem persistir por anos depois da lata da UTI, levando a reações de
estresse atípicas e crônicas, tais como o transtorno de estresse pós-traumático,
cujos sintomas são: distúrbios do sono, pesadelo, depressão, constante estado de
alerta, estado emocional embotado e impossibilidade de cuidar de outros,
irritabilidade generalizada, mudanças frequentes no humor, culpa, medo, reações de
evitar pessoas ou lugares, e aumento da tensão muscular.
Considera-se importante que a equipe de saúde conheça o paciente em suas
necessidades individuais, conhecendo o que o estressa, contribuindo para
compreendê-lo e assisti-lo de forma individualizada, podendo dessa forma melhor
2
cuida-lo. A equipe de enfermagem representa o elo mais forte entre o paciente e o
ambiente em que se encontra, por serem esses profissionais aqueles que, por maior
tempo, exercem atividades junto ao paciente. O cuidado de enfermagem é o ponto
chave da hospitalização, pois permite estabelecer relações que contribuem para
aliviar as fontes geradoras de estresse para os pacientes e seus familiares.
2 – OBJETIVOS
2.1 – GERAL
Explorar na literatura os estressores físicos e psicológicos para pacientes
internados em uma Unidade de Terapia Intensiva, na perspectiva do próprio
paciente, familiares e profissionais de saúde.
2.2 – ESPECÍFICOS
Conhecer os estressores, mais importantes, que funcionam como estímulos
nocivos para os pacientes.
Correlacionar os estressores descritos com a realidade, vivenciada como
paciente internado numa Unidade de Terapia Intensiva.
3 – METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, de estudos sobre os
estressores em Unidade de Terapia Intensiva e os principais efeitos.
As bases de dados eletrônicas consultadas foram a Medline (Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online), LILACS (Literatura Latino
Americna e do Caribe em Ciências da Saúde), Sciel (Scientific Electronic Library
Online).
Foram incluídos nessa revisão sistemática os artigos que atenderam os
seguintes critérios: serem dos idiomas inglês e português.
Após a coleta de dados dos estudos incluídos na revisão sistemática, foi
realizada análise descritiva, a qual permitiu resumir e correlacionar os dados
oriundos dos estudos.
4 – REVISÃO DA LITERATURA
4.1 – A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a
pacientes agudamente doentes que porventura possuem chances de sobreviver,
3
destina-se a internação de pacientes com instabilidade clínica e com potencial de
gravidade.
A história do surgimento das UTI’s remete ao início do século XX quando
foram criadas as chamadas “salas de recuperação” para onde os pacientes eram
levados após algumas neurocirurgia no Hospital Johns Hopkins (EUA), onde os
pacientes tinham monitorizadas suas funções vitais (respiratória, circulatória e
neurológica) sendo instituídas medidas de suporte quando necessário até o término
dos efeitos residuais dos agentes anestésicos.Já no Brasil elas só começaram a ser
implantadas na década de 70, primeiramente no hospital Sírio Libanês em São
Paulo com apenas dez leitos (1971), atualmente é uma unidade presente dentro do
contexto hospitalar.
O surgimento da prática em UTI marcou um dos maiores progressos obtidos
pelos hospitais de nosso século, visto que, antes dela, o cuidado ao doente grave
realizava-se nas próprias enfermarias, faltando, assim, área física adequada,
recursos materiais e humanos para melhor qualidade desse cuidado.
UTI é a Unidade de Terapia Intensiva existente nos hospitais é destinada ao
acolhimento de pacientes em estado grave com chances de sobrevida, que
requerem monitoramento constante (24 horas) e cuidados muito mais complexos
que o de outros pacientes, demanda atenção contínua da equipe de saúde aos
pacientes. É responsável pela assistência a pacientes em fase crítica de sua
doença, e em decorrência de acidentes ou procedimentos como uma cirurgia de
maior complexidade. Ainda é função da UTI amenizar sofrimento tais como dor e
falta de ar, independente do progresso.
O objetivo básico das UTI’s é recuperar ou dar suporte às funções vitais dos
pacientes enquanto eles se recuperam. Assim, as unidades de terapia intensiva são
equipadas com aparelhos capazes de reproduzir as funções vitais dos internados
como respiradores artificiais, a criação destes aparelhos reduziu de 70% para 10% a
morte de recém-nascidos, aparelhos de hemodiálise que substituem a função dos
rins e diversos outros. A criação das UTI’s representa um grande marco na história
da medicina uma vez que possibilitou o atendimento adequado dos pacientes
garantindo-lhes melhores condições de recuperação e reduzindo os óbitos em cerca
de 70%.
O percentual de leitos de UTI nos hospitais varia de 7% a 15% dependendo
das características de cada hospital ( por exemplo, hospitais de grandes centros
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costumam ter mais leitos de UTI por receberem pacientes de diversos lugares) e a
necessidade de vida da população expondo-a a maiores chances de complicações e
traumas relacionados a doenças degenerativas e acidentes, além do aumento de
índices como a criminalidade.
O profissional que trabalha nas UTI’s é chamado de intensivista e a equipe é
sempre formada por diversos profissionais como fisioterapeutas, psicólogos,
nutricionistas, assistentes sociais e outros, além dos médicos. Outra função dos
intensivistas, principalmente dos pacientes uma vez que a situação de internação de
algum parente em UTI é sempre delicada para estes.
A
equipe
de
enfermagem
promove
uma
assistência
especializada
sistematizada a pacientes críticos e contribui com o desenvolvimento do ensino e
pesquisa em Terapia Intensiva, mantendo equipe de enfermagem qualificada,
munida de recursos técnicos e científicos adequados.
Outra área profissional importante dentro de uma UTI é a fisioterapia, que
presta assistência fisioterápica intensiva 24 horas ao paciente crítico, visando a
recuperação da integridade física, mental e social. Além disso realizam atividades de
assistência, ensino e pesquisa, inserido em uma equipe multiprofissional, avaliando
e elaborando o programa de tratamento.
As UTI’s em geral concentram recursos humanos e tecnológicos para o
atendimento de pacientes em estado grave sejam adultos, crianças ou neonatos. Ao
superar essa fase, o paciente dará continuidade ao tratamento em outras unidades
do hospital antes de regressar para casa.
Aos cuidados terapêuticos e à assistência contínua, soma-se a preocupação
com a humanização desse espaço reservado á alta tecnologia e ao esforço
concentrado em prol da vida.
4.2 – ESTRESSE
Estresse ou stresse pode ser definido como: (a) a soma de respostas físicas e
mentais causadas por determinados estímulos (estressores) e que permitem ao
indivíduo (humano ou animal) superar determinadas exigências do meio ambiente e
(b) o desgaste físico e mental causado por esse processo.
O termo estresse foi tomado emprestado da física, onde designa a tensão e o
desgaste a que estão expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido
hodierno em 1936 pelo médico Hans Selye na revista científica Nature.
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O estresse é uma situação tensa, fisiológica ou psicológica, que pode afetar
as pessoas em todas as dimensões. A resposta ao estresse é influenciada pelo
número de estressores, sua intensidade e duração.
Estressores podem ser classificados em internos (aqueles que se originam
dentro da pessoa como, por exemplo, uma febre) e em externos (aqueles que se
originam fora da pessoa como, por exemplo, mudanças ambientais), os estressores
internos costumam ser mais emocionais que racionais. Os estímulos estressores
externos representam as ameaças do cotidiano de cada um, seja uma ameaça
física, tanto sobre a segurança pessoal quanto em relação à saúde, seja uma
ameaça moral, econômica, etc, enfim, são ameaças exteriores à pessoa. Por sua
vez, as ameaças internas provêem dos conflitos pessoais de cada um, os quais, em
última instância, refletem sempre nossa sensibilidade afetiva diante da vida, das
perspectivas futuras, da situação atual e mesmo das desavenças passadas. Como
se suspeita, no ser humano os estímulos internos são aqueles que desempenham
maior papel no desenvolvimento e manutenção do estresse. Essas ameaças
normalmente são interiores, abstratas, continuamente presentes e frequentemente
invencíveis.
O stresse pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à
mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente, que
leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de
estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de
evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa
passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de
vir ocorrer doenças, especialmente cardiovasculares.
O termo estresse, agaste ou consumição, foi usado por Selye (1976) com um
sentido neutro – nem positivo nem negativo. Ele o definiu como “reação nãoespecífica do corpo a qualquer tipo de exigência”. A partir dessa definição Selye
diferencia dois tipos de estresse: o eustresse (eustress) ou agaste, que indica a
situação em que o indivíduo possui meios (físicos, psíquicos ...) de lidar com a
situação, e o distresse (distress) ou esgotamento, que indica a situação em que a
exigência é maior do que os meios para enfrenta-la. Apesar de ainda ser usado em
inglês, o termo “distresse” caiu quase em desuso, sendo substituído pelo próprio
termo estresse, que passou a ter o sentido (atual) negativo de desgaste físico e
emocional.
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Outro termo importante no estudo do estresse é o termo estressor ou
esgotador, que indica um evento ou acontecimento que exige do indivíduo uma
reação adaptativa à nova situação; a essa reação se dá o nome de coping (ing.
Lidar). Tais reações de coping ou adaptação podem ser funcionais ou disfuncionais,
conforme cumpram ou não sua função na superação da situação, na adaptação a
ela.
Os estressores, dependendo do grau de sua nocividade e do tempo
necessário para o processo de adaptação, dividem-se em:
1 – acontecimentos biográficos críticos (ing. Life events): são acontecimentos (a)
localizáveis no tempo e no espaço, (b) que exigem uma reestruturação profunda da
situação de vida e (c) provocam reações afetivo-emocionais de longa duração.
Esses acontecimentos podem ser positivos e negativos e ter diferentes graus de
normatividade, ou seja, de exigência social. Exemplos são: casamento, nascimento
de um filho, morte súbita de uma pessoa, acidente, etc.
2 – estressores traumáticos: são um tipo especial de acontecimentos biográficos
críticos que possuem uma intensidade muito grande e que ultrapassam a
capacidade adaptativa do indivíduo.
3 – estressores quotidianos (ing. Daily hasseis): são acontecimentos desgastantes
do dia-a-dia, que interferem no bem-estar do indivíduo. Exemplos são: problemas
com o peso ou com a aparência, problemas de saúde, acontecimentos diários (
cuidados de casa, aumento de preços, preocupações financeiras, etc.).
4 – estressores crônicos (ing. Chronic strain): são (a) situações ou condições que se
estendem por um período relativamente longo e trazem consigo experiências
repetidas e crônicas de estresse ( exemplos: excesso de trabalho, desemprego, etc.)
e (b) situações pontuais (ou seja com começo e fim definidos) que trazem consigo
consequências duradouras (Exemplo: estresse causado por problemas decorrentes
do divórcio).
Exemplos de estressores:

Dor

Mágoa

Desprezo amoroso

Luz forte

Níveis altos de som
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
Eventos: nascimento, morte, guerras, reuniões, casamento, mudanças,
doenças, desemprego.

Responsabilidades

Trabalho/estudo: provas, tráfego lento e prazeres pequenos para projetos.

Relacionamento pessoal: conflito e decepção

Estilo de vida: comidas não-saudáveis, fumo alcoolismo e insônia

Exposição de stresse permanente na infância

Idade

Calor
Tendo em vista que o objetivo principal de estresse é favorecer a adaptação do
organismo, muitos autores chamam esse processo todo de Síndrome Geral da
Adaptação. Consiste em três fases sucessivas : Reação de Alarme, Fase de
Resistência e Fase de Exaustão. Sendo que a última, fase de exaustão, é atingida
apenas nas situações mais graves e, normalmente, persistentes.
Toda seqüência de acontecimentos tem origem no cérebro, e o hipotálamo é
que acaba disparando a sucessão de eventos orgânicos do estresse.
Passada a necessidade de estresse, ou seja, desaparecendo os agentes
estressores, todas essas alterações tendem a se interromper e regredir. Se, no
entanto, por alguma razão o organismo continua sendo submetido a estimulação
estressante, portanto, continua sendo obrigado a manter seu esforço de adaptação,
uma nova fase acontecerá. Trata-se da fase de resistência.
4-3 – FATORES ESTRESSORES EM UTI’s
Embora a UTI seja o local onde se preconiza o silêncio, a tranqüilidade para
uma melhor recuperação dos pacientes críticos, talvez seja o local que mais gere
estresse ao seu usuário e familiares. Esta unidade, além de concentrar a maioria
dos recursos tecnológicos do hospital, com finalidade de detectar qualquer alteração
no estado clínico do paciente, é composta por uma equipe multidisciplinar treinada e
capacitada para oferecer serviço especializado. Porém os alarmes sonoros e visuais
dos equipamentos, ao mesmo tempo em que são dispositivos provedores de maior
segurança ao indivíduo, quando acionados devido a alguma urgência, contribuem
com o estresse tanto dos clientes, quanto dos próprios profissionais do setor. Além
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da estrutura física e ambiental da UTI, a doença interfere na capacidade de
adaptação do paciente (Lemos & Rossi, 2002).
Pesquisas feitas sobre a percepção de pacientes que já estiveram internados
em UTI, com respeito ao ambiente físico desta unidade, mostraram que elas estão
repletas de estímulos nocivos aos pacientes. Os fatores ambientais geradores de
estresse mais frequentemente citados são: barulho, provocado tanto pelas
conversas da equipe da UTI quanto pelos equipamentos providos de alarmes
sonoros e visuais; luzes artificiais e claridade; falta de privacidade; ausência de
janelas com iluminação natural; perda do padrão dia-e-noite; temperatura do
ambiente; odores desagradáveis; movimentação da equipe; não conseguir dormir;
normas que interferem na limitação das visitas; o fato de presenciar a morte ou a dor
do outro; perda da noção do tempo/espaço em decorrência de estar em um
ambiente fechado; descaso do médico e falta de informação sobre seu estado
clínico. Os fatores físicos geradores de estresse referidos pelos pacientes foram
limitação física e dor. Os estressores ambientais resultam de uma relação particular
entre pessoa e ambiente, que é avaliada como desgastante de seus recursos e que
põe em risco o seu bem-estar.
Os fatores geradores de estresse citados nos estudos serão focalizados a
seguir:
4-3-1 – Barulho
Estudos apontam que o barulho é um dos maiores fatores que causam o
estresse em pacientes nesse ambiente; o barulho decorrente das conversas é pior
do que o barulho dos equipamentos.
A dinâmica da UTI impõe certa poluição sonora, os níveis de ruídos
encontram-se excessivamente elevados podendo gerar uma gama de situações
estressoras, distúrbios fisiológicos e psicológicos tanto para o paciente como para os
funcionários dessa unidade.
Assim, esse ambiente, que deveria ser silencioso e tranqüilo, torna-se ruidoso
e estressante, aumentando a ansiedade e a percepção dolorosa, diminuindo o sono
e prolongando a convalescença.
O nível de ruído encontrado nos estudos apresentou valores de 20 dB acima
do recomendado na literatura que são no máximo de 45 dB no período diurno e de
35 dB no período noturno.
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O ruído afeta o estado psicológico dos indivíduos que estão dentro da UTI;
um ambiente calmo e agradável pode beneficiar tanto o paciente como a equipe. Os
profissionais de saúde experimentarão menos cansaço e menos estresse
psicológico, os pacientes sofrerão menos danos psicológicos e fisiológicos e,
portanto, terão uma recuperação rápida.
É importante que a equipe esteja atenta a este estressor na UTI para ajudar
na adaptação dos pacientes e prevenir danos. Medidas visando controlar o barulho,
tornando um ambiente mais silencioso e tranqüilo beneficia tanto os profissionais
como os pacientes, humaniza o atendimento. Sendo assim um indicador para a
conscientização da equipe.
4-3-2 – Dor
A dor é presumivelmente comum nos pacientes em UTIs, embora sua
prevalência seja desconhecida; é difícil de ser avaliada por seu caráter subjetivo,
individual e emocional, por suas características peculiares. Entende-se por dor não
somente a proveniente do procedimento que o paciente está ou foi submetido, mas
todo o conjunto de desconfortos físicos e psicológicos.
Os pacientes críticos são particularmente vulneráveis à dor devido à natureza
da doença, procedimentos diagnósticos e tratamentos requeridos. Além disso, estes
doentes podem apresentar dificuldade em relatar sua dor por estarem com
dificuldades para falar, devido à presença de tubos oro-traqueais ou estarem
cognitivamente afetados. A dor pode ser exacerbada por estressores psicológicos
adicionais, como medo e ansiedade. Procurar compreender e direcionar recursos
para amenizar a dor é prioridade crescente nos cuidados de saúde.
A dor pode estar relacionada com os procedimentos de rotina na UTI; como o
desconforto no leito, os drenos, as sondas, os cateteres nasal e uretral, punções
venosa e arterial, curativos e todos eles são processos dolorosos, comumente não
controlados, agindo como potentes estressores para o paciente.
Smith (2006) afirma que a dor induz respostas psicológicas e neuro-humorais
que podem prejudicar o paciente crítico. A resposta ao estresse induzido por dor
libera catecolaminas e ativa o sistema nervoso simpático, levando diaforese,
catabolismo e retenção hídrica, como resultado da ativação do eixo reninaangiotensina-aldosterona. O aumento da atividade simpática também aumenta a
freqüência cardíaca, a pressão arterial e a freqüência respiratória. Finalmente, a
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ativação do sistema nervoso autônomo pode levar a alteração da mecânica
respiratória, produzindo diminuição da mobilidade torácica e conseqüente dificuldade
para respirar, aumento do consumo de oxigênio, aumento da demanda de oxigênio
do miocárdio, arritmias e morte.
Frente às respostas fisiopatológicas da dor e aos relatos freqüentes da
presença da dor no paciente crítico, faz-se necessário destacar a importância do
controle da dor, através da elaboração de diretrizes que destaquem a qualidade da
assistência à dor.
Segundo Gordon et al (2005), a American Pain Society preconiza que a
qualidade no manejo da dor inclui assistência apropriada, investigação da presença
da dor, compreensão da abrangente assistência quando a dor está presente,
freqüentes reavaliações da resposta do paciente ao tratamento, planejamento de
cuidados interdisciplinares e colaborativos, incluindo a contribuição do paciente e
seus familiares.
Enfatiza-se a necessidade de compreensão e respeito à dor física, subjetiva,
do paciente. Muitas vezes, ouvir e respeitar o paciente, de alguma maneira ameniza
seu sofrimento.
4-3-3 – Alterações no sono
A impossibilidade de dormir foi considerada como um dos estressores mais
importantes pelos pacientes em UTIs ( Novaes, 1997).
Privação do sono inclui sono de curta duração, assim como interrupções
freqüentes, sendo comum em pacientes internados em UTI. Pode trazer
repercussão a longo prazo na saúde, incluindo na função imunológica, na
cicatrização, na função cognitiva, no estado funcional e nos níveis de estresse
(Tamburri et al, 2004).
A privação do sono pode, prejudicar a função dos linfócitos e granulócitos e
reduzir o número de células natural Killer, alterando o sistema imunitário, reduzir a
endurance dos músculos inspriratórios, diminuindo a habilidade ventilatória com
perda da reserva pulmonar em pacientes com DPOC, reduzindo a resposta
ventilatória à hipercapnia; interromper a termorregulação; e alterar o sensório
provocando delírio entre outros (Wallace, 1999).
O sono e o repouso são necessidades humanas básicas e alterações nos
respectivos padrões podem trazer conseqüências físicas e emocionais.
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Variáveis
como:
dor,
inabilidade
de
ficar
confortável
ou
deitar-se
confortavelmente, procedimentos realizados no paciente, o próprio leito, sistema de
ventilação e inabilidade de executar rotina antes do sono, são prejudiciais ao sono,
tanto na UTI como após alta deste setor.
Fatores ambientais como claridade (iluminação excessiva) tanto natural como
artificial, barulho, freqüentes procedimentos noturnos estão associados com a
privação do sono. Os cuidados dispensados durante a noite parecem ser tão
prejudiciais ao sono quanto o barulho; os realizados entre 24 horas e 06 horas
indicando poucas oportunidades para o paciente dormir.
4-3-4 – Medo e Ansiedade
Em grande parte dos estudos, a ansiedade é citada como fator gerador de
estresse nas UTI’s.
Rattray et al (2005) comentam que o estado emocional alterado tem sido
identificado em pacientes após alta da UTI. Os efeitos da experiência na UTI têm
sido relacionados a conseqüências psicológicas , como ansiedade, medo. Memórias
traumáticas em pacientes expostos a altos níveis de estresse na UTI são comuns;
estas podem persistir por anos depois da alta desta unidade, podendo estar
associadas ao desenvolvimento de reações atípicas e crônicas, como o transtorno
do estresse pós-traumático (TEPT). Os sintomas de memórias traumáticas foram
definidas como recordação subjetiva do paciente como: falta de ar, sentimentos de
ansiedade dor ou pesadelos. Os sintomas de estresse crônico incluem: distúrbios do
sono, pesadelo, depressão, constante estado de alerta, irritabilidade generalizada,
mudanças freqüentes no humor, medo, aumento da tensão muscular. O
desenvolvimento do estresse pós-traumático pode-se desenvolver em pessoas sem
história de distúrbios psiquiátricos. O tratamento envolve psicoterapia e terapia
medicamentosa.
O medo do desconforto gera insegurança e desconforto ao paciente. A
incerteza da recuperação da saúde e o medo da confirmação do diagnóstico fazem
com que fique vulnerável a abalos emocionais, possíveis geradores de estresse.
Outro sentimento experimentado é o medo da morte, potencializado por
ocorrências no setor, tais como gemidos, lamentos, acrescidos da experiência de
presenciar a morte do outro.
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Medo e ansiedade são sensações de importante significado, pois podem
produzir mudanças psicológicas, piorando o quadro clínico do paciente. O nível de
catecolaminas e corticóides podem variar de forma impressionante durante os
períodos de ansiedade e pânico, causando aumento da pressão arterial, da glicemia
e da freqüência cardíaca.
Os sentimento de ansiedade e de medo estão associados a nãocompreensão do estímulo interno, além da proporção dos estímulos ambientais da
UTI, tidos, muitas vezes, como uma ameaça. Considerando que a admissão do
paciente na UTI normalmente é abrupta, este reage, muitas vezes, revelando
sentimento de desamparo. Fica evidente a necessidade de mantê-lo informado e de
o profissional estar atento as suas crenças e percepções.
4-3-5 – Distância da Família
Pacientes em UTI’s se defrontam com momentos de solidão, em virtude do
reduzido tempo de permanência autorizado para as pessoas próximas. Eles
almejam uma companhia, ter alguém perto, com quem possam dividir angústias,
medos e inseguranças. Percebeu-se nos estudos que, durante a visita, a presença
da família normalmente os acalmava.
Importante lembrar que o dia do paciente na UTI é longo, que o silêncio e a
solidão o deprimem, fazendo-o refletir ainda mais sobre os aspectos de sua doença.
Um dos objetivos das instituições hospitalares é a humanização da
assistência e, nesta concepção, está incluída a presença da família na UTI.
4-3-6 – Perda da noção do tempo/espaço
Para os profissionais que atuam em UTI, de um modo geral,esse aspecto é
pouco ou raramente valorizado. Eles convivem apenas um turno do dia nesse
ambiente, ao qual se adaptam e, muitas vezes, não estão sensibilizados de que é
um ambiente estranho para o paciente.
A noção de tempo/espaço representa uma maneira simbólica de reorganizarse, reestruturar-se, enfim, de reconhecer-se diante da vida. Quando eles perdem
seus referenciais, podem sentir que estão perdendo o controle sobre suas próprias
vidas.
Importante considerar e respeitar o tempo interno do paciente, que é o estado
interior em que se encontra e é vivenciado, de acordo com a sua experiência,
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personalidade e ritmo pessoal. Uma das responsabilidades dos profissionais que
assistem
o
paciente
em
UTI
é
situá-lo
em
relação
à
passagem
do
tempo.Contribuindo, os pacientes sentem-se presos pelos equipamentos, perdem a
noção do tempo, devido a alterações do ciclo sono-vigília.
4-3-7 – Não ter explicações sobre o tratamento e não saber como as coisas serão
feitas
Uma das principais necessidades dos indivíduos assistidos no espaço da UTI
é obter informações sobre o que está ocorrendo.
Os pacientes preferem conhecer as decisões da equipe, participar das
discussões, mesmo que se trate de situações difíceis. A maioria deles queixa-se da
falta de informações prévias a respeito do que vai ser realizado, em curto e médio
prazo, sentindo-se excluídos de seu próprio tratamento e expostos ao controle total
da equipe.
Uma das medidas que deve ser adotada em UTI’s é fornecer informações ao
paciente de forma clara, compreensível, em linguagem simples contribuindo para
maior compreensão sobre seu estado e evolução, produzindo tranqüilidade ao
mesmo.
4-3-8 – Limitação Física
É importante refletir sobre a questão da limitação do paciente no leito, pois se
for suprida a liberdade física, psicológica, real de um ser humano, castrando-o no
que constitui a sua essência e aspiração mais profunda.
Ele sente-se impotente diante da restrição de seu direito de ir e vir, situação
que gera angústia e depressão, em decorrência de sua limitação ao leito.
Os
tubos,
incluindo
sondas,
cateteres
e
cânulas,
são
invasivos,
desconfortáveis e limitam a comunicação e a alimentação do paciente, aumentando
o estresse na UTI juntamente com as demais privações que experimentam neste
ambiente. É importante que na UTI reavaliações freqüentes da necessidade de
permanência dos tubos sejam implantadas, a fim de que estes sejam retirados o
mais precocemente possível. As intervenções devem ocorrer no sentido de aliviar os
estressores dos pacientes e proporcionar um ambiente de descanso.
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5 – CONCLUSÃO
Os resultados dos estudos demonstraram que as principais intervenções
devem ser no sentido de aliviar a dor do paciente e controlar o nível de ruídos a fim
de possibilitar o sono. Deve-se estimular sua autonomia para que este recupere o
controle de si mesmo. Deve-se oferecer informações a respeito dos procedimentos
que serão realizados num curto período de tempo. Os pacientes devem participar
ativamente do processo de seu tratamento e, mais que isso, que eles devem se
sentir envolvidos nesse processo.
Diante do exposto, faz-se necessário replanejar a assistência ao paciente
internado na UTI, enfocando a dor como sinal importante para avaliar seu bem-estar
físico e psicológico. Deve ser controlada e mensurada, com o mesmo vigor que são
avaliados os sinais vitais dos pacientes uma vez que a dor pode provocar o
agravamento do quadro clínico do doente.
Em relação ao fato de não conseguir dormir, a equipe de saúde pode tomar
algumas medidas como: evitar colocar medicação durante a noite, falar baixo,
diminuir a luzes acesas, adotar medidas de conforto.
É importante lembrar que a falta da família, assim como o período curto de
visita são fatores muito estressantes para o paciente. Na medida do possível, devem
avaliar a situação de cada paciente e do plantão em si, permitindo visitas fora do
horário pré-estabelecido, ou mesmo permitir maior tempo
de permanência das
visitas.
Considera-se que a maioria dos estressores vivenciados pelos pacientes
pode ser facilmente minimizados, alguns, inclusive eliminados, desde que sejam
adotadas algumas posturas, tais como: flexibilidade de normas, principalmente
referentes as visitas na UTI, pequenas adequações na estrutura física da unidade e
maior conscientização da equipe de saúde.
O paciente deseja ser cuidado e respeitado, considerando o que pensa, sente
e deseja. Daí a necessidade de o profissional procurar “estar com o paciente”.
Desta maneira, reduzir o estresse que envolve a internação na UTI pode
proporcionar ao paciente e seus familiares melhores condições de enfrentamento
durante este período.
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